Da Idolatria (... ou da Liberdade)
O homem sempre teve tendencia a idolatrar, transformar em deus(es) tudo o que estava para lá da sua compreensão imediata. Durante a evolução do homem os deuses foram evoluindo também porque, entretanto, muita coisa foi conquistada pela conciencia humana e explicada de forma racional, simples e clara. Primeiro era a tempestade, a floresta, o animal, o sol, as estrelas, depois eram dividades mais elaboradas semi-humanas, depois vieram as religiões monoteistas...e estamos nelas ainda. Perante a divindade e o desconhecido o homem tem duas atitudes diferentes: submete-se ou procura entender. È a segunda atitude que nos faz avançar enquanto humanidade enquanto a primeira atitude dá origem ao dobrar da espinha, á resignação, à oração: dizem que é tranquilizante; muito mais que questionar e tornar-se um eterno insatifeito.
Sou agnóstica: tranquilamente vou questionando o mundo, procurando compreender, sem no entanto me angustiar quando não encontro resposa. Sei que ainda há muito a explicar na natureza e no homem, dou o meu contributo para a compreensão que me cerca, sou curiosa, interrogativa, mas... faço-o tranquilamente.
Mais estranho que curvar a espinha a deus é curva-la perante outros homens, tão limitados quanto nós, tão inteligentes quanto nós. Ás vezes, esses tais que se põem em bicos de pés, conseguem esse efeito pelo poder terreno, mundano, capacidade de manipular a palavra, tornanam-se densos e obscuros, prepositadamente, para marcarem o seu poder. Gosto de pessoas claras, simples, diretas. Quem sabe consegue sempre ser simples. Desprezo o obscurantismo da palavra. Afinal : A energia é massa vez o quadrado da velocidade da luz,,,certo? Muito simples.