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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3466943 vezes)

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #14100 em: 2017-05-12 22:13:00 »
Parece que a fronteira do Caia rendeu bem esta semana. Imagino o que não será quando não há bófia. Ter as fronteiras fechadas é uma machadada na economia. Queremos é dinheiro a entrar.  :D
http://www.dn.pt/lusa/interior/nigeriano-detido-pela-gnr-na-fronteira-do-caia-por-alegado-crime-de-burla-8471031.html

meopeace

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Re: Portugal falido
« Responder #14101 em: 2017-05-12 23:05:22 »
[ 01 ]
O caso do militar da GNR e o Jovem Jair que está a dividir Portugal
https://www.youtube.com/watch?v=37xwMZbA568
[ 02 ]
Ministério da Administração Interna manda abrir inquérito a detenção nas Finanças do Montijo
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-05-10-Ministerio-da-Administracao-Interna-manda-abrir-inquerito-a-detencao-nas-Financas-do-Montijo
[ 03 ]
Homem agredido por militar da GNR vai responder a tribunal
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-05-09-Homem-agredido-por-militar-da-GNR-vai-responder-a-tribunal

[ 04 ]
Vídeo gravado nas Finanças do Montijo "pode ser válido legalmente" em Tribunal   (Inês Ferreira Leite)
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-05-10-Video-gravado-nas-Financas-do-Montijo-pode-ser-valido-legalmente-em-Tribunal
[ 05 ]
Brasileiro Sufocado por GNR à paisana no Montijo
https://www.youtube.com/watch?v=6UvI_IbZbDo
[ 06 ]
GNR aplica mata leão em civil sem dar resistência até desmaiar
https://www.youtube.com/watch?v=w4XSa8C1KPI
[ 07 ]
MP abre inquérito a acontecimentos nas Finanças do Montijo   (3º video)
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/ministerio-publico/mp-abriu-inquerito-a-acontecimentos-nas-financas-do-montijo
[ 08 ]
Opiniões diferentes sobre a acção do GNR mata leão
https://www.youtube.com/watch?v=P7bqW2HjgG0
[ 09 ]
Mata Leão n e permitida pela GNR
https://www.youtube.com/watch?v=5OvUTkbk6Dg

[ 10 ]
Perante uma infração, um militar, à civil ou fardado, é obrigado a intervir
http://www.tsf.pt/sociedade/seguranca/interior/perante-uma-infracao-um-militar-a-civil-ou-fardado-e-obrigado-a-intervir-8464002.html
[ 11 ]
Regras da GNR proíbem ação de militar nas Finanças do Montijo
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-05-10-Regras-da-GNR-proibem-acao-de-militar-nas-Financas-do-Montijo

[ 12 ]
GNR que agrediu cidadão é perito em artes marciais
http://www.dn.pt/sociedade/interior/gnr-que-agrediu-cidadao-e-perito-em-artes-marciais-8465410.html
[ 13 ]
Finanças Montijo: militar da GNR suspeito de abuso de poder
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/12-05-2017/financas-montijo-militar-da-gnr-suspeito-de-abuso-de-poder
[ 14 ]
Finanças do Montijo: militar da GNR é arguido por suspeita de abuso de poder
https://www.publico.pt/2017/05/12/sociedade/noticia/financas-do-montijo-militar-da-gnr-e-arguido-por-suspeita-de-abuso-de-poder-1771909
[ 15 ]
GNR que agrediu homem nas finanças do Montijo constituído arguido
http://www.jn.pt/justica/interior/gnr-que-agrediu-homem-nas-financas-do-montijo-constituido-arguido-8470533.html
[ 16 ]
GNR que deteve homem nas Finanças do Montijo foi constituído arguido
http://observador.pt/2017/05/12/gnr-que-deteve-homem-nas-financas-do-montijo-foi-constituido-arguido/




Estive a reunir o máximo de material sobre este caso.
Vale a pena ouvir as opiniões dos vídeos 4, 8 e 9... e também 6 e 7 (3º video).

A vermelho: opiniões favoráveis ao agente da GNR e desfavoráveis ao cidadão brasileiro.
A azul: opiniões desfavoráveis ao agente da GNR e favoráveis ao cidadão brasileiro.

