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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392865 vezes)

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1260 em: 2015-10-30 14:01:10 »
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Adolfo Mesquita Nunes para João Galamba: “Daqui a 15 dias és tu”

30.10.2015 às 13h04 Expresso

O próprio Governo de Passos Coelho, que acaba de assumir posse no Palácio da Ajuda, espera uma vida curta

Video: http://cmtv.sapo.pt//atualidade/detalhe/novo_governo_em_analise_no_dia_da_tomada_de_posse.html

À chegada ao Palácio da Ajuda, onde decorre a tomada de posse do XX Governo constitucional, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, cumprimentou João Galamba e disse ao deputado socialista: “Daqui a 15 dias és tu que subirás esta escadaria”. O episódio foi testemunado por uma jornalista da RTP.

Esta sexta-feira, o Presidente da República deu posse a 15 ministros e 36 secretários de Estado numa cerimónia conjunta no Palácio da Ajuda, em Lisboa. Normalmente são agendados dois eventos em separado.

A declaração de Mesquita Nunes para Galamba prova que o próprio Executivo recém-empossado já antecipa a sua queda, com a anunciada moção de rejeição do PS, BE e PCP no Parlamento.



continuo a coçar a cabeça e a interrogar-me o porquê desta perda de tempo ridícula.

L
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tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1261 em: 2015-10-30 14:06:27 »
A democracia nunca fará sentido na cabeça da esquerdalha radical.

kitano

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1262 em: 2015-10-30 14:49:14 »
lark,

Para muitos também é perda de tempo estar a rebentar o país até que venha novamente o FMI. :)

Na verdade "esta perda de tempo" deve garantir tachos e renovações e contratos...só pode...

"Como seria viver a vida que realmente quero?"

tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1263 em: 2015-10-30 14:54:27 »
lark,

Para muitos também é perda de tempo estar a rebentar o país até que venha novamente o FMI. :)

Na verdade "esta perda de tempo" deve garantir tachos e renovações e contratos...só pode...

E fechar a operação marquês.

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1264 em: 2015-10-30 16:35:37 »
lark,

Para muitos também é perda de tempo estar a rebentar o país até que venha novamente o FMI. :)

Na verdade "esta perda de tempo" deve garantir tachos e renovações e contratos...só pode...

não percebi kitano.
as duas frases parecem contradizer-se.

a primeira frase parece querer dizer que um futuro governo de esquerda será uma perda de tempo.
a segunda parece querer dizer que este intervalo vai ser aproveitado pela PaF para instalar a sua clientela em tachos e fechar contratos danosos.

ou interpretei mal?

L
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kitano

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1265 em: 2015-10-30 17:36:18 »
A primeira é ironia, daí o :)
A segunda é a minha justificação para esta perda de tempo
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1266 em: 2015-10-30 17:38:09 »
o cavaco até lhe interessa o costa para ver se deixa de ter o corte nas pensões.

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1267 em: 2015-10-30 17:38:20 »
A primeira é ironia, daí o :)
A segunda é a minha justificação para esta perda de tempo

ah! dou-me muito mal com os emerdicons.
ok, assim já percebo.

L
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Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1268 em: 2015-10-30 17:42:25 »
em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

O futuro do PCP, se não quiser morrer aos poucos, é se adaptar-se aos "tempos modernos" (como de resto parece ser a tendência noutros países europeus---a facção portuguesa é uma excepção na irredutibilidade).

Esta é claramente a grande oportunidade que têm para agarrar o comboio. Não vão ter um cenário tão propício quanto este durante muitos anos, se é que alguma vez voltarão sequer a ter, e se não o agarram, ainda pioram mais essa hipótese.

Não estou a dizer para esquecerem a ideologia, mas para começarem a abrir a mente à realidade. Ajustarem-se. Ok, pode não lhes estar no sangue agir assim, mas o problema (também) é deles. O cenário, em caso de não haver acordo, é o Costa dar o governo à Paf (e a seguir demitir-se), o que remete o PCP para o seu cantinho habitual dentro do armário, onde podem vociferar e gritar à vontade, que ninguém os ouve.

acho que eh o oposto, se o PCP de adaptar aos tempos modernos morre logo
olha para os exemplos dos partidos comunistas no resto da europa, qd de modernizam morrem.
eu acho que o PCP sabe isto e vai negociar com isto em mente
« Última modificação: 2015-10-30 17:47:54 por Neo-Liberal »

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1269 em: 2015-10-30 17:48:55 »
em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

O futuro do PCP, se não quiser morrer aos poucos, é se adaptar-se aos "tempos modernos" (como de resto parece ser a tendência noutros países europeus---a facção portuguesa é uma excepção na irredutibilidade).

