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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 398150 vezes)

Zenith

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1640 em: 2015-11-05 12:14:41 »
Sebastião, dizer que estamos na média é enganador sem ir ao detalhe das contas.

Imagina dois países com igual população, ambos com 10 funcionários públicos, a ganharem o mesmo.
No primeiro são 5 professores e 5 médicos.
No segundo são 4 professores, 3 médicos, 1 inspector, 1 administrativo e 1 director.
Parecem iguais em despesa, certo ?

Em áreas como a saúde e educação, em que temos uma estrutura soviética de planeamento central, só indo ao detalhe é que se conseguem comparar números com outros países. Os estudos internacionais nunca  chegam a esse ponto.

São dois problemas diferentes.
Um é o peso do estado na economia e pode estar ligado á orientação política, e nesse caso olhando para as estatísticas Portugal não se destaca como exemplo de extremismo colectivista.
O segundo é um problema de organização ou gestão que não tem nada a ver com orientação politica. Muitas grandes empresas tem fama de ter estruturas burocráticas pesadas e pouco flexíveis (até há anedotas) e isso não tem nada a ver com orientações politicas mas competencia em organizar e gerir.
Nesse aspecto o governo do PSD até deve ter sido dos que mais se destacou pela negativa: começa com uma estrutura supostamente leve do governo com super-ministérios depois passa para a inflação de ministérios, falha completamente na articulação das agencias como se viu nas cenas BdP-CMVM no caso BES.

O melhor exemplo de tentativa de descentralização que vi até foi com o Santana.
Lembro-me de queria por a secretaria do turismo no Algarve, o que não é descabido, mas logo a seguir o Telmo Correia que era o secretario do turismo aparece na TV a dizer que achava muito bem e ele "ia a Faro sempre que fosse preciso". Fiquei estufefacto porque imaginava que ele ficaria em Faro e"viria  a Lisboa sempre que fosse preciso". Claro que executantes deste calibre, pode-se ser bom na concepção mas a prática acabará por ser um desastre.
E não creio que a incompreensão do Telmo Correia quando ao significado de descentralização possa ser justificado por ter uma mente colectivista  ;D

tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1641 em: 2015-11-05 12:20:57 »
1 - Sebastião é uma boa caricatura da ignorância da esquerdalha que acusa psd de neo-liberal e nem sabe o peso do estado no pib.

2-Nem percebe que os países que são mais ricos e para onde emigram os jovens portugueses (se lhes dada essa opção) são todos capitalistas, neo-liberais.

Respondendo às questões que abordas (esqueci-me de o fazer na mensagem anterior):

1 - Consideras então que a ignorância a respeito de macroeconomia é uma característica única da "esquerda"? E que o eleitorado de direita nasceu todo ensinado e votou em plena consciência dos factores que determinam os comportamentos económicos e financeiros estatais? Consideras ainda que a "esquerda" é toda assim? Ou não será antes que não há absolutamente nenhuma relação entre estes factores, e que o desconhecimento sobre estas matérias é, em termos percentuais médios, igual à "esquerda", à "direita" e ao "centro"?

2 - Dá-me ideia que quem emigra não está propriamente interessado em saber isso. E de um ponto de vista prático, esse "conhecimento" não serve de facto para nada. Quem emigra tem uma motivação concreto: encontrar melhores condições de vida---encontrar oportunidades que não encontraram no país de origem.

1- Não esquerdalha caviar é um termo que resume boa parte do eleitorado de que tu fazes parte: acusas psd e troika de serem neo liberais, e depois nem sabes o peso que o estado tem no PIB. Caviar porque provavelmente vives na função pública ou empresa protegida pelo estado e que não percebeu que fomos à falência, e iremos outra vez se be, pcp e ps aprovarem 50% do que prometeram. São contas básicas que alguém com a 4ª classe deveria perceber;

2- Quem emigra pode não estar interessado, mas se lhes dada essa opção, emigram DE CERTEZA ABSOLUTA, para países capitalistas, neo liberais que se baseiam no lucro. Se não têm oportunidades em Portugal, porque achas que é? Porque tá cheio de capitalismo? PENSA. USA A CABEÇA.

Olha a tua volta e vê para onde emigram os jovens se tiverem essa opção.

« Última modificação: 2015-11-05 15:10:46 por Incognitus »

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1642 em: 2015-11-05 13:42:48 »

1 - Continuamos na mesma. Percebo que  continues a assobiar para o ar e queiras associar à força (com se os maus modos fossem argumento firmado para alguma coisa) a ignorância sobre assuntos macroeconómicos a uma certa ideia de esquerda e "a uma boa parte do eleitorado" (deixa-me adivinhar: a 62% do votantes nas últimas eleições), mas depois não respondes ao óbvio (porque da verdade a pergunta não necessita de resposta). Não foi só a "esquerdalha" que faltou a essa aula na 4ª classe. Quanto ao "provavelmente" que insinuas, foi completamente ao lado. Sector público, sem qualquer ligação ao estado.

