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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3508306 vezes)

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #2000 em: 2013-01-27 17:52:00 »
Eu também não me importo nada que o UK sais. Agora francamente não veja razão nenhuma para alguém se indignar com a realização de um referendo. Para mim é o excercicio do instrumento mais democrático possível. Se britanicos decidirem sair há que respeitar a vontade deles, ou então implementar um tratado que garanta indossolubilidade da UE (como nos USA onde parece q o Texas é excepção, unico que pode sair).
Pelo menos aqui em Portugal o que se tem visto é que em nenhuma fase da integração europeia o povo foi chamado a pronunciar-se directamente.

No entanto tinha piada, se no referendo global vencesse o não, mas nalguma região autónoma (Gales ou Escócia) houvesse um clara maioria de sim. Seria o principio do  fim do UK :-)

hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #2001 em: 2013-01-27 17:57:03 »
Ao menos no UK defendem aquilo em que acreditam e nâo são paus mandados como em Portugal. Assim, as consequências das decisões só podem ser imputadas a eles. Guardam soberania e nós fazemos aquilo que os outros querem, quando eles querem e como eles querem... Somos uns fracos!

Pelo menos serviu-lhes para sair com o rabinho entre as pernas e aprender como se diz fuck you nas restantes 26 línguas da União Europeia.  :D
« Última modificação: 2013-01-27 17:59:39 por hermes »
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Castelbranco

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Re: Portugal falido
« Responder #2002 em: 2013-01-27 18:29:46 »
uma pessoa meu familiar eh contabilista e tem um escritorio razoavel que emprega algumas pessoas, tive oportunidade de falar com ele e contou-me que os clientes estao todos a falir e ele proprio comeca a ter problema de liquidez

ha quem saiba a realidade e depois ha quem invente na boa tradicao portutuguesa da nossa senhora de fatima

Mas isso não verifica em todo o país e a todos os ramos de actividade. Existem muitas coisas a correr muito bem. E muitas empresas estão muito mais fortes do que estavam no inicio desta crise. Outras claro não têm a mesma sorte.

asempresas que estão bem são aquelas que exportam etalvez uma ou outra ligada a serviços e retalho, é preciso entender que estamos a caminhar a passos largos para umma bolha desses sectores, as exportações sofrerão com o abrandamento da economia global que se espera o retalho e o consmo em geral cairá junto, como tal não esstou a veer soluções dentro dds prossimos 30 ou 40 anos

Castelbranco

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Re: Portugal falido
« Responder #2003 em: 2013-01-27 18:33:49 »
Um grupo de 12 intelectuais escreveu um manifesto, que será divulgado publicamente amanhã em Paris, chamado “Europa ou o caos”. É uma denuncia do vertiginoso crescimento do “cinismo”, “chauvinismo” e populismo”.

“A Europa está a morrer. Não a Europa como território, naturalmente. A Europa como Ideia. A Europa como um sonho e um projecto”, diz o início do texto assinado por António Lobo Antunes (escritor português), Bernard-Henri Lévy (autor francês), Vassilis Alexakis (escritor grego), Juan Luis Cebrián (jornalista espanhol e fundador do El País), Umberto Eco (intelectual italiano), Salman Rushdie (romancista indiano), Fernando Savater (filósofo espanhol), Peter Schneider (romancista alemão), Hans Christoph Buch (jornalista e autor alemão), Julia Kristeva (filósofa búlgaro-francesa), Claudio Magris (escritor italiano) e Gÿorgy Konrád (ensaísta húngaro).
 
O manifesto foi publicado este sábado em três jornais, entre eles o espanhol El País, de onde se retirou as passagens aqui citadas. Sem a derrota dos “soberanistas”, sublinham os intelectuais, o euro desintegrar-se-á; e não há “outra opção: ou a união política ou a morte”.
 
