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Autor Tópico: Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.  (Lida 55089 vezes)

Zel

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Re:Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.
« Responder #240 em: 2013-09-12 13:50:06 »
outra forma de ver ao absurdo que leva o raciocinio do inc eh o seguinte: as mulheres agora tiram o dobro (uma diferenca brutal) dos graus universitarios dos homens, como tal sao MUITO mais inteligentes do que os homens, so podem ! sao geniais, tem imenso QI.

a verdadeira razao eh q o que determina a % de graus academicos nao eh o QI

O que determina os graus académicos é uma série de coisas, entre as quais o QI...

com o DOBRO dos graus universitarios dos homens nao seria de esperar que o QI das mulheres mostrasse resultados bastante superiores ao dos homens? mas isso nao acontece, pois nao? ate pelo contrario, o QI das mulheres costumava ser inferior ao dos homens.

Só voltando um pouco atrás nesta observação de que o QI não é importante para os graus académicos devido ao facto de haver mais mulheres e não se observar que o QI destas é brutalmente mais elevado.

Isso não é de todo uma conclusão que se possa tirar imediatamente porque o tirar um doutoramento é uma das hipóteses possíveis entre muitas. Empreendedorismo ou ir trabalhar é outra.

Não vi estudos sobre isto mas é possível que haja uma % superior de empreendedores (startups) masculinos do que femininos. Além disso o sentimento de que se pode ser discriminado no trabalho devido ao sexo é superior nas senhoras (basta ver a % de homens / mulheres nos cargos de direcção).

Qualquer destes factores pode fazer com que haja uma % inferior de homens a seguir graus académicos mais elevados, o que significa que em 100 homens e mulheres com capacidade idêntica (QI idêntico) para tirar um doutoramento, fazer uma startup ou ir trabalhar, haja um bias natural para mulheres seguirem o percurso académico, resultando numa % superior.

nao serve para provar nada, apenas aumenta muito a prob que o QI seja pouco importante em relacao a outros factores que por nao serem medidos facilmente sao ignorados e subvalorizados pois a diferenca eh brutal

Automek

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Re:Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.
« Responder #241 em: 2013-09-12 13:51:31 »
Não se trata apenas de serem mais vindos de escolas públicas. Trata-se também de que se as escolas privadas forem superiores (colocarem uma % maior dos seus alunos na universidade), então os alunos vindos de escolas privadas serão intrinsecamente inferiores. A selecção dos vindos de escolas públicas terá um potencial intrinsecamente superior (porque sendo a escola má, só se qualificam os intrinsecamente melhores):

Quando chegam à Universidade, em condições de igualdade, o potencial intrínseco irá sobrepor-se, e os vindos da escola pública revelar-se-ão melhores em média.

É um efeito curioso mas inteiramente expectável.
Sim, isso parece pacífico. O que não é claro é onde é que um aluno normal maximiza a sua probabilidade de aceder ao ensino superior. Não se consegue provar IMO.

Incognitus

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Re:Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.
« Responder #242 em: 2013-09-12 13:53:46 »
Não se trata apenas de serem mais vindos de escolas públicas. Trata-se também de que se as escolas privadas forem superiores (colocarem uma % maior dos seus alunos na universidade), então os alunos vindos de escolas privadas serão intrinsecamente inferiores. A selecção dos vindos de escolas públicas terá um potencial intrinsecamente superior (porque sendo a escola má, só se qualificam os intrinsecamente melhores):

Quando chegam à Universidade, em condições de igualdade, o potencial intrínseco irá sobrepor-se, e os vindos da escola pública revelar-se-ão melhores em média.

É um efeito curioso mas inteiramente expectável.
Sim, isso parece pacífico. O que não é claro é onde é que um aluno normal maximiza a sua probabilidade de aceder ao ensino superior. Não se consegue provar IMO.

