Mudou em muitos aspectos positivos, sim, mas se reparares, a trajectória de alguns desses aspectos já tinha sido iniciada durante a governação do Marcelo Caetano (mortalidade infantil, outros indicadores sociais, etc).
Por curiosidade, já me deparei - por mero acaso - com umas aldrabices com datas deturpadas (antecipadas) com o objectivo implícito de branquear o antigo regime e enaltecer o Marcelo Caetano.
Não tenho pretensões de ser historiador para explorar melhor a situação - ou interesse no caso. Mas é um ângulo a ter em conta.
Há uma coisa que ele não diria de certeza, é que Portugal se estava a tornar numa nova Suiça. O Reality (acho que agora o Vanilla) postou aqui um livro dele, e uma das coisas que dava para perceber é que ele desprezava as elites económicas que considerava preguiçosa sem visão e incapazes de fazer alguma coisa sem a amuleta do estado. Por isso provavelmente toda a frase é apócrifa.
Ao ler o livro até mudei de opinião quanto ao homem. Tinha um genuino afecto pelo povo (e por isso ficou tão desgostoso com manifestações de ódio no pos 25 de Abril que decidiu não mais voltar), parece que se considerava uma espécie de pai bem intencionado que sabia o que era melhor para os filhos (o povo), um pouco à maneira do que o VBM acha que deve ser um politico dirigente (e nas antipodas do Inc). Não sei se alguma vez sentiu a contradição em que estava de servir uma elite que ele desprezava frequentemente contra um povo pelo qual sentia afecto.
Já não encontro o pdf do livro, por isso se o Vanilla ler o topico e ainda o tiver, poste de novo.