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Autor Tópico: "Estado Islamico"....  (Lida 190117 vezes)

Zenith

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #520 em: 2015-11-19 21:32:01 »
Não sei bem o que chamas de apoio.
Focando apenas o terrorismo.
Acredito que haja um percentagem elevada que instintivamente sente um certo gozo quando há notícia de um atentado no ocidente ou Israel. Se chega aos 20 ou 30% ou ultrapassa não faço ideia.
Se apoiar significa contribuir monetariamente (tal como no tempo do franquismos os bascos eram chamados a financiar a ETA), acredito que a não ser que haja intimidação a percentagem seja diminuta. Se apoiar significar envolver-se pessoalmente ainda mais diminuta.
Acredito ainda que entre aqueles que de forma instintiva sentem gozo com os atentados, se tivessem de expressar racionalmente o seu apoio (por exemplo fazendo um dissertação com prós e contras) iriam renegar o comportamento instintivo inicial, e ainda que se fossem confrontados directamente com um atentado uma % não negligenciável iria ter atitude boicote.


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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #521 em: 2015-11-19 23:11:18 »
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Captagon, a droga dos jiadistas

Expresso.pt - 19.11.2015 às 21h00

Embora não sejam ainda conhecidos os resultados toxicológicos feitos às seringas encontradas pela polícia num quarto de hotel usado pelos terroristas, há suspeitas de estas poderem ter sido usadas para o consumo de uma substância que inibe a dor e a sensação de medo. “Provoca euforia. Não te deixa dormir, não comes e ficas cheio de energia”

Os relatos impressionam: assassinos calmos, que atuam com total frieza, sem sinais físicos de perturbação - seja quando atiram a matar, seja na hora de se fazerem explodir. Assim voltaram a ser descritos os terroristas de Paris, o que, associado à descoberta de várias seringas num quarto de hotel por onde passou um dos atiradores, Salah Abdeslam (o único dos oito atacantes que está vivo), fez aumentar a suspeita de estes homens estarem sob o efeito de Captagon, uma droga que inibe a dor e a sensação de medo.

Mistura de anfetaminas (cloridrato de fenetilina) e cafeína, cada dose não custa mais de 20 euros e o consumo da substância tem aumentado muito na Síria, país que se tornou o seu principal produtor. Usada por soldados e por rebeldes, a droga circula entre os militantes do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) - sendo mesmo conhecida como “a droga dos jiadistas” - e pode ser ingerida por via oral ou intravenosa, método que potencia os seus efeitos.

O Captagon começou por ser produzido nos anos de 1960 no ocidente. Como medicamento de uso geriátrico e pediátrico, tratava a hiperatividade e a depressão, mas foi proibido em 1986 pela Organização Mundial de Saúde, por criar dependência. Passou então a ser preparado clandestinamente e com algumas alterações na sua composição, sendo reforçado o composto afetamínico, com o aumento da dose de cafeína.

Como droga, tornou-se também muito popular entre os jovens ricos do Golfo, que a faziam circular nas suas festas de anos, recreativamente.

Numa reportagem da “Time” sobre o tema, um psiquiatra libanês explica que a droga tem efeitos estimulantes. “Provoca euforia. Não te deixa dormir, não comes e ficas cheio de energia”. Além disso, a sua produção é simples e barata, exigindo apenas “conhecimentos básicos de química”, pelo que é frequente ser fabricada em meros laboratórios caseiros.

Depois da Síria, outros países conhecidos pelo seu fabrico, segundo a Interpol, são a Bulgária, Sérvia, Montenegro e a Eslovénia, ficando a distribuição a cargo da máfia turca.

Incognitus

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #522 em: 2015-11-20 01:42:01 »
Não sei bem o que chamas de apoio.
Focando apenas o terrorismo.
Acredito que haja um percentagem elevada que instintivamente sente um certo gozo quando há notícia de um atentado no ocidente ou Israel. Se chega aos 20 ou 30% ou ultrapassa não faço ideia.
Se apoiar significa contribuir monetariamente (tal como no tempo do franquismos os bascos eram chamados a financiar a ETA), acredito que a não ser que haja intimidação a percentagem seja diminuta. Se apoiar significar envolver-se pessoalmente ainda mais diminuta.
Acredito ainda que entre aqueles que de forma instintiva sentem gozo com os atentados, se tivessem de expressar racionalmente o seu apoio (por exemplo fazendo um dissertação com prós e contras) iriam renegar o comportamento instintivo inicial, e ainda que se fossem confrontados directamente com um atentado uma % não negligenciável iria ter atitude boicote.