Desde o início fiquei com o sentimento que ambos iam apanhar uma "martelada" em Tribunal, porque:
-  As imagens não mostram tudo o que se passou;
-  Os agentes de autoridade tem procedimentos de actuação que estão regulamentados.

Castelbranco

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Re: Portugal falido
« Responder #14102 em: 2017-05-12 23:55:12 »
aqui no Portugal falido, vou falar sobre a divida portuguesa claro, sendo ela de 230mm, Portugal precisava de crescer 4% para a manter, mas como vai Portugal crescer 4% ao ano durante décadas?

1º com os milhões a entrarem para cá durante vários anos nunca se conseguiu esse crescimento sustentado (talvez num pico ou outro o tenha conseguido mas tudo de curtíssimo prazo)

2º quando esses milhões estavam a entrar a demografia estava a crescer (pouco mas estava)

3º já entrámos numa espiral de decadência demográfica

4º como vai Portugal sair disto sem crescimento e com a população a diminuir?

5º como vai Portugal sair disto quando deixar de receber dinheiro emprestado?

6º o que vai acontecer aos 6 milhões de portugueses e ao pib que eles geram quando lhes baixarem os valores a receber por mês?

e por fim o que vai acontecer a Portugal em termos gerais sem crescimento, sem dinheiro emprestado e sem os 6 milhões a receber dinheiro.
« Última modificação: 2017-05-12 23:58:06 por Castelbranco »

meopeace

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Re: Portugal falido
« Responder #14103 em: 2017-05-13 00:40:53 »
Catastrófico. É mesmo catastrófico.

Os que sabem que vão morrer em poucos anos (porque já são velhos) é que estão felizes da vida.
A juventude, sem perspectivas de vida, irá marinar ao sabor do vento e quando forem velhos... enfim, nem chegam lá.

Acho preferível vender Portugal à China: pelo menos com os chineses aqui iríamos construir uma torre eólica em cada hora o que dava mais de 8760 eólicas construídas por ano...

    :D

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #14104 em: 2017-05-13 10:18:15 »
Esse gráfico é enganador, porque se tratam de taxas trimestrais. Isto é o panorama, taxas anuais.

« Última modificação: 2017-05-13 10:18:40 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #14105 em: 2017-05-13 18:58:43 »
aqui no Portugal falido, vou falar sobre a divida portuguesa claro, sendo ela de 230mm, Portugal precisava de crescer 4% para a manter, mas como vai Portugal crescer 4% ao ano durante décadas?

1º com os milhões a entrarem para cá durante vários anos nunca se conseguiu esse crescimento sustentado (talvez num pico ou outro o tenha conseguido mas tudo de curtíssimo prazo)

2º quando esses milhões estavam a entrar a demografia estava a crescer (pouco mas estava)

3º já entrámos numa espiral de decadência demográfica

4º como vai Portugal sair disto sem crescimento e com a população a diminuir?

5º como vai Portugal sair disto quando deixar de receber dinheiro emprestado?

6º o que vai acontecer aos 6 milhões de portugueses e ao pib que eles geram quando lhes baixarem os valores a receber por mês?

e por fim o que vai acontecer a Portugal em termos gerais sem crescimento, sem dinheiro emprestado e sem os 6 milhões a receber dinheiro.

A situação é de facto muito má.
Só não percebi onde foste buscar os 4%. O grande problema é que vamos crescer muito pouco e na próxima recessão vamos ao charco.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

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Re: Portugal falido
« Responder #14106 em: 2017-05-13 23:53:12 »
aqui no Portugal falido, vou falar sobre a divida portuguesa claro, sendo ela de 230mm, Portugal precisava de crescer 4% para a manter, mas como vai Portugal crescer 4% ao ano durante décadas?

1º com os milhões a entrarem para cá durante vários anos nunca se conseguiu esse crescimento sustentado (talvez num pico ou outro o tenha conseguido mas tudo de curtíssimo prazo)

2º quando esses milhões estavam a entrar a demografia estava a crescer (pouco mas estava)

3º já entrámos numa espiral de decadência demográfica

4º como vai Portugal sair disto sem crescimento e com a população a diminuir?

5º como vai Portugal sair disto quando deixar de receber dinheiro emprestado?

