A última crise, a do extenso conluio da banca desregulada,
a fechar os olhos aos incobráveis de créditos à plebe,
sobreexplorada por salários cada vez menores,
sem dúvida é a causa da débacle
dos bancos privados;
mas podes retroceder a 73,
e ver que o encarecimento
de todas as matérias-primas,
mudou toda a metodologia
dos negócios, forçando
as actividades a controlos
de custos muito apurados.
Essa necessidade favoreceu
a inventividade de elevar
astronomicamente
a produtividade
do terciário;
a ponto de, passar a ser possível
atravessar crises de vendas, sem
despedir grandes quantidades
de pessoal administrativo,
ainda não reformado,
porque a informática, as máquinas,
não só não ganham 13º nem 14º mês,
e tanto podem trabalhar como ficar inactivas
sem por isso terem de ser despedidas e indemnizadas.
O que tudo favoreceu a contenção geral de salários
forçando os assalariados a endividar-se para sustentarem
o seu, e o da suas famílias, nível de vida.
Daí a crise, após anos recorrentes de diminuição
da parte salarial no rendimento nacional de cada país
capitalista ocidental.
A mim parece-me que as coisas têm de tomar
um rumo mais sério, retomando o controle
da moeda e do crédito por regulamento
apertado de merecimento económico
e controlo populacional e migratório.