No mínimo deviam fornecer estatísticas sobre a % dos alunos que entrando no secundário privado e no secundário estatal, depois acede à Universidade. Sendo certo que existem efeitos que não estarão relacionados com a qualidade e que favorecem fortemente o privado - nomeadamente a maior estabilidade/menor abandono escolar.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re:Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.
« Responder #243 em: 2013-09-12 13:55:01 »
sim, os melhores empregos estao guardados para quem tem mais educacao, hoje em dia vao para os Phds e MBAs, muitas vezes dao-lhes esses empregos em areas que eles nem nunca estudaram pois sao considerados mais inteligentes, a licenciatura/mestrado ja nao basta para quem quer ir longe
Ou seja, se o QI aumenta com a educação e esta aumenta o rendimento, é importante maximizar a probabilidade de um aluno chegar longe na sua formação. E essa probabilidade para um aluno mediano pode não ser igual numa escola pública e numa escola privada - isto ainda a propósito das escolas públicas vs escolas privadas. Pena não se conseguirem fazer estudos que comparem isso com clareza.

Conheco montes de Phds, desde fisicos do MIT a professores de financas nos EUA em escolas de topo, todos sao de escolas publicas. Claro que tb sao mais alunos a virem de escolas publicas. Acho que a ambicao dos pais nestes casos foi mais importante para o seu percursos que tudo o resto. Os pais e que construiram o mapa na cabeca deles e quando foram para o univ ja sabiam o que queriam, boa notas, contatos e um Phd numa escola de topo. Eu por exemplo tinha outro mapa, queria so acabar a licenciatura e nem sabia de mais nada.

Não se trata apenas de serem mais vindos de escolas públicas. Trata-se também de que se as escolas privadas forem superiores (colocarem uma % maior dos seus alunos na universidade), então os alunos vindos de escolas privadas serão intrinsecamente inferiores. A selecção dos vindos de escolas públicas terá um potencial intrinsecamente superior (porque sendo a escola má, só se qualificam os intrinsecamente melhores):

Quando chegam à Universidade, em condições de igualdade, o potencial intrínseco irá sobrepor-se, e os vindos da escola pública revelar-se-ão melhores em média.

É um efeito curioso mas inteiramente expectável.

eu nao acredito muito nesse efeito, uma escola ma prejudica mesmo os melhores pois nao sao puxados para o seu potencial e eh tudo mais facilitado e estupidificado, eu nao fiquei melhor a frances por a minha escola ser ma, antes pelo contrario

mas passei porque eram todos maus e os exames foram faceis, a seleccao nao aconteceu

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Re:Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.
« Responder #244 em: 2013-09-12 13:56:25 »
outra forma de ver ao absurdo que leva o raciocinio do inc eh o seguinte: as mulheres agora tiram o dobro (uma diferenca brutal) dos graus universitarios dos homens, como tal sao MUITO mais inteligentes do que os homens, so podem ! sao geniais, tem imenso QI.

a verdadeira razao eh q o que determina a % de graus academicos nao eh o QI

O que determina os graus académicos é uma série de coisas, entre as quais o QI...

com o DOBRO dos graus universitarios dos homens nao seria de esperar que o QI das mulheres mostrasse resultados bastante superiores ao dos homens? mas isso nao acontece, pois nao? ate pelo contrario, o QI das mulheres costumava ser inferior ao dos homens.

Só voltando um pouco atrás nesta observação de que o QI não é importante para os graus académicos devido ao facto de haver mais mulheres e não se observar que o QI destas é brutalmente mais elevado.

Isso não é de todo uma conclusão que se possa tirar imediatamente porque o tirar um doutoramento é uma das hipóteses possíveis entre muitas. Empreendedorismo ou ir trabalhar é outra.

Não vi estudos sobre isto mas é possível que haja uma % superior de empreendedores (startups) masculinos do que femininos. Além disso o sentimento de que se pode ser discriminado no trabalho devido ao sexo é superior nas senhoras (basta ver a % de homens / mulheres nos cargos de direcção).

