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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3466667 vezes)

artista

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Re: Portugal falido
« Responder #10880 em: 2015-12-17 00:16:10 »
Repararam no top google de pesquisas em Portugal em 2015, nomeadamente o vencedor ?

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A liderar as tendências de pesquisa do Google esteve "Casa dos Segredos - Desafio Final 3", o reality show emitido pela TVI, seguida do Netflix, serviço de filmes e séries online por assinatura, independente dos operadores de televisão, e de Agario, o popular jogo para PC e smartphone onde o utilizador é uma célula que vai crescendo cada vez que consegue dominar outras células e aumentando o seu território.
https://www.publico.pt/tecnologia/noticia/reality-show-netflix-e-filmes-lideraram-pesquisas-no-google-em-portugal-1717525

Casa dos segredos?! Isso ainda dá?!!  ;D ;D ;D

O resto menos mal, embora eu nunca tenha ouvido falar do jogo Agario!  :-[ :-[

Thunder

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Re: Portugal falido
« Responder #10881 em: 2015-12-17 13:47:13 »
Faço um apelo público a que não vejam a entrevista ao Sócrates e influenciem toda a gente que conhecem a fazer o mesmo.

Se não existir audiência deixa de ser apelativo dar-lhe tempo de antena.

Pois o povo é burro e ignorante e pode não ter o discernimento das elites para descobrir a propaganda manipuladora escondida sob o manto reluzente do engano.
Por acaso o teu apelido não acaba em azar?

Desculpa Zenith, não percebi bem a pergunta sobre o apelido.

Em relação à primeira frase, presumo que estejas a criticar o meu pedido para que a entrevista não fosse vista, certo?
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Thunder

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Re: Portugal falido
« Responder #10882 em: 2015-12-17 13:49:46 »
Tanta coisa interessante para aprender, para se descobrir. Um mundo de possibilidades.
E o top das pesquisas é "Casa dos Segredos".
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Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #10883 em: 2015-12-17 13:53:43 »
De resto, a ideologia das elites iluminadas não é a que defende o liberalismo (que parte do princípio que cada um pode decidir e sofrer as consequências das suas decisões). É outra...
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Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #10884 em: 2015-12-17 14:24:04 »
Faço um apelo público a que não vejam a entrevista ao Sócrates e influenciem toda a gente que conhecem a fazer o mesmo.

Se não existir audiência deixa de ser apelativo dar-lhe tempo de antena.

Pois o povo é burro e ignorante e pode não ter o discernimento das elites para descobrir a propaganda manipuladora escondida sob o manto reluzente do engano.
Por acaso o teu apelido não acaba em azar?

Desculpa Zenith, não percebi bem a pergunta sobre o apelido.

Em relação à primeira frase, presumo que estejas a criticar o meu pedido para que a entrevista não fosse vista, certo?

O apelido era o do senhor que juntava o sal com azar, mas era piada.
A primeira frase está relacionado com isso, já que é proprio dos ditadores achar que nem tudo deve ser mostrado ao povo, já que o mundo é demasiado complexo para a simplicidade das massas, cuja mente bruta deve ser apenas iluminada pelas elites. 

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #10885 em: 2015-12-17 14:26:20 »
Faço um apelo público a que não vejam a entrevista ao Sócrates e influenciem toda a gente que conhecem a fazer o mesmo.

Se não existir audiência deixa de ser apelativo dar-lhe tempo de antena.

Pois o povo é burro e ignorante e pode não ter o discernimento das elites para descobrir a propaganda manipuladora escondida sob o manto reluzente do engano.
Por acaso o teu apelido não acaba em azar?

Desculpa Zenith, não percebi bem a pergunta sobre o apelido.

Em relação à primeira frase, presumo que estejas a criticar o meu pedido para que a entrevista não fosse vista, certo?

O apelido era o do senhor que juntava o sal com azar, mas era piada.
A primeira frase está relacionado com isso, já que é proprio dos ditadores achar que nem tudo deve ser mostrado ao povo, já que o mundo é demasiado complexo para a simplicidade das massas, cuja mente bruta deve ser apenas iluminada pelas elites.

Talvez por isso as vanguardas do povo terminem sempre em ditaduras.
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Re: Portugal falido
« Responder #10886 em: 2015-12-17 14:33:16 »
Ok, percebi a piada com o Salazar :)

Acho que a minha participação no fórum mostra que eu gosto de trocar opiniões, não sou truculento, detesto violência desnecessária, adoro o estado de direito e acho que as pessoas devem ter o máximo de liberdade possível.
Acho que eu e o Salazar não nós iríamos dar muito bem ...
Mas isso sou eu a avaliar-me a mim próprio. E nós somos péssimos juízes de nós próprios.

Eu fiz um apelo, uma espécie de pedido. Quem quiser ver que veja, eu não tenho nada com isso.
Fiz o apelo, porque acho que devemos tentar influenciar o nosso mundo de acordo com as nossas convicções. E do meu ponto de vista, a política sofre muito com a questão da demagogia, falsidade e corrupção. Se dermos tempo de antena, atenção, palco e votos a esse tipo de personalidades, estamos condenados a estarmos sob o jugo deste tipo de políticos durante muito tempo.
E não é por ele ser do PS. Se fosse o Menezes diria o mesmo.

PS: eu defendo, como todos aqui sabem, que a população deve ser o mais instruída possível, o mais culta possível, precisamente para evitar ser ludibriada por demagogos e charlatães. Eu defendo o reinado da ciência e do conhecimento, logo defendo que a classe dos "iluminados" deve ser o mais ampla possível, e pensando utopicamente, universal.
« Última modificação: 2015-12-17 14:51:01 por Thunder »
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Re: Portugal falido
« Responder #10887 em: 2015-12-21 19:10:47 »
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BPP+BPN+Banif = Cerca de 8,5 mil milhões a pagar pelos contribuintes

21 Dez, 2015 - 15:28 • R.R.

Fora desta conta, estão as potencias perdas do Fundo de Resolução com o Novo Banco e que poderão onerar o Estado. A estas, acrescem os empréstimos feitos ao BCP e a CGD, que ainda não foram pagos na totalidade.

Sempre a somar em perdas. Têm sido assim os últimos anos para os contribuintes portugueses quando é a banca que aparece na parcela da conta. Se somarmos as contas provisórias dos três bancos que faliram, foram vendidos ou resolvidos, os portugueses vão assumir perdas de cerca de 8,5 mil milhões de euros.

Para se ter uma ideia do significado deste valor, o dinheiro gasto nos bancos fica acima da totalidade do défice do ano passado, 2014, que se cifrou em 7,82 mil milhões de euros, num total de 4,5% do PIB (sem a actualização posterior que a inclusão do Fundo de Resolução do Novo Banco obrigou).

O último caso do Banif levou ao reacendimento das discussões sobre o sistema financeiro em Portugal, com o Bloco de Esquerda a falar de “crime” por parte do anterior governo PSD/CDS na gestão do dossiê de venda do banco e o PCP a voltar a falar da necessidade de nacionalização do sector. No horizonte está mais uma comissão de inquérito a um banco, depois das famosas iniciativas parlamentares que envolveram o BES e BPN.