“Antes dizíamos: socialismo ou barbárie. Hoje devemos dizer: união política ou barbárie. Ou melhor: federalismo ou explosão e, na loucura da explosão, regressão social, precaridade, desemprego imparável, miséria”, declaram.
 
O texto faz referências à História e cita intelectuais do passado que se bateram pela liberdade. É um claro apelo à adopção da visão federalista no continente e considera que a morte da Europa pode durar anos e chegar de várias formas.
 
“Pode durar dois, três, cinco, dez anos, e ser precedida de numerosas remissões que dêem a sensação, uma e outra vez, de que o pior já passou. Mas chegará. A Europa sairá da História. De uma forma ou de outra, se não se agir, desaparecerá. Isto deixou de ser uma hipótese, um vago temor, um pano vermelho agitado à frente dos europeus recalcitantes. É uma certeza. É um horizonte insuperável e fatal. Tudo o resto — truques de magia de uns, pequenos acordos de outros, fundos de solidariedade por aqui, bancos de estabilização por acolá — só servirá para atrasar o fim e entreter o moribundo com a ilusão de um adiamento.”

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #2004 em: 2013-01-27 19:44:40 »
eu quero fugir da europa que ai vem, a democracia bem pode ir para o lixo pois sera tudo decidido pelos grandes paises

Castelbranco

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Re: Portugal falido
« Responder #2005 em: 2013-01-27 19:49:05 »
eu quero fugir da europa que ai vem, a democracia bem pode ir para o lixo pois sera tudo decidido pelos grandes paises

o prroblema não está só na europa mas sim em todo o lado a partir do momento que os Estados Unidos derem o tiro de partida rumo a sul.

José Tavares

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Re: Portugal falido
« Responder #2006 em: 2013-01-27 19:59:36 »
Um grupo de 12 intelectuais escreveu um manifesto, que será divulgado publicamente amanhã em Paris, chamado “Europa ou o caos”. É uma denuncia do vertiginoso crescimento do “cinismo”, “chauvinismo” e populismo”.

“A Europa está a morrer. Não a Europa como território, naturalmente. A Europa como Ideia. A Europa como um sonho e um projecto”, diz o início do texto assinado por António Lobo Antunes (escritor português), Bernard-Henri Lévy (autor francês), Vassilis Alexakis (escritor grego), Juan Luis Cebrián (jornalista espanhol e fundador do El País), Umberto Eco (intelectual italiano), Salman Rushdie (romancista indiano), Fernando Savater (filósofo espanhol), Peter Schneider (romancista alemão), Hans Christoph Buch (jornalista e autor alemão), Julia Kristeva (filósofa búlgaro-francesa), Claudio Magris (escritor italiano) e Gÿorgy Konrád (ensaísta húngaro).
 
O manifesto foi publicado este sábado em três jornais, entre eles o espanhol El País, de onde se retirou as passagens aqui citadas. Sem a derrota dos “soberanistas”, sublinham os intelectuais, o euro desintegrar-se-á; e não há “outra opção: ou a união política ou a morte”.
 
“Antes dizíamos: socialismo ou barbárie. Hoje devemos dizer: união política ou barbárie. Ou melhor: federalismo ou explosão e, na loucura da explosão, regressão social, precaridade, desemprego imparável, miséria”, declaram.
 
O texto faz referências à História e cita intelectuais do passado que se bateram pela liberdade. É um claro apelo à adopção da visão federalista no continente e considera que a morte da Europa pode durar anos e chegar de várias formas.
 
“Pode durar dois, três, cinco, dez anos, e ser precedida de numerosas remissões que dêem a sensação, uma e outra vez, de que o pior já passou. Mas chegará. A Europa sairá da História. De uma forma ou de outra, se não se agir, desaparecerá. Isto deixou de ser uma hipótese, um vago temor, um pano vermelho agitado à frente dos europeus recalcitantes. É uma certeza. É um horizonte insuperável e fatal. Tudo o resto — truques de magia de uns, pequenos acordos de outros, fundos de solidariedade por aqui, bancos de estabilização por acolá — só servirá para atrasar o fim e entreter o moribundo com a ilusão de um adiamento.”