Não, apoiar não significa neste caso contribuir materialmente para a coisa.

Sim, apoiar é o significado que lhe dás de "serem a favor". Confrontados directamente com violência, muito poucas pessoas apoiariam fosse o que fosse, é por isso que os militares têm normalmente penas tão duras para com desertores.
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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #523 em: 2015-11-20 03:04:27 »
......complicado....eh..eh..... 8)

Citar
Carte indiquant le nombre des personnes susceptibles d'une radicalisation.

(En France)

http://www.24heures.ch/suisse/Un-homme-arrete-pres-de-la-frontiere-genevoise/story/21376418

Source: Rapport à l'Assemblée nationale française et Voix du Nord

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #524 em: 2015-11-20 10:05:24 »
Ahhh assim ja explica a coisa dos outros dois Portugueses da linha de sintra , recebem por matar e droga á borliu.....  o sonho de qualquer mente pequena e agarrada ao vicio , ate estranho como nao estao la mais...

karnuss

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #525 em: 2015-11-20 10:13:49 »
os turcos nao estao eh chateados porque ninguem fez um minuto de silencio pelos 100 mortos em ankara ainda ha poucas semanas?

A razão dos assobios na Turquia foi apenas esta que o Neo menciona. Não vejam intenções/apoios/simpatias jihadistas onde elas não existem.

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #526 em: 2015-11-20 11:36:11 »
Acredito que haja versoes com o Kadafi , Osama etc´s ..


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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #527 em: 2015-11-20 11:46:29 »
Menina de 8 anos morre em lua de mel com marido de 40
Criança foi vendida pelo padrasto por cerca de R$ 6 mil a um saudita. Segundo os médicos, a menina morreu com ferimentos internos no útero
 
Uma criança de oito anos morreu no último sábado (07/09) no Iêmen após a lua de mel com o marido de 40 anos, informaram nesta segunda-feira (09/09) as agências dpa e AFP. Segundo os médicos, a menina morreu com ferimentos internos no útero.
A criança, chamada Rawan, foi vendida pelo padrasto para um saudita por cerca de R$ 6 mil, segundo o jornal alemão Der Tagesspiegel. A morte aconteceu na área tribal de Hardh, na fronteira com a Arábia Saudita.
Ativistas de direitos humanos pressionam para que o saudita e a família da menina sejam responsabilizados pela morte.
“Após este caso horrível, repetimos nossa exigência para uma lei que restrinja o casamento para maiores de 18 anos”, afirmou um membro do Centro Iemenita de Direitos Humanos para a dpa.

Em 2010, outra garota de 13 anos já havia morrido com sangramentos internos cinco dias após o casamento (forçado), de acordo com outra organização de direitos humanos que atua na região.
Há quatro anos, uma lei tentou colocar a idade mínima de 17 anos para o casamento. No entanto, ela foi rejeitada por parlamentares conservadores, que a classificaram de “não islâmica”.

Paquinho

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #528 em: 2015-11-20 12:14:09 »
Citar
Serão dez os terroristas que fizeram 170 reféns esta manhã em Bamako, na capital do Mali, uma antiga colónia francesa. Entretanto, o número de reféns desceu, quando os atacantes libertaram as pessoas que sabiam citar passagens no Corão. Até agora, sabe-se da morte de três pessoas.

As imagens ainda escasseiam, numa altura em que a a polícia maliana já conseguiu entrar no hotel “Radisson Blu”. Veja as primeiras movimentações em redor do hotel na fotogaleria.


http://observador.pt/2015/11/20/as-primeiras-imagens-do-ataque-no-mali/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+obs-ultimas+%28Observador+-+Feed+%C3%9Altimas%29

Incognitus

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #529 em: 2015-11-20 12:19:12 »
os turcos nao estao eh chateados porque ninguem fez um minuto de silencio pelos 100 mortos em ankara ainda ha poucas semanas?

A razão dos assobios na Turquia foi apenas esta que o Neo menciona. Não vejam intenções/apoios/simpatias jihadistas onde elas não existem.

