O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.
Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.
Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.
Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.
João,
Vamos lá encerrar essa falácia.
O que o PS tem que cumprir é o programa de governo com que se apresentou a eleições.Se para tal, precisa de se coligar como BE e o PCP,
está a fazer tudo o que pode, para cumprir esse programa.
Essa é a única promessa que é para cumprir.
As alianças que tem que fazer, são meios, para cumprir esse programa. Sem coligação haveria zero possibilidades de cumprimento.
Vou dizer outra vez: a única promessa que qualquer partido tem que fazer, é o cumprimento integral do seu programa de governo.
nenhum partido tem que avisar ou deixar de avisar que fará tudo para cumprir essa promessa, incluindo coligações. Está implícito!
neste caso, a única forma que o Costa encontra para cumprir o programa, é coligar-se.
A ver se essa falácia se extingue, de uma vez por todas.
L