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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392710 vezes)

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #900 em: 2015-10-25 01:41:07 »
Eu fico com ideia de que há é gente muito medrosa que precisa de proibições para ter um sono descansado.

Não, a questão é hipotética. Serem os dois possíveis (fascismo e comunismo) ou serem os dois impossíveis. É tão simples quanto isso.

Não há grandes razões para pensar que o comunismo seja de alguma forma mais benéfico ou menos maléfico que o fascismo. Aliás, até ironicamente, a forma de fascismo pela qual Portugal passou não foi agressiva, quando comparada a todo o género de experiências vividas no país comunista "médio".
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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karnuss

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #901 em: 2015-10-25 01:43:03 »
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(


A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.


De facto, Almada, Loures, Beja etc. têm sido um antro de mortandade e fome. Têm noção do ridículo do que estão a argumentar? FACTO: A Extrema direita matou gente em Portugal, não há muito tempo. A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir. Querem pôr ambas as coisas no mesmo plano? Balhamedeus...


Que extrema direita é que matou gente? Estás a equacionar o Estado novo como "extrema direita"? Quais são as suas características que para ti o tornam "direita", para não falar "extrema"?

E sobre as vítimas mortais. Será que estás a considerar alguma estatística válida? Aparentemente quem tenta obter números chega a valores baixos versus Portugal ANTES do Estado Novo, e a outros países DEPOIS de democráticos. E isso sem dar relevância nenhuma à não participação na 2ªGG, que salvou certamente muita gente.

http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext

Karnuss, não querendo de forma nenhuma defender o Estado novo, parece-me que emites essas afirmações sem verdadeiro suporte factual. Que são uma coisa em que acreditas sem saberes porquê.

E se dissermos que a FP 25 eram "de esquerda" (seriam?), estas só em 7 anos fizeram 13 vítimas mortais, sem qualquer controlo do país. Imagina-se que com o controlo do país provocariam um número várias ordens de magnitude superior de vítimas.

(A esquerda com apenas poder local não tem qualquer poder para provocar vítimas, nem o sistema que prevalece nesses locais é comunista ...)


Mas qual estado novo, Inc? Estou a falar da morte do Alcindo Ribeiro no bairro alto, às mãos do grupo de skinheads liderados pelo Mário Machado.

http://observador.pt/especiais/alcindo-monteiro/

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #902 em: 2015-10-25 01:43:31 »
Eu fico com ideia de que há é gente muito medrosa que precisa de proibições para ter um sono descansado.

Não, a questão é hipotética. Serem os dois possíveis (fascismo e comunismo) ou serem os dois impossíveis. É tão simples quanto isso.

Não há grandes razões para pensar que o comunismo seja de alguma forma mais benéfico ou menos maléfico que o fascismo. Aliás, até ironicamente, a forma de fascismo pela qual Portugal passou não foi agressiva, quando comparada a todo o género de experiências vividas no país comunista "médio".

porque proibiram facismo  na constituiçao e comunismo ficou fora?
sao dois extremos da mesma coisa poder total sobre tudo
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karnuss

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #903 em: 2015-10-25 01:47:17 »
Reg, quando a constituição foi escrita tínhamos acabado de sair de uma ditadura fascista. Daí ter sido proibida. Se tivéssemos tido 50 anos de ditadura comunista, provavelmente seria ao contrário.
« Última modificação: 2015-10-25 01:47:42 por karnuss »

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #904 em: 2015-10-25 01:53:37 »
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(


A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.


De facto, Almada, Loures, Beja etc. têm sido um antro de mortandade e fome. Têm noção do ridículo do que estão a argumentar? FACTO: A Extrema direita matou gente em Portugal, não há muito tempo. A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir. Querem pôr ambas as coisas no mesmo plano? Balhamedeus...


Que extrema direita é que matou gente? Estás a equacionar o Estado novo como "extrema direita"? Quais são as suas características que para ti o tornam "direita", para não falar "extrema"?