O problema dessa explicação é que isto não aconteceu apenas com o jogo da Turquia, e rapidamente cais numa falácia que é procurar uma explicação diferente para cada jogo. Consegues fazer isso, mas cada explicação que achas tem uma probabilidade abaixo de 100% de estar correcta, e todas juntas terão uma probabilidade de estarem correctas que resulta da multiplicação das probabilidades de cada uma delas, o que faz com que a probabilidade final de estares correcto seja baixa.

No fundo é uma forma da "Occam's razor" que faz com que explicações complexas tenham menor probabilidade de estar correctas do que explicações simples.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #530 em: 2015-11-20 13:27:35 »
os turcos nao estao eh chateados porque ninguem fez um minuto de silencio pelos 100 mortos em ankara ainda ha poucas semanas?

A razão dos assobios na Turquia foi apenas esta que o Neo menciona. Não vejam intenções/apoios/simpatias jihadistas onde elas não existem.

O problema dessa explicação é que isto não aconteceu apenas com o jogo da Turquia, e rapidamente cais numa falácia que é procurar uma explicação diferente para cada jogo. Consegues fazer isso, mas cada explicação que achas tem uma probabilidade abaixo de 100% de estar correcta, e todas juntas terão uma probabilidade de estarem correctas que resulta da multiplicação das probabilidades de cada uma delas, o que faz com que a probabilidade final de estares correcto seja baixa.

No fundo é uma forma da "Occam's razor" que faz com que explicações complexas tenham menor probabilidade de estar correctas do que explicações simples.

estas a falar do que ?

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #531 em: 2015-11-20 13:49:03 »
O karnuss encontrou uma explicação para os assobios no jogo da Turquia durante o minuto de silêncio (a razão que tu indicaste). Porém, o mesmo problema existiu em jogos com vários países com fatias grandes da população muçulmanas. Para cada um desses jogos seria possível encontrar uma explicação diferente para terem assobiado, que não a óbvia.

Mas cada uma dessas explicações teria uma probabilidade de estar correcta, e a probabilidade de todas as explicações estarem correctas simultaneamente seria o resultado da multiplicação dessas probabilidades. O que significa que a probabilidade de todas estarem correctas acaba por ser uma probabilidade baixa.

Isto é no fundo a "Occam's Razor" aplicada a uma situação prática. Como a explicação "a comunidade muçulmana tem bastantes elementos que concordam/não criticam com os atentados" é uma só, só tem uma probabilidade de estar correcta e não tem que ser multiplicada sobre cada evento. A probabilidade final é a de a explicação mais simples (que tem que ser multiplicada menos vezes por não variar) ter maior probabilidade de estar correcta.

É preciso pensar um bocado. Não se aplica só a esta situação mas a muitas outras.
« Última modificação: 2015-11-20 13:50:10 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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karnuss

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #532 em: 2015-11-20 14:13:01 »
O karnuss encontrou uma explicação para os assobios no jogo da Turquia durante o minuto de silêncio (a razão que tu indicaste). Porém, o mesmo problema existiu em jogos com vários países com fatias grandes da população muçulmanas. Para cada um desses jogos seria possível encontrar uma explicação diferente para terem assobiado, que não a óbvia.

Mas cada uma dessas explicações teria uma probabilidade de estar correcta, e a probabilidade de todas as explicações estarem correctas simultaneamente seria o resultado da multiplicação dessas probabilidades. O que significa que a probabilidade de todas estarem correctas acaba por ser uma probabilidade baixa.

Isto é no fundo a "Occam's Razor" aplicada a uma situação prática. Como a explicação "a comunidade muçulmana tem bastantes elementos que concordam/não criticam com os atentados" é uma só, só tem uma probabilidade de estar correcta e não tem que ser multiplicada sobre cada evento. A probabilidade final é a de a explicação mais simples (que tem que ser multiplicada menos vezes por não variar) ter maior probabilidade de estar correcta.

É preciso pensar um bocado. Não se aplica só a esta situação mas a muitas outras.

Que eu saiba, aconteceu em dois jogos: o que envolveu a Turquia, e o que envolveu a Síria. Em ambos o motivo foi o mesmo. Não sei de mais nenhum, mas posso estar enganado claro.

karnuss

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #533 em: 2015-11-20 14:26:55 »
Se calhar, nós no Ocidente deviamos começar dar mais atenção a quem interessa, e menos a quem não interessa...

Por exemplo:

Citar
Você sabe quem é Rached Ghannouchi?