Discussões políticas à parte, a factura do Banif para o Estado será, para já, de cerca de 3 mil milhões de euros. A Comissão Europeia também apontou para este valor. O primeiro-ministro, António Costa, garantiu no domingo que os portugueses não vão pagar mais do que esta quantia.

As Finanças vão mobilizar mais 2.255 milhões, a que somam os 825 milhões que ainda estavam no banco, e pelos quais o Estado detinha 60,5% do capital. A este valor é subtraída a quantia paga pelo Santander para adquirir o Banif (150 milhões de euros).

O valor agora injectado pelo Estado destina-se a servir de garantia aos activos tóxicos do banco insular e que passam para o “banco mau”. Posteriormente será criado um veículo financeiro em que serão acomodados estes activos que depois serão negociados no mercado, tal como aconteceu no caso do BPN. Por essa razão, António Costa disse esperar recuperar parte do valor investido pelo Estado.

O impacto desta injecção de capital no Banif nas contas públicas far-se-á sentir nos próximos anos e terá objectivamente repercussões nos défices de 2015 e dos próximos anos.

BPN, um buraco sem fundo

Em relação ao BPN, que já foi vendido ao BIC por 40 milhões de euros, a factura total para os contribuintes pode chegar a 5,2 mil milhões de euros, noticiou, em Julho deste ano, o “Dinheiro Vivo”.

No final de 2013, a Parvalorem e a Parups (que gerem os activos considerados lixo e duvidosos do antigo BPN) “apresentavam capitais próprios negativos que totalizavam 2.314 milhões de euros”, a que se somam mais 170 milhões de euros. Tudo somado, 2,5 mil milhões a que se juntam os 2,7 mil milhões de perdas anteriores já apuradas.

Por fim, há o caso do BPP, em que o Estado é credor de 450 milhões da massa falida.

O caso remonta a 2008, quando seis bancos portugueses (CGD, BCP, BES, Totta, BPI e Caixa Agrícola) emprestaram 450 milhões de euros ao BPP e o Estado cobriu o empréstimo com uma garantia. Mas como o banco entrou pouco depois em insolvência, quando deixou de ter autorização do Banco de Portugal para operar, as instituições financeiras accionaram a garantia.

O Estado ficou sem os 450 milhões, mas supostamente com direito de a massa insolvente lhe devolver. A Comissão Europeia acabou, depois, por considerar que aquele era um "auxílio incompatível com o mercado interno". Assim, ordenou que Portugal recuperasse apenas o montante referente à ajuda em 2010 – que o BPP diz ser de 23 milhões.

E o Novo Banco, como será ?

Pelo meio, há ainda o caso do Novo Banco em que o Fundo de Resolução injectou 4,9 mil milhões de euros. Desse valor, 3,9 mil milhões saíram directamente do Tesouro e cerca de 600 milhões vieram do crédito da banca.

Só o restante saiu directamente do Fundo de Resolução (400 milhões de euros, a maioria dos quais são públicos).

A venda – que será retomada em Janeiro, soube-se esta segunda-feira – deverá ser feita por valores muito inferiores e as perdas terão de ser encaixadas pelos restantes bancos do sistema. A banca terá de arcar com este encargo, mas o mesmo não poderá afectar os rácios de capital dos bancos pelo que o pagamento ao Estado dever-se-á prolongar por muitos anos.

Mas a lista de dívidas ao Estado é mais extensa. Na CGD estão também 900 milhões euros de CoCos (dívida que se transforma em capital em determinadas circunstâncias) por pagar. O “Expresso” avançou no sábado que a Caixa está a precisar de 385 milhões de euros de capital para poder fazer face a este empréstimo do Estado. No BCP, falta ainda receber 750 milhões de euros dos três mil milhões que pediu.

Num comunicado sobre a resolução do Banif, a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, defendeu que "os bancos não podem ser mantidos artificialmente no mercado com dinheiro dos contribuintes".

[Notícia corrigida às 17h29: ao contrário do que estava escrito no texto original, o BPI já pagou a totalidade do empréstimo estatal de 1.500 milhões de euros]

Haroun Al Poussah

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Re: Portugal falido
« Responder #10888 em: 2015-12-21 19:15:32 »
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BPP+BPN+Banif = Cerca de 8,5 mil milhões a pagar pelos contribuintes

21 Dez, 2015 - 15:28 • R.R.

Fora desta conta, estão as potencias perdas do Fundo de Resolução com o Novo Banco e que poderão onerar o Estado. A estas, acrescem os empréstimos feitos ao BCP e a CGD, que ainda não foram pagos na totalidade.

Sempre a somar em perdas. Têm sido assim os últimos anos para os contribuintes portugueses quando é a banca que aparece na parcela da conta. Se somarmos as contas provisórias dos três bancos que faliram, foram vendidos ou resolvidos, os portugueses vão assumir perdas de cerca de 8,5 mil milhões de euros.

Para se ter uma ideia do significado deste valor, o dinheiro gasto nos bancos fica acima da totalidade do défice do ano passado, 2014, que se cifrou em 7,82 mil milhões de euros, num total de 4,5% do PIB (sem a actualização posterior que a inclusão do Fundo de Resolução do Novo Banco obrigou).

O último caso do Banif levou ao reacendimento das discussões sobre o sistema financeiro em Portugal, com o Bloco de Esquerda a falar de “crime” por parte do anterior governo PSD/CDS na gestão do dossiê de venda do banco e o PCP a voltar a falar da necessidade de nacionalização do sector. No horizonte está mais uma comissão de inquérito a um banco, depois das famosas iniciativas parlamentares que envolveram o BES e BPN.

Discussões políticas à parte, a factura do Banif para o Estado será, para já, de cerca de 3 mil milhões de euros. A Comissão Europeia também apontou para este valor. O primeiro-ministro, António Costa, garantiu no domingo que os portugueses não vão pagar mais do que esta quantia.

As Finanças vão mobilizar mais 2.255 milhões, a que somam os 825 milhões que ainda estavam no banco, e pelos quais o Estado detinha 60,5% do capital. A este valor é subtraída a quantia paga pelo Santander para adquirir o Banif (150 milhões de euros).

O valor agora injectado pelo Estado destina-se a servir de garantia aos activos tóxicos do banco insular e que passam para o “banco mau”. Posteriormente será criado um veículo financeiro em que serão acomodados estes activos que depois serão negociados no mercado, tal como aconteceu no caso do BPN. Por essa razão, António Costa disse esperar recuperar parte do valor investido pelo Estado.

O impacto desta injecção de capital no Banif nas contas públicas far-se-á sentir nos próximos anos e terá objectivamente repercussões nos défices de 2015 e dos próximos anos.

