BESA = BPN de Angola

[Kin2010]

Um artigo n' O Observador, hoje.


O partido político Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), liderado por Abel Chivukuvuku, ex-figura proeminente da UNITA durante a guerra civil no país, acusa o Governo angolano de ter transformado a dívida do BESA numa “oferta”.

Num comunicado enviado às redações, a direção da CASA-CE lembra que os empréstimos no valor de 5.700 milhões de euros ao BESA não foram devolvidos. “Com o título legal de empréstimos, o banco empresta tudo o que os líderes do MPLA querem e, depois, estes não pagam porque, afinal, o regime transforma essa dívida em oferta. Do ponto de vista da seriedade trata-se de um roubo, de um crime”, lê-se.

A CASA-CE, ainda no mesmo documento, fala de outros escândalos financeiros que são discutidos em Angola. O desvio de mais de 130 milhões de dólares do Banco Nacional de Angola: “Uma organização criminosa efetuava transferências ilícitas para o exterior do país. Eram realizadas através da falsificação de documentos introduzidos irregularmente no gabinete do governador do Banco Nacional de Angola.”

Outro exemplo apontado é o da fraude na compra a Espanha de equipamentos para a polícia nacional. Segundo o CASA-CE, um acordo assinado em 2008 previa a entrega ao país de veículos, uniformes, equipamento de telecomunicações e outro material não especificado, no valor de 206 milhões de dólares. “47 milhões foram entregues às empresas, os restantes 159 milhões foram desviados a favor de familiares de funcionários angolanos do mais alto escalão”, explica.

E ainda outros exemplos: a detenção nos EUA de Santos Bikuku com mais de seis milhões de dólares — dinheiro que era transportado num avião privado de fabrico russo e estava ao serviço de um gestor bancário angolano; e o caso das malas com quatro milhões de dólares, apreendidas no Mónaco, na posse de empresários angolanos conotados com a presidência da República. “A impunidade de que gozam os envolvidos, sustentada pelo simples facto de pertencerem à nomenclatura, é só por si outro escândalo”, sentencia o comunicado.

Enquanto partido político, a Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral surgiu em 2012.

UNITA também usou BESA contra o regime

Há duas semanas, numa conferência de imprensa convocada para abordar a situação social e política em Angola, Isaías Samakuva, líder da UNITA, referiu-se ao processo em torno do BESA para recordar que, enquanto titular do poder Executivo, o Presidente da República está “autorizado” a conceder “garantias do Estado a operadores económicos nacionais” para desenvolvimento “de projetos de significativa importância”. De acordo com o líder da UNITA, esse limite está fixado em 245 mil milhões de kwanzas (1,8 mil milhões de euros), numa alusão à Lei do Orçamento Geral do Estado para 2014. Recordou, salientando que o Governo angolano nunca confirmou ou desmentiu a informação -, que no caso do BESA essa garantia terá ultrapassado esse valor.

“Ora, segundo informação do Banco Espírito Santo tornada pública, a República de Angola já prestou uma garantia soberana muitíssimo superior – fala-se mesmo de 5 mil milhões de dólares [3,6 mil milhões de euros] – para o Estado pagar o crédito mal parado”, criticou, durante esta conferência de imprensa realizada  em Luanda.

[Kin2010]

A actuação do BESA era portanto, algo diferente da maioria dos bancos em Portugal, mas transparentemente igual à do BPN em Portugal.

Basicamente, os homens grandes do regime de Angola pediram emprestados milhões, com o pretexto de ser para obrs ou para comprar máquinas, moveram o $$ para offshores, incumpriram (de muitas maneiras) e o BESA ficou com as imparidades -- agora de vários biliões de euros.

O BESA e o BES não perdem nada com isso porque o presidente Dos Santos garante que cobre as perdas, com enorme prejuízo para o povo angolano.

Ou seja, uma gigante transferência de riqueza, descarada, dos contribuintes angolanos para os generais e outros tipos bem colocados e amigos do José Eduardo.

Mas o GES, ao mais alto nível, não pode ter sido outra coisa senão cúmplice. É óbvio que estava dentro da jogada. Logo, a família Espírito Santo deve ter ganho uma quantia enorme com isto sob a forma de comissões. Se ganharam 1/4 do que foi desviado do BESA ganharam 1 bilião ou coisa assim. Isso está em contas offshore da família e não é atingido pela falência do GES. Ainda vão recomprar o BES mais tarde com esse $$.

