Mas estás sempre a fazer esse contraponto, do apoio às crianças com cancro versus o apoio via subsídios à cultura. Por que é que não focas os outros sectores onde o dinheiro público é obviamente gasto de forma moralmente muito pior do que nos apoios à cultura? Exemplos: o facto de a colecção do Joe Berardo não ter sido ainda confiscada, as roubalheiras múltiplas das PPPs, os infindáveis casos de empresários cujo modelo de negócio é inviável, mas se mantém só graças a subsídios, luvas e compadrios. Tu podias escolher fazer o contraponto a estes casos também.
A discussão desenrolou-se assim porque foi aí que teve origem. Depois da noite de Domingo ter inaugurado uma série de programas "maus", o Robaz apareceu a
defender que era essencial o serviço público de televisão.
Mas é claro que faço o contraponto também a esses casos, até porque já falei de todos eles aqui várias vezes.
O Berardo há muito que não devia ter a colecção (nem a colecção nem nenhum bem, enquanto dever os milhões que deve).
As PPPs surgem porque o estado tem o poder discricionario de fazer negócios ruinosos em nome dos cidadãos (mas as pessoas o que pedem sempre é mais estado e não menos estado, com a ilusão de que um dia o estado será gerido por pessoas sérias e competentes).
Apoios estatais já os critiquei muitas vezes, até mesmo os apoios ao emprego (são uma distorção da concorrência e incorrecta alocação de recursos).
Além disso, como já referiu o Reg, ouves as pessoas dizerem mal das PPPs, do Berardo, dos bancos, do favorecimento aos amigos, mas não vês ataques ao serviço público de televisão.