BPN, um buraco sem fundo

Em relação ao BPN, que já foi vendido ao BIC por 40 milhões de euros, a factura total para os contribuintes pode chegar a 5,2 mil milhões de euros, noticiou, em Julho deste ano, o “Dinheiro Vivo”.

No final de 2013, a Parvalorem e a Parups (que gerem os activos considerados lixo e duvidosos do antigo BPN) “apresentavam capitais próprios negativos que totalizavam 2.314 milhões de euros”, a que se somam mais 170 milhões de euros. Tudo somado, 2,5 mil milhões a que se juntam os 2,7 mil milhões de perdas anteriores já apuradas.

Por fim, há o caso do BPP, em que o Estado é credor de 450 milhões da massa falida.

O caso remonta a 2008, quando seis bancos portugueses (CGD, BCP, BES, Totta, BPI e Caixa Agrícola) emprestaram 450 milhões de euros ao BPP e o Estado cobriu o empréstimo com uma garantia. Mas como o banco entrou pouco depois em insolvência, quando deixou de ter autorização do Banco de Portugal para operar, as instituições financeiras accionaram a garantia.

O Estado ficou sem os 450 milhões, mas supostamente com direito de a massa insolvente lhe devolver. A Comissão Europeia acabou, depois, por considerar que aquele era um "auxílio incompatível com o mercado interno". Assim, ordenou que Portugal recuperasse apenas o montante referente à ajuda em 2010 – que o BPP diz ser de 23 milhões.

E o Novo Banco, como será ?

Pelo meio, há ainda o caso do Novo Banco em que o Fundo de Resolução injectou 4,9 mil milhões de euros. Desse valor, 3,9 mil milhões saíram directamente do Tesouro e cerca de 600 milhões vieram do crédito da banca.

Só o restante saiu directamente do Fundo de Resolução (400 milhões de euros, a maioria dos quais são públicos).

A venda – que será retomada em Janeiro, soube-se esta segunda-feira – deverá ser feita por valores muito inferiores e as perdas terão de ser encaixadas pelos restantes bancos do sistema. A banca terá de arcar com este encargo, mas o mesmo não poderá afectar os rácios de capital dos bancos pelo que o pagamento ao Estado dever-se-á prolongar por muitos anos.

Mas a lista de dívidas ao Estado é mais extensa. Na CGD estão também 900 milhões euros de CoCos (dívida que se transforma em capital em determinadas circunstâncias) por pagar. O “Expresso” avançou no sábado que a Caixa está a precisar de 385 milhões de euros de capital para poder fazer face a este empréstimo do Estado. No BCP, falta ainda receber 750 milhões de euros dos três mil milhões que pediu.

Num comunicado sobre a resolução do Banif, a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, defendeu que "os bancos não podem ser mantidos artificialmente no mercado com dinheiro dos contribuintes".

[Notícia corrigida às 17h29: ao contrário do que estava escrito no texto original, o BPI já pagou a totalidade do empréstimo estatal de 1.500 milhões de euros]

tudo culpa dos funcionários públicos e dos pobres...

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Re: Portugal falido
« Responder #10889 em: 2015-12-21 19:18:45 »
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BPP+BPN+Banif = Cerca de 8,5 mil milhões a pagar pelos contribuintes

21 Dez, 2015 - 15:28 • R.R.

Fora desta conta, estão as potencias perdas do Fundo de Resolução com o Novo Banco e que poderão onerar o Estado. A estas, acrescem os empréstimos feitos ao BCP e a CGD, que ainda não foram pagos na totalidade.

Sempre a somar em perdas. Têm sido assim os últimos anos para os contribuintes portugueses quando é a banca que aparece na parcela da conta. Se somarmos as contas provisórias dos três bancos que faliram, foram vendidos ou resolvidos, os portugueses vão assumir perdas de cerca de 8,5 mil milhões de euros.

Para se ter uma ideia do significado deste valor, o dinheiro gasto nos bancos fica acima da totalidade do défice do ano passado, 2014, que se cifrou em 7,82 mil milhões de euros, num total de 4,5% do PIB (sem a actualização posterior que a inclusão do Fundo de Resolução do Novo Banco obrigou).

O último caso do Banif levou ao reacendimento das discussões sobre o sistema financeiro em Portugal, com o Bloco de Esquerda a falar de “crime” por parte do anterior governo PSD/CDS na gestão do dossiê de venda do banco e o PCP a voltar a falar da necessidade de nacionalização do sector. No horizonte está mais uma comissão de inquérito a um banco, depois das famosas iniciativas parlamentares que envolveram o BES e BPN.

Discussões políticas à parte, a factura do Banif para o Estado será, para já, de cerca de 3 mil milhões de euros. A Comissão Europeia também apontou para este valor. O primeiro-ministro, António Costa, garantiu no domingo que os portugueses não vão pagar mais do que esta quantia.

As Finanças vão mobilizar mais 2.255 milhões, a que somam os 825 milhões que ainda estavam no banco, e pelos quais o Estado detinha 60,5% do capital. A este valor é subtraída a quantia paga pelo Santander para adquirir o Banif (150 milhões de euros).

O valor agora injectado pelo Estado destina-se a servir de garantia aos activos tóxicos do banco insular e que passam para o “banco mau”. Posteriormente será criado um veículo financeiro em que serão acomodados estes activos que depois serão negociados no mercado, tal como aconteceu no caso do BPN. Por essa razão, António Costa disse esperar recuperar parte do valor investido pelo Estado.

O impacto desta injecção de capital no Banif nas contas públicas far-se-á sentir nos próximos anos e terá objectivamente repercussões nos défices de 2015 e dos próximos anos.

BPN, um buraco sem fundo

Em relação ao BPN, que já foi vendido ao BIC por 40 milhões de euros, a factura total para os contribuintes pode chegar a 5,2 mil milhões de euros, noticiou, em Julho deste ano, o “Dinheiro Vivo”.

No final de 2013, a Parvalorem e a Parups (que gerem os activos considerados lixo e duvidosos do antigo BPN) “apresentavam capitais próprios negativos que totalizavam 2.314 milhões de euros”, a que se somam mais 170 milhões de euros. Tudo somado, 2,5 mil milhões a que se juntam os 2,7 mil milhões de perdas anteriores já apuradas.

Por fim, há o caso do BPP, em que o Estado é credor de 450 milhões da massa falida.

O caso remonta a 2008, quando seis bancos portugueses (CGD, BCP, BES, Totta, BPI e Caixa Agrícola) emprestaram 450 milhões de euros ao BPP e o Estado cobriu o empréstimo com uma garantia. Mas como o banco entrou pouco depois em insolvência, quando deixou de ter autorização do Banco de Portugal para operar, as instituições financeiras accionaram a garantia.

O Estado ficou sem os 450 milhões, mas supostamente com direito de a massa insolvente lhe devolver. A Comissão Europeia acabou, depois, por considerar que aquele era um "auxílio incompatível com o mercado interno". Assim, ordenou que Portugal recuperasse apenas o montante referente à ajuda em 2010 – que o BPP diz ser de 23 milhões.

