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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3508347 vezes)

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #20780 em: 2020-04-21 19:18:10 »
Fazem falta no País.

Very British, ler o jornal,
bebericar e dormitar.

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Re: Portugal falido
« Responder #20781 em: 2020-04-21 20:09:32 »
Citar
Em Portugal, já se vende gasóleo a menos de 1 euro por litro

O jornal Eco escreve esta terça-feira que, em Portugal, já se vende um litro de gasóleo por menos de um euro. Trata-se de uma gasolineira em Estarreja.

https://zap.aeiou.pt/portugal-ja-vende-gasoleo-menos-1-euro-litro-320480

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #20782 em: 2020-04-22 10:56:12 »
CORONAVÍRUS
Há mais pensões sobrelotadas em Lisboa, o que faz temer explosão de casos
Câmara e junta de freguesia não sabem quantas pensões são usadas para alojar quem requer asilo, que actualmente serão cerca de 1000 pessoas. Alertas sobre sobrelotação repetem-se há muito tempo.

https://www.publico.pt/2020/04/21/local/noticia/ha-pensoes-sobrelotadas-lisboa-faz-temer-explosao-casos-1913255


De quem é a culpa? Vai morrer solteira que os tempos não são propícios a casamentos.

O Costa faz boa figura nas reuniões da UE aceitando receber os que os outros não querem;
O MAI desconhece que existam denúncias sobre as condições de acolhimento.
A CM LIsboa e o seu vereador bloquista dos Direitos Sociais desconhecem a situação. Câmara e junta não sabem quais as condições de alojamento, nem sequer quais as pensões em que estão refugiados.
O CPR recebe subsídios do MAI/SEF (não se diz quanto) e aloja em condições miseráveis.
A maioria não são verdadeiros refugiados, o pedido é recusado, mas ficam a agurdar o recurso. Não teria sido possível agilizar as respostas antes do início do estado de emergência?

Alguém fez as contas a quanto vai custar ao país ventilar mais uns quantos e não poder aliviar tão cedo as medidas de contenção?
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
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René Descartes

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #20783 em: 2020-04-23 10:11:22 »
Dia Mundial do Livro. Ministério da Cultura vai comprar 400 mil euros em livros

Mas o que é isto ? As editoras e livrarias são empresas como uma fábrica de bicicletas ou uma retrosaria e deveriam ter os mesmos apoios que os outros (layoff, moratórias, créditos, etc.).
Porque que raio é que têm um tratamento diferente, com compra de produção ? O estado também vai comprar bicicletas e linhas de crochet, para compensar a quebra nas vendas dessas empresas ?

kitano

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"Como seria viver a vida que realmente quero?"

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #20785 em: 2020-04-23 13:37:02 »
Tentando perceber a cultura holandesa:

Gonçalo Melo de Magalhães
Designer, a viver e trabalhar em Amesterdão

Sou português, e quero dar-vos a perspectiva do Norte da Europa
Sou português, vivo na Holanda há quase 5 anos e gostaria de tentar explicar um pouco melhor como funciona a visão da cultura norte-europeia sobre o que quer que seja, e sobre finanças em particular.


20 abr 2020, 00:17


Eu sou português a viver na Holanda já há quase 5 anos. Nestes dias tenho visto muitos portugueses furiosos com os Holandeses por causa das declarações do ministro das Finanças holandês, e na maioria das vezes têm uma preceptiva bastante rasa do que estão a dizer acerca deