Como é bom de ver, mostras como argumento uma descrição psicologista de como actuam os lobbies corporativos aos quais contrapões políticos idiotas formados nas juventudes partidárias ou religiosas. Mas, eu não 'compro' esse cenário decisional, ao qual contraponho um estadista no poder e homens de ciência e cultura ao seu lado, e o povo confiante nos que o governam.
Nestoutro cenário, qualquer propagandista de "compre isto e aquilo" tem a sorte que tinham os fornecedores e empreiteiros estrangeiros que, ano a ano, se abeiravam de Salazar para que lhes comprasse coisas... Pois, que voltassem no ano seguinte, com novas ideias, novos produtos, porque o dinheiro valia mais do que o que lhe queriam vender! E, claro, no ano seguinte, voltavam, porque se ele comprasse, pagava a pronto, pois ninguém nos emprestava dinheiro.
«Dito isto», - como soem dizer os pseudopolíticos e pseudojornalistas e pseudocomentadores da nossa praça -, por certo, um estadista pode errar no que entenda ser o que convém ao seu povo, mas sempre será prudente, e não é o primeiro, nem o segundo, nem o terceiro 'vendedor de projectos-banha-da-cobra' que lhe atirará poeira para os olhos da mente que são os da demonstração matemática e científica do mundo, incluindo o saber acumulado da economia e da história política.