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Autor Tópico: Ultraliberalismo  (Lida 54544 vezes)

John_Law

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #100 em: 2013-05-28 20:57:24 »
Para um ultraliberal só estas áreas (courts, police, prisons, defense) são públicas, e mesmo assim...!

Saúde, Educação e Seg. Social , são apeteciveis para negocios chorudos dos mesmos de sempre.

Realmente o paraiso destes ultra de sucesso é a Somália, estado zero.

Consegues conceber que existam pessoas com uma opinião diferente da tua que não estejam a defender um interesse obscuro qualquer?

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #101 em: 2013-05-28 21:02:29 »
Eu acho que é mais complexo, John Law. Eu acho que é a Luísa que está, ela própria, a defender um interesse. Nós não sabemos qual, mas podemos imaginar.

Porque a defesa de saúde, educação, etc, serem estritamente públicas não é uma defesa nem do direito à educação, saúde, nem dos contribuintes, nem dos utilizadores desses serviços.

Se não é uma defesa do direito, de quem o paga ou de quem o utiliza, é natural que se pergunte: "é uma defesa de quem?".
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #102 em: 2013-05-28 21:06:24 »
Retirado do Facebook, da página de Rui Sinel de Cordes:
Citar
A sério? Há uma manifestação no Teatro Aberto porque ficaram sem o subsídio de 300 mil euros do Governo? E estão lá autores e personalidades e Media? Eh pa, que aborrecimento, adorava ter ido.
Para lhes dizer que há 4 anos, pensei fazer o "Black Label" numa sala do Teatro Aberto - a sala 2, óptima para stand-up - que estava sem programação. Uma sala vazia, que ia ser utilizada sem custos para o Teatro, ia trazer público e comissão de bilheteira. Foi-me dito pela direcção que o stand-up comedy não era uma arte suficientemente digna para o Teatro Aberto.
Agora correm o risco de fechar porque não têm mama do Governo para fazerem peças dignas?
Azar do c*****o.
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #103 em: 2013-05-28 21:12:50 »
Muito bom ...  :D
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #104 em: 2013-05-28 21:19:28 »
Muito bom Local.  ;)
Espero que o vbm venha ler isto (não é uma provocação ao vbm mas sim o espelho daquilo que temos discutido no outro tópico sobre a 'nobreza' de qualquer coisa que depois se materializa em apoios arbitrários).

PMACS

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #105 em: 2013-05-31 18:05:28 »
Anda tudo á mama!


Citar
Taxistas manifestam-se contra Passos Coelho em Chaves

Duas dezenas de taxistas manifestaram-se esta sexta-feira, em Chaves, à passagem do primeiro-ministro na cidade, para alertarem para a suspensão do transporte dos doentes hemodialisados, serviço agora prestado pelos bombeiros.

Os taxistas pararam junto ao mercado abastecedor de Chaves, onde Passos Coelho iniciou uma visita ao distrito de Vila Real e empunharam duas faixas onde se podia ler: «Pagamos os nossos impostos, queremos os nossos direitos» e «Senhor primeiro-ministro, os taxistas estão cá para os hemodialisados».

Orlando Osório, em representação dos taxistas, explicou que, com este protesto, os taxistas quiseram alertar o primeiro-ministro «para a grave situação» que estão a viver por causa da transferência do transporte dos hemodialisados para os bombeiros.

«Queremos ser reintegrados nas negociações e ter os mesmos direitos que os nossos colegas bombeiros», disse.

Orlando Osório garantiu que o serviço prestado pelos taxistas «é mais barato» e considerou que a classe está a ser discriminada. Garantiu ainda que há taxistas que viviam só deste serviço, que lhe dava um rendimento mensal que podia ir dos 600 aos mil euros.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/taxis-transporte-de-doentes-passos-coelho-chaves-protesto-tvi24/1455503-4071.html

mgom

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #106 em: 2013-06-01 14:32:07 »
É tipico esse refugio em argumentos parciais, meias verdades, tais como a exploração constante das fragilidades do Estado redistributivo e regulador.

Mas fogem como o diabo da cruz, quando se lhes tenta explicar que os mecanismos redistributivos do Estado, podem ser aperfeiçoados, para que deles não se aproveitem os abusadores.

Agarram-se aos casos em que "x" e "y" abusaram disto e daquilo.

Países que mantêm serviços sociais sustentáveis  e eficientes, são postos de parte.

"São pessoas diferentes", dizem.

"Iluminados" ou talvez exóticos habitantes de outras dimensões.

Mas num mundo em que o capitalismo selvagem se impôe cada vez mais, até esses terão de capitular, mais cedo ou mais tarde.


Contra factos não há argumentos, num mundo Capitalista desregulado, em que não existe uma eficaz e equilibrada redistribuição, todos os recursos serão dos mais ricos, mais cedo ou mais tarde:

USA

Há 25 anos 1% da população detinha 29% de riqueza.

Há 5 anos 1% da população detínha 59% da riqueza.

Hoje temos cerca de 2 terços da riqueza do país nas mãos de 1% da população.

« Última modificação: 2013-06-01 14:34:54 por mgom »
"Nunca discutas com um estúpido.  Te fará  descer ao seu nível e aí te ganhará  por experiência".

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #107 em: 2013-06-01 14:39:24 »
mgom, não consigo localizar o espantalho que estás a rebater ...

Geralmente aqui (pelo menos por mim) são propostos sistemas que mantêm os direitos redistributivos na educação, saúde, etc. Ao manter esses direitos, ainda expandem o uso da concorrência e a capacidade de escolha dos indivíduos. E por último, tornam os sistemas menos vulneráveis à arbitrariedade, corrupção e abuso (pois a escolha cai para o nível do indivíduo, onde é quase impossível existir corrupção viável economicamente).
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #108 em: 2013-06-01 15:28:44 »
O mgom está a referir-se ao anarco capitalismo. Já deu para perceber pelo teor dos posts com aquela história do leão na selva, do autocarro, etc. Não tem nada a ver com o tópico.

mgom

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #109 em: 2013-06-01 23:56:25 »
Independentemente da possibilidade de haver ou não, quem o defenda sem algum interesse obscuro.

Parece-me que os Ultraliberais querem ser uma coisa e parecer outra.

E quando confrontados num espelho, negam a própria imagem aí reflectida.










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mgom

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #110 em: 2013-06-02 00:00:51 »
Mas há quem o veja pior!



Privatizar tudo e entregá-lo ás Bolsas ou Mercados.



A inevitabilidade:
Globalização ou Imperialismo?
Justificando-se sob a inevitabilidade, o Globalismo é imposto pelo B.Mundial, FMI,  em especial  a OMC, em benefício da Finança Mundial.





A farsa:

"Vamos criar uma economia unificada no mundo inteiro, assim todos poderão desfrutar da riqueza, do progresso científico, do progresso comercial, dos progressos da Liberdade."



A realidade:

Submeter o Mundo á filosofia única da maximalização dos lucros  como objectivo primordial.

Destruição das soberanias dos Estados.



Um modelo  onde as fronteiras para o Capital deixam de existir.

 Independentemente de qualquer assimetria óbvia, como direitos humanos, ambientais etc...



Criação de desemprêgo em massa,   instauração do mêdo como forma de pressionar as populações , retirando-lhes os mais básicos direitos, transformando-nos em escravos submissos.


"O estatuto de trabalhador desaparece,
O trabalho e o homem, convertem-se numa mercadoria  qualquer.
E no local onde se encontre o mercado de trabalho mais favorável, o Capital irá buscá-lo."



Limitam-se  a recolher proveitos, servir-se da mão de obra barata, furtar-se dos impostos (offshores) contribuindo o menos possível nas sociedades onde estão inseridos.
http://www.dn.pt/DNmultimedia/Embeds/ZonasOffshores/index.html

Um grande estudo sobre titulares de contas “offshore” levado a cabo por vários jornais, incluindo “Le Monde”, revela a extensão internacional do fenómeno. Deve ser encarado como um sinal de alarme para a sobrevivência dos nossos sistemas políticos, considera a diretora do diário francês.
Personalidades endinheiradas mantêm aí o equivalente ao PIB conjunto dos Estados Unidos e do Japão.

http://www.presseurop.eu/pt/content/article/3632071-os-paraisos-fiscais-matam-nossas-democracias



Entregar o domínio do Mundo aos Mercados, onde anonimamente uma "determinada  elite" comanda.

Por trás dos vários governos (PS, PSD, etc... e os de todo o mundo), estão sempre os inimigos do povo, ocultos no anonimato dos mercados, da finança.

É o Ultraliberalismo

"Abrir caminho" aos propósitos de uma  "Organização Criminosa" que domina o Mundo.



Não se pretende aqui criticar a livre iniciativa, os empresários, cuja existência é fundamental, ou pequenos investidores.
As pessoas têm de sobreviver, naturalmente beberão onde existir água e têm de se movimentar dentro do estabelecido.
Mas isso não impede que chamemos "os bois pelo nome".