2 - Por acaso terei dito algo contrário a isso? A crítica que tenho mantido sempre é em relação ao modo como o governo decidiu, nestes últimos quatro anos, aplicar a austeridade. E pelo caminho sugerir publicamente aos desempregados que emigrassem, como se não tivesse nada a ver com o assunto ou responsabilidades mandatadas para o resolver. Falta de respeito maior pela dignidade das pessoas nessas condições não consigo imaginar. Nada que sobressaia particularmente numa forma de fazer política de onde parecem ter desapareceram os valores humanos mais elementares.
« Última modificação: 2015-11-05 15:11:09 por Incognitus »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1643 em: 2015-11-05 15:08:09 »
Anti-Ditador, não quero ter trabalho a ter que andar a apagar posts insultuosos. Se mantiveres essa atitude vou ter que te banir.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1644 em: 2015-11-05 15:14:10 »

1 - Continuamos na mesma. Percebo que  continues a assobiar para o ar e queiras associar à força (com se os maus modos fossem argumento firmado para alguma coisa) a ignorância sobre assuntos macroeconómicos a uma certa ideia de esquerda e "a uma boa parte do eleitorado" (deixa-me adivinhar: a 62% do votantes nas últimas eleições), mas depois não respondes ao óbvio (porque da verdade a pergunta não necessita de resposta). Não foi só a "esquerdalha" que faltou a essa aula na 4ª classe. Quanto ao "provavelmente" que insinuas, foi completamente ao lado. Sector público, sem qualquer ligação ao estado.

2 - Por acaso terei dito algo contrário a isso? A crítica que tenho mantido sempre é em relação ao modo como o governo decidiu, nestes últimos quatro anos, aplicar a austeridade. E pelo caminho sugerir publicamente aos desempregados que emigrassem, como se não tivesse nada a ver com o assunto ou responsabilidades mandatadas para o resolver. Falta de respeito maior pela dignidade das pessoas nessas condições não consigo imaginar. Nada que sobressaia particularmente numa forma de fazer política de onde parecem ter desapareceram os valores humanos mais elementares.

Sector público tem por definição ligação ao Estado. Querias dizer sector privado?

Bem, nem o governo tem responsabilidades no desemprego (cuja onda já era inevitável ANOS antes do governo o ser), nem tem grande forma de o resolver directamente -- só o pode resolver indirectamente, com as tais medidas neoliberais que ninguém quer. Pensar o contrário é não entender o que é que leva à geração de emprego (numa palavra, pode resumir-se a "lucro" em duas a "potencial lucro"). O governo não pode ditar lucros, e aliás tentar facilitá-lo é também mal visto e ninguém o quer.

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Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1645 em: 2015-11-05 15:30:13 »
São dois problemas diferentes.
Um é o peso do estado na economia e pode estar ligado á orientação política, e nesse caso olhando para as estatísticas Portugal não se destaca como exemplo de extremismo colectivista.
O segundo é um problema de organização ou gestão que não tem nada a ver com orientação politica.
Não concordo Zenith. Para mim colectivismo está relacionado, não só com o peso do estado, mas também com a liberdade dos seus cidadãos e empresas.

Dois países podem ter igual % despesa em educação mas se num houver liberdade de escolha e oferta privada/autonomia de escolas e no outro houver apenas escolas públicas e um brutal ministério soviético da educação, como o nosso, isso facilmente origina que o primeiro consegue ter turmas de 25 alunos (porque tem mais professores e menos burocratas) ao passo que o segundo tem de ter 30 alunos uma vez que há menos professores e um camião de burocratas.

E isto é claramente orientação política e não de organização.

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1646 em: 2015-11-05 17:19:26 »
PCP: "Não caucionaremos medidas e políticas que atentem contra os interesses e direitos dos portugueses"

embrulha costa !
« Última modificação: 2015-11-05 20:02:08 por Neo-Liberal »

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1647 em: 2015-11-05 18:50:29 »
Um pormenor, esta tentativa do PSD de renovar já algumas das medidas que necessitam de ser renovadas é interessante:
* Pode eliminar o problema de um governo de gestão.
* O PS tem dificuldade em chumbar as medidas pois depois se for para o governo precisa delas.
* O BE e PCP vão certamente chumbá-las, e isso depois faz com que não as possam aceitar, propostas pelo PS.
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kitano

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1648 em: 2015-11-05 18:52:54 »
De um modo geral, pode facilitar a vida a um governo de gestão e também a um governo de esquerda. De qualquer das formas é bom para o país.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Tridion

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1649 em: 2015-11-05 18:59:27 »
De um modo geral, pode facilitar a vida a um governo de gestão e também a um governo de esquerda. De qualquer das formas é bom para o país.

