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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392848 vezes)

eagle51

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #100 em: 2015-10-07 16:44:05 »
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L

Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...

zAPPa

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #101 em: 2015-10-07 16:54:11 »
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

Quem ganhou as eleições foi a PaF, mas a PaF desapareceu no dia a seguir às eleições.

O que agora existe é PSD e CDS.

Ainda falta juntar os mandatos da emigração, dia 14 porque dava muito trabalho ser no dia 4 como os outros.

o que quer dizer, por absurdo, que o PS com 3 mandatos da emigração ainda pode ser o partido com mais mandatos, logo o vencedor.

Na realidade o que vai acontecer é um governo minoritário PSD+CDS com acordo parlamentar com o PS.
Jim Chanos: "We Are In The Golden Age of Fraud".

itg00022289

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #102 em: 2015-10-07 17:00:32 »
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu


não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L


Vários pontos em que discordo:

1.   Quem concorre a eleições são os partidos/coligações que se apresentam a eleições (PS,PAF, CDU …), não "ideologias" (esquerda, direita,…);

2.   Quem vence é o partido/coligação mais votado;

3.   Dizer que o centro esquerda tem a maioria no parlamento é verdade mas isso não se pode sobrepor à escolha dos eleitores, por isso declarar que o eleitorado deu uma vitória clara ao centro-esquerda não é real, porque o centro esquerda não concorreu a eleições (e já agora colocar o BE e a CDU como centro de qq coisa é difícil de aceitar);

4.   Se esse centro esquerda quisesse governar, teria que ter ido a eleições em coligação. (podemos cogitar se teria mais ou menos do que teve individualmente mas não interessa muito… eu creio que teria bem menos);

5.   Isso de agora o BE e o PCP dizerem que devem governar porque o parlamento tem maioria de esquerda é desqualificar a escolha das pessoas, que deram a vitória clara a outros;

6.   Os vencedores têm que tentar formar governo, com maioria ou minoria parlamentar;
 
7.   Caso haja governo os restantes partidos ou aceitam ou unem-se e com uma moção de rejeição e mandam logo o governo abaixo.

Para efeitos de pragmatismo, eu também acho que não deveriam existir governos de minoria pois isso aqui no burgo é um caminho certo para novas eleições antes do fim da legislatura.

Parece que no Luxemburgo sucedeu algo que o PCP e o BE pretendem, o partido mais votado não formou governo
http://observador.pt/especiais/uniao-europeia-governos-de-coligacao-sao-a-regra-mesmo

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #103 em: 2015-10-07 17:24:53 »
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L

Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...

sim, posso aceitar esse ponto de vista.
uma coligação PS+BE+PCP não foi sufragada pelo eleitorado.

A questão da NATO ou do euro são irrelevantes. São questões teórícas e e de princípio que não teriam influência material num eventual governo de coligação à esquerda.
Nem PCP nem BE iriam insistir no abandono da NATO ou na saída do euro. O PS ao fazer uma coligação com esses partidos insistiria sempre numa declaração bem evidente pela parte deles, em como abdicariam dessas pretensões.

A legitimidade de um governo dessa coligação não está em causa, segundo as regras democráticas.

O ponto fulcral é, na minha opinião, a seguinte questão hipotética: o eleitorado ter-se-ia exprimido da mesma maneira se previsse uma coligação PS+BE+PCP?

A resposta é simples.

- se essa coligação se concretizar e apresentar um programa de governo que renuncie expressamente às questões da saída da NATO e do euro;
- se o PR tiver dúvidas quanto à opinião hipotética do eleitorado português em relação a essa coligação; (já que não há dúvidas em relação à legitimidade democrática de um eventual governo dessa coligação)
- se perante essa dúvida entender não encarregar a coligação da esquerda de formar governo;

O PR deve dissolver a AR e convocar novas eleições rapidamente.

a essas eleições deverão concorrer as coligações que na prática se formaram anteriormente: PSD/CDS e PS/BE/PCP.

L

Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
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If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Zakk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #104 em: 2015-10-07 17:28:12 »
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L

Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...

sim, posso aceitar esse ponto de vista.
uma coligação PS+BE+PCP não foi sufragada pelo eleitorado.