É lamentável também, que muitas pessoas de nobres intenções se deixem enganar em doutrinas totalitárias Marxistas e afins, em que a palavra Democracia é apenas uma falácia para a imposição dos seus modelos totalitários e como tal, anti-democráticos.

« Última modificação: 2013-06-02 00:14:38 por mgom »
"Nunca discutas com um estúpido.  Te fará  descer ao seu nível e aí te ganhará  por experiência".

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #111 em: 2013-06-02 00:12:54 »
(...)
Um grande estudo sobre titulares de contas “offshore” levado a cabo por vários jornais, incluindo “Le Monde”, revela a extensão internacional do fenómeno. Deve ser encarado como um sinal de alarme para a sobrevivência dos nossos sistemas políticos, considera a diretora do diário francês.
Personalidades endinheiradas mantêm aí o equivalente ao PIB conjunto dos Estados Unidos e do Japão.
(...)
Entregar o domínio do Mundo aos Mercados, onde anonimamente uma "determinada  elite" comanda.
(...)
É o Ultraliberalismo
Mais um erro. Não encontras um liberal, ultraliberal (neoliberal) que defenda os offshores. Aquilo que defendem, sim, é o menor nível de impostos que for possível para todos.

hermes

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #112 em: 2013-06-02 15:49:50 »
Agora que há tempo, cá vai a resposta.

O capuchinho, não tem alternativa.


Não tem alternativa, porque não quer. Olha aqui por exemplo os pobres da Índia a porem o seu ministro das finanças de tal forma em linha, que este último vem dizer aos primeiros para se comportarem!

Tal como na história dos vampiros, que só entram em casa da vítima, se forem convidados, tb o capuchinho vermelho está a poupar no crédito e moeda dos seus caros concidadãos, intermediado pelos bancos, porque quer, tanto mais que até tem de fazer o esforço consciente e premeditado dir ao banco, a fim de ser comido pela avozinha.

Até parece que o capuchinho vermelho não conhece os seus caros concidadãos devedores pertencentes à maioria democrática... Caso ele(a) ainda não tenha percebido, basta dizer-lhe isto: Quem não os conhecer, que os compre!

O capuchinho vermelho tem à sua disposição todos os bens do mundo para poupar, pelo que é necessário uma tremenda falta de imaginação para poupar na moeda e crédito dos seus concidadãos.
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Luisa Fernandes

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #113 em: 2013-06-03 14:42:37 »
Citar
O presidente do BES, Ricardo Salgado, disse na sexta-feira que os portugueses “não querem trabalhar” e que preferem viver à sombra do “subsídio de desemprego”.


Mas podemos sempre generalizar e dizer, com base no que se vai sabendo, que os banqueiros portugueses são uns incompetentes, quando não aldrabões ou então hábeis gestores de negócios junto do Estado.


Afinal os que não estão falidos, a fingir que não estão falidos ou a sacar dinheiro ao Estado (quantas vezes  enfraquecendo ainda mais a CGD) para não falirem são quantos?


« Última modificação: 2013-06-03 14:47:30 por Luisa Fernandes »
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #114 em: 2013-06-03 14:50:55 »
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #115 em: 2013-06-04 17:54:15 »
Boa parte dos liberais que defendem a liberdade de escolha da escola fazem-no convencidos que é um contributo decisivo para a igualdade de oportunidades e para existência de projectos educativos diferenciados de ordem confessional, por exemplo. Os principais argumentos são conhecidos: a escolha da escola é um indicador de liberdade, aumenta a competitividade entre escolas em benefício dos alunos e permite aos mais desfavorecidos a escolha de escolas melhores e mais exigentes.

 

Estes liberais defendem soluções como o cheque-ensino ou o financiamento de acordo com o número de turmas ou de alunos e nunca a privatização total com o pagamento de propinas. Contestam a frequência escolar com base em critérios geográficos, familiares ou de ordem pedagógica definida pelas autoridades escolares.

 

As já vastas experiências contrariam os liberais e provam exactamente o contrário. Como não existem escolas com vagas ilimitadas, a liberdade de escolha favorece a formação de grupos sociais de acordo com os estatutos existentes e acentua a guetização dos mais desfavorecidos. Os grupos sociais mais "fortes" estabelecem laços de forma a homogeneizarem a frequência das escolas entre os pares e estimulam a "auto-exclusão" dos mais "fracos".

 

A liberdade de escolha acentua a dicotomia entre escolas para ricos e escolas para pobres.

 

Os sistemas como o português devem ser aperfeiçoados uma vez que a letra, e mesmo o espírito, da lei é ultrapassada pelos mais "fortes" e conduz aos resultados das políticas pretendidas pelos liberais. Contudo, os modelos como o nosso garantem a necessária miscigenação dos grupos sociais, combatem a guetização e, como se comprova, ajudam a eliminar o abandono escolar. São um bocado como a ideia de democracia: o melhor modelo conhecido apesar das imperfeições.

 

Comecei o post com a expressão optimista de "boa parte dos liberais". É que há outro grupo de liberais, os ultraliberais, que apenas se concentra na privatização de lucros a todo o custo das verbas dos orçamentos de estado. Se é maioritário ou não é difícil de perceber, mas que anda muito dissimulado pelo arco do poder já é mais fácil constatar. A prática é eloquente e contaminaram há muito a agenda mediática, embora pareçam mais titubeantes em resultado da corrupção que já não passa despercebida.

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #116 em: 2013-06-04 18:02:32 »
Para resumir, inventa-se um bom motivo qualquer e elimina-se com base nesse "bom motivo" a liberdade de escolha.

Ou dito de outra forma, a forma de pensar colectivista é "eu quero este resultado pelo que vou estruturar as regras para produzir o resultado que EU quero". A forma de pensar liberal é "devemos construir um sistema transparente de regras justas e deixá-lo funcionar e produzir o resultado que produzir".

A tua forma de pensar colectivista é intrinsecamente contra a liberdade dos outros, Luísa. Porque a liberdade dos outros é incompatível com impores aquilo que tu achas correcto.
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #117 em: 2013-06-04 18:35:01 »
Citar
As já vastas experiências contrariam os liberais e provam exactamente o contrário. Como não existem escolas com vagas ilimitadas, a liberdade de escolha favorece a formação de grupos sociais de acordo com os estatutos existentes e acentua a guetização dos mais desfavorecidos. Os grupos sociais mais "fortes" estabelecem laços de forma a homogeneizarem a frequência das escolas entre os pares e estimulam a "auto-exclusão" dos mais "fracos".

Os liberais defendem que, quando a escola tem mais candidaturas do que as vagas disponíveis, o critério de escolha seja aleatório (de forma a meter gente, independentemente da classe social). Eventualmente pode-se considerar o mérito escolar anterior.

Luisa, explica lá como é que um critério aleatório permite que neste caso um grupo domine uma escola ou auto exclui os 'fracos'.

Aliás, isso acontece hoje em dia, sim, com escolas publicas que só aceitam alunos de determinada classe. Toda a gente sabe de histórias de turmas que são feitas "à medida", com filhos de pessoas "influentes". Isso é que deve ser combatido e nada melhor do que um critério aleatório, com financiamento às famílias, como é defendido pelos liberais.

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #118 em: 2013-06-24 14:13:10 »
O ministro das Finanças sueco defendeu hoje que Portugal, tal como Espanha e Grécia, não precisa de implementar mais cortes orçamentais.


Em entrevista ao jornal sueco Dagens Nyheter, citada pela Bloomberg, Anders Borg (na foto à direita) argumentou que deveria ser dado mais tempo a Portugal, Espanha e Grécia para que equilibrem as suas finanças públicas. O ministro das Finanças sueco entende que estes três países não precisam de implementar mais cortes orçamentais.

 

Este é mais um sinal de que a Europa pode estar a viver um momento de transição, em que cada vez mais estados membros adoptam uma postura céptica em relação à continuação de uma política de austeridade. Recorde-se que há dois meses, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, decretou que "apesar de fundamentalmente certa", a política económica de redução de défices que está a ser aplicada por toda a Europa "atingiu os seus limites". "Politica e socialmente, uma política que é apenas vista como austeridade é claro que não é sustentável", acrescentou.

 

Na mesma entrevista, o ministro das Finanças sueco apontou as dívidas das famílias como "um factor de risco" para a economia e mostrou-se contra a proposta dos sociais democratas para aumentar a taxa marginal de IRS para os 63%, considerando que ela seria "devastadora" para o investimento. Pelo contrário, o Outono poderá trazer descidas de impostos sobre o rendimento.

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #119 em: 2013-06-24 14:19:29 »
É natural que lentamente se evolua nesse sentido, Luísa, pois o principal da correcção - o déficit externo - já está corrigido. Não se evolui nesse sentido por falta de crença na austeridade, mas sim porque a austeridade aplicada já foi suficiente para atingir esse objectivo.
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