E o Novo Banco, como será ?

Pelo meio, há ainda o caso do Novo Banco em que o Fundo de Resolução injectou 4,9 mil milhões de euros. Desse valor, 3,9 mil milhões saíram directamente do Tesouro e cerca de 600 milhões vieram do crédito da banca.

Só o restante saiu directamente do Fundo de Resolução (400 milhões de euros, a maioria dos quais são públicos).

A venda – que será retomada em Janeiro, soube-se esta segunda-feira – deverá ser feita por valores muito inferiores e as perdas terão de ser encaixadas pelos restantes bancos do sistema. A banca terá de arcar com este encargo, mas o mesmo não poderá afectar os rácios de capital dos bancos pelo que o pagamento ao Estado dever-se-á prolongar por muitos anos.

Mas a lista de dívidas ao Estado é mais extensa. Na CGD estão também 900 milhões euros de CoCos (dívida que se transforma em capital em determinadas circunstâncias) por pagar. O “Expresso” avançou no sábado que a Caixa está a precisar de 385 milhões de euros de capital para poder fazer face a este empréstimo do Estado. No BCP, falta ainda receber 750 milhões de euros dos três mil milhões que pediu.

Num comunicado sobre a resolução do Banif, a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, defendeu que "os bancos não podem ser mantidos artificialmente no mercado com dinheiro dos contribuintes".

[Notícia corrigida às 17h29: ao contrário do que estava escrito no texto original, o BPI já pagou a totalidade do empréstimo estatal de 1.500 milhões de euros]

tudo culpa dos funcionários públicos e dos pobres...

H

Os funcionários do BdP provavelmente não se classificam como funcionários públicos...  :D

Pelo menos não para efeitos de cortes de vencimentos.
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Haroun Al Poussah

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Re: Portugal falido
« Responder #10890 em: 2015-12-21 23:06:33 »
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BPP+BPN+Banif = Cerca de 8,5 mil milhões a pagar pelos contribuintes

21 Dez, 2015 - 15:28 • R.R.

Fora desta conta, estão as potencias perdas do Fundo de Resolução com o Novo Banco e que poderão onerar o Estado. A estas, acrescem os empréstimos feitos ao BCP e a CGD, que ainda não foram pagos na totalidade.

Sempre a somar em perdas. Têm sido assim os últimos anos para os contribuintes portugueses quando é a banca que aparece na parcela da conta. Se somarmos as contas provisórias dos três bancos que faliram, foram vendidos ou resolvidos, os portugueses vão assumir perdas de cerca de 8,5 mil milhões de euros.

Para se ter uma ideia do significado deste valor, o dinheiro gasto nos bancos fica acima da totalidade do défice do ano passado, 2014, que se cifrou em 7,82 mil milhões de euros, num total de 4,5% do PIB (sem a actualização posterior que a inclusão do Fundo de Resolução do Novo Banco obrigou).

O último caso do Banif levou ao reacendimento das discussões sobre o sistema financeiro em Portugal, com o Bloco de Esquerda a falar de “crime” por parte do anterior governo PSD/CDS na gestão do dossiê de venda do banco e o PCP a voltar a falar da necessidade de nacionalização do sector. No horizonte está mais uma comissão de inquérito a um banco, depois das famosas iniciativas parlamentares que envolveram o BES e BPN.

Discussões políticas à parte, a factura do Banif para o Estado será, para já, de cerca de 3 mil milhões de euros. A Comissão Europeia também apontou para este valor. O primeiro-ministro, António Costa, garantiu no domingo que os portugueses não vão pagar mais do que esta quantia.

As Finanças vão mobilizar mais 2.255 milhões, a que somam os 825 milhões que ainda estavam no banco, e pelos quais o Estado detinha 60,5% do capital. A este valor é subtraída a quantia paga pelo Santander para adquirir o Banif (150 milhões de euros).

O valor agora injectado pelo Estado destina-se a servir de garantia aos activos tóxicos do banco insular e que passam para o “banco mau”. Posteriormente será criado um veículo financeiro em que serão acomodados estes activos que depois serão negociados no mercado, tal como aconteceu no caso do BPN. Por essa razão, António Costa disse esperar recuperar parte do valor investido pelo Estado.

O impacto desta injecção de capital no Banif nas contas públicas far-se-á sentir nos próximos anos e terá objectivamente repercussões nos défices de 2015 e dos próximos anos.

BPN, um buraco sem fundo

Em relação ao BPN, que já foi vendido ao BIC por 40 milhões de euros, a factura total para os contribuintes pode chegar a 5,2 mil milhões de euros, noticiou, em Julho deste ano, o “Dinheiro Vivo”.

No final de 2013, a Parvalorem e a Parups (que gerem os activos considerados lixo e duvidosos do antigo BPN) “apresentavam capitais próprios negativos que totalizavam 2.314 milhões de euros”, a que se somam mais 170 milhões de euros. Tudo somado, 2,5 mil milhões a que se juntam os 2,7 mil milhões de perdas anteriores já apuradas.

Por fim, há o caso do BPP, em que o Estado é credor de 450 milhões da massa falida.

O caso remonta a 2008, quando seis bancos portugueses (CGD, BCP, BES, Totta, BPI e Caixa Agrícola) emprestaram 450 milhões de euros ao BPP e o Estado cobriu o empréstimo com uma garantia. Mas como o banco entrou pouco depois em insolvência, quando deixou de ter autorização do Banco de Portugal para operar, as instituições financeiras accionaram a garantia.

O Estado ficou sem os 450 milhões, mas supostamente com direito de a massa insolvente lhe devolver. A Comissão Europeia acabou, depois, por considerar que aquele era um "auxílio incompatível com o mercado interno". Assim, ordenou que Portugal recuperasse apenas o montante referente à ajuda em 2010 – que o BPP diz ser de 23 milhões.

E o Novo Banco, como será ?

Pelo meio, há ainda o caso do Novo Banco em que o Fundo de Resolução injectou 4,9 mil milhões de euros. Desse valor, 3,9 mil milhões saíram directamente do Tesouro e cerca de 600 milhões vieram do crédito da banca.

Só o restante saiu directamente do Fundo de Resolução (400 milhões de euros, a maioria dos quais são públicos).

A venda – que será retomada em Janeiro, soube-se esta segunda-feira – deverá ser feita por valores muito inferiores e as perdas terão de ser encaixadas pelos restantes bancos do sistema. A banca terá de arcar com este encargo, mas o mesmo não poderá afectar os rácios de capital dos bancos pelo que o pagamento ao Estado dever-se-á prolongar por muitos anos.

Mas a lista de dívidas ao Estado é mais extensa. Na CGD estão também 900 milhões euros de CoCos (dívida que se transforma em capital em determinadas circunstâncias) por pagar. O “Expresso” avançou no sábado que a Caixa está a precisar de 385 milhões de euros de capital para poder fazer face a este empréstimo do Estado. No BCP, falta ainda receber 750 milhões de euros dos três mil milhões que pediu.

