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Autor Tópico: Subsídios ao cinema  (Lida 45982 vezes)

Automek

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Subsídios ao cinema
« em: 2012-12-30 02:10:35 »
Há dias estive a ver os apoios de 2011 ao cinema e, além de tudo o resto, achei particularmente estranho haver dois apoios, de 500.000€ cada um, com a menção de Primeiras Obras.

Fui tentar perceber se isto das primeiras obras seria mesmo para novos 'talentos' e aparentemente é o caso (ou pelo menos é isso que deduzo pela leitura deste link). De acordo com o que consta na proposta de lei, "Destaca-se ainda um programa de apoio aos novos talentos e às primeiras obras, um aspecto inovador que visa apoiar financeiramente a renovação da arte cinematográfica e o reconhecimento dos novos criadores.".

O que já não consegui foi encontrar o critério que permite qualificar alguém como sendo suficientemente promissor, em matéria de primeiras obras, para receber 500K euros de impostos de todos nós.

Incognitus

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #1 em: 2012-12-30 02:17:48 »
O MO é que consegue que pinguem 700k todos os anos, que é o máximo.
 
Em todo o caso alguém vai ficar feliz pois pode dedicar-se a algo de que gosta mesmo que não exista mercado para o que faz, pois os recursos de quem trabalha no que não gosta são retirados à força para entregar a esse afortunado. É uma beleza, a ética deste sistema.
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Automek

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #2 em: 2012-12-30 03:28:40 »
Encontrei o top 40 dos filmes nacionais mais vistos em Portugal de 2004 a 2012. Até me custa a acreditar que o MO não tenha conseguido meter lá um único filme.

Automek

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #3 em: 2012-12-30 03:49:34 »
O número 26.Filme do Desassossego do João Botelho tem apenas 1 cópia mas levou um apoio de 600K euros e depois parece-me que deve ter conseguido mais 200K da Câmara de Lisboa. Isto além de ter pingado alguma coisa da Gulbenkian.

Nada mau atendendo a que estava orçamentado em 900K euros.

O mais caricato é isto:
Recorde-se que o último filme de João Botelho, «Filme do Desassossego» teve 27.644 espetadores em sessões que decorreram como uma digressão com uma só cópia digital pelo país.

tatanka

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #4 em: 2012-12-30 10:21:48 »
Encontrei o top 40 dos filmes nacionais mais vistos em Portugal de 2004 a 2012. Até me custa a acreditar que o MO não tenha conseguido meter lá um único filme.


Repara no TOP5: O crime do Padro Amaro, Filme da Treta, Balas e Bolinhos, Morangos com Açucar e Call Girl.
Preferias enterrrar dinheiro nestes filmes?

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― Woody Allen

kitano

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #5 em: 2012-12-30 11:04:26 »
Eu preferia não enterrar nos outros.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #6 em: 2012-12-30 11:13:10 »
Em nenhum deles.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Incognitus

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #7 em: 2012-12-30 13:22:23 »
O número 26.Filme do Desassossego do João Botelho tem apenas 1 cópia mas levou um apoio de 600K euros e depois parece-me que deve ter conseguido mais 200K da Câmara de Lisboa. Isto além de ter pingado alguma coisa da Gulbenkian.

Nada mau atendendo a que estava orçamentado em 900K euros.

O mais caricato é isto:
Recorde-se que o último filme de João Botelho, «Filme do Desassossego» teve 27.644 espetadores em sessões que decorreram como uma digressão com uma só cópia digital pelo país.

 
O "mercado" a que estes filmes (e os do MO) se dirigem, é o "mercado" dos subsídios. É basicamente o uso de um mecanismo coercivo para retirar recursos à população e os encaminhar para um interesse particular, visto que voluntariamente não o conseguem. Não difere do que um Dias Loureiro ou Duarte Lima tenta fazer, noutros campos.
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tatanka

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #8 em: 2012-12-30 13:53:42 »
Em nenhum deles.

Pois, a questão é que os metodos alternativos de subsidiação que têm discutido, baseado somente na bilheteira, são ainda piores que os actuais.
« Última modificação: 2012-12-30 13:53:51 por tatankov »
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #9 em: 2012-12-30 14:09:43 »
Em nenhum deles.