Concordo plenamente, as transformações são operadas a grande velocidade, a velha Europa colonizadora é agora colonizada e despojada. 

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #2007 em: 2013-01-27 22:42:03 »
Infelizmente duvido que eles batam com a porta, porque não fazem cá falta nenhuma! Pelo contrário, só beneficiam e estorvam. Quem se lixa com a saída são eles. Duvido que a praça financeira londrina mantenha a pujança atual fora da UE. Subitamente vão descobrir que têm de assinar uns acordos com a UE, ser sujeitos a umas taxas, etc. E eles sozinhos em termos de geopolítica internacional são um zero. Ok, têm armas nucleares, e depois? Estou mesmo a ver as potências emergentes preocupadas com isso... Se saírem, boa viagem!

o UK safa-se muito bem como parte da EFTA

a uniao europeia eh um projecto politico anti-democratico e ja nao tem nada a ver com comercio livre

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Re: Portugal falido
« Responder #2008 em: 2013-01-28 16:09:32 »
Desta não estava à espera.

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Tribunal dá razão à Islândia no caso Icesave

28/01/2013

O tribunal da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA, na sigla inglesa) rejeitou a acusação de que o país violou a directiva de garantia dos depósitos aquando da falência do Icesave, o banco on-line do banco Landsbanki. A acusação de descriminação de depositantes estrangeiros também foi rejeitada.
 
O banco Icesave faliu no Outono de 2008, tendo congelado os depósitos constituídos na instituição, que eram maioritariamente provenientes do Reino Unido e da Holanda. Os dois governos intervieram pagando os depósitos na sua totalidade e requerendo o pagamento ao governo islandês.
 
Este pedido foi rejeitado por duas vezes pela Islândia, em dois referendos levados a cabo. O dever de pagamento dos depósitos recai, assim, sobre o próprio Landsbanki, que tem cumprido os pagamentos a que está obrigado.
 
A decisão tomada pelo tribunal nesta segunda-feira foi ao arrepio do que era esperado pelos responsáveis políticos da Islândia, que reagiram com alívio ao anúncio. “É com considerável satisfação que a defesa da Islândia ganhou o caso Icesave; a decisão do Tribunal da EFTA põe fim a uma fase importante desta longa saga”, disse o Governo em comunicado citado pelos órgãos de informação internacionais.
 
Ainda assim, a Islândia tem vindo a restituir o dinheiro dos depositantes ao Reino Unido e Holanda. O Landsbanki pagou um total de 660 mil milhões de coroas (3,83 mil milhões de euros) aos dois países e 585 mil milhões de coroas destinaram-se a pagar depósitos constituídos junto do Icesave. Um valor que corresponde a 90% do depósitos garantidos.
Mas pelo menos têm estado a pagar as dívidas e já estão quase a restituir todos os depositantes.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #2009 em: 2013-01-28 16:40:39 »
Isso cria um precedente interessante, nomeadamente para os bancos da europa de leste que andam a oferecer depósitos atractivos noutros países.
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Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #2010 em: 2013-01-28 23:31:29 »
exacto, dai que me parece claro que vamos incumprir e que quem agora compra divida portuguesa a 5 anos deveria ser despedido

Sim, vamos incumprir, mas isso poderá ser feito poupando os detentores privados. O incumprimento poderá ser o prolongamento dos prazos para o dia se são-nunca e a redução dos juros para muito poucochinho, isto só para a dívida do BCE e FMI e FEEF. Uma solução dessas explica que as yields tenham descido tanto. Se não for assim, não entendo por que as yields estão tão baixas.