6º o que vai acontecer aos 6 milhões de portugueses e ao pib que eles geram quando lhes baixarem os valores a receber por mês?

e por fim o que vai acontecer a Portugal em termos gerais sem crescimento, sem dinheiro emprestado e sem os 6 milhões a receber dinheiro.

A situação é de facto muito má.
Só não percebi onde foste buscar os 4%. O grande problema é que vamos crescer muito pouco e na próxima recessão vamos ao charco.

os 4% são o mínimo para Portugal se aguentar, agora como o fui buscar fazendo contas.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #14107 em: 2017-05-13 23:54:59 »
eu ca ja fico contente com 2%

portugal numa decada subiu quanto?
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Portugal falido
« Responder #14108 em: 2017-05-14 00:04:54 »
eu ca ja fico contente com 2%

portugal numa decada subiu quanto?

com 2% é impossível manter sem mais endividamento.

quanto subiu? olha para o gráfico do Inc. está anualizado mais fácil se torna de contabilizar.
« Última modificação: 2017-05-14 00:07:07 por Castelbranco »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #14109 em: 2017-05-14 01:20:27 »
Os 2% são reais, não nominais. Nominais é mais.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #14110 em: 2017-05-14 15:34:27 »
Os 2% são reais, não nominais. Nominais é mais.


Pois, estamos a falar de valores reais, porque a divida é real também, os juros e as amortizações tb são reais.

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #14111 em: 2017-05-14 19:09:07 »
Os 2% são reais, não nominais. Nominais é mais.


Pois, estamos a falar de valores reais, porque a divida é real também, os juros e as amortizações tb são reais.

O juro é nominal. Uma parte é inflação.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Re: Portugal falido
« Responder #14112 em: 2017-05-14 21:27:37 »
Bom, se a realização do festival está orçado em 30M é certo que em mãos portuguesas não ficará por menos do que 60M.
Preparem o Meo Arena. E 30 milhões. Vem aí a Eurovisão

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Re: Portugal falido
« Responder #14113 em: 2017-05-14 21:30:21 »
....texto francês de 1991, ....que já antecipava alguns dos "nossos" problemas.....eh.eh.... :-[

Citar
Les limites du « miracle portugais »

L'adhésion du Portugal à la Communauté européenne a provoqué depuis cinq ans une expansion accélérée de son économie. Cette croissance, dopée par les aides communautaires et les investissements étrangers, demeurent toutefois largement artificielle.

 Un nouveau départ. Pour le Portugal, ses cinq années de présence dans la Communauté européenne auront été celles de la renaissance. En adhérant au traité de Rome le 12 juin 1985, Lisbonne, après une décennie d'instabilité politique et de bouleversements économiques, dans la foulée de chute de la dictature militaire et de la décolonisation, est véritablement entré dans une nouvelle ère de prospérité. Une phase d'expansion et de modernisation sans précédent depuis les années 60 qui ont conduit certains à parler de « miracle portugais ".
 Depuis son intégration au Marché Commun, le Portugal a ainsi vu la plupart de ses indicateurs économiques, plutôt habitués au rouge, passer au vert. La croissance, qui plafonnait à un médiocre taux annuel moyen de 1% sur la période 1981 -1985, a enregistré sur l'intervalle 1986 -1990 un progression annuelle moyenne de 4,6%. Un record au sein de la CEE.

 L'inflation, qui trônait à 23% en 1985, a été ramenée à un taux plus raisonnable de 11,7% sur douze mois en novembre dernier. Le déficit budgétaire, qui culminait à 11,9% du PIB avant l'adhésion, a régressé à 5,8% l'an passé. Mieux, le chômage, qui touchait 8,5% de la population active lors de l'élargissement de la Communauté, ne touche plus que 4% de la main d'eouvre, un taux de quasi plein emploi selon les économistes. Un vrai coup de force à l'échelle des Douze, surtout lorsqu'on se rappelle que ce un pays était soumis en 1983 à un plan de stabilisation du FMI.
 
Une mobilisation nationale
 
 A l'origine de ces performances: le formidable effort de modernisation et d'adaptation qu'ont connu depuis cinq ans l'appareil productif et le cadre économique. Après une décennie d'attentisme et d'interrogation, en raison des incertitudes politiques, le Portugal s'est mobilisé comme jamais à l'occasion de son entrée dans la Communauté européenne. L'adhésion à ce club très fermé de pays riches a entrainé dans la société portugaise une prise de conscience des nombreux retards existants et des nécessaires efforts de rattrapage à effectuer.

