Dou o meu exemplo:
tive a sorte de crescer numa casa com dezenas de livros, de todos os estilos.
Quando cheguei à idade da "parvalheira" comecei a ler, ainda sou do tempo em que não havia internet nem telemóveis( só havia um telefone em que coloquei uma extensão para puxar e falar com as namoradas
).
Claro que me achava o máximo e fui logo para a caça grossa : política e filosofia
Dos 14 aos 19 li muito, sei o que é o tempo passar sem se dar por ela, passar
uma hora a pensar numa frase, e as ideias que germinam.
Dito isto, à medida que crescia , via que aquelas teorias não passavam disso mesmo.
Fui abandonando os lirismos da esquerda caviar e tornei-me numa pessoa chata
que tenta relembrar aos outros o que é a realidade.
Resumindo: é bom ler, mas observar todas as idiossincrasias da realidade
é bem melhor.