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #2011 em: 2013-01-29 01:38:05 »
estive a ver o pros e contras dedicado a emigracao, um programa assim ainda vai acelerar mais o fenomeno

a parte que mais achei piada eh que ja se comeca a debater os problemas gravissimos de natalidade e demografia com a atencao que merecem, em todo o caso agora eh um pouco tarde

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #2012 em: 2013-01-29 01:55:38 »
Para a humanidade no seu todo esses "problemas" de demografia não são problemas, são a salvação. É necessário que a natalidade desça e a população estagne a bem, caso contrário crasha com uma hecatombe nalgum momento futuro, inevitavelmente.

Como cada vez mais países estão a ter baixa natalidade e envelhecimento (Europa, Japão, China, etc), isso é bom sinal. Nesse aspecto, a situação de Portugal é simplesmente a desses outros países do pelotão da frente do desenvolvimento e do consequente envelhecimento.
 
Quanto mais desenvolvido um país é, mais envelhecido se tende a tornar, por várias razões (hedonismo, medicina). E não é o desenvolvimento e consequente alta qualidade de vida que nós devemos desejar?


Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #2013 em: 2013-01-29 02:00:48 »
A demografia só é um problema para determinados sistemas. Presentemente existem pessoas mais do que suficientes, e continuarão a existir. A divisão do que é produzido entre quem produz e quem já não o faz é que levantará bastante debate, a seu tempo.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #2014 em: 2013-01-29 02:10:00 »
eu tb prefiro menos gente no mundo, independentemente disso ha um risco nisso para a nossa sociedade como ficara patente nos proxs 20 anos

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #2015 em: 2013-01-29 02:13:04 »
por ex imaginem viver num pais em que 40% tem mais de 65 anos... nao falta assim tanto

e o ultimo que feche a porta

5555

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Re: Portugal falido
« Responder #2016 em: 2013-01-29 09:38:52 »
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O que devemos aprender com os australianos?

29/01/13 00:35 | António Costa / DE


A Austrália passou nos últimos 30 anos por três reformas do Estado e de governação da Administração Pública, evoluções coerentes e que tiveram um mesmo rumo, com resultados.

A Austrália passou nos últimos 30 anos por três reformas do Estado e de governação da Administração Pública, evoluções coerentes e que tiveram um mesmo rumo, com resultados. Portugal, no mesmo período, ‘preferiu' receber por três vezes a visita do FMI. É esta uma razão suficientemente forte para não adiar para amanhã o que deveria ter sido feito ontem?
 
O Conselho das Finanças Públicas, o Banco de Portugal e a Fundação Gulbenkian organizaram uma conferência sobre a reforma do Estado, a reforma institucional e não a dimensão e a escolha política entre mais ou menos Estado. Uma conferência, mesmo, da sociedade civil, que trouxe exemplos internacionais surpreendentes, como é o caso da Austrália, a 18 mil quilómetros de distância e 11 horas de diferença horária. São, por isso mesmo, porque têm enquadramentos políticos e legais diferentes - A Austrália é uma monarquia constitucional - exemplos que devem ser tidos em conta, analisados, mas não copiados.
 
Em Portugal, é verdade, o Governo confundiu a reforma do Estado e de governação com a redução, necessária, essencial, da despesa pública em 2013 e 2014. O primeiro-ministro e o ministro das Finanças sabem que o caminho para este corte de despesa é estreito, para não dizer outra coisa e decidiram por isso dar um passo em frente, dramatizar. Mas pode ter sido um passo para o abismo político. Do próprio Governo. Claro, o Governo podia ter esclarecido ao que ia, podia, mas não era a mesma coisa. E, agora, é preciso dizer que uma e outra coisa são coisas diferentes.
 
Portugal vive uma situação de PREC permanente há mais de 30 anos, um processo de reforma em curso, e isso até nem seria mau, porque as reformas tipo big-bang têm tudo para dar para o torto. O pior, mesmo, é que este PREC é contraditório nos termos, ziguezaguiante no rumo, divergente nos objectivos. A responsabilidade é da administração política do Estado (leia-se os governos e os deputados), e não da administração pública (leia-se dos funcionários do Estado).
 