Num comunicado sobre a resolução do Banif, a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, defendeu que "os bancos não podem ser mantidos artificialmente no mercado com dinheiro dos contribuintes".

[Notícia corrigida às 17h29: ao contrário do que estava escrito no texto original, o BPI já pagou a totalidade do empréstimo estatal de 1.500 milhões de euros]

tudo culpa dos funcionários públicos e dos pobres...

H

Os funcionários do BdP provavelmente não se classificam como funcionários públicos...  :D

Pelo menos não para efeitos de cortes de vencimentos.

mas não é essa a tese? a culpa disto tudo não é dos FPs e dos pobres? dos ricos não pode ser! os ricos nunca roubariam 8k milhões!
não arranjes uns emoticons mais fixes, não..
cada vez que pões uma coisa feia dessas, o teu argumento perde 75% de credibilidade...

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Re: Portugal falido
« Responder #10891 em: 2015-12-21 23:13:45 »
so as medidas acordadas com o BE sao mais de 2 mil milhoes ao ano, em menos de 4 anos ja paga a ajuda aos bancos

qq toinas que saiba somar percebe onde esta o problema verdadeiro

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Re: Portugal falido
« Responder #10892 em: 2015-12-22 00:41:09 »
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BPP+BPN+Banif = Cerca de 8,5 mil milhões a pagar pelos contribuintes

21 Dez, 2015 - 15:28 • R.R.

Fora desta conta, estão as potencias perdas do Fundo de Resolução com o Novo Banco e que poderão onerar o Estado. A estas, acrescem os empréstimos feitos ao BCP e a CGD, que ainda não foram pagos na totalidade.

Sempre a somar em perdas. Têm sido assim os últimos anos para os contribuintes portugueses quando é a banca que aparece na parcela da conta. Se somarmos as contas provisórias dos três bancos que faliram, foram vendidos ou resolvidos, os portugueses vão assumir perdas de cerca de 8,5 mil milhões de euros.

Para se ter uma ideia do significado deste valor, o dinheiro gasto nos bancos fica acima da totalidade do défice do ano passado, 2014, que se cifrou em 7,82 mil milhões de euros, num total de 4,5% do PIB (sem a actualização posterior que a inclusão do Fundo de Resolução do Novo Banco obrigou).

O último caso do Banif levou ao reacendimento das discussões sobre o sistema financeiro em Portugal, com o Bloco de Esquerda a falar de “crime” por parte do anterior governo PSD/CDS na gestão do dossiê de venda do banco e o PCP a voltar a falar da necessidade de nacionalização do sector. No horizonte está mais uma comissão de inquérito a um banco, depois das famosas iniciativas parlamentares que envolveram o BES e BPN.

Discussões políticas à parte, a factura do Banif para o Estado será, para já, de cerca de 3 mil milhões de euros. A Comissão Europeia também apontou para este valor. O primeiro-ministro, António Costa, garantiu no domingo que os portugueses não vão pagar mais do que esta quantia.

As Finanças vão mobilizar mais 2.255 milhões, a que somam os 825 milhões que ainda estavam no banco, e pelos quais o Estado detinha 60,5% do capital. A este valor é subtraída a quantia paga pelo Santander para adquirir o Banif (150 milhões de euros).

O valor agora injectado pelo Estado destina-se a servir de garantia aos activos tóxicos do banco insular e que passam para o “banco mau”. Posteriormente será criado um veículo financeiro em que serão acomodados estes activos que depois serão negociados no mercado, tal como aconteceu no caso do BPN. Por essa razão, António Costa disse esperar recuperar parte do valor investido pelo Estado.

O impacto desta injecção de capital no Banif nas contas públicas far-se-á sentir nos próximos anos e terá objectivamente repercussões nos défices de 2015 e dos próximos anos.

BPN, um buraco sem fundo

Em relação ao BPN, que já foi vendido ao BIC por 40 milhões de euros, a factura total para os contribuintes pode chegar a 5,2 mil milhões de euros, noticiou, em Julho deste ano, o “Dinheiro Vivo”.

No final de 2013, a Parvalorem e a Parups (que gerem os activos considerados lixo e duvidosos do antigo BPN) “apresentavam capitais próprios negativos que totalizavam 2.314 milhões de euros”, a que se somam mais 170 milhões de euros. Tudo somado, 2,5 mil milhões a que se juntam os 2,7 mil milhões de perdas anteriores já apuradas.

Por fim, há o caso do BPP, em que o Estado é credor de 450 milhões da massa falida.

O caso remonta a 2008, quando seis bancos portugueses (CGD, BCP, BES, Totta, BPI e Caixa Agrícola) emprestaram 450 milhões de euros ao BPP e o Estado cobriu o empréstimo com uma garantia. Mas como o banco entrou pouco depois em insolvência, quando deixou de ter autorização do Banco de Portugal para operar, as instituições financeiras accionaram a garantia.

O Estado ficou sem os 450 milhões, mas supostamente com direito de a massa insolvente lhe devolver. A Comissão Europeia acabou, depois, por considerar que aquele era um "auxílio incompatível com o mercado interno". Assim, ordenou que Portugal recuperasse apenas o montante referente à ajuda em 2010 – que o BPP diz ser de 23 milhões.

E o Novo Banco, como será ?

Pelo meio, há ainda o caso do Novo Banco em que o Fundo de Resolução injectou 4,9 mil milhões de euros. Desse valor, 3,9 mil milhões saíram directamente do Tesouro e cerca de 600 milhões vieram do crédito da banca.

Só o restante saiu directamente do Fundo de Resolução (400 milhões de euros, a maioria dos quais são públicos).

A venda – que será retomada em Janeiro, soube-se esta segunda-feira – deverá ser feita por valores muito inferiores e as perdas terão de ser encaixadas pelos restantes bancos do sistema. A banca terá de arcar com este encargo, mas o mesmo não poderá afectar os rácios de capital dos bancos pelo que o pagamento ao Estado dever-se-á prolongar por muitos anos.

Mas a lista de dívidas ao Estado é mais extensa. Na CGD estão também 900 milhões euros de CoCos (dívida que se transforma em capital em determinadas circunstâncias) por pagar. O “Expresso” avançou no sábado que a Caixa está a precisar de 385 milhões de euros de capital para poder fazer face a este empréstimo do Estado. No BCP, falta ainda receber 750 milhões de euros dos três mil milhões que pediu.

Num comunicado sobre a resolução do Banif, a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, defendeu que "os bancos não podem ser mantidos artificialmente no mercado com dinheiro dos contribuintes".

[Notícia corrigida às 17h29: ao contrário do que estava escrito no texto original, o BPI já pagou a totalidade do empréstimo estatal de 1.500 milhões de euros]

tudo culpa dos funcionários públicos e dos pobres...