Não sabe, não é? Esse é o problema. Nós, na Europa, só decoramos os nomes dos radicais, dos que mantêm relações onanistas com a Ak-47. Sabemos de cor o nome dos Bin Laden, dos Atta, dos irmãos Kouachi e em breve decoraremos os nomes dos assassinos do Bataclan. Nesta mnemónica amedrontada, cometemos um erro: esquecemos os grandes inimigos dos Kouachi. Não, não fomos nós. As grandes némesis dos masturbadores da Ak-47 são os líderes islâmicos que procuram a síntese entre o Islão e a democracia.

E, neste momento, o tunisino Rached Ghannouchi é mesmo o grande rival dos isis, porque o seu partido islâmico é o líder moral da única transição democrática da Primavera Árabe. Ghannouchi prova que o islão civilizado não é um unicórnio. Neste sentido, até apetece dizer que não devíamos atacar a Síria, devíamos apoiar a Tunísia com dinheiro e polícias. Há que manter a chama acesa na velha Cartago.



http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/2015-11-18-Voce-sabe-quem-e-Rached-Ghannouchi-

http://www.tunisia-live.net/2015/04/20/rached-ghannouchi-homosexuality-should-not-be-criminalized/

http://www.wsj.com/articles/rached-ghannouchi-tunisias-perilous-path-to-freedom-1421353952


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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #534 em: 2015-11-20 14:31:55 »
O karnuss encontrou uma explicação para os assobios no jogo da Turquia durante o minuto de silêncio (a razão que tu indicaste). Porém, o mesmo problema existiu em jogos com vários países com fatias grandes da população muçulmanas. Para cada um desses jogos seria possível encontrar uma explicação diferente para terem assobiado, que não a óbvia.

Mas cada uma dessas explicações teria uma probabilidade de estar correcta, e a probabilidade de todas as explicações estarem correctas simultaneamente seria o resultado da multiplicação dessas probabilidades. O que significa que a probabilidade de todas estarem correctas acaba por ser uma probabilidade baixa.

Isto é no fundo a "Occam's Razor" aplicada a uma situação prática. Como a explicação "a comunidade muçulmana tem bastantes elementos que concordam/não criticam com os atentados" é uma só, só tem uma probabilidade de estar correcta e não tem que ser multiplicada sobre cada evento. A probabilidade final é a de a explicação mais simples (que tem que ser multiplicada menos vezes por não variar) ter maior probabilidade de estar correcta.

É preciso pensar um bocado. Não se aplica só a esta situação mas a muitas outras.

Que eu saiba, aconteceu em dois jogos: o que envolveu a Turquia, e o que envolveu a Síria. Em ambos o motivo foi o mesmo. Não sei de mais nenhum, mas posso estar enganado claro.

Pelo que disseram no primeiro post sobre este assunto, aconteceu também numa envolver a Bósnia, não?
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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #535 em: 2015-11-20 14:37:36 »
Se calhar, nós no Ocidente deviamos começar dar mais atenção a quem interessa, e menos a quem não interessa...

Por exemplo:

Citar
Você sabe quem é Rached Ghannouchi?

Não sabe, não é? Esse é o problema. Nós, na Europa, só decoramos os nomes dos radicais, dos que mantêm relações onanistas com a Ak-47. Sabemos de cor o nome dos Bin Laden, dos Atta, dos irmãos Kouachi e em breve decoraremos os nomes dos assassinos do Bataclan. Nesta mnemónica amedrontada, cometemos um erro: esquecemos os grandes inimigos dos Kouachi. Não, não fomos nós. As grandes némesis dos masturbadores da Ak-47 são os líderes islâmicos que procuram a síntese entre o Islão e a democracia.

E, neste momento, o tunisino Rached Ghannouchi é mesmo o grande rival dos isis, porque o seu partido islâmico é o líder moral da única transição democrática da Primavera Árabe. Ghannouchi prova que o islão civilizado não é um unicórnio. Neste sentido, até apetece dizer que não devíamos atacar a Síria, devíamos apoiar a Tunísia com dinheiro e polícias. Há que manter a chama acesa na velha Cartago.



http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/2015-11-18-Voce-sabe-quem-e-Rached-Ghannouchi-

http://www.tunisia-live.net/2015/04/20/rached-ghannouchi-homosexuality-should-not-be-criminalized/

http://www.wsj.com/articles/rached-ghannouchi-tunisias-perilous-path-to-freedom-1421353952


