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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392733 vezes)

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2400 em: 2015-11-11 12:02:23 »
O Acordo unia as  comunistas esta concluido   PSD/CDS acabou

e agora vao fazer  purga  as politicas de direita do Costa :D

Não esquecer que se o eventual governo do Costa for "ao ar", a situação de poder relativo do PCP também vai.
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Vanilla-Swap

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2401 em: 2015-11-11 12:04:05 »
Se o povo se apercebe e sai para a rua. O que vai acontecer?

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2402 em: 2015-11-11 12:07:16 »
Acho que vamos ouvir o Cavaco a "ladrar" ao Costa no próximo discurso, como já "ladrou" uma vez, mas vai muito provavelmente dar posse ao Costa. "Cão que ladra não morde."

O Cavaco ainda pode morder, mas se morder, morde também a própria cauda.

Atribuo uma probabilidade de "morder" inferior a 5%, quase nenhuma, sobretudo porque ele não pode dissolver a AR e sabe que um governo de gestão por tanto tempo tem custos financeiros para Portugal e também porque o provável próximo presidente da república (Marcelo) disse que quando for PR fará tudo para não deixar nenhum problema para o seu sucessor, num claro recado ao Cavaco. E o próprio Cavaco tb não deverá querer deixar nenhum problema por resolver.

Se o Cavaco pudesse dissolver a AR, "mordia", mas não pode, esse pormenor acho que vai fazer toda a diferença.

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2403 em: 2015-11-11 12:09:16 »

jsebastiao, onde estao os numeros macroeconomicos do PS do crescimento economico e que tu disses que haviam sido alterados com o novo programa?
ja te perguntei isto 3 vezes, o que se passa? tens ou nao tens?

Pip-Boy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2404 em: 2015-11-11 12:20:35 »
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:



E os de antes:



Retirado daqui: http://oinsurgente.org/2015/11/10/pequeno-jogo-sobre-diferencas-entre-programas-ps-e-psbepcp/


Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D
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Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2405 em: 2015-11-11 12:20:49 »

jsebastiao, onde estao os numeros macroeconomicos do PS do crescimento economico e que tu disses que haviam sido alterados com o novo programa?
ja te perguntei isto 3 vezes, o que se passa? tens ou nao tens?


Eu respondi mais atrás, dando-te razão. Lês o tópico na diagonal e dá nisto.

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225879.html#msg225879

Voltando a este assunto, diz-me então de tua conta: face ao artigo que citei e aos valores que são apresentados, o que é que  tu achas que sucedeu? Qu o PS alterou ou não alterou o cenário macroeconómico?
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Zakk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2406 em: 2015-11-11 12:22:08 »
Eu não vou a manifs no inverno.  ;D

O costa até nisto foi fino hehehehe

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2407 em: 2015-11-11 12:24:40 »
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.
« Última modificação: 2015-11-11 12:25:36 por Jsebastião »
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Pip-Boy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2408 em: 2015-11-11 12:31:22 »
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.

Certo, certo.

Bom, olhando para as tabelas, se a dívida para 2016 passa de 128% para 124%, 4 pontos portanto, e o défice previsto é de -2.8%, contas por alto o PIB tem que crescer uns 6.8%, mais coisa menos coisa, não?
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Deus Menor

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2409 em: 2015-11-11 12:33:48 »
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.

Certo, certo.

Bom, olhando para as tabelas, se a dívida para 2016 passa de 128% para 124%, 4 pontos portanto, e o défice previsto é de -2.8%, contas por alto o PIB tem que crescer uns 6.8%, mais coisa menos coisa, não?

Mas alguém acredita num plano destes completamente martelado, isto nem por um
aluno de 1ºano de economia deveria ser tolerado, quanto mais para cenário macro de um País.

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2410 em: 2015-11-11 12:42:22 »

jsebastiao, onde estao os numeros macroeconomicos do PS do crescimento economico e que tu disses que haviam sido alterados com o novo programa?
ja te perguntei isto 3 vezes, o que se passa? tens ou nao tens?


Eu respondi mais atrás, dando-te razão. Lês o tópico na diagonal e dá nisto.

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225879.html#msg225879

Voltando a este assunto, diz-me então de tua conta: face ao artigo que citei e aos valores que são apresentados, o que é que  tu achas que sucedeu? Qu o PS alterou ou não alterou o cenário macroeconómico?


misturaste 2 respostas, fica confuso. mas agora ja li

McKricas

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2411 em: 2015-11-11 12:45:47 »
O que é irritante neste artigo, é que se trata de uma leitura pessoal da constituição que o autor quer fazer passar por uma demonstração lógica irrefutável.
Das premissas de que parte (impossibilidade de dissolver assembleia) deduz que uma possibilidade é o atual governo manter-se em funções de gestão.
Sendo essa uma possibilidade dá então o salto (i)lógico de que todas as outras mesmo que violem as premissas estão proibidas o que é uma deturpação da lógica.