 Du côté des entreprises, l'investissement a enregistré un véritable « boom »: +16,1% en moyenne annuelle sur la période 1986 -1990. Les nouveaux équipements et les innovations ont permis d'accroître la productivité de 4,5% par an en moyenne, sans que l'emploi n'en pâtisse, loin s'en faut. 120.000 postes ont été créés chaque année.

 Du côté des pouvoirs publics, d'importantes réformes structurelles, d'inspiration libérale, ont été mise en eouvre pour faciliter cet essor. En 1989, la fiscalité directe sur les entreprises et sur les particuliers a totalement été réorganisée et simplifié. Les marchés financiers ont été profondément libéralisés: suppression des plafonds de crédit, création de nouveaux produits et de nouvelles institutions. Les entreprises nationales, qui accumulaient les pertes, se sont vu fixer par le gouvernement des objectifs.

 Depuis 1988, le cabinet social-démocrate d'Anibal Cavaco Silva a par ailleurs entrepris un très ambitieux programme de privatisations. Symbole et consécration de la nouvelle politique économique en vigueur au Portugal, il a jusqu'à présent surtout touché les banques et les compagnies d'assurances nationalisées au lendemain de la « Révolution des oeillets » en 1974.

 Les 364 milliards d'escudos (14,5 milliards de francs) pour le moment récoltés par l'Etat ont essentiellement été affectés à la diminution de l'endettement public, qui a chuté de 78% du PIB en 1985 à 64% cette année.

Loin des craintes initiales
 
 Cet assainissement de l'environement économique aura démenti les prévisions de tous les experts ou presque. Lors des négociations sur l'élargissement de la Communauté à douze, la plupart des économistes étaient convaincus, après la mauvaise intégration de la Grèce, que le Portugal ne serait pas en mesure d'affronter à court terme le choc représenté par la disparition progressive des barrières douanière.

 Certains craignaient notamment que l'Espagne, installé souvent sur les mêmes créneaux mais avec une bonne longueur d'avance, étouffe le développement des activités de son voisin et éternel rival. Le retard portugais en matière d'infrastructures, de formation ou d'organisation leur semblait difficilement surmontable. Des craintes aujourd'hui largement dissipées.

 Pour faire mentir les cassandres, Lisbonne a, il est vrai, aussi bénéficié de plusieurs éléments très favorables. Sur le plan intérieur, la stabilité gouvernementale sans précédent depuis 1974, inaugurée en 1985 par l'arrivée au pouvoir d'Anibal Cavaco Silva et renforcée en 1987 par l'élection d'une majorité absolue de députés du Parti Social-Démocrate (PSD), a favorisé les réformes de fond et encouragé les investissements. Sur le plan extérieur, l'afflux d'aides communautaires au titre des divers fonds structurels (voir ci-dessous) a sérieusement accéléré la modernisation des infrastructures et de certains secteurs économiques en difficulté comme le textile. Un manne à laquelle s'est ajoutée une véritable explosion d'investissements privés étrangers: de 24,5 milliards d'escudos en 1986 à 508 milliards en 1990.

 Comme le remarque un haut fonctionnaire de la Commission à Bruxelles, « la croissance du Portugal ces dernières années est pour une large part d'origine étrangère. Le miracle portugais reste très artificiel car dépendant pour beaucoup de l'extérieur ».
 
Un avis critique que partage Alain-Albert Bourdon, professeur à l'Université de Paris-VIII, spécialiste du Portugal. « Le dynamisme actuel de l'économie portugaise s'avère très largement superficiel », explique­t­il. « L'afflux de capitaux étrangers, privés ou publics, conduit plus à un essor de la consommation et à la recherche de profits immédiats qu'à un véritable effort de développement. Les équipements collectifs, les infrastructures sont souvent sacrifiés au bénéfice d'opérations plus rapidement rentables ».