A Tunisia tem bons precedentes em termos de proibir o pior do Islão, incluindo o facto de que as mulheres gozarem de maiores direitos lá do que na maior parte dos países muçulmanos. Até ao ponto de em vez de obrigarem ao hijab, o terem proibido em muitas situações! Mas claro, a sociedade parece esta a sucumbir lentamente ao islão retrógado, com queixas de que já não podem usar mini-saia sem serem regularmente incomodadas, que o hijab se está novamente a transformar numa imposição social, etc.
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karnuss

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #536 em: 2015-11-20 14:38:35 »
O karnuss encontrou uma explicação para os assobios no jogo da Turquia durante o minuto de silêncio (a razão que tu indicaste). Porém, o mesmo problema existiu em jogos com vários países com fatias grandes da população muçulmanas. Para cada um desses jogos seria possível encontrar uma explicação diferente para terem assobiado, que não a óbvia.

Mas cada uma dessas explicações teria uma probabilidade de estar correcta, e a probabilidade de todas as explicações estarem correctas simultaneamente seria o resultado da multiplicação dessas probabilidades. O que significa que a probabilidade de todas estarem correctas acaba por ser uma probabilidade baixa.

Isto é no fundo a "Occam's Razor" aplicada a uma situação prática. Como a explicação "a comunidade muçulmana tem bastantes elementos que concordam/não criticam com os atentados" é uma só, só tem uma probabilidade de estar correcta e não tem que ser multiplicada sobre cada evento. A probabilidade final é a de a explicação mais simples (que tem que ser multiplicada menos vezes por não variar) ter maior probabilidade de estar correcta.

É preciso pensar um bocado. Não se aplica só a esta situação mas a muitas outras.

Que eu saiba, aconteceu em dois jogos: o que envolveu a Turquia, e o que envolveu a Síria. Em ambos o motivo foi o mesmo. Não sei de mais nenhum, mas posso estar enganado claro.

Pelo que disseram no primeiro post sobre este assunto, aconteceu também numa envolver a Bósnia, não?

Sim, houve. Mas em que é que isto (dois parvos, imbecis)

Citar
As with sporting events all over the globe in the past few days, there was a moment of silence for the victims of the Paris Attacks, but while most stood silent, some fans refused to observe it. Just like in Sunday’s game between the Packers and the Lions.
(...)
Reports have revealed that the jeers seem to have come from a couple of Bosnian fans in attendance.

Se relaciona com afirmares que houve um
Citar
problema em jogos com vários países com fatias grandes da população muçulmanas.
?


E mesmo na Turquia,

Citar
On Tuesday evening, the footballing world paid their respects to the victims of the Paris attacks with a minute’s silence held before each of the international friendlies and qualifiers taking place across Europe.

While the majority responded with reverence and class, there was absolute uproar on social media and in certain sections of the press after Turkish fans appeared to boo and chant during the moment of silence in Istanbul prior to Turkey vs Greece.

Even Turkish manager Fatih Terim suggested after the game that the supporters at the Basaksehir Fatih Terim Stadium should have been more respectful.

And, of course, some enlightened publications like the Daily Mail were quick to admonish the supporters for their actions, jumping on reports that “Allahu Akbar” was shouted by several fans – a term often associated with Islamist terrorists.

Because of this some were quick to claim that the booing was a mark of direspect towards the 129 victims who died in Paris, with the chants said to show that the Turkish supporters were pledging support for Islamic State (ISIS).

However, there could well be more to this one than meets the eye, and numerous social media commentators have leapt to the defence of the Turkish supporters.

For starters, as always, it should be recognised that those appearing to boo or chant during the moment of silence were the minority of those in the stadium, as is always the case, so to tar an entire set of supporters with the same brush is typically reactionary.

Furthermore, some on social media have pointed out that the booing was not a show of disrespect towards to Paris victims but rather towards the Western world as a whole. Those commentators have, correctly, pointed out that no moment of silence was held across international football matches in the aftermath of the Ankara terror attack on October 11, in which more than 100 people died after two bombs were set off outside the railway station in the Turkish city.

A moment of silence was held during Turkey’s game against Iceland two days after the tragedy and, it should be noted, Turkish supporters booed during that too, likely in a show of defiance against the terrorists. It is also, reportedly, an accepted custom in Turkey for people to chant during a moment of silence.

Mustafa Özsarı – a Masters student at Anadolu University – spoke to 101 Great Goals to delve deeper into why Turkey fans were chanting and what they were actually saying.