Esta é claramente a grande oportunidade que têm para agarrar o comboio. Não vão ter um cenário tão propício quanto este durante muitos anos, se é que alguma vez voltarão sequer a ter, e se não o agarram, ainda pioram mais essa hipótese.

Não estou a dizer para esquecerem a ideologia, mas para começarem a abrir a mente à realidade. Ajustarem-se. Ok, pode não lhes estar no sangue agir assim, mas o problema (também) é deles. O cenário, em caso de não haver acordo, é o Costa dar o governo à Paf (e a seguir demitir-se), o que remete o PCP para o seu cantinho habitual dentro do armário, onde podem vociferar e gritar à vontade, que ninguém os ouve.

acho que eh o oposto, se o PCP de adaptar aos tempos modernos morre logo
olha para os exemplos dos partidos comunistas no resto da europa, qd de modernizam morrem.
eu acho que o PCP sabe isto e vai negociar com isto em mente

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

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« Última modificação: 2015-10-30 17:50:05 por Lark »
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Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1270 em: 2015-10-30 17:59:43 »
IMO as críticas ao Cavaco não são justas porque pelo que se viu, até mesmo ontem à noite na entrevista ao Jerónimo, não há acordo na esquerda pronto.

Portanto, das duas uma, ou não empossava ninguém e deixava andar ate a esquerda mostrar um acordo ou empossava este governo. Eu penso que fez bem, uma vez que foram os vencedores. Porquê ? Porque haverá um governo legítimo em gestão até que a esquerda decida apresentar o acordo. Isto vai colocar pressão nos partidos.

Eu daquilo que li hoje do Cavaco, sobretudo isto,
Citar
Mas mais, justificou dar posse a Passos Coelho com o facto de não lhe ter sido apresentado nenhum Governo alternativo. Disse-o com todas as letras:

Até ao momento da indigitação do primeiro-ministro não me foi apresentada, por parte das outras forças políticas, uma solução alternativa de Governo estável”, disse.
http://observador.pt/2015/10/30/cavaco-fixa-5-compromissos-e-3-objetivos-para-costa-ler/

estou convencido que não empossa o Costa enquanto não vi o acordo escrito, preto no branco. O Costa pode esquecer em ser empossado com base em projectos de intenção.

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1271 em: 2015-10-30 18:44:33 »
em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

O futuro do PCP, se não quiser morrer aos poucos, é se adaptar-se aos "tempos modernos" (como de resto parece ser a tendência noutros países europeus---a facção portuguesa é uma excepção na irredutibilidade).

Esta é claramente a grande oportunidade que têm para agarrar o comboio. Não vão ter um cenário tão propício quanto este durante muitos anos, se é que alguma vez voltarão sequer a ter, e se não o agarram, ainda pioram mais essa hipótese.

Não estou a dizer para esquecerem a ideologia, mas para começarem a abrir a mente à realidade. Ajustarem-se. Ok, pode não lhes estar no sangue agir assim, mas o problema (também) é deles. O cenário, em caso de não haver acordo, é o Costa dar o governo à Paf (e a seguir demitir-se), o que remete o PCP para o seu cantinho habitual dentro do armário, onde podem vociferar e gritar à vontade, que ninguém os ouve.

acho que eh o oposto, se o PCP de adaptar aos tempos modernos morre logo
olha para os exemplos dos partidos comunistas no resto da europa, qd de modernizam morrem.
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o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

L

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...

---

Em relação ao acordo entre as esquerdas, e ao que se avizinha de governação para os próximos tempos, peço-vos que vejam a Quadratura do Círculo de ontem---nomeadamente as intervenções do Pacheco Pereira e do Jorge Coelho. Face ao que foi dito, se o acordo ainda não está feito, então está para muito breve. Até lá, serenidade.
« Última modificação: 2015-10-30 18:45:38 por Jsebastião »
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Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1272 em: 2015-10-30 18:57:13 »

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...


O Papa está a tentar adaptar a Igreja aos tempos modernos. Resta saber se consegue. Sem ser assassinado, por exemplo. Ou sem a Igreja Católica se partir em duas, como no cisma católicos / protestantes.