A questão da NATO ou do euro são irrelevantes. São questões teórícas e e de princípio que não teriam influência material num eventual governo de coligação à esquerda.
Nem PCP nem BE iriam insistir no abandono da NATO ou na saída do euro. O PS ao fazer uma coligação com esses partidos insistiria sempre numa declaração bem evidente pela parte deles, em como abdicariam dessas pretensões.

A legitimidade de um governo dessa coligação não está em causa, segundo as regras democráticas.

O ponto fulcral é, na minha opinião, a seguinte questão hipotética: o eleitorado ter-se-ia exprimido da mesma maneira se previsse uma coligação PS+BE+PCP?

A resposta é simples.

- se essa coligação se concretizar e apresentar um programa de governo que renuncie expressamente às questões da saída da NATO e do euro;
- se o PR tiver dúvidas quanto à opinião hipotética do eleitorado português em relação a essa coligação; (já que não há dúvidas em relação à legitimidade democrática de um eventual governo dessa coligação)
- se perante essa dúvida entender não encarregar a coligação da esquerda de formar governo;

O PR deve dissolver a AR e convocar novas eleições rapidamente.

a essas eleições deverão concorrer as coligações que na prática se formaram anteriormente: PSD/CDS e PS/BE/PCP.

L

Concordo contigo, acho que o presidente deve fazer isso.
Depois será o que o povo quiser

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #105 em: 2015-10-07 17:32:19 »
3.   Dizer que o centro esquerda tem a maioria no parlamento é verdade mas isso não se pode sobrepor à escolha dos eleitores, por isso declarar que o eleitorado deu uma vitória clara ao centro-esquerda não é real, porque o centro esquerda não concorreu a eleições (e já agora colocar o BE e a CDU como centro de qq coisa é difícil de aceitar);

O PS é um partido social-democrata, de centro esquerda.
O BE é um aglomerado de marxistas-leninistas, trotskistas e maoistas (concordo com o/a Kaspov) - extrema esquerda.
O PCP é um partido marxista-leninista que nunca denunciou claramente o estalinismo - extrema-esquerda.

Uma coligação com estes partidos nunca seria de centro-esquerda. O seu centro de gravidade estaria sempre bastante à esquerda.
Penso que compreendeste mal as minhas palavras quanto a isso. Ou então fui eu que não me expliquei bem.

L
« Última modificação: 2015-10-07 17:32:33 por Lark »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #106 em: 2015-10-07 17:33:40 »
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #107 em: 2015-10-07 17:39:51 »
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não são os comunas que devolvem o que recebem acima do salario que tinham antes de ir para a politica?

Isto que digo é um mito?

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #108 em: 2015-10-07 17:40:41 »
Olhe que não!

o PCP ja governa nas camaras nos sindicatos e controla muitas parte do estado


o BE era como dizes nunca governaram nada de relevante ficavam malucos com os taxos
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #109 em: 2015-10-07 17:42:57 »
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #110 em: 2015-10-07 17:52:43 »
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

O PCP não tem por norma ser tachista ? Talvez não individualmente, mas certamente ao nível partidario. Isto de cada deputado dar parte dos salario ao partido é o quê ? A dizima comunista ?

E um governo comunista não é tachista ? Talvez não. É simplesmente corrupto à última escala possível. Basta ver os exemplos históricos.

Mas isto é irrelevante porque não haveria um governo comunista.

E quando a cima dizem que PCP e BE ficariam felizes só por estar no governo e abdicavam das suas filosofias, acho disparatado. Se assim fizessem, o que diriam depois aos eleitores nas eleições seguintes ?

PCP: sempre defendemos a saida da NATO mas agora que somos governo, fechamos os olhos a esse pequeno pormenor.... Idem para o Euro

E nem estamos a falar do que os credores fariam. E os EUA, que já estão a querer sair dos Açores ? Ficariam felizes em ter bases num País tão virado à esquerda ? Saiam ainda mais depressa e o desemprego na Ilha Terceira disparava com ainda mais força.

São tudo cenários, hipóteses, conjeturas, mas sinceramente quem consegue acreditar que PS e BE e PCP têm alguma sintonia para além de um discurso anti-direita ?

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #111 em: 2015-10-07 17:53:19 »
pcp junto com centro criaram muito taxo

por exemplo os professores efetivos  que o digam  e motoristas dos comboios  :-X


« Última modificação: 2015-10-07 17:55:58 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #112 em: 2015-10-07 17:56:58 »
pcp junto com centro criaram muito taxo

por exemplo os professores efetivos  que o digam  e motoristas dos comboios  :-X

E os dirigentes sindicais ? Se isso não é um tacho, então é um grande caldeirão...