Sim, é uma "leitura".
O "Direito" não é uma ciência e é particularmente subjectivo como sabemos.
Mas a lógica não é desprezável. Embora eu tenha alguma reservas sobre se esta será a posição que o Presidente da República adoptará.

Repara:

Citar
Artigo 195.º - Demissão do Governo
1. Implicam a demissão do Governo:
    a) O início de nova legislatura;
    b) A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão apresentado pelo Primeiro-Ministro;
    c) A morte ou a impossibilidade física duradoura do Primeiro-Ministro;
    d) A rejeição do programa do Governo;
    e) A não aprovação de uma moção de confiança;
    f) A aprovação de uma moção de censura por maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções.
Citar
Art. 186.º - Início e cessação de funções
1. (..)
2. (..)
3. (..)
4. Em caso de demissão do Governo, o Primeiro-Ministro do Governo cessante é exonerado na data da nomeação e posse do novo Primeiro-Ministro.

5. Antes da apreciação do seu programa pela Assembleia da República, ou após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática dos actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos.
Citar
Artigo 172.º - Dissolução
1. A Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição, no último semestre do mandato do Presidente da República ou durante a vigência do estado de sítio ou do estado de emergência.

2. (..)
3. A dissolução da Assembleia não prejudica a subsistência do mandato dos Deputados, nem da competência da Comissão Permanente, até à primeira reunião da Assembleia após as subsequentes eleições.
Citar
Artigo 153.º - Início e termo do mandato
1. O mandato dos Deputados inicia-se com a primeira reunião da Assembleia da República após eleições e cessa com a primeira reunião após as eleições subsequentes, sem prejuízo da suspensão ou da cessação individual do mandato.
2. (..)

Ou seja, o que estes artigos dizem, é que
 - uma vez um Primeiro-Ministro demitido, este entra automaticamente em Gestão até à data de nomeação e posse de um novo Primeiro-Ministro.

 - A Assembleia da República não pode ser dissolvida porque estamos nos 6 meses a seguir às eleições. Logo, os deputados actuais são obrigados a manter-se. Essa dissolução só poderá ser realizada após o dia 04 de Abril de 2016.

 - A dissolução da Assembleia da República implica a convocação de Eleições e essa dissolução não prejudica a continuação do mandato dos Deputados nem da competência da Comissão Permanente até à primeira reunião da Assembleia após as subsequentes eleições.

Onde eu acho que a interpretação pode falhar é que pelo artigo 187.º:
Citar
Artigo 187.º - Formação

1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

Não há nada que diga que não se pode aplicar este artigo, após as eleições e em momento diferente. Ou seja, pode haver uma leitura que permite a aplicação do Art. 187, após a existência do Art. 195 e mesmo com a existência em funções de um Governo em Gestão.

Mas também não existe nada que dê "instruções" ao Presidente da República que após a demissão de um Governo, este terá que convidar alguém dentro do Parlamento.
« Última modificação: 2015-11-11 12:52:16 por McKricas »

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2412 em: 2015-11-11 12:57:09 »
! No longer available


toda a gente diz que vamos pelo caminho da grecia, eh a percepcao geral no estrangeiro

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2413 em: 2015-11-11 13:01:02 »
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.

Certo, certo.

Bom, olhando para as tabelas, se a dívida para 2016 passa de 128% para 124%, 4 pontos portanto, e o défice previsto é de -2.8%, contas por alto o PIB tem que crescer uns 6.8%, mais coisa menos coisa, não?

Mas alguém acredita num plano destes completamente martelado, isto nem por um
aluno de 1ºano de economia deveria ser tolerado, quanto mais para cenário macro de um País.

Não é estranho NINGUÉM da "nova" oposição estar a criticar isto?
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Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2414 em: 2015-11-11 13:21:49 »
Há uma interpretação da Constituição da República que poderá fazer algum sentido.

Citar
EFEITOS DA QUEDA ANUNCIADA DO GOVERNO!!!

A minha formação e especialização académica é na área do Direito da União Europeia, desde o Mestrado ao Doutoramento e daí à Agregação. Mas também conheço a Constituição da República Portuguesa (CRP), cujos parâmetros ensino há muitos anos aos meus alunos de Direito Político, na Licenciatura em Relações Internacionais do ISCSP/Universidade de Lisboa.