O que devemos aprender, e reter, do exemplo australiano? Três pontos: instituições fortes, compromisso com os objectivos e resultados, supervisão e escrutínio interno e externo ao Estado. São princípios simples, tão simples que em países como Portugal são desvalorizados, porque não fazem manchetes de jornais nem abrem telejornais das oito da noite. Os governos, todos, preferem leis e mais leis, e menos gestão da administração Pública.
‘Isto', a reforma do Estado e de governação da administração pública, é uma questão de regime, o nosso, colectivo, não é nem pode ser governamental, menos ainda partidário.
 

PS: Uma boa ideia tem de passar à prática para ser possível medir a sua eficácia e eficiência. A confusão em torno da aplicação da nova tabela de retenção e dos duodécimos é a melhor expressão desta ‘verdade'. O Governo, com a melhor das intenções, conseguiu a proeza de pôr trabalhadores com o mesmo salário a receberem salários diferentes em Janeiro e Fevereiro. Aconfusão instalou-se e, como se percebe do inquérito do Económico, cada empresa, sua sentença. Não havia necessidade.

itg00022289

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Re: Portugal falido
« Responder #2017 em: 2013-01-29 12:34:23 »
2 notícias diferentes que mostram um Portugal Falido




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Maestro Graça Moura condenado a cinco anos de prisão suspensa

 Ana Henriques , 29/01/2013 - 12:09
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/maestro-graca-moura-condenado-a-pena-de-cinco-anos-de-prisao-suspensa-1582482
 
Juízes deram como provado os crimes de peculato e falsificação de documentos.
 
 
O maestro Miguel Graça Moura foi condenado nesta terça-feira, em Lisboa, a uma pena de cinco anos de prisão suspensa por igual período de tempo e a pagar 690 mil euros à entidade gestora da Orquestra Metropolitana de Lisboa e outros 30 mil à Câmara de Lisboa. O acórdão, lido esta manhã no Campus da Justiça, determina que se parte desta verba não for paga no prazo de um ano, o maestro será obrigado a cumprir pena de prisão.

O colectivo de juízes deu como provados os crimes de peculato e falsificação de documentos de que o maestro vinha acusado. A defesa de Graça Moura já anunciou que vai recorrer do acórdão para a Relação.

Os factos remontam à década de 1990, altura em que Graça Moura fundou a Associação Música, Educação e Cultura (AMEC), instituição financiada pelo Estado e por várias autarquias e na qual acumulava vários cargos, incluindo o de maestro titular da Orquestra Metropolitana.

Em 2003, uma auditoria revelou um rol de gastos pouco compagináveis com a natureza da instituição: camisas de seda, charutos e passeios de balão, mas também vestidos, cuecas de fio dental e até um frigorífico, comprado na Tailândia.

O músico nunca negou nenhuma das despesas, no valor total apurado de 720 mil euros, alegando que serviram para promover a orquestra no estrangeiro. Mas reclamou junto dos financiadores da associação os honorários que lhe seriam devidos caso o tivessem mantido em funções na orquestra até 2009, como esperava antes de o escândalo ter rebentado. Pelas suas contas, devem-lhe qualquer coisa como 1,6 milhões a título de ordenados e outras compensações relacionadas com os cargos que ocupou, a que soma mais 300 mil euros por danos não patrimoniais.

O Ministério Público (MP) destaca que Miguel Graça Moura não fazia distinção entre despesas da AMEC e pessoais, utilizando indistintamente cartões da AMEC e de contas de que era titular.

A acusação refere também que o maestro viajou para os Estados Unidos, Argentina, México, Tailândia e Singapura, despendendo um total de 214.377 euros. Em despesas de restaurante, em Portugal e no estrangeiro, Graça Moura gastou mais de 80 mil euros.

