Não pode ser liberalismo. E não é.
Quando a burguesia ganhou poder político,
destituindo a diferenciação política que existia
anteriormente, que formava a sociedade
em três ordens de deveres e direitos,
Nobreza, Clero e Povo,
instaurou uma nova ordem jurídica,
a do reconhecimento exclusivo do cidadão
da república, igual a qualquer outro em face da lei,
e com liberdade de falar, associar-se e propagar a sua opinião.
Ora, um regime assim liberal só pode gerar uma sociedade viável
se povoada maioritariamente por cidadãos ilustres, sábios e honestos.
Quando não é o caso, o regime decai no «salve-se quem puder».