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Os funcionários do BdP provavelmente não se classificam como funcionários públicos...  :D

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mas não é essa a tese? a culpa disto tudo não é dos FPs e dos pobres? dos ricos não pode ser! os ricos nunca roubariam 8k milhões!
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Estás para aí a confundir qualquer coisa. Nem "ricos" nem "pobres" existem como um grupo coeso (ao contrário de FPs).

Isto além de não existir tese nenhuma de que ricos, pobres ou FPs sejam os culpados. Quando há algum problema com FPs é simplesmente por estarem (nos casos em que estão) a vender algo ao Estado (e portanto a todos nós) acima do seu valor de mercado. Da mesma forma que se pode criticar o Dias Loureiro ou um qualquer cineasta subsidiado de fazer o mesmo.
« Última modificação: 2015-12-22 00:55:30 por Incognitus »
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Re: Portugal falido
« Responder #10893 em: 2015-12-22 03:05:10 »
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Portugueses já deram 13 mil milhões para salvar bancos

Minimização dos custos, disse Centeno, vai depender da venda dos ativos de qualidade duvidosa

D.N.pt
     
Desde 2007 a ajuda pública ao setor financeiro equivale a 7,3% do PIB e a um ano de receita do IVA

No pior cenário de todos - que não é rejeitado pelo governo, nem pelo Banco de Portugal, nem pela Comissão Europeia -, os contribuintes portugueses podem perder de forma definitiva 2500 milhões de euros de ajudas concedidas no resgate ao Banif, se tudo correr mal na venda dos ativos de qualidade duvidosa que ficaram sob o manto do Estado português.

A única parcela que estará mais ou menos segura são os 489 milhões de euros agora emprestados ao Fundo de Resolução (controlado pelos bancos nacionais, que devem devolver o dinheiro com juros), embora até aqui haja dúvidas.

Ou seja, 84% da exposição total ao banco madeirense (total de três mil milhões de euros, contando já com as ajudas de 2013 e 2014) é arriscada e pode ficar no défice e na dívida para sempre. Somando isto aos dez mil milhões de euros que já foram ao défice entre 2007 e 2014 em forma de ajudas ao setor financeiro - BPN, BES, BPP, recapitalizações da CGD, que teve de absorver perdas avultadas do BPN, etc., mais juros sobre isto tudo - Portugal tem empatados até agora 13 mil milhões de euros nos bancos. São 7,3% do produto interno bruto (PIB), quase um ano inteiro de cobrança de IVA, por exemplo.

Nas Finanças há algum amargo de boca. A venda foi feita tarde e a más horas e o único comprador capaz de avançar, o Santander, impôs condições duras para aceitar ficar com parte do Banif: pagou 150 milhões de euros pelo negócio bom do Banif e terá ficado ainda com certas responsabilidades (créditos imobiliários mais arriscados, valores ligados a sucursais estrangeiras, algumas em zonas offshore).

Aqui, o Estado, além da megainjeção de capital (2255 milhões de euros, 825 milhões vêm do tempo do PSD-CDS), avançou com 745 milhões de euros em garantias ao veículo que fica a gerir os ativos e ao próprio comprador. O seu valor é anormalmente elevado porque os ativos duvidosos foram assumidos com 75% de desconto (haircut). Uma condição da Europa.

Demora e inconclusão

Mário Centeno culpou a "demora" e os "demasiados acontecimentos inconclusivos" que ocorreram durante a gestão do anterior governo e do Banco de Portugal, dizendo que esse arrastamento acabou por "aumentar os custos finais" e muito. Os sucessivos obstáculos da Direção-Geral da Concorrência, que nunca foi partidária da entrada do Estado em 2013, também são vistos como lesivos. Agora, "a minimização do custo [do caso Banif para o Estado] depende muito da forma como se vai operar" a venda dos ativos de qualidade duvidosa, explicou ontem Mário Centeno, ministro das Finanças.

Mais défice, mais dívida, etc.

Para já, o governo sabe apenas que o défice público deste ano sobe para "cerca de 4%" do PIB, quando o limite do pacto orçamental europeu é 3%. O auxílio ao Banif não vai contar para a meta oficial, acredita o governo.

Retificativo de 2255 milhões

Mas numa lógica de caixa (dinheiro que realmente sai e entra), o défice aumenta porque a despesa deste ano sobe 2255 milhões de euros de uma assentada. Será financiada com mais dívida. Para o fazer, as Finanças enviaram ontem uma proposta de Orçamento Retificativo para 2015 em que pedem essa autorização ao Parlamento. O diploma será debatido e votado amanhã de manhã.

Para aguentar o "custo muito elevado" (como disse António Costa) do resgate ao Banif, o Tesouro tem de ir ao mercado buscar mais dinheiro. Ou então, no limite, não vai e usa parte da almofada de segurança dos depósitos. Será certamente desaconselhado a fazê-lo por algumas das instituições da troika.

Se a dívida subir, como se perfila, todos os portugueses vão pagar mais juros nos próximos anos. O rácio da dívida pública está em 130% do PIB, sendo um dos maiores da Europa e violando as regras do novo tratado europeu.

Ontem, como no BES ou BPN, houve desfile de números. Segundo Bruxelas, que deu luz verde à solução final, "as autoridades portuguesas notificaram a Comissão dos planos de concessão de 2255 milhões de euros em medidas de auxílio destinadas apoiar a venda de ativos e passivos do Banif ao comprador". Esta é a injeção de capital propriamente dita. Os 489 milhões do Fundo de Resolução estão incluídos.

Uma vez mais, este fundo estava sem verba, os bancos que o suportam também, aparentemente, pelo que é novamente o Estado a conceder-lhe um empréstimo. Além disso, há um auxílio de 422 milhões de euros "destinado à transferência de ativos para o veículo de gestão". Quanto mais difícil for a recuperação dos ativos, mais o Estado será chamado a pagar. A garantia vai sendo executada com prejuízo para o contribuinte.

"É aprovada também uma margem adicional de segurança sob a forma de uma garantia do Estado para prever eventuais alterações recentes no valor da parte adquirida pelo Santander Totta, o que eleva o total das potenciais medidas de auxílio para quase três mil milhões de euros." Esta segunda garantia vale 323 milhões.

Em janeiro de 2013, o antigo ministro das Finanças Vítor Gaspar aprovou uma injeção de capital de 700 milhões de euros, já dada como perdida. O Banif beneficiou ainda de 400 milhões em capital híbrido (CoCos), mas não pagou 125 milhões. Mais um peso morto.

Partidos decidem voto hoje

Só hoje é que os partidos vão dizer como votarão amanhã num plenário extraordinário a proposta de Orçamento Retificativo, que o governo entregou ontem no Parlamento. Na conferência de líderes parlamentares foi agendada para amanhã de manhã a discussão e votação no mesmo dia do documento, o que não é inédito.