Pois, a questão é que os metodos alternativos de subsidiação que têm discutido, baseado somente na bilheteira, são ainda piores que os actuais.

São piores na tua opinião, mas isso é a definição de usar o Estado para defender interesses particulares. O Estado deve ser usado de uma forma neutra, quanto muito para maximizar a satisfação dos desejos e necessidades da população. Só crendo que os desejos e necessidades de uns são superiores aos de outros, é que se consegue manter a opinião que tu apadrinhas.
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #10 em: 2012-12-30 15:17:51 »
Em nenhum deles.

Pois, a questão é que os metodos alternativos de subsidiação que têm discutido, baseado somente na bilheteira, são ainda piores que os actuais.

São piores na tua opinião, mas isso é a definição de usar o Estado para defender interesses particulares. O Estado deve ser usado de uma forma neutra, quanto muito para maximizar a satisfação dos desejos e necessidades da população. Só crendo que os desejos e necessidades de uns são superiores aos de outros, é que se consegue manter a opinião que tu apadrinhas.

Repara, que na defesa das tuas ideologias cegas, és apologista que o estado subsidie obras do calibre de "Morangos com Acucar" ou "Balas e Bolinhos". Com uma posição destas, é um contra-senso gritante ainda vir falar em ética....
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #11 em: 2012-12-30 15:28:06 »
Eu sou apologista que o estado não gaste dinheiro em cinema.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #12 em: 2012-12-30 16:01:30 »
Em nenhum deles.

Pois, a questão é que os metodos alternativos de subsidiação que têm discutido, baseado somente na bilheteira, são ainda piores que os actuais.

São piores na tua opinião, mas isso é a definição de usar o Estado para defender interesses particulares. O Estado deve ser usado de uma forma neutra, quanto muito para maximizar a satisfação dos desejos e necessidades da população. Só crendo que os desejos e necessidades de uns são superiores aos de outros, é que se consegue manter a opinião que tu apadrinhas.

Repara, que na defesa das tuas ideologias cegas, és apologista que o estado subsidie obras do calibre de "Morangos com Acucar" ou "Balas e Bolinhos". Com uma posição destas, é um contra-senso gritante ainda vir falar em ética....

Ético, seria não subsidiar filme nenhum.
 
Ético também seria compreender que todas as pessoas são iguais e que satisfazer as necessidades de umas não é mais valioso do que satisfazer as de outras, pelo que maximizar a satisfação das necessidades de ver cinema passa então a ser aquilo que maximizar o número de pessoas satisfeitas.
 
O que não é ético, é achares que a tua opinião sobre o que é melhor, se sobrepõe à das outras pessoas, até ao ponto em que achas que quem difere da tua opinião "não é ético". Ou até ao ponto de achares que parte da vida das outras pessoas deve ser passada a trabalhar para satisfazer a tua noção do que é correcto, sem remuneração em troca.
 
Penso que não te dás conta das implicações daquilo que defendes, porque se desses obviamente que não o defenderias.
 
(por fim, não é uma "ideologia cega" achar-se que os outros devem guiar a sua vida pelas suas opções, que devem ser livres em fazê-lo. "ideologia cega" é precisamente o contrário - achar-se que se deve decidir pelos outros, que os outros são meros geradores de recursos para financiar as nossas opções)
 
(nota ainda que eu não sou apologista de que se financie algo em particular. Sou simplesmente apologista de que as pessoas são todas iguais, que a satisfação das suas necessidades é igualmente importante sejam quem forem, que todos devem ter direito a viver a sua vida segundo as suas próprias opções, e que quem quiser que decidam por ele deve expressá-lo voluntariamente em vez de a isso ser obrigado)
« Última modificação: 2012-12-30 16:06:24 por Incognitus »
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Smog

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #13 em: 2012-12-30 16:04:08 »
As pessoas são todas difentes. Deveriam ter os mesmos direitos e deveres. Na prática não têm e o sistema favorece a corrpção e o compadrio. A compeencia raras vezes fica na mó de cima.
wild and free

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #14 em: 2012-12-30 16:38:43 »
Tatankov,
 
Dito de outra forma, eu não defendo um sistema que produza o resultado X ou Y. Eu defendo um sistema que respeite as opções das pessoas e as trate por igual, sendo certo que desde que a pertença a um qualquer outro sistema que funcione segundo outros princípios seja voluntária, não vejo qualquer problema nisso. Ou seja, não vejo qualquer problema em as pessoas pertencerem voluntariamente a uma qualquer associação cujo objectivo seja encher os bolsos do MO.
 