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #113 em: 2015-10-07 17:59:51 »
Mário Nogueira e professor tem bom taxo   ;D
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #114 em: 2015-10-07 18:04:27 »
basicamente um governo PS/CDU/BE  era sindicatos a governar e bloco todo contente por governar alguma coisa 8)
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #115 em: 2015-10-07 18:08:49 »
Parece que no Luxemburgo sucedeu algo que o PCP e o BE pretendem, o partido mais votado não formou governo
http://observador.pt/especiais/uniao-europeia-governos-de-coligacao-sao-a-regra-mesmo


Não conhecia, vou deixar aqui

Citar
Primeiro-ministro: Xavier Bettel. Coligação: Liberais (DP) – Partido Socialista (LSAP) – Verdes
Nas últimas eleições gerais luxemburguesas, os democratas-cristãos obtiveram mais de 33% dos votos. Até aqui nada de novo: o CSV é historicamente o principal partido do país, basta ver que depois da Segunda Guerra Mundial e até 2013 o partido apenas por uma vez tinha perdido as eleições. Mas um escândalo que envolveu os serviços secretos do Grão-ducado e perda de apoio do partido socialista LSAP, parceiro de coligação, precipitaram a queda do Governo do então primeiro-ministro Jean-Claude Juncker.

E se nas urnas Juncker e o CSV venceram mais uma vez, o mesmo não se poderá que o tenham feito no jogo das coligações. Depois das eleições, os liberais do Partido Democrata, os socialistas do LSAP e os Verdes uniram forças e avançaram para o governo. Xavier Bettel assumiu o cargo de primeiro-ministro e o socialista Etienne Schneider tornou-se número dois e ministro da Economia. Foi a primeira vez em 34 anos que os democratas-cristãos ficaram fora do governo. E foi também o fim de Juncker como primeiro-ministro, cargo que ocupava desde 1995.

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #116 em: 2015-10-07 18:20:01 »
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

Os que não são tachistas a nível nacional são-no a nível local (PCP) e o BE só não o é por falta de oportunidade. O que faz o tachismo não é a ideologia, é a oportunidade e a natureza humana -- todos os partidos serão tachistas desde que o sistema lhes dê a oportunidade. A cultura poderia minimizar isso, mas não é o caso em Portugal.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #117 em: 2015-10-07 18:21:42 »
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

O PCP não tem por norma ser tachista ? Talvez não individualmente, mas certamente ao nível partidario. Isto de cada deputado dar parte dos salario ao partido é o quê ? A dizima comunista ?

E um governo comunista não é tachista ? Talvez não. É simplesmente corrupto à última escala possível. Basta ver os exemplos históricos.

Mas isto é irrelevante porque não haveria um governo comunista.

E quando a cima dizem que PCP e BE ficariam felizes só por estar no governo e abdicavam das suas filosofias, acho disparatado. Se assim fizessem, o que diriam depois aos eleitores nas eleições seguintes ?

PCP: sempre defendemos a saida da NATO mas agora que somos governo, fechamos os olhos a esse pequeno pormenor.... Idem para o Euro

E nem estamos a falar do que os credores fariam. E os EUA, que já estão a querer sair dos Açores ? Ficariam felizes em ter bases num País tão virado à esquerda ? Saiam ainda mais depressa e o desemprego na Ilha Terceira disparava com ainda mais força.

São tudo cenários, hipóteses, conjeturas, mas sinceramente quem consegue acreditar que PS e BE e PCP têm alguma sintonia para além de um discurso anti-direita ?

Não abdicavam delas. Adaptavam-nas. "À Syriza".

Existiria sempre um risco acrescido de quebra da coligação, claro, se a maleabilidade pedida fosse em algum momento julgada demasiado extrema.
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Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #118 em: 2015-10-07 18:26:51 »
À coligação saia-lhe a lotaria se o PS se entendesse com BE/PCP e formasse governo. Podiam começar a contar os dias para voltarem a ter nova maioria absoluta.

Mystery

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #119 em: 2015-10-07 18:28:00 »
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.

« Última modificação: 2015-10-07 18:28:38 por Mystery »
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