Em nenhum deles.
Pois, a questão é que os metodos alternativos de subsidiação que têm discutido, baseado somente na bilheteira, são ainda piores que os actuais.
São piores na tua opinião, mas isso é a definição de usar o Estado para defender interesses particulares. O Estado deve ser usado de uma forma neutra, quanto muito para maximizar a satisfação dos desejos e necessidades da população. Só crendo que os desejos e necessidades de uns são superiores aos de outros, é que se consegue manter a opinião que tu apadrinhas.
Repara, que na defesa das tuas ideologias cegas, és apologista que o estado subsidie obras do calibre de "Morangos com Acucar" ou "Balas e Bolinhos". Com uma posição destas, é um contra-senso gritante ainda vir falar em ética....
Ético, seria não subsidiar filme nenhum.
Ético também seria compreender que todas as pessoas são iguais e que satisfazer as necessidades de umas não é mais valioso do que satisfazer as de outras, pelo que maximizar a satisfação das necessidades de ver cinema passa então a ser aquilo que maximizar o número de pessoas satisfeitas.
O que não é ético, é achares que a tua opinião sobre o que é melhor, se sobrepõe à das outras pessoas, até ao ponto em que achas que quem difere da tua opinião "não é ético". Ou até ao ponto de achares que parte da vida das outras pessoas deve ser passada a trabalhar para satisfazer a tua noção do que é correcto, sem remuneração em troca.
Penso que não te dás conta das implicações daquilo que defendes, porque se desses obviamente que não o defenderias.
(por fim, não é uma "ideologia cega" achar-se que os outros devem guiar a sua vida pelas suas opções, que devem ser livres em fazê-lo. "ideologia cega" é precisamente o contrário - achar-se que se deve decidir pelos outros, que os outros são meros geradores de recursos para financiar as nossas opções)
(nota ainda que eu não sou apologista de que se financie algo em particular. Sou simplesmente apologista de que as pessoas são todas iguais, que a satisfação das suas necessidades é igualmente importante sejam quem forem, que todos devem ter direito a viver a sua vida segundo as suas próprias opções, e que quem quiser que decidam por ele deve expressá-lo voluntariamente em vez de a isso ser obrigado)