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Re: Portugal falido
« Responder #10894 em: 2015-12-22 03:27:50 »
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Portugueses já deram 13 mil milhões para salvar bancos

Minimização dos custos, disse Centeno, vai depender da venda dos ativos de qualidade duvidosa

D.N.pt
     
Desde 2007 a ajuda pública ao setor financeiro equivale a 7,3% do PIB e a um ano de receita do IVA

No pior cenário de todos - que não é rejeitado pelo governo, nem pelo Banco de Portugal, nem pela Comissão Europeia -, os contribuintes portugueses podem perder de forma definitiva 2500 milhões de euros de ajudas concedidas no resgate ao Banif, se tudo correr mal na venda dos ativos de qualidade duvidosa que ficaram sob o manto do Estado português.

A única parcela que estará mais ou menos segura são os 489 milhões de euros agora emprestados ao Fundo de Resolução (controlado pelos bancos nacionais, que devem devolver o dinheiro com juros), embora até aqui haja dúvidas.

Ou seja, 84% da exposição total ao banco madeirense (total de três mil milhões de euros, contando já com as ajudas de 2013 e 2014) é arriscada e pode ficar no défice e na dívida para sempre. Somando isto aos dez mil milhões de euros que já foram ao défice entre 2007 e 2014 em forma de ajudas ao setor financeiro - BPN, BES, BPP, recapitalizações da CGD, que teve de absorver perdas avultadas do BPN, etc., mais juros sobre isto tudo - Portugal tem empatados até agora 13 mil milhões de euros nos bancos. São 7,3% do produto interno bruto (PIB), quase um ano inteiro de cobrança de IVA, por exemplo.

Nas Finanças há algum amargo de boca. A venda foi feita tarde e a más horas e o único comprador capaz de avançar, o Santander, impôs condições duras para aceitar ficar com parte do Banif: pagou 150 milhões de euros pelo negócio bom do Banif e terá ficado ainda com certas responsabilidades (créditos imobiliários mais arriscados, valores ligados a sucursais estrangeiras, algumas em zonas offshore).

Aqui, o Estado, além da megainjeção de capital (2255 milhões de euros, 825 milhões vêm do tempo do PSD-CDS), avançou com 745 milhões de euros em garantias ao veículo que fica a gerir os ativos e ao próprio comprador. O seu valor é anormalmente elevado porque os ativos duvidosos foram assumidos com 75% de desconto (haircut). Uma condição da Europa.

Demora e inconclusão

Mário Centeno culpou a "demora" e os "demasiados acontecimentos inconclusivos" que ocorreram durante a gestão do anterior governo e do Banco de Portugal, dizendo que esse arrastamento acabou por "aumentar os custos finais" e muito. Os sucessivos obstáculos da Direção-Geral da Concorrência, que nunca foi partidária da entrada do Estado em 2013, também são vistos como lesivos. Agora, "a minimização do custo [do caso Banif para o Estado] depende muito da forma como se vai operar" a venda dos ativos de qualidade duvidosa, explicou ontem Mário Centeno, ministro das Finanças.

Mais défice, mais dívida, etc.

Para já, o governo sabe apenas que o défice público deste ano sobe para "cerca de 4%" do PIB, quando o limite do pacto orçamental europeu é 3%. O auxílio ao Banif não vai contar para a meta oficial, acredita o governo.

Retificativo de 2255 milhões

Mas numa lógica de caixa (dinheiro que realmente sai e entra), o défice aumenta porque a despesa deste ano sobe 2255 milhões de euros de uma assentada. Será financiada com mais dívida. Para o fazer, as Finanças enviaram ontem uma proposta de Orçamento Retificativo para 2015 em que pedem essa autorização ao Parlamento. O diploma será debatido e votado amanhã de manhã.

Para aguentar o "custo muito elevado" (como disse António Costa) do resgate ao Banif, o Tesouro tem de ir ao mercado buscar mais dinheiro. Ou então, no limite, não vai e usa parte da almofada de segurança dos depósitos. Será certamente desaconselhado a fazê-lo por algumas das instituições da troika.

Se a dívida subir, como se perfila, todos os portugueses vão pagar mais juros nos próximos anos. O rácio da dívida pública está em 130% do PIB, sendo um dos maiores da Europa e violando as regras do novo tratado europeu.

Ontem, como no BES ou BPN, houve desfile de números. Segundo Bruxelas, que deu luz verde à solução final, "as autoridades portuguesas notificaram a Comissão dos planos de concessão de 2255 milhões de euros em medidas de auxílio destinadas apoiar a venda de ativos e passivos do Banif ao comprador". Esta é a injeção de capital propriamente dita. Os 489 milhões do Fundo de Resolução estão incluídos.

Uma vez mais, este fundo estava sem verba, os bancos que o suportam também, aparentemente, pelo que é novamente o Estado a conceder-lhe um empréstimo. Além disso, há um auxílio de 422 milhões de euros "destinado à transferência de ativos para o veículo de gestão". Quanto mais difícil for a recuperação dos ativos, mais o Estado será chamado a pagar. A garantia vai sendo executada com prejuízo para o contribuinte.

"É aprovada também uma margem adicional de segurança sob a forma de uma garantia do Estado para prever eventuais alterações recentes no valor da parte adquirida pelo Santander Totta, o que eleva o total das potenciais medidas de auxílio para quase três mil milhões de euros." Esta segunda garantia vale 323 milhões.

Em janeiro de 2013, o antigo ministro das Finanças Vítor Gaspar aprovou uma injeção de capital de 700 milhões de euros, já dada como perdida. O Banif beneficiou ainda de 400 milhões em capital híbrido (CoCos), mas não pagou 125 milhões. Mais um peso morto.

Partidos decidem voto hoje

Só hoje é que os partidos vão dizer como votarão amanhã num plenário extraordinário a proposta de Orçamento Retificativo, que o governo entregou ontem no Parlamento. Na conferência de líderes parlamentares foi agendada para amanhã de manhã a discussão e votação no mesmo dia do documento, o que não é inédito.

afinal são 13k milhões.
a quantos subsídios de desemprego e rendimentos mínimos equivalerá isto?

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Re: Portugal falido
« Responder #10895 em: 2015-12-22 11:28:37 »
Bem, deixando de lado que uma boa parte dessas perdas podiam ter sido evitadas com resoluções diferentes e que para aí pelo menos metade vem de fraudes claras, que tipo de sistema propões tu que as evite?
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Re: Portugal falido
« Responder #10896 em: 2015-12-22 13:26:07 »
Bem, deixando de lado que uma boa parte dessas perdas podiam ter sido evitadas com resoluções diferentes e que para aí pelo menos metade vem de fraudes claras, que tipo de sistema propões tu que as evite?

as 'resoluções diferentes' fariam incorrer em perdas enormes as outras instituições financeiras, levando à ruína destas.
o contribuinte acabaria a pagar muito mais ainda que os 13k.
foi por isso isso que estes facínoras foram bailed out em todo o mundo.
porque tinham a faca e o queijo na mão.

A solução que eu proponho é retirar à banca a faca e o queijo.
regulá-la mais estritamente que uma utility.
instituír uma organização com poderes reais de supervisão, regulação, investigação e prosecução.
capaz de montar rapidamente um caso criminal e levá-lo a julgamento com celeridade. um fbi financeiro.