Entretanto, o que se passou cá com o BPN foi exactamente igual. O Teixeira dos Santos foi o Eduardo dos Santos português.

Os peritos financeiros descobriram formas, incrivelmente simples e descaradas, de roubarem biliões ao próprio país a que pertencem. Dantes não era assim tão descarado. Estar num país tropical ajuda.

[Zel]

A actuação do BESA era portanto, algo diferente da maioria dos bancos em Portugal, mas transparentemente igual à do BPN em Portugal.

Basicamente, os homens grandes do regime de Angola pediram emprestados milhões, com o pretexto de ser para obrs ou para comprar máquinas, moveram o $$ para offshores, incumpriram (de muitas maneiras) e o BESA ficou com as imparidades -- agora de vários biliões de euros.

O BESA e o BES não perdem nada com isso porque o presidente Dos Santos garante que cobre as perdas, com enorme prejuízo para o povo angolano.

Ou seja, uma gigante transferência de riqueza, descarada, dos contribuintes angolanos para os generais e outros tipos bem colocados e amigos do José Eduardo.

Mas o GES, ao mais alto nível, não pode ter sido outra coisa senão cúmplice. É óbvio que estava dentro da jogada. Logo, a família Espírito Santo deve ter ganho uma quantia enorme com isto sob a forma de comissões. Se ganharam 1/4 do que foi desviado do BESA ganharam 1 bilião ou coisa assim. Isso está em contas offshore da família e não é atingido pela falência do GES. Ainda vão recomprar o BES mais tarde com esse $$.

Entretanto, o que se passou cá com o BPN foi exactamente igual. O Teixeira dos Santos foi o Eduardo dos Santos português.

Os peritos financeiros descobriram formas, incrivelmente simples e descaradas, de roubarem biliões ao próprio país a que pertencem. Dantes não era assim tão descarado. Estar num país tropical ajuda.

e agora os Espirito Santo vao "ressurgir" com umas empresas da tanga onde farao a lavagem desse dinheiro sujo de angola

[vbm]

Ora bem,
lógica é lógica;

o resto é, de facto,
uma batata.

[Incognitus]

Tudo indica isso. Parece-me que a forma de estas coisas não acontecerem, é o Estado não ter (constitucionalmente) sequer o poder de as fazer acontecer. Ou seja, o Estado não ter o poder de assumir estas dívidas (entre muitas outras limitações ao seu poder para eliminar outras formas de corrupção - a corrupção emerge sempre de poderes arbitrários).

[Zel]

os espirito santo, sabendo estarem falidos ha anos, criaram um esquema tipo BPN com o BESA de modo a salvarem a sua familia contando com a ajuda do estado angolano

so aqueles 500 milhoes em numerario para serem transportados para um offshore precisaram de um aviao bem grandito e da ajuda de muita gente bem colocada em angola

[Kin2010]

Ora aqui está a previsível continuação da saga BESA:

O Estado angolano terá decidido fazer uma injecção de capital no BES Angola, para evitar o incumprimento de pagamentos naquele banco, noticia esta segunda-feira o Jornal de Negócios. A solução terá sido conversada entre os dois bancos centrais, mas também durante a visita oficial que Paulo Portas fez na semana passada a Luanda, segundo afirmou, também, Marcelo Rebelo de Sousa no comentário dominical na TVI.

Segundo o jornal económico, a injeção de capital colocará o BES como acionista minoritário (hoje tem mais de 55% do BESA), mas deve garantir o reembolso do empréstimo de curto prazo no valor de 3.000 milhões de euros que o banco português concedeu ao angolano. A solução evitará também que o BES tenha que pagar os problemas financeiros do BESA; que tem mais de 70% da sua carteira de crédito em risco de incumprimento.

Como recorda o Negócios, o Banco de Portugal (BdP) disse já não perspetivar “um impacto negativo relevante” dos problemas do BESA nas contas do Banco Espírito Santo, acrescentando que o assunto tem merecido conversas frequentes com o regulador bancário angolano.

Aí está. Os clientes a quem o BESA emprestou (generais angolanos, anyone?) vão incumprir em 70%. Mas o BESA em si não vai ser arrastado para incumprir porque o José Eduardo paga (o povo angolano paga). O Ricardo Salgado, o Paulo Portas, e tantos outros, estão completamente dentro da jogada.