Qualquer destes factores pode fazer com que haja uma % inferior de homens a seguir graus académicos mais elevados, o que significa que em 100 homens e mulheres com capacidade idêntica (QI idêntico) para tirar um doutoramento, fazer uma startup ou ir trabalhar, haja um bias natural para mulheres seguirem o percurso académico, resultando numa % superior.

nao serve para provar nada, apenas aumenta muito a prob que o QI seja pouco importante em relacao a outros factores que por nao serem medidos facilmente sao ignorados e subvalorizados pois a diferenca eh brutal

E claro, se um dado grupo já for seleccionado por QI, depois podem muito bem ser outros factores a determinar o resultado final - tal e qual como exemplifiquei quanto ao que aconteceria num desporto (e resultaria por exemplo em os velocistas ou basquetbolistas serem esmagadoramente negros mesmo que a genética lhes dê uma vantagem pequena versus o treino ou talento nesses desportos)
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Re:Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.
« Responder #245 em: 2013-09-12 13:57:46 »
sim, os melhores empregos estao guardados para quem tem mais educacao, hoje em dia vao para os Phds e MBAs, muitas vezes dao-lhes esses empregos em areas que eles nem nunca estudaram pois sao considerados mais inteligentes, a licenciatura/mestrado ja nao basta para quem quer ir longe
Ou seja, se o QI aumenta com a educação e esta aumenta o rendimento, é importante maximizar a probabilidade de um aluno chegar longe na sua formação. E essa probabilidade para um aluno mediano pode não ser igual numa escola pública e numa escola privada - isto ainda a propósito das escolas públicas vs escolas privadas. Pena não se conseguirem fazer estudos que comparem isso com clareza.

Conheco montes de Phds, desde fisicos do MIT a professores de financas nos EUA em escolas de topo, todos sao de escolas publicas. Claro que tb sao mais alunos a virem de escolas publicas. Acho que a ambicao dos pais nestes casos foi mais importante para o seu percursos que tudo o resto. Os pais e que construiram o mapa na cabeca deles e quando foram para o univ ja sabiam o que queriam, boa notas, contatos e um Phd numa escola de topo. Eu por exemplo tinha outro mapa, queria so acabar a licenciatura e nem sabia de mais nada.

Não se trata apenas de serem mais vindos de escolas públicas. Trata-se também de que se as escolas privadas forem superiores (colocarem uma % maior dos seus alunos na universidade), então os alunos vindos de escolas privadas serão intrinsecamente inferiores. A selecção dos vindos de escolas públicas terá um potencial intrinsecamente superior (porque sendo a escola má, só se qualificam os intrinsecamente melhores):

Quando chegam à Universidade, em condições de igualdade, o potencial intrínseco irá sobrepor-se, e os vindos da escola pública revelar-se-ão melhores em média.

É um efeito curioso mas inteiramente expectável.

eu nao acredito muito nesse efeito, uma escola ma prejudica mesmo os melhores pois nao sao puxados para o seu potencial e eh tudo mais facilitado e estupidificado, eu nao fiquei melhor a frances por a minha escola ser ma, antes pelo contrario

mas passei porque eram todos maus e os exames foram faceis, a seleccao nao aconteceu

Mesmo sendo a escola má, não sendo o potencial explorado, etc, o que acontece é que os intrinsecamente melhores conseguem qualificar-se para a Universidade. Não se trata de passar de ano, etc.
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Re:Isto é como nascer rico, mas na óptica de um país.
« Responder #246 em: 2013-09-12 14:03:34 »
No mínimo deviam fornecer estatísticas sobre a % dos alunos que entrando no secundário privado e no secundário estatal, depois acede à Universidade. Sendo certo que existem efeitos que não estarão relacionados com a qualidade e que favorecem fortemente o privado - nomeadamente a maior estabilidade/menor abandono escolar.
Sim, as condições financeira podem ser um entrave no acesso à universidade, distorcendo as estatísticas.

Um estudo de longo prazo poderia ser pegar nos que chegaram ao fim do 12º ano no público e privado e comparar com as notas de exame de 6º ano, por exemplo. Isto para ver se há uma % superior de alunos médios no privado que chegam ao fim do 12º ano e com que notas (mas mesmo isto tem alguns defeitos porque é provável que mais alunos médios no público abandonem a escola, embora haja a escolaridade obrigatória).