O impacto sobre a economia existe por alguns canais, tais como:
* O efeito riqueza, devido aos activos todos ficarem mais inflaccionados, quem os detém sente-se mais rico e consome mais;
* O QE permite déficits orçamentais mais elevados, menos austeridade, pelo que isso também ajuda a economia;
* Por fim, activos mais caros atraem investimento (para produzir mais desses activos, para vender para o mercado) o que também favorece a economia.
São essencialmente efeitos temporários, e quem ganha mais são os detentores dos activos, ou seja, os 1-10% mais ricos da população. Isso também limita um pouco o impacto económico, pois essas pessoas não estão muito constrangidas no seu consumo à partida.
O imprimir dinheiro regra geral visa também permitir obter algo sem dar algo em troca. E não visa permitir a uma economia ajustar-se gradualmente à sua produção. Os dois efeitos arriscam-se, ao longo de muito tempo, a criar o que eu chamo "uma China instantânea". Não a China de hoje, mas a de ontem, entenda-se.