O PCP ao adaptar-se aos tempos modernos, passa a ser o BE. Deixa de ter razão de existir.

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1273 em: 2015-10-30 19:41:13 »

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...


O Papa está a tentar adaptar a Igreja aos tempos modernos. Resta saber se consegue. Sem ser assassinado, por exemplo. Ou sem a Igreja Católica se partir em duas, como no cisma católicos / protestantes.

O PCP ao adaptar-se aos tempos modernos, passa a ser o BE. Deixa de ter razão de existir.

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eu axo  que PCP em Portugal e Lark diz...
O Costa vai ter virar   comunista se quer ser PM por quatro anos
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1274 em: 2015-10-30 21:55:40 »
......os que tiveram a "inteligência" de sair.....a tempo.....eh.eh.... 8)

Citar
Pires de Lima saiu da Ajuda de elétrico para o Cais do Sodré

30.10.2015 às 20h36 Expresso

A selfie da ex-equipa do ministério da Economia no elétrico 18

As tomadas de posse provocam sempre alguns embaraços a quem deixa o governo, porque quem chega de automóvel com motorista ao Palácio da Ajuda por vezes não tem como sair de lá. Pires de Lima e os três secretários de Estado cessantes iam preparados e, no final, apanharam o elétrico 18, da Ajuda para o Cais do Sodré. E não faltou uma selfie

purehawk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1275 em: 2015-10-30 22:10:26 »
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.

As 35 horas são incompreensíveis. Partindo de um ponto onde todos estão a 40 horas, qual a lógica de beneficiar alguns dando-lhes agora 35? Os outros são mais escuros?

Se é para ser 35, que seja para todos.

burgues rico ! paga e cala.


Vocês estão todos a ver mal a coisa.
Pensei que já conseguiam ver "a coisa". Eu explico:

    :)


Desde que ouvi na rádio, logo no início do mandato do Governo de Passos Coelho (há cerca de 4 anos, portanto), uma funcionária pública telefonar ao programa e dizer que os funcionários públicos não eram quaisquer trabalhadores e que deviam ter mais direitos do que os outros... fiquei esclarecido!

Fiquei esclarecido porque a funcionária disse o que a alma lhe falava, não ocultou como fazem outros...

Nesta perspectiva, temos dois tipos de trabalhadores:

1) Os Funcionários Públicos (trabalhadores de primeira qualidade devido ao serviço público que prestam)
2) Os outros (trabalhadores de segunda qualidade por não prestarem nenhum serviço público)


Ah... já me esquecia: "os outros", como trabalham fora do universo do Estado, são neo-liberais que se dedicam à iniciativa privada e como é do conhecimento geral, são suspeitos de permanentemente evadirem-se e defraudar o fisco (fraude e evasão fiscal) logo devem ser muito controlados e apanhar com medidas implacáveis de penas de multa, penas de prisão, penhoras de residências, penhoras de automóveis, electrodomésticos, aparelhos de electrónica, etc...

A República afunda quando os neo-liberais se furtam às suas obrigações fiscais porque têm a liberdade de trabalhar 40, 50, 60, 70 horas por semana... enquanto os Funcionários Públicos têm a sua liberdade restrita a trabalharem menos horas por semana (tipo 35 ou no máximo 40 horas por semana). 40 horas são excessivas na medida em que prestam um serviço público e não praticam "fraude e evasão fiscal".


    :P

Pedro.J50

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1276 em: 2015-10-30 23:56:05 »
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.

As 35 horas são incompreensíveis. Partindo de um ponto onde todos estão a 40 horas, qual a lógica de beneficiar alguns dando-lhes agora 35? Os outros são mais escuros?

Se é para ser 35, que seja para todos.

burgues rico ! paga e cala.


Vocês estão todos a ver mal a coisa.
Pensei que já conseguiam ver "a coisa". Eu explico:

    :)


Desde que ouvi na rádio, logo no início do mandato do Governo de Passos Coelho (há cerca de 4 anos, portanto), uma funcionária pública telefonar ao programa e dizer que os funcionários públicos não eram quaisquer trabalhadores e que deviam ter mais direitos do que os outros... fiquei esclarecido!

Fiquei esclarecido porque a funcionária disse o que a alma lhe falava, não ocultou como fazem outros...