Les retards demeurent

En dépit de ces cinq années d'expansion soutenue, le Portugal reste en effet confronté plus que jamais à un certains nombres de problèmes structurels graves. La formation demeure très insuffisante: 20,3% de la population totale était analphabète au recensement de 1981, 55% de la population active n'a reçu qu'une instruction primaire. Les logements et les infrastructures, notamment les voies de communications, manquent cruellement, malgré les progrès accomplis. L'agriculture reste archaïque: faible mécanisation, exploitations trop petites (60% ont moins de 2 hectares), production médiocre et insuffisante (le taux de couverture ne dépasse pas 50%).

 Plus grave, l'appareil productif n'a pas effectué de véritable reconversion. Il demeure toujours concentré sur quelques activités traditionnelles à faible valeur ajoutée comme le textile (30% de l'emploi industriel), le cuir ou l'assemblage automobile. Un modèle de développement reposant avant tout sur le faible coût de la main d'eouvre, qui apparaît condamné avec la concurrence des pays du sud-est asiatique et l'accroissement du niveau de vie au Portugal.

« Le gouvernement de Cavaco Silva n'a pas fait de choix, n'a pas dessiné de nouveaux axes de croissance pour l'économie portugaise », regrette Alain-Albert Bourdon. « Il s'est contenté d'encourager avec les fonds étrangers la modernisation de ce qui existait déjà ". Pour rattraper la moyenne des pays de la Communauté en termes de richesse par habitant, comme c'est son objectif, le Portugal devra pourtant rapidement déterminer des secteurs d'expansion à contenu plus qualitatif. Le tourisme en est déjà partiellement un. La finance, les services aux entreprises pourraient en être deux autres.
 
 Ce ne sera en tous cas pas facile. Pour permettre à l'escudo de rejoindre la mécanisme de change du Système Monétaire Européen avant 1994 dans le cadre de l'Union Economique et Monétaire, le Portugal va devoir faire de gros effort de rigueur dans les années à venir. La diminution de moitié du déficit budgétaire imposera des coupes claires dans les programmes de développement, la réduction de l'inflation à 5% en 1993 contre 11,8% aujourd'hui une austérité salariale nouvelle. Le Portugal au sein de la Communauté européenne a peut-être mangé son pain blanc.

En savoir plus sur https://www.lesechos.fr/18/12/1991/LesEchos/16038-031-ECH_les-limites-du---miracle-portugais--.htm#ZKH7kZlCERIIVxyx.99

jjmm

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Re: Portugal falido
« Responder #14114 em: 2017-05-19 11:54:54 »
Portugueses pedem 12 mil euros de crédito ao consumo por minuto.

Fonte: https://eco.pt/2017/05/15/portugueses-pedem-12-mil-euros-de-credito-ao-consumo-por-minuto/

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #14115 em: 2017-05-19 12:25:46 »
Apesar de o crédito à habitação ser a categoria de empréstimos que mais cresce e mais peso tem na recuperação do financiamento à economia, os empréstimos ao consumo também têm registado elevados níveis de crescimento.

vai para bolha da capital
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #14116 em: 2017-05-19 15:48:42 »
"O país não tem licenciados a mais, tem emprego qualificado a menos"

Eheheh, temos de criar aí uns tachos para filósofos, sociólogos, historiadores, advogados e gestores.

Robusto

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Re: Portugal falido
« Responder #14117 em: 2017-05-19 15:53:46 »
Bom, se a realização do festival está orçado em 30M é certo que em mãos portuguesas não ficará por menos do que 60M.
Preparem o Meo Arena. E 30 milhões. Vem aí a Eurovisão

Isto é tipo campeonato do mundo da FIFA? A pessoa tem o gasto de organizar, mas as receitas ficam com a Eurovisão?

Local

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Re: Portugal falido
« Responder #14118 em: 2017-05-19 16:06:26 »
As despesas são de uma entidade. as receitas são para distribuir pela cidade (restaurantes, hotéis, turismo, etc.)
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re: Portugal falido
« Responder #14119 em: 2017-05-19 19:32:53 »
Sabem quanto custa ao Estado pedirem uma receita no centro de saúde (considerado consulta não presencial)? 25 euros! :o

A consulta presencial custa 31 euros, o que também não é barato, porque nos hospitais privados os seguros não pagam mais do que 30 euros, incluindo consultas de especialidade.

Isto ficou lá para trás. Alguém consegue confirmar estes valores que aparecem no portal do utente? Entrando com a password na página do utente há um menu que diz "Encargos suportados pelo SNS", onde constam estes valores, entre outros.