He said:

Let it be clear: In Turkey (especially at football matches) a one minute silence is always used to chant for those who died in terrorist attacks. And what they are chanting is this ‘Şehitler ölmez, vatan bölünmez’. Translation: ‘Martyrs, they do not die (they are immortal), homeland (land, our land) is indivisible.’

And also, they booed the terrorist, not the victims. Any victims of terrorism are accepted as martyrs in Turkish culture. There is no disrespect to them, there has not been, there will not be.


As he, and many others, have rightly pointed out – it’s important we analyse situations like this properly. By not doing so, certain sections of the press are creating hate against people without really looking into the reasons behind why the Turkish fans could have behaved this way.

After terrorist attacks like those in Paris, Beirut, Ancara, Baghdad and elsewhere across the globe, we should be coming together as one around the world, not turning on each other!

Lark

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #537 em: 2015-11-20 16:05:07 »
tomar as atitudes das claques de futebol pela atitude de um povo inteiro é alucinar (não é bem o meu termo mas for the sake of clarity).

basta ver as claques do sporting, benfica e porto.
são um bando de energúmenos, sem cultura nem inteligência. só uma coisa lhe interessa: eles próprios. nem sequer o clube. quantas vezes não assobiam o seu próprio clube ainda antes do início do jogo? e o seu próprio país? e a sua bandeira e o seu hino?

todas as claque futebolísticas são assim, em portugal, em inglaterra, no egipto, na alemanha, na china... todas!
querem saber os sentimentos do povo turco? oiçam o fatih terim!
querem ouvir a voz da intolerância, da estupidez e da boçalidade? oiçam as claques de futebol. de qualquer país.

L
« Última modificação: 2015-11-20 16:05:24 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #538 em: 2015-11-20 16:22:23 »
concordo , houve uma altura que ate achava piada as claques..
Um dia , apos um golo levei com um moche de uma claque inteira e o meu pescoço nao partiu por milagre , e por baixo de mim ficou um pai com a sua filha pequena . Ja nem falo dos vapores da droga ...
Sim quem vai para ao pe das claques arriscasse ... mas o bilhete nao é igual para todos ?

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Re: "Estado Islamico"....
« Responder #539 em: 2015-11-20 16:59:12 »
tomar as atitudes das claques de futebol pela atitude de um povo inteiro é alucinar (não é bem o meu termo mas for the sake of clarity).

basta ver as claques do sporting, benfica e porto.
são um bando de energúmenos, sem cultura nem inteligência. só uma coisa lhe interessa: eles próprios. nem sequer o clube. quantas vezes não assobiam o seu próprio clube ainda antes do início do jogo? e o seu próprio país? e a sua bandeira e o seu hino?

todas as claque futebolísticas são assim, em portugal, em inglaterra, no egipto, na alemanha, na china... todas!
querem saber os sentimentos do povo turco? oiçam o fatih terim!
querem ouvir a voz da intolerância, da estupidez e da boçalidade? oiçam as claques de futebol. de qualquer país.

L


É outra explicação.

Mas lá está, o problema dessas explicações one-off é que têm que ser diferentes e são muitas e por isso rebentam com a probabilidade de estares correcto, por exemplo:

Le sei ragazze musulmane che non fanno il minuto di silenzio
http://www.corriere.it/cronache/15_novembre_19/sei-ragazze-musulmane-che-non-fanno-minuto-silenzio-8e6d3910-8e95-11e5-aea5-af74b18a84ea.shtml

Ups, digamos então.

P(claques futebol Bósnia) x P(claques futebol Bósnia) x P(claques futebol Síria) x P(estudantes muçulmanos em itália) ...

versus

P(fatia considerável dos muçulmanos apoia) -- ideia suportada por dezenas de inquéritos diferentes, em países diferentes, realizados por entidades diferentes.

Sim, P(Lark estar correcto) -> 0.

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O Fatih Terim é:
* Um exemplo isolado.
* Escolhido de um segmento não-representativo, com uma probabilidade elevadíssima de ser muito mais moderado do que a média.
* E de resto os inquéritos não dizem que todos, ou sequer a maioria, dos muçulmanos apoiam as organizações terroristas. Pelo que achar exemplos, muitos exemplos, ou até a maioria dos exemplos nesse sentido não elimina a tese que é "fatia considerável dos muçulmanos apoia".
« Última modificação: 2015-11-20 17:02:49 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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