O MP destaca ainda despesas de 52.542 euros em livros.

Em Novembro de 2012, na audiência em que foram feitas as alegações finais, Graça Moura já declarou, no entanto, que não tem posses para devolver os 720 mil euros que gastou em viagens, jóias, vestuário e outras despesas sumptuárias, montante ao qual acresce meio milhão de juros.

“Saí da instituição pior do que entrei. Com a minha carreira destruída, sem a mínima fortuna, a viver numa casa emprestada e a deslocar-me num carro emprestado. Se fiz peculato, sou o mais estúpido dos burlões”, declarou então em tribunal.






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Casinos deixam de pagar impostos após terem colocado Estado em tribunal
 

Por Agência Lusa, publicado em 29 Jan 2013 - 12:17 | Actualizado há 15 minutos 25 segundos
http://www.ionline.pt/dinheiro/casinos-deixam-pagar-impostos-apos-terem-colocado-estado-tribunal

Os casinos portugueses colocaram o Estado em tribunal por considerarem que o regime tributário está num "paradoxo", uma vez que os impostos são superiores às receitas, revelou a associação.
 
Jorge Armindo, presidente da Associação Portuguesa de Casinos (APB), afirmou aos jornalistas que, perante este processo no Tribunal Administrativo, os casinos portugueses não vão entregar as suas contribuições ao Estado enquanto decorrer a ação em tribunal.
 
O presidente da APC referiu que a atual lei "está a obrigar os casinos portugueses ao paradoxo de uma maior carga tributária quanto mais baixas forem as receitas, num cenário em que a facturação do setor já baixou mais de 28% desde 2008".
 
Em média, os casinos pagam cerca de 50% das suas receitas brutas em impostos e cerca de 62% do orçamento do Turismo de Portugal provem dos casinos.

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #2018 em: 2013-01-29 12:45:40 »
Enquanto o Estado não for apenas para o essencial, ambos os casos continuarão a existir. O primeiro porque é muito atraente para as pessoas avançarem os seus interesses privados a coberto de um suposto interesse comum, o segundo porque há que financiar o primeiro.
 
E já agora, o que fará o "turismo" com tanta receita dos casinos? É mesmo necessário algo que consiga torrar tanto dinheiro? Em que medida é que beneficia o turismo em Portugal - certamente que investigado, se chegará também à conclusão que quase todo esse dinheiro estará a avançar interesses privados.
« Última modificação: 2013-01-29 13:03:07 por Incognitus »
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Re: Portugal falido
« Responder #2019 em: 2013-01-29 12:46:38 »
Não percebi a notícia, mas afinal os casinos estão a pagar mais do que o que recebem ou não?

Ênfase adicionada.

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Casinos deixam de pagar impostos após terem colocado Estado em tribunal
 

Por Agência Lusa, publicado em 29 Jan 2013 - 12:17 | Actualizado há 15 minutos 25 segundos
http://www.ionline.pt/dinheiro/casinos-deixam-pagar-impostos-apos-terem-colocado-estado-tribunal

Os casinos portugueses colocaram o Estado em tribunal por considerarem que o regime tributário está num "paradoxo", uma vez que os impostos são superiores às receitas, revelou a associação.
 
Jorge Armindo, presidente da Associação Portuguesa de Casinos (APB), afirmou aos jornalistas que, perante este processo no Tribunal Administrativo, os casinos portugueses não vão entregar as suas contribuições ao Estado enquanto decorrer a ação em tribunal.
 
O presidente da APC referiu que a atual lei "está a obrigar os casinos portugueses ao paradoxo de uma maior carga tributária quanto mais baixas forem as receitas, num cenário em que a facturação do setor já baixou mais de 28% desde 2008".
 
Em média, os casinos pagam cerca de 50% das suas receitas brutas em impostos e cerca de 62% do orçamento do Turismo de Portugal provem dos casinos.
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