Como é que pode ser boa para Portugal, se atenta contra os portugueses?    ;D



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kitano

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1650 em: 2015-11-05 19:03:31 »
Como todas as medidas, atenta contra alguns portugueses e benefícia outros tantos, na minha opinião (claro) - são medidas justas e beneficiam o país (conjunto dos portugueses)
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Tridion

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1651 em: 2015-11-05 19:10:08 »
Kitano, estava a ser irónico.

Mas para mim, o partido do Inc. é que era:


As minhas propostas vão mais longe.

Eu proponho que sejam todos ricos e de boa saúde. Proponho também sexo de qualidade para todos, com pessoas sempre extremamente belas. Penso ainda que Portugal deveria levar à ONU uma proposta no sentido de se alcançar a paz mundial.

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tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1652 em: 2015-11-05 19:23:44 »
Citar
A profecia de Marcelo Rebelo de Sousa voltou a concretizar-se: “António Costa não pode meter férias”, disse o professor em Agosto quando o PS foi varrido pela polémica dos cartazes. Nos últimos dias, o secretário-geral do PS voltou tirar uns dias de descanso. E, coincidência ou não, o acordo que foi a Belém dizer que estava certo com PCP e Bloco de Esquerda e que lhe permitia exigir a Cavaco que “não perdesse tempo” e o indigitasse primeiro-ministro, afinal continua por assinar. E Francisco Assis, que tem criticado a aproximação à esquerda, resolveu dar publicamente a cara e organizar um almoço com os militantes do PS críticos da direcção (que entretanto foi desmarcada).

Não é a primeira vez que António Costa tira férias em momentos politicamente relevantes para o partido. Já na recta final da disputa com António José Seguro para a liderança do PS, António Costa não abdicou de uma semana de férias familiares previamente agendadas.

O Costa não embrulha nada. Tá de férias.  :D ;D

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1653 em: 2015-11-05 20:13:18 »
forca costa! as massas socialistas estao contigo !!!!!

costa ao poder ja !

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1654 em: 2015-11-05 21:52:21 »
First Known Use of COLLECTIVISM
1857


Ayn Rand (/ˈaɪn ˈrænd/;[1] born Alisa Zinov'yevna Rosenbaum, Russian: Али́са Зино́вьевна Розенба́ум; February 2 [O.S. January 20] 1905 – March 6, 1982)

--------

É certo e garantido que foi a Ayn Rand que criou a palavra ... só pode.

--------

O Marx foi beber à fonte da Ayn, antes mesmo dela nascer.

CHARACTERISTICS OF THE MARXIST THEORY OF COLLECTIVISM
http://www.crvp.org/book/Series03/III-7a/chapter_vi.htm
« Última modificação: 2015-11-05 21:57:19 por Incognitus »
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Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1655 em: 2015-11-05 22:00:10 »
com o lark as conversas tendem a ir parar a discussao de pormenores irrelevantes, definicoes, etc... que seca sem substancia

lark, porque?

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1656 em: 2015-11-06 01:00:16 »

1 - Continuamos na mesma. Percebo que  continues a assobiar para o ar e queiras associar à força (com se os maus modos fossem argumento firmado para alguma coisa) a ignorância sobre assuntos macroeconómicos a uma certa ideia de esquerda e "a uma boa parte do eleitorado" (deixa-me adivinhar: a 62% do votantes nas últimas eleições), mas depois não respondes ao óbvio (porque da verdade a pergunta não necessita de resposta). Não foi só a "esquerdalha" que faltou a essa aula na 4ª classe. Quanto ao "provavelmente" que insinuas, foi completamente ao lado. Sector público, sem qualquer ligação ao estado.

2 - Por acaso terei dito algo contrário a isso? A crítica que tenho mantido sempre é em relação ao modo como o governo decidiu, nestes últimos quatro anos, aplicar a austeridade. E pelo caminho sugerir publicamente aos desempregados que emigrassem, como se não tivesse nada a ver com o assunto ou responsabilidades mandatadas para o resolver. Falta de respeito maior pela dignidade das pessoas nessas condições não consigo imaginar. Nada que sobressaia particularmente numa forma de fazer política de onde parecem ter desapareceram os valores humanos mais elementares.

Sector público tem por definição ligação ao Estado. 1 - Querias dizer sector privado?