Tu, pelo contrário, defendes um sistema que produza apoios ao que achas que na tua opinião deve ser apoiado, que não apoie o que achas que não deve ser apoiado, e que faça esses apoios através da retirada coerciva de recursos à generalidade da população, inviabilizando que essa mesma população dirija esses recursos para as suas próprias opções.
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tatanka

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #15 em: 2012-12-30 19:33:42 »
Tatankov,
 
Dito de outra forma, eu não defendo um sistema que produza o resultado X ou Y. Eu defendo um sistema que respeite as opções das pessoas e as trate por igual, sendo certo que desde que a pertença a um qualquer outro sistema que funcione segundo outros princípios seja voluntária, não vejo qualquer problema nisso. Ou seja, não vejo qualquer problema em as pessoas pertencerem voluntariamente a uma qualquer associação cujo objectivo seja encher os bolsos do MO.
 
Tu, pelo contrário, defendes um sistema que produza apoios ao que achas que na tua opinião deve ser apoiado, que não apoie o que achas que não deve ser apoiado, e que faça esses apoios através da retirada coerciva de recursos à generalidade da população, inviabilizando que essa mesma população dirija esses recursos para as suas próprias opções.

Incognitus, eu não entendo o teu sistema alternativo.
Se passa simplesmente por ser um sistema "indexado" á bilheteira, alimentando "bolos&bolinhos" e "morangos com açúcar", mais vale deixares-te estar quieto.
A área da cultura, é uma area em que a intervenção do estado, não se pode reger por esses moldes que defendes. Se forem perguntar aos portugueses se querem de livre vontade dar 2€ todos os anos, para a preservação do Mosteiro da Batalha, achas que alguém vai contribuir?
« Última modificação: 2012-12-30 19:46:58 por tatankov »
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #16 em: 2012-12-30 23:45:15 »
Tatankov,
 
Dito de outra forma, eu não defendo um sistema que produza o resultado X ou Y. Eu defendo um sistema que respeite as opções das pessoas e as trate por igual, sendo certo que desde que a pertença a um qualquer outro sistema que funcione segundo outros princípios seja voluntária, não vejo qualquer problema nisso. Ou seja, não vejo qualquer problema em as pessoas pertencerem voluntariamente a uma qualquer associação cujo objectivo seja encher os bolsos do MO.
 
Tu, pelo contrário, defendes um sistema que produza apoios ao que achas que na tua opinião deve ser apoiado, que não apoie o que achas que não deve ser apoiado, e que faça esses apoios através da retirada coerciva de recursos à generalidade da população, inviabilizando que essa mesma população dirija esses recursos para as suas próprias opções.

Incognitus, eu não entendo o teu sistema alternativo.
Se passa simplesmente por ser um sistema "indexado" á bilheteira, alimentando "bolos&bolinhos" e "morangos com açúcar", mais vale deixares-te estar quieto.
A área da cultura, é uma area em que a intervenção do estado, não se pode reger por esses moldes que defendes. Se forem perguntar aos portugueses se querem de livre vontade dar 2€ todos os anos, para a preservação do Mosteiro da Batalha, achas que alguém vai contribuir?

Se achas que a maioria não contribuiria, então não seria sequer democrático preservar a coisa. Seria conscientemente anti-democrático. Mas de resto, algo como o Mosteiro da Batalha acredito que conseguirias mecenas, patrocínios, etc, para o preservar até sem apoio directo do Estado.
 