E sobre as vítimas mortais. Será que estás a considerar alguma estatística válida? Aparentemente quem tenta obter números chega a valores baixos versus Portugal ANTES do Estado Novo, e a outros países DEPOIS de democráticos. E isso sem dar relevância nenhuma à não participação na 2ªGG, que salvou certamente muita gente.

http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext

Karnuss, não querendo de forma nenhuma defender o Estado novo, parece-me que emites essas afirmações sem verdadeiro suporte factual. Que são uma coisa em que acreditas sem saberes porquê.

E se dissermos que a FP 25 eram "de esquerda" (seriam?), estas só em 7 anos fizeram 13 vítimas mortais, sem qualquer controlo do país. Imagina-se que com o controlo do país provocariam um número várias ordens de magnitude superior de vítimas.

(A esquerda com apenas poder local não tem qualquer poder para provocar vítimas, nem o sistema que prevalece nesses locais é comunista ...)


Mas qual estado novo, Inc? Estou a falar da morte do Alcindo Ribeiro no bairro alto, às mãos do grupo de skinheads liderados pelo Mário Machado.

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Um crime racista, possivelmente? Uma cena doida? Dificilmente um crime político.

Imagino que volta e meia um branco também morra por ser branco beto, por razões algo similares. Não sairá descrito nas notícias dessa forma e deverá ser difícil determinar que essa foi a razão. Ainda o outro dia morreu um puto na margem sul devido aos ténis.

---------

Nota que o fascismo não foi proibido em Portugal devido a crimes dessa natureza.

---------

Além do mais reparei que indicaste um crime que ocorreu há 20 anos. E esses skins eram partidários?
« Última modificação: 2015-10-25 01:58:58 por Incognitus »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #905 em: 2015-10-25 01:55:02 »
Eu fico com ideia de que há é gente muito medrosa que precisa de proibições para ter um sono descansado.

Não, a questão é hipotética. Serem os dois possíveis (fascismo e comunismo) ou serem os dois impossíveis. É tão simples quanto isso.

Não há grandes razões para pensar que o comunismo seja de alguma forma mais benéfico ou menos maléfico que o fascismo. Aliás, até ironicamente, a forma de fascismo pela qual Portugal passou não foi agressiva, quando comparada a todo o género de experiências vividas no país comunista "médio".

porque proibiram facismo  na constituiçao e comunismo ficou fora?
sao dois extremos da mesma coisa poder total sobre tudo

Bem, porque foram comunistas e simpatizantes a escrever a Constituição, claro.
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Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #906 em: 2015-10-25 02:15:16 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #907 em: 2015-10-25 02:18:42 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

reformas econômicas de Xiaoping foram feitas de baixo para cima: primeiro as mudanças foram testadas nos municípios e nas províncias; só depois a reforma foi implantada, gradualmente, em todo o país

O pcp esta reformar-se esta testar no monicipio o neoliberalismo com ajuda do psd  ;)
tem que se dar mais tempo

se for como Gorbachev também implantou amplas reformas, mas foram medidas que vieram de cima para baixo e que foram postas em prática nacionalmente  deu porcaria! :P
« Última modificação: 2015-10-25 02:19:18 por Reg »
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Pedro.J50

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #908 em: 2015-10-25 02:18:52 »
1-  Estão optimistas em relação à evolução economica do país ?

2- Acham que Cavaco irá nomear costa,e sua coligação syriza  conseguindo este acordo com Merkel ?

3- acham que Cavaco se vai recusar a nomear Costa e a sua coligação ?
4- E o que acontece a seguir ?


5- Irá haver  governo de iniciativa presidencial.?


6- Ou irá cavaco consegur derrotar costa e o PC nomear PM que se se alie com PAF ?



7- Esta confusão irá afectar o credito que os bancos dão e as nosas relações com o BCE ?