Trocando por miúdos. O povo angolano acaba de perder uns 4 biliões de euros, que passaram, talvez 3/4 para contas offshore de generais/políticos angolanos e 1/4 para contas offshore da família Espírito Santo. Esta família ainda vai renascer com muita riqueza, mas vai ter de esperar uma geração.

[Zel]

Ora aqui está a previsível continuação da saga BESA:

O Estado angolano terá decidido fazer uma injecção de capital no BES Angola, para evitar o incumprimento de pagamentos naquele banco, noticia esta segunda-feira o Jornal de Negócios. A solução terá sido conversada entre os dois bancos centrais, mas também durante a visita oficial que Paulo Portas fez na semana passada a Luanda, segundo afirmou, também, Marcelo Rebelo de Sousa no comentário dominical na TVI.

Segundo o jornal económico, a injeção de capital colocará o BES como acionista minoritário (hoje tem mais de 55% do BESA), mas deve garantir o reembolso do empréstimo de curto prazo no valor de 3.000 milhões de euros que o banco português concedeu ao angolano. A solução evitará também que o BES tenha que pagar os problemas financeiros do BESA; que tem mais de 70% da sua carteira de crédito em risco de incumprimento.

Como recorda o Negócios, o Banco de Portugal (BdP) disse já não perspetivar “um impacto negativo relevante” dos problemas do BESA nas contas do Banco Espírito Santo, acrescentando que o assunto tem merecido conversas frequentes com o regulador bancário angolano.

Aí está. Os clientes a quem o BESA emprestou (generais angolanos, anyone?) vão incumprir em 70%. Mas o BESA em si não vai ser arrastado para incumprir porque o José Eduardo paga (o povo angolano paga). O Ricardo Salgado, o Paulo Portas, e tantos outros, estão completamente dentro da jogada.

Trocando por miúdos. O povo angolano acaba de perder uns 4 biliões de euros, que passaram, talvez 3/4 para contas offshore de generais/políticos angolanos e 1/4 para contas offshore da família Espírito Santo. Esta família ainda vai renascer com muita riqueza, mas vai ter de esperar uma geração.

sao a familia do omo lava mais branco, ja sao acusados de lavagem de dinheiro em 3 ou 4 paises diferentes de modo que nao terao problemas em lavar mais esses milhoes para si

[vbm]

lol

[Thunder]

Ora aqui está a previsível continuação da saga BESA:

O Estado angolano terá decidido fazer uma injecção de capital no BES Angola, para evitar o incumprimento de pagamentos naquele banco, noticia esta segunda-feira o Jornal de Negócios. A solução terá sido conversada entre os dois bancos centrais, mas também durante a visita oficial que Paulo Portas fez na semana passada a Luanda, segundo afirmou, também, Marcelo Rebelo de Sousa no comentário dominical na TVI.

Segundo o jornal económico, a injeção de capital colocará o BES como acionista minoritário (hoje tem mais de 55% do BESA), mas deve garantir o reembolso do empréstimo de curto prazo no valor de 3.000 milhões de euros que o banco português concedeu ao angolano. A solução evitará também que o BES tenha que pagar os problemas financeiros do BESA; que tem mais de 70% da sua carteira de crédito em risco de incumprimento.

Como recorda o Negócios, o Banco de Portugal (BdP) disse já não perspetivar “um impacto negativo relevante” dos problemas do BESA nas contas do Banco Espírito Santo, acrescentando que o assunto tem merecido conversas frequentes com o regulador bancário angolano.

Aí está. Os clientes a quem o BESA emprestou (generais angolanos, anyone?) vão incumprir em 70%. Mas o BESA em si não vai ser arrastado para incumprir porque o José Eduardo paga (o povo angolano paga). O Ricardo Salgado, o Paulo Portas, e tantos outros, estão completamente dentro da jogada.

Trocando por miúdos. O povo angolano acaba de perder uns 4 biliões de euros, que passaram, talvez 3/4 para contas offshore de generais/políticos angolanos e 1/4 para contas offshore da família Espírito Santo. Esta família ainda vai renascer com muita riqueza, mas vai ter de esperar uma geração.

Este tipo de actuação em pleno Séc XXI é escandalosa. Tal como nós no BPN eles serão burlados sem dó nem piedade. Capital é extraído da sociedade produtiva em geral para estacionar em contas bancárias de pessoas bem conectadas.
É triste!