É sabido que não há um sistema de escolha direta do Governo. Na solução constitucional é o Presidente da República quem marca o dia das eleições legislativas [artigo 133.º, alínea b), CRP] e tem competência para escolher e nomear o Primeiro-Ministro [artigos 133.º, alínea) e 187.º, n.º 1, CRP], depois de ouvir os partidos políticos, devendo a sua escolha incidir sobre o partido ou os partidos com mais expressivos resultados nas eleições à Assembleia da República, isto é, aqueles sobre os quais recaem mais votos por parte do eleitorado popular. Os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro entretanto indigitado (artigo 187.º, n.º 2, CRP). Neste contexto, o Primeiro-Ministro e o Governo estão sujeitos a um duplo sistema de controlo político (artigos 190.º e 191.º, n.º 1, CRP): o Presidente da República e a Assembleia da República.

No quadro normativo descrito, não se exige, em parte alguma, que o Governo tenha uma maioria absoluta para o exercício cabal das suas funções, embora seja do senso comum que quanto maior for a sua representatividade parlamentar, maior será a sua estabilidade governava, por razões evidentes.

Mas se a oposição quiser “abater" o Governo, pode fazê-lo? Mesmo no início do mandato?

De acordo com o sistema de freios e contra-pesos que caracteriza o sistema democrático, em qualquer momento, a Assembleia da República pode ser dissolvida pelo Presidente da República [artigos 133.º, alínea e), e 172.º], do mesmo modo que a Assembleia da República pode demitir o Governo (em qualquer dos casos previstos no artigo 195.º CRP).

E a rejeição do programa do Governo pode levar à sua demissão?

É verdade que sim. A rejeição do programa do Governo, aprovada por uma maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções, tem por consequência inequívoca a demissão do Governo [artigos 192.º e 195.º, n.º 1, alínea d), CRP].

E o que acontece ao Governo demitido?

O Governo demitido deve limitar-se à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos (artigo 186.º, n.º 5, CRP). O que significa que o país não fica sem Governo, nem este órgão de soberania está impossibilitado de assegurar "a gestão dos negócios públicos" do Estado, mesmo com as limitações referidas.

E depois? O que sucede a seguir?

A seguir devem ser convocadas novas eleições legislativas, que permitam ao Presidente da República nomear novo Primeiro-Ministro, sucedendo-se um novo Governo de acordo com os resultados eleitorais expressos nas urnas de voto. Em caso de demissão do Governo, o Primeiro-Ministro cessante só pode ser exonerado na data da nomeação e posse do novo Primeiro-Ministro [/u](artigo 186.º, n.º 5, CRP). Do mesmo modo que os deputados eleitos anteriormente se mantém em funções. De acordo com o texto constitucional, o mandato dos Deputados inicia-se com a primeira reunião da Assembleia da República após eleições e cessa com a primeira reunião APÓS AS ELEIÇÕES SUBSEQUENTES (artigo 153.º CRP)[/u].

Sucede, no caso concreto de Portugal que, neste momento não pode ser a Assembleia da República dissolvida, por não terem ainda decorrido seis meses após a sua eleição e, além disso, por nos encontrarmos no lapso de tempo que é abrangido pelo último semestre do mandato do Presidente da República (artigo 172.º, n.º 1, CRP). E, após a sua dissolução, mantém-se o mesmo regime que impõe a necessidade de marcação de eleições democráticas. Como decorre do sistema, a dissolução da Assembleia, quando seja possível, não prejudica a subsistência do mandato dos Deputados até à primeira reunião da Assembleia da República APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES (artigo 172.º, n.º 3, CRP).

De tudo o que fica dito, conclui-se que a Constituição Portuguesa não contempla qualquer outra saída, como a formação de um Governo de iniciativa presidencial (como erradamente se tem dito) ou a formação de um Governo a partir da oposição, mesmo que represente a maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, a não ser a da demissão do Governo, seguida da dissolução da Assembleia da República, com a subsequente marcação de eleições legislativas, após o que será nomeado novo Primeiro-Ministro e formado novo Governo, de acordo com os novos resultados eleitorais, mas sempre APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES, para usar o texto constitucional, que é inequívoco.

Tudo o que vá para além disso constituirá ato político inconstitucional grave que colocará em causa a vigência da atual Constituição e a própria subsistência do Estado de Direito democrático!

Em suma: rejeição do programa do Governo e respetiva demissão, seguida da manutenção do estatuto de Governo de Gestão em exercício de funções, como tal confirmado pelo atual Presidente da República, a que se deverá seguir a marcação de novas eleições legislativas pelo futuro Presidente da República e respeitados os futuros resultados eleitorais, como é apanágio da nossa ainda jovem democracia!!!

in https://www.facebook.com/apintopereira1/posts/995438597186873?fref=nf

Ou seja, por esta leitura da Constituição o Presidente da República não pode nomear mais ninguém até há marcação de novas eleições.

A nomeação de uma outra solução de governo, após a demissão de um Primeiro Ministro, não está contemplada na Constituição.


Pelo que se passou em 1978, na outra moção de rejeição que foi aprovada, verifica-se que isso não está certo. 

Citar
II Governo Constitucional (29/08/1978 a 22/11/1978)
Primeiro-Ministro – Nobre da Costa

O III Governo foi constituído por iniciativa do Presidente da República Ramalho Eanes.

 O executivo foi liderado por Nobre da Costa, um independente que já fora ministro do governo de Mário Soares.

Terminou o mandato cerca de três meses depois, na sequência da rejeição do programa de Governo pela Assembleia da República a 14 de setembro de 1978, depois de PS ter apresentado uma moção de rejeição, com votos a favor de PS, CDS e PCP.

A não aprovação do programa de Governo motiva o pedido de demissão de Nobre da Costa. 

Na impossibilidade de uma coligação partidária, Eanes nomeia um segundo governo de sua iniciativa.

http://www.rtp.pt/noticias/politica/governos-de-portugal_i852231


Ao contrário de 1978, agora existe uma solução alternativa disponível para governar.

Mas isso também não quer dizer que o Cavaco seja obrigado a dar posse ao Costa. A história dos governos tb mostra que não está obrigado. Em 1987, o governo minoritário de PSD de Cavaco foi derrubado por uma moção de censura e depois o presidente da republica (Mário Soares) rejeitou dar posse à coligação PS + PRD e decidiu dissolver a AR e marcar novas eleições. Nas novas eleições o PSD de Cavaco teve maioria absoluta.

Eu acho que o Cavaco, ao contrário do que fez Soares, vai dar posse ao Costa, pelos motivos que já referi.

E será curioso, que o pior presidente da república de sempre, segundo a esquerda, vá fazer aquilo que nem o esquerdista Soares fez.
« Última modificação: 2015-11-11 13:23:47 por João-D »

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2415 em: 2015-11-11 13:48:30 »
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

O PCP e mais honesto no que defende
o Bloco esquerda  esconde o que defende ou nem sabe o que defende  :D
« Última modificação: 2015-11-11 13:57:14 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2416 em: 2015-11-11 14:01:32 »
o Bloco esquerda  esconde o que defende ou nem sabe o que defende  :D

Ambas?
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2417 em: 2015-11-11 14:10:14 »
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2418 em: 2015-11-11 14:14:36 »
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

se o jeronimo nao gosta de campos de concentracao porque eh que apoia a coreia do norte? ou defende o antigo regime comunista da URSS?
acho que estas informado que ambos tem ou tiveram campos de concentracao, nao ?

« Última modificação: 2015-11-11 14:15:54 por Camarada Neo-Liberal »

McKricas

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2419 em: 2015-11-11 14:16:10 »
Ao contrário de 1978, agora existe uma solução alternativa disponível para governar.

Mas isso também não quer dizer que o Cavaco seja obrigado a dar posse ao Costa. A história dos governos tb mostra que não está obrigado. Em 1987, o governo minoritário de PSD de Cavaco foi derrubado por uma moção de censura e depois o presidente da republica (Mário Soares) rejeitou dar posse à coligação PS + PRD e decidiu dissolver a AR e marcar novas eleições. Nas novas eleições o PSD de Cavaco teve maioria absoluta.

Eu acho que o Cavaco, ao contrário do que fez Soares, vai dar posse ao Costa, pelos motivos que já referi.

E será curioso, que o pior presidente da república de sempre, segundo a esquerda, vá fazer aquilo que nem o esquerdista Soares fez.


Como já te tinha referido aqui: http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg219388.html#msg219390

Desde 1982 que não é possivel governos de iniciativa presedencial.

O próprio Cavaco Silva já o referiu também aqui:

Citar
(...) o Presidente diz que essa é uma possibilidade que nem faz sentido: “É um plano que está totalmente excluído, porque desde 1982 com a revisão constitucional os Governos deixaram de responder politicamente perante o Presidente da República.”

“Se um Governo que passa na Assembleia não responde perante o Presidente mas só perante a Assembleia, então não faz qualquer sentido um Governo de iniciativa presidencial”, conclui o Presidente.


in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=115241