2 - Bem, nem o governo tem responsabilidades no desemprego (cuja onda já era inevitável ANOS antes do governo o ser), nem tem grande forma de o resolver directamente -- só o pode resolver indirectamente, com as tais medidas neoliberais que ninguém quer. Pensar o contrário é não entender o que é que leva à geração de emprego (numa palavra, pode resumir-se a "lucro" em duas a "potencial lucro"). O governo não pode ditar lucros, e aliás tentar facilitá-lo é também mal visto e ninguém o quer.

1 - Sim, privado. Evidentemente, foi uma gralha.

2 - Certo em relação às responsabilidades (não contesto, nem pretendo escamutear responsabilidades ou re-interpretar a historia), quanto às formas de o resolver, pode haver caminhos alternativos que não passem por "medidas que ninguém quer", e estou com exectativa para ver como corre essa aplicação se por acaso o Centeno chegar a "vias de facto".

---

Não sei se os frequentadores e comentadores habituais deste espaço têm por hábito ver o programa A Quadratura do Círculo (que será porventura o espaço mais interessante e inteligente de debate político que passa hoje em dia na televisão), mas o modo como esse programa hoje abriu, com debate sobre um comentário que surgiu no blog Insurgente, nem a propósito, traça um paralelo de proximidade extrema como os episódios que se têm vindo a verificar aqui em relação à postura do Anti-Ditador e ao modo de "tratamento preferencial" que adopta em relação a tudo o que eu possa escrever, opinar... e eventualmente pensar. Não pretendo com isto comprar nenhuma guerra (até porque me recuso a participar nela), não me entendam mal, mas gostaria apenas que comparassem, em estilo e em conteúdo, a citação lida pelo Pacheco Pereira e os posts habituais do Anti-Ditador.

Tornando ao programa em causa e ao Pacheco Pereira, continuo a identificar-me quase na totalidade com o que ele diz e escreve (dos artigos que tem escrito para o Público, e não só)---e desta feita ficou-me "na retina" a questão da escolha do PS em chegar-se à esquerda, em vez de ter optado pelo abraço à coligação, e ao facto de ele achar que a fractura interna dentro do partido seria muito maior se tivesse ocorrido ao contrário. Também achei interessante a questão colocada pelo Lobo Xavier, contrapondo, a propósito das "linhas vermelhas" que os partidos de centro, quer à esquerda, quer à direita, não devem transpor quando se trata de coligações para governar. Foi (mais) um programa recheado de riqueza intelectual.

Faço ainda uma nota a propósito de um outro programa, o A Prova dos Nove, que passou uma hora antes noutro canal, e a um ponto que também esteve aqui no tópico ontem e hoje em debate: a questão do neoliberalismo enquanto ideologia vs enquanto peso na despesa do estado (ou seja, a negação do neoliberalismo através das contas públicas), sendo que de um lado estava o Francisco Assis, a expor exactmente aquilo que a maioria de opiniões manifestou aqui no fórum, e do outro o Fernando Rosas a falar em termos de ideologia e de políticas concretas, a tomar uma posição que vai ao encontro da ideia do Zenith sobre o assunto (de haver uma separação entre contas e ideologia).


« Última modificação: 2015-11-06 01:20:46 por Jsebastião »
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Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1657 em: 2015-11-06 01:06:10 »
mal posso esperar pelos proximos dias

Kosta ao poder ! ja ja ja!

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1658 em: 2015-11-06 01:07:09 »
O Pacheco Pereira regra geral vê-se que não sabe do que fala (em textos, eu não vejo videos).

A ideia de que existem caminhos alternativos para gerar emprego é falaciosa. Temporariamente existem muitas formas de gerar emprego. Mas sustentadamente, só se gera emprego por via de alguém ter (ou pensar que vai ter) vantagem (leia-se lucro) em empregar.

---------

Sobre contas e liberalismo/individualismo, podem existir muitos graus do mesmo para a mesma despesa. Por exemplo, os países do Norte da Europa, de que geralmente a esquerda gosta, estão muitas vezes próximos do topo da liberdade económica (de que a esquerda geralmente não gosta).
« Última modificação: 2015-11-06 01:09:01 por Incognitus »
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Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1659 em: 2015-11-06 01:20:00 »
O Pacheco Pereira regra geral vê-se que não sabe do que fala (em textos, eu não vejo videos).

A ideia de que existem caminhos alternativos para gerar emprego é falaciosa. Temporariamente existem muitas formas de gerar emprego. Mas sustentadamente, só se gera emprego por via de alguém ter (ou pensar que vai ter) vantagem (leia-se lucro) em empregar.

Não sabe do que fala, ou defende opiniões e caminhos que considera válidos e que contrastam com a tua visão das coisas? É um pouco difícil engolir que ele, com a experiência que tem, não sabe do que fala.

Sobre a sustentabilidade das medidas para a criação de emprego, não haverá diversas formas de estimular o mercado/empresas de forma a chegar a esse objectivo?

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