Nesta perspectiva, temos dois tipos de trabalhadores:

1) Os Funcionários Públicos (trabalhadores de primeira qualidade devido ao serviço público que prestam)
2) Os outros (trabalhadores de segunda qualidade por não prestarem nenhum serviço público)


Ah... já me esquecia: "os outros", como trabalham fora do universo do Estado, são neo-liberais que se dedicam à iniciativa privada e como é do conhecimento geral, são suspeitos de permanentemente evadirem-se e defraudar o fisco (fraude e evasão fiscal) logo devem ser muito controlados e apanhar com medidas implacáveis de penas de multa, penas de prisão, penhoras de residências, penhoras de automóveis, electrodomésticos, aparelhos de electrónica, etc...

A República afunda quando os neo-liberais se furtam às suas obrigações fiscais porque têm a liberdade de trabalhar 40, 50, 60, 70 horas por semana... enquanto os Funcionários Públicos têm a sua liberdade restrita a trabalharem menos horas por semana (tipo 35 ou no máximo 40 horas por semana). 40 horas são excessivas na medida em que prestam um serviço público e não praticam "fraude e evasão fiscal".


    :P

Muitos parabens pelo texto inspirado.
Adorei.
É isso mesmo !!!


Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1277 em: 2015-10-31 01:17:00 »

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...


O Papa está a tentar adaptar a Igreja aos tempos modernos. Resta saber se consegue. Sem ser assassinado, por exemplo. Ou sem a Igreja Católica se partir em duas, como no cisma católicos / protestantes.

O PCP ao adaptar-se aos tempos modernos, passa a ser o BE. Deixa de ter razão de existir.

L

Eu vejo o PCP actual como refém da sua geração (ao passo que o BE é um pouco o contrário). Quando se extinguir a geração do 25 de Abril, acaba o PCP, por não haver representantes que viveram a revolução, e que depois acabaram por não conseguir o poder com a passagem a uma democracia representativa em 76. O PCP que temos hoje ainda se sustenta muito na velha guarda que sobrou desse tempo (quer em constituintes, quer em eleitorado). Daqui a 10 anos, talvez menos, se mantiver o essencial da sua linha de actuação, estará enfraquecido, se não mesmo extinto. É apenas a minha visão da coisa. A questão da "adaptação" e "modernização" não significa que mudem de ideologias nem de matrizes existenciais, mas antes que manifestam alguma abertura à convivência com o sistema democrático (no qual são, de resto, ao mesmo tempo agentes legitimados e reféns)---e um discurso virado para gerações mais novas. O Jerónimo, nesse sentido, e fora o ar "sorridente e bonacheirão", é um pouco a representação metafórica do partido. Não só não se vislumbram sinais de juventude, como já se olha para ele com uma certa condescendência. A necessidade de rejuvenescimento de imagem (pelo menos de imagem) parece-me essencial. Significa isto que o objectico não será mudar de pilares, mas antes criar uma nova concepção nova na mente do eleitorado a cativar (um re-focus). Nesse sentido, não há como evitar uma comparação com o que foi o BE desde o seu início, com o que se passou durante a liderança bipartida, e com os tempos mais recentes até estas eleições.

Quanto ao vir a ocupar um espaço que agora pertence ao BE, talvez seja inevitável (não sei), mas isso está muito longe de significar que não tem razão de existir.
« Última modificação: 2015-10-31 01:17:59 por Jsebastião »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1278 em: 2015-10-31 01:24:28 »
O Jerónimo foi um segundo fôlego do PCP, depois do Carvalhas que entusiasmava tanto a plateia como o Bento XVI a celebrar uma missa. A seguir tem de ser um tipo assim como o Arménio Carlos, para passar aquelas ideais absurdas do PCP, como se tivesse a dizer a coisa mais acertada do mundo.

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1279 em: 2015-10-31 01:32:28 »
o que eu acho que vem ai:

1-o acordo vai ser para apenas o primeiro orcamento
2-vai ser pessimo para o PS e portugal
3-o governo cai ou no proximo orcamento ou antes, por exemplo por altura da recapitalizacao do NB
4-coligacao ganha com maioria absoluta

o PCP por apenas um orcamento vai esmifrar o PS, o PCP nao eh um partido normal e so faz acordos se forem excelentes para a sua causa
ate porque tem muito a perder em se meter em baguncas, tem de ser bem recompensado pelo risco
« Última modificação: 2015-10-31 02:20:07 por Neo-Liberal »