Obrigado pelas respostas
« Última modificação: 2015-10-25 02:20:09 por Pedro.J50 »

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #909 em: 2015-10-25 02:20:59 »
CDS/PS/PSD=70%... isto e como inc diz e tudo luta por taxos

se for crise serio fazem governo do centro..
« Última modificação: 2015-10-25 02:26:10 por Reg »
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Zenith

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #910 em: 2015-10-25 02:34:30 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D

Reg

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purehawk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #912 em: 2015-10-25 02:43:57 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L


Deixo aqui uns argumentos tipo "Shark Tank - I'm out":      :)


Considerando que o BE e o PCP têm "gaijas" boas e receptivas, é um desperdício ilegaliza-los!
Depois seria mais difícil encontra-las nos outros partidos que são grandes...

Vejo a Catarina vestida de preto cabedal, saltos altos e uma chibata a chicotear o rabo do Costa, do Passos e do Portas!
Ela estragou os planos de todos! Como disse o Louça: "Tem fibra".

O PCP tem lá uma que achava que alguns bustos da Assembleia da Republica, que são parte da nossa história, deviam ser censurados; apagados!

Só por isso, merecem ambos continuar!
A "fibra" e as asneiras também fazem parte da História de Portugal.


    ;D

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Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #914 em: 2015-10-25 02:52:34 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

É a tal coisa, ou deviam fazer isso ou legalizar o fascismo.
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Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #915 em: 2015-10-25 02:55:43 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D

Parece que a ideia não está a passar ... é uma questão de coerência, seria de ilegalizar o PCP/BE ou legalizar o fascismo.

Por uma questão de ética, o PCP e o BE deviam ser os que, a bem do espírito democrático, da liberdade e da coerência, deveriam pedir a legalização do fascismo ...  :D
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Tridion

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #916 em: 2015-10-25 08:43:55 »
o que não falta é ódio na sociedade. e inveja, despeito, coragem, medo, altruísmo, egoísmo e toda a panóplia de sentimentos humanos.

L

É por isso é que a esquerda radical pode ser perigosa num governo. Se parece ilógico que se chegarem ao governo comecem a tomar decisões estalinistas, a verdade é que as pessoas pouco mudam. Quando se está perante pessoas, que na sua génese impõem a sua vontade sobre os outros, torna-se assustador.

O potencial para aplicar doutrinas socialistas puras está lá, uma vez no governo, porquê não aplicá-las? Até porque se não o fizerem, também, não são esquerda radical mas uma outra coisa qualquer.
« Última modificação: 2015-10-25 09:24:19 por Tridion »
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Zenith

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #917 em: 2015-10-25 10:25:19 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D

Parece que a ideia não está a passar ... é uma questão de coerência, seria de ilegalizar o PCP/BE ou legalizar o fascismo.

Por uma questão de ética, o PCP e o BE deviam ser os que, a bem do espírito democrático, da liberdade e da coerência, deveriam pedir a legalização do fascismo ...  :D

Não li os posts todos mas não vi ninguém a insurgir-se contra a legalização de organizações que se revêem no fascismo portugues pre 25 de Abril.
O que dá impressão é que quem quer legalização do BE/PCP está muito contente com a ilegalização do fascismo já que isso é um pequeno alçapão lógico para justificar o desejo de proibir BE/PCP.
Nem percebo bem aparte esse pequeno argumento sofista, com que base se iria ilegalizar. Eles afirmam respeitar a democracia tal como está (não creio que tenham no programa ou estatutos algo a dizer que logo cheguem ao poder pretendem eliminar a democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado). Claro que vem logo os argumentos, "isso é o que dizem mas nos outros países sempre que chegaram ao poder foi o que se viu".
Com argumentos desses teríamos uma bela justiça se começássemos a condenar as pesssoas não pelos crimes mas pela possibilidade de os cometer.Alguém que tivesse tido uns pais envolvidos no mundo do crime ou cujo rosto se enquadrasse nos estereotipos faciais que vem nos manuais de criminologia deveria ser preso porque embora pareça ser muito solicito ao ajudar velhinhas a atravessar a rua tem a educaçºão do meio ou a ferocidade estampada no rosto e é uma questão de lhe surgir oportunidade para desatar a cometer crimes.

