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Já agora, uma outra diferença entre o PP2 e o SSO é que o PP2 não distribui dividendos. O Commerzbank diz que o valor do dividendo é acumulado na cotação, mas na verdade, isso não se nota.
O PP2 (PSI20) é pior que o SSO (SPX), mas com razoável timing, serve como uma forma simples de aumentar o retorno em relação ao índice.

João....só hoje é que voltei ao Thinkfn. Estive a comparar o PP2 com a sua benchmark, o PSI 20 Leverage Index e vejo o seguinte:

Primeiro closing do PP2 no dia 13/07/2011 a 9,11€ com o índice a 877,76. O closing de ontem dia 13/11/2013 foi de 7,93 no PP2 e 657,19 no PSILV. Se normalizar tudo para um valor inicial de 100, o PP2 está a 87,047 e o PSIL a 75,82. Portanto a outperformance do PP2 em relação à sua benchmark só a posso explicar pelo reinvestimento dos dividendos. Portanto existe uma outperformance do ETF em 16,25% nestes 855 dias, ou 6,94% ao ano. No site do Comstage podes até verificar o tracking error e tracking difference e eles põem lá 6,502% para hoje, parece-me que bate certo.

Isto quer dizer que ambos ETFs sobre o PSI20 favorecem de reinvestimento de dividendos e acredito que até exista uma vantagem fiscal para quem não recebe dividendos sem descontar impostos.

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João....o que descreve é exatamente o que tentei explicar. Quando há uma tendência (como existe no SPX desde 2009), o ETF alavancado terá uma performance superior a 2x o rendimento do índice nesse periodo: por exemplo desde 2009 o SPX subiu +/- 140% e o SSO subiu 485%!! Mas se o SPX voltar novamente ao nível de 2009, o SSO irá estar abaixo do seu valor em 2009. Isto não é uma opinião minha, é matemática. Se o SPX iniciar agora uma fase de subida e descida (lateralização) sem clara tendência, o investidor que entrar neste momento no SSO irá perder dinheiro. Por exemplo, o SPX estava em Março 2012 ao mesmo nível de Maio 2008. O SSO perdeu nesse periodo 20%. Na nossa praça existe também um ETF alavancado sobre o PSI20 que subiu de 4€ para 7€ entre Junho 2012 e hoje. Mas em Fevereiro 2013, quando o PSI20 estava ao mesmo nível de hoje, o ETF PSI20 x2 (PPL) estava a 7,50€. Portanto, entre Fevereiro e hoje o PSI20 andou nas horizontais e o ETF alavancado perdeu 7%.

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Meus Caros,

Em relação aos produtos alavancados, não se pode comparar ETF alavancados, MiniFutures, Turbo Warrants e CFDs para concluir que um é melhor que o outro. Existem diferenças brutais entre uns e outros:

1. ETFs alavancados.
Estes produtos são fundos e a alavancagem e fixa (por exemplo um ETF com alavancagem 2x terá todos os dias uma alavancagem de 2 vezes). Estes produtos replicam a variação diária do subjacente de referência por um factor de 2 vezes. Assim, se o índice subjacente sobe/desce 2%, o ETF x2 sobe/desce aprox. 4%. Existe um rebalancing no final do dia e no próximo dia é a mesma coisa. Assim sendo, matemáticamente o ETF perde valor quando o subjacente cotar ao mesmo valor numa data futura (para comparar na vida real é preciso incluir na conta os dividendos). Outros ingressos do fundo (como por exemplo lucros com empréstimo de títulos) podem mitigar esta diferença. Os ETF alavancados têm uma outperformance quando o subjacente apresenta uma tendência clara (pouca volatilidade). Quanto maior for a volatilidade no subjacente e se houver ausência de tendência, a performance do ETF alavancado será menos positiva. Não se pode perder mais do que o capital investido e devido a mecanismos de rebalancing estes ETFs não chegam a um valor de zero.

2. Factor Certificates: funcionam como os ETFs, só que são certificados e não fundos (risco de crédito do emitente) e podem apresentar factores de alavancagem superior aos ETFs.

3. CFDs: são contratos e têm o perfil de risco dos futuros (mas sem data de vencimento). A alavancagem é limitada pelo contraparte (Saxo, IG etc) e as margens estão no spread dos contratos, nos juros da conta margem e no chamado "slippage" feito pelo market maker dos CFDs: quando o investidor entra numa posição a cotação executada nem sempre corresponde à referência em tempo real do futuro (acontece mais nos CFDs com spreads apertados e com corretagem muito agressiva). O investidor pode perder todo o seu investimento ou mais (existe a possibilidade de stop-loss que não é garantido e implica um custo extra).

4. MiniFutures: são parecidos com os CFDs com algumas diferenças significantes. Primeiro são valores mobiliários que negoceiam em bolsa onde as cotações são públicas e negociáveis por qualquer investidor. Segundo, a alavancagem só é limitada pelo produto...teoricamente os produtos com mais alavancagem no mercado podem ser os MiniFuture Best...por exemplo se comprar um MF Best sobre o DAX a €0,02 (DAX a 8500 pontos) a alavancagem seria de 4250x. Terceiro, os MiniFutures não permitem perdas acima do valor investido. Li por aqui que uma desvantagem dos MiniFutures é a barreira de knock-out. Não entendi este argumento. Se eu entrar long num MF sobre o DAX com o DAX a 8600 pontos e uma barreira de KO a 8580 pagando por exemplo um valor de 30€, então eu sei que não importa o que acontecer, nunca irei perder mais que 30€. Se amanhão o DAX abrir em gap a 8400 pontos, quanto seria a perda num CFD? Neste produto perderia 30€ e não 200. A barreira KO é uma vantagem, permite-me especular em gaps comprando MF longs e shorts ao mesmo tempo e esperar que o GAP seja superior à margem cobrada pelo produto que vai fazer KO. Não se pode imitar esta estratégia de arbitragem com outro produto (só com os Turbo Warrants).

Bons trades e cuidado com o "confirmation bias", onde se procuram exemplos que comprovam um raciocínio...errado!

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