Aquilo de que o Euro necessita para ser mais viável e não passar por situações destas, é ter mais do que o dólar tem (pois o dólar não tem situações destas). Isso consiste em:
ter mais que o dollar... ter mais o quê? dá impressão que falta aí uma palavra
* Ter um Estado Federal mais forte;
isso não acontecerá no tempo das nossas vidas e dificilmente no tempo das vidas dos nossos filhos.
os referendos à constituição europeia correram todos mal (com poucas excepções):
nomeadamente
o francês - um dos dois pilares europeu - rejeitando claramente a federalização.
o holandês - um dos hawks austéricos.
o dinamarquês, que foi ainda mais cómico:
The Danish referendum on the Treaty establishing a Constitution for Europe was a planned referendum to be held on 27 September 2005, that would have put the proposed Constitution to the voters of Denmark for ratification. However, after voters voted down the Constitution in both the French and Dutch referendums before the Danish vote could take place, Danish prime minister Anders Fogh Rasmussen indicated that the referendum would be cancelled. On April 24, 2008 the Danish parliament ratified the Treaty's successor, the Treaty of Lisbon without a referendum.
os
referendos irlandeses que foi... qual é a palavra....? ah ... surreal.
The first referendum on the Treaty of Lisbon held on 12 June 2008 was rejected by the Irish electorate, by a margin of 53.4% to 46.6%, with a turnout of 53%.[5]
The second referendum on the Treaty of Lisbon held on 2 October 2009 and the proposal was approved by 67.1% to 32.9%, with a turnout of 59%.[6]
rejeitaram o primeiro? não faz mal. faz-se outro.!
visão geral:
Czech Republic Cancelled
Denmark Postponed
France No by 55%. 69% turnout.
Ireland Cancelled
Luxembourg Yes by 57%. 88% turnout.
Netherlands No by 62%. 63% turnout.
Poland Postponed
Portugal Postponed
Spain Yes by 77%. 42% turnout.
United Kingdom Postponed
os europeus não querem menos soberania. querem mais. querem é mais cooperação e mecanismos modernos para lidar com as crises.
a missão dos líderes europeus é encontrar uma forma de conjugar os dois desejos.
se os referendos correram assim em 2005, imaginem como correriam hoje.
* E ... AINDA maior restrição nos déficits e dividas que os Estados membros podem ter. Não digo 0% como nos EUA, mas claramente o nível de déficit e dívida tem que estar muito abaixo dos actuais 3%/60% actuais. Como contrapartida, o Estado Federal mais forte pode depois ter algum déficit e dívida.
ainda mais? ainda menos soberania?
pois, os schaubles e dijsselbloem também pensam assim, por iso é que isto está a correr tão mal.
e por isso e por causa deles e das pessoas que pensam assim (como o Inc) é que o projecto europeu vai pelo cano.
a integração europeia tem que ser algo completamente diferente. a que está a ser tentada tem mais a ver com tentações hegemónicas do sec XIX do que com a realidade do sec XXI.
mais poderes paraa comissão? mais restrições de soberania para os estados? no way, jose...
o caminho é precisamente o inverso.
ou então não há caminho: que é o que está a ocorrer com admiração consternada dos schaubles e gajos com cabelo encaracolado e cara de quem está com um problema intestinal permanente.
Lark