Nem sei bem a que é que corresponde proibição do fascismo já que pelo que se lê o PNR até se enquadra bem. É simplesmente proibição de usar a palavra fascista ou Salazar no nome ou programa?



Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #918 em: 2015-10-25 11:08:20 »
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

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Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D


Parece que a ideia não está a passar ... é uma questão de coerência, seria de ilegalizar o PCP/BE ou legalizar o fascismo.

Por uma questão de ética, o PCP e o BE deviam ser os que, a bem do espírito democrático, da liberdade e da coerência, deveriam pedir a legalização do fascismo ...  :D


1- Não li os posts todos mas não vi ninguém a insurgir-se contra a legalização de organizações que se revêem no fascismo portugues pre 25 de Abril.
O que dá impressão é que quem quer legalização do BE/PCP está muito contente com a ilegalização do fascismo já que isso é um pequeno alçapão lógico para justificar o desejo de proibir BE/PCP.


Nem percebo bem aparte esse pequeno argumento sofista, com que base se iria ilegalizar. 2 Eles afirmam respeitar a democracia tal como está (não creio que tenham no programa ou estatutos algo a dizer que logo cheguem ao poder pretendem eliminar a democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado). Claro que vem logo os argumentos, "isso é o que dizem mas nos outros países sempre que chegaram ao poder foi o que se viu"
.
Com argumentos desses teríamos uma bela justiça se começássemos a condenar as pesssoas não pelos crimes mas pela possibilidade de os cometer.Alguém que tivesse tido uns pais envolvidos no mundo do crime ou cujo rosto se enquadrasse nos estereotipos faciais que vem nos manuais de criminologia deveria ser preso porque embora pareça ser muito solicito ao ajudar velhinhas a atravessar a rua tem a educaçºão do meio ou a ferocidade estampada no rosto e é uma questão de lhe surgir oportunidade para desatar a cometer crimes.

1 - Nem sei bem a que é que corresponde proibição do fascismo já que pelo que se lê o PNR até se enquadra bem. É simplesmente proibição de usar a palavra fascista ou Salazar no nome ou programa?


1 - Penso que deves ler mais para trás. Já foi debatido e já foi denunciado o PNR, até com palavras dos próprios.

2 - É extamente isso que pensam certas pessoas (vide citações a negriyo abaixo e em particular o sublinhado que fiz). Em todo o caso, não estamos a falar de condenações, estamos a falar de "prevenção" (tipo... para que não se torne a repetir), embora para isso sejam necessárias leis para proibir (ou não, se a ideia for permitir tudo).

António Barreto antevê governo de esquerda a "rebentar com toda a força"

Citar
Entrevistado na RTP3, António Barreto considerou que o PS tem tudo a perder num entendimento à esquerda. E vaticinou vida breve para essa solução de governo, caso esta se concretize, e um futuro negro para Portugal.

Na Grande Entrevista, conduzida por Vítor Gonçalves, o sociólogo afirmou que, nas últimas três semanas, António Costa demonstrou uma enorme sede de sobrevivência política, agarrando-se à hipótese de chefiar um governo.

E apontou o que considera ser a irresistível "atração pelo poder" que tem movido PCP, BE e PS. "Resumo numa simples frase: cheira bem, cheira a poder", afirmou.

O sociólogo não põe, contudo, em causa a legitimidade das negociações à esquerda. Afirma que a coligação está a ver "fugir-lhe o poder" e por isso tenta tudo, até acusar a esquerda de querer usurpar o poder.

"Há duas esquerdas", lembrou Barreto, vaticinando que será isso que derrubará um eventual governo que se venha a formar à esquerda.

"Mais do que os programas eleitorais é preciso ver o programa dos próprios partidos", recordou António Barreto, sublinhando por exemplo que, para o PCP, a democracia é transitória e instrumental, circunstância que vai impedir uma caminhada com o PS.

Contra comunismo, contra fascismo

Um governo com o comunismo não vai funcionar, nem "durar quatro anos", considera Barreto. "Quando se começar a discutir" sobre renacionalizações, o Tratado Orçamental e o défice orçamental, ou a estratégia da NATO e da União Europeia, " tudo isto, vai ser possível fazer com o Partido Comunista sempre a engolir sapos?" pergunta.