é absolutamente claro que o BdP não tem nem os poderes nem a capacidade de investigação nem de prosecução necessária.

instituir penas pesadíssimas para os crimes financeiros. não só o confisco de todos os lucros ilícitos como penas de prisão pesadas. muito pesadas.
actuar segundo um sistema de concessões. um banco que se atrevesse a 'fazer fora do penico', uma vez que fosse, era imediatamente tomado em custódia, os accionistas e obrigacionistas perderiam tudo, e o banco seria imediatamente posto à venda.

suponho que tu vais dizer que sim, muito bem.

mas:

a banca é o hard core do capitalismo predatório. todo o sabemos.
alguma vez permitiria isto sem luta e sem consequências horríveis - assassínios de presidentes, golpes de estado, o que fosse necessário - para o estado que o tentasse fazer?

e alguma vez tu deixarias de bradar imediatamente 'estado intervencionista a estrangular a capacidade inovadora da classe financeira'?

não te iludas e não tentes iludir-nos.
os dois sabemos o que a casa gasta.

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Re: Portugal falido
« Responder #10897 em: 2015-12-22 13:49:40 »
Lark, por via da regulação e da fiscalização acho que os resultados no terreno seriam frustrantes.
Penso que a SEC recebeu queixas claras e fundamentadas sobre o Madoff ... e fez vista grossa.
As autoridades não sabiam que os bancos estavam a operar em níveis insanos de alavancagem?

Para mim teria que existir novamente separação de banca normal e banca de investimento.
E teriam que existir limites muito mais restritos em relação às reservas necessárias para a operação. Para quando estourasse não ser um cenário tão dantesco.
E limitar o tamanho das instituições.

Concordo contigo que quem fosse apanhado em infrações graves perderia a licença para operar.
E concordo contigo que antes de ocorrerem alterações deste calibre iriam acontecer muitos "acidentes" de avião, "suicídios", "assaltos" com final trágico, etc.

E reforço o que disseste. O bail-out a estes escroques deve ser das maiores transferências de riqueza da história da humanidade.
É um insulto ao capitalismo baseado em meritocracia e avaliação de risco.
« Última modificação: 2015-12-22 13:54:41 por Thunder »
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Re: Portugal falido
« Responder #10898 em: 2015-12-22 14:04:17 »
Acabem com o sistema de reserva fraccionario e desaparecem logo estes problemas e um banco pode ir á falencia como outra empresa qualquer.
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Re: Portugal falido
« Responder #10899 em: 2015-12-22 14:05:42 »
Bem, deixando de lado que uma boa parte dessas perdas podiam ter sido evitadas com resoluções diferentes e que para aí pelo menos metade vem de fraudes claras, que tipo de sistema propões tu que as evite?

as 'resoluções diferentes' fariam incorrer em perdas enormes as outras instituições financeiras, levando à ruína destas.
o contribuinte acabaria a pagar muito mais ainda que os 13k.
foi por isso isso que estes facínoras foram bailed out em todo o mundo.
porque tinham a faca e o queijo na mão.

A solução que eu proponho é retirar à banca a faca e o queijo.
regulá-la mais estritamente que uma utility.
instituír uma organização com poderes reais de supervisão, regulação, investigação e prosecução.
capaz de montar rapidamente um caso criminal e levá-lo a julgamento com celeridade. um fbi financeiro.

é absolutamente claro que o BdP não tem nem os poderes nem a capacidade de investigação nem de prosecução necessária.

instituir penas pesadíssimas para os crimes financeiros. não só o confisco de todos os lucros ilícitos como penas de prisão pesadas. muito pesadas.
actuar segundo um sistema de concessões. um banco que se atrevesse a 'fazer fora do penico', uma vez que fosse, era imediatamente tomado em custódia, os accionistas e obrigacionistas perderiam tudo, e o banco seria imediatamente posto à venda.

suponho que tu vais dizer que sim, muito bem.

mas:

a banca é o hard core do capitalismo predatório. todo o sabemos.
alguma vez permitiria isto sem luta e sem consequências horríveis - assassínios de presidentes, golpes de estado, o que fosse necessário - para o estado que o tentasse fazer?

e alguma vez tu deixarias de bradar imediatamente 'estado intervencionista a estrangular a capacidade inovadora da classe financeira'?

não te iludas e não tentes iludir-nos.
os dois sabemos o que a casa gasta.

H

Bem:

* O BdP tem os poderes que tu julgas seriam necessários. Ou pelo menos a maior parte deles.

* As perdas enormes para a restante banca não são credíveis em casos como BPN e Banif. Essa banca livra-se da exposição relativamente cedo pois a sua exposição vem essencialmente do mercado monetário. Seria interessante ver onde estarão as obrigações séniores, mas é duvidoso que estejam no balanço da restante banca e mais provável que sejam detidas por fundos mútuos, seguradoras, fundos de pensões, empresas e particulares.

* Em bancos pequenos os facínoras não foram bailed out no resto do mundo. Nos EUA tudo o que é banco pequeno não foi salvo de todo, a FDIC continuou a funcionar normalmente. Penso que mesmo na Europa a regra para bancos pequenos/médios continuou a ser resolver.

* Penas pesadas concordo. Bem como retirar as pessoas rapidamente das administrações, bem como fazer as consequências chegar pelo menos a directores de relevo. O BdP tem poder para fazer isso ao nível das administrações e até para impedir essas pessoas de integrar administrações de outros bancos, posteriormente.

* Um sistema de concessões não concordo, vai contra a concorrência e cria lucros que de outra forma não existiriam. O sector da banca, porém, já é supostamente fortemente regulado e em cima disso o BdP pode recusar administradores simplesmente por duvidar da sua integridade.

* A razão para o sistema financeiro ser fortemente regulado é óbvia, é um sistema alavancado, lida com as poupanças da generalidade da população e empresas, e é muito fácil de nele se construirem fraudes de grande dimensão e proveito. Portanto deduzes erradamente que eu seja a favor daquilo que dizes eu ser a favor. Não me escandaliza que o sistema financeiro (aceitante de depósitos) possa funcionar como uma espécie de utility -- porém discordo das "concessões" simplesmente porque não existe razão física para limitar a actividade a uns quantos eleitos (ao contrário de algo como distribuição de água, uso de radiofrequências, AEs, etc).

* As resoluções afectarem a estrutura de capital talvez até incluindo depósitos acima de 100k é algo que eu sempre disse que poderia (e deveria) ter que acontecer.

--------

Resumindo,  aquilo que dizes que eu defendo não é aquilo que eu defendo, nem sequer é aquilo que eu defendi aqui antes mesmo de a crise financeira ter acontecido, como eu previ, há muitos anos atrás. Pelo contrário, lembro-me de pelo menos uma vez ter debatido contigo e tu estares A FAVOR das intervenções financeiras que visavam salvar bancos.
« Última modificação: 2015-12-22 14:07:45 por Incognitus »
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