Por fim, coisas como cinema acho que nem sequer seria necessário terem apoios. Terias cinema Português mesmo que não existisse qualquer tipo de apoio.
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Re: Subsídios ou donativos voluntários
« Responder #17 em: 2012-12-30 23:47:33 »
Eu defendo um sistema que respeite as opções das pessoas e as trate por igual, sendo certo que desde que a pertença a um qualquer outro sistema que funcione segundo outros princípios seja voluntária, não vejo qualquer problema nisso. Ou seja, não vejo qualquer problema em as pessoas pertencerem voluntariamente a uma qualquer associação cujo objectivo seja encher os bolsos do MO.

Parece-me que é isso que se passa na grande maioria das associações, incluindo as que têm um caráter multinacional. Quem as financia deve ser quem as integra, claro, na medida não apenas das possibilidades de cada um mas também do interesse, individual e coletivo, em apoiar determinados projetos ou iniciativas, tanto financeiramente como através do voluntariado.

Contudo, quando se fala em cultura e património, tanto físico (monumentos) como cultural (artes em geral), a distinção talvez já não seja assim tão nítida. Afinal, existem atividades que não geram retorno financeiro, mas talvez proporcionem outro tipo de contributo cultural/espiritual que justifique a sua existência e, por seu turno, algum subsídio do erário público. O certo é que esta parece ser uma prática generalizada em todos os países desenvolvidos, logo há por certo uma explicação para tal. De resto, parece-me que a grande maioria dos subsídios a nível dos estados, incluindo a UE, são fornecidos aos setores agrícola e industrial, representando até uma forma de protecionismo lesivo da concorrência comercial,  em prejuízo sobretudo dos países menos desenvolvidos. A este respeito, é não só irónico como escandaloso que muitos produtos agrícolas sejam mais baratos, em termos absolutos, nos países ricos do que em nações do 3º mundo!

Logo, que dizer desta subsidiação a atividades económicas que até são lucrativas, não será isso um contrassenso e mesmo uma imoralidade tão ou mais grave que o apoio a iniciativas privadas no âmbito da cultura?!

Pelo contrário, o apoio a ser dado, deveria ser dado a actividades lucrativas. Pois se o que tu queres é que existam mais das lucrativas e menos das que não o são, é natural que apoies aquilo que queres realmente que exista mais.
 
Apoiar actividades que não são lucrativas e viáveis é pagar para ser pobre. Empobrece a generalidade da sociedade.
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Automek

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #18 em: 2012-12-31 00:06:56 »
Tatankov, de forma muito sucinta aquilo que eu penso é o seguinte:
- Há áreas que têm que ver com as necessidades essenciais das pessoas e/ou países, como seja a saúde e a educação
- Há áreas que têm a ver com as funções indispensáveis ao funcionamento do país, como seja a justiça, segurança ou defesa do território

Para qualquer destas áreas acho aceitável que sejam retirados compulsivamente recursos de uns para serem redistribuídos por outros (ainda que não tenham necessariamente de serem providenciados pelo estado). O cinema não faz parte de nenhuma destas áreas essenciais / indispensáveis. E nem sequer vejo esta industria com grande externalidades positivas no resto do país (ao contrário do exemplo que deste do mosteiro da Batalha).

Incognitus

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #19 em: 2012-12-31 00:14:35 »
Tatankov, de forma muito sucinta aquilo que eu penso é o seguinte:
- Há áreas que têm que ver com as necessidades essenciais das pessoas e/ou países, como seja a saúde e a educação
- Há áreas que têm a ver com as funções indispensáveis ao funcionamento do país, como seja a justiça, segurança ou defesa do território

Para qualquer destas áreas acho aceitável que sejam retirados compulsivamente recursos de uns para serem redistribuídos por outros (ainda que não tenham necessariamente de serem providenciados pelo estado). O cinema não faz parte de nenhuma destas áreas essenciais / indispensáveis. E nem sequer vejo esta industria com grande externalidades positivas no resto do país (ao contrário do exemplo que deste do mosteiro da Batalha).

É o mesmo que eu penso. E o problema que vejo é que cada vez mais o Estado é usado para avançar interesses particulares longe de serem essenciais, mas sempre a coberto do interesse comum.
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