"Chegando a Aveiras vai-se ver que este governo de esquerda, artificial e oportunista, vai rebentar com toda a força", anteviu mesmo o sociólogo.

"Sou contra o comunismo como sou contra o fascismo, sou contra os dois", reconhece António Barreto, sem receio de ser chamado "anti-comunista primário". E questiona mesmo "não sei porque é que o comunismo tem uma benção superior à do fascismo".

Para o sociólogo, a abertura do PCP a um acordo de governo baseia-se, primeiro, nos "quatro anos de austeridade que não acabaram tão mal quanto eles pensavam" e, segundo, no facto de o PCP estar nos anos recentes "à margem do sistema político".

António Barreto diz que Portugal não é um país independente, está sob um protetorado fortíssimo europeu, económico e financeiro, e levará muito tempo a recuperar alguma soberania. O que teria também modificado a atitude do PCP.

"O PCP percebeu que os inimigos dele já não está cá estão na Europa", afirma e que os novos movimentos de esquerda em Espanha, Itália e Grécia, lhe mostraram que tinha de se aproximar do sistema democrático e de ter uma nota de "bom comportamento democrático e governativo", ou teria chegado ao fim.

"Fantasia alucinada"

Sobre a proposta comunista de querer que a União Europeia pague a saída de países do euro, António Barreto ironiza e diz que alguns partidos estão a transformar a União Europeia numa espécie de "Santa Casa da Misericórdia" que deve pagar todos os erros e disparates dos países-membros. "Estamos no domínio da fantasia alucinada", refere.

Para António Barreto, Cavaco Silva não pode recusar a tomada de posse de um governo por motivos políticos como o pôr em causa os compromissos europeus ou a participação de Portugal na NATO, se houver um compromisso dos partidos sobre essa questão.

O sociólogo diz ainda que as negociações entre o PS e a coligação falharam porque nenhum dos dois quis. "É preciso fazer uma grande coligação", como na Alemanha, recomenda, lamentando a incapacidade portuguesa de a formar.

António Barreto considera também que Passos Coelho cometeu um erro de análise, ao acreditar que António Costa nunca fosse tentar acordos à esquerda. Ou então, admite, "raciocinou com cinismo", acreditando que um governo de esquerda acabaria por resultar em novas eleições e uma "gloriosa" maioria à direita.

António Barreto desenha um futuro negro para um governo com o Bloco de Esquerda e do PCP no poder, afirmando que acabará num segundo resgate e num novo ciclo de grande austeridade.

Um cenário que faz com que o Partido Socialista neste governo tenha "tudo a perder à sua esquerda e à sua direita, tudo a perder. E tem a ganhar uma dúzia ou duas dúzias de meses de poder político para meia dúzia de pessoas. É pouco para um grande partido democrático", diz António Barreto. E Portugal também tem a perder, acrescenta.
Elites são o problema
Quanto à protelada apresentação do acordo à esquerda, que tem sido falado mas se mantém desconhecido, o sociólogo não hesita em referir diversos aspetos "anti-democráticos" da situação.

Para António Barreto, a situação de Portugal começa a assemelhar-se à da Grécia.

Já os portugueses, ao fim de quatro anos de austeridade, estão "apenas um pouco mais pobres" e "mais rijos", mas, sobretudo, mais "inseguros" quanto ao futuro e com "menos ilusões e menos interessados na política".

O sociólogo desdramatiza também a emigração e considera que a crise revelou que os portugueses "tiveram mais juízo do que se pensava e se portaram melhor do que as elites", as quais se "têm portado muitíssimo mal".

"Com elites decentes não teríamos a corrupção que temos, não teríamos a justiça que temos", uma justiça "miserável, em todos os estudos de opinião é o pior sector". "Nunca se viu na Europa uma coisa destas", concluiu.





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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #919 em: 2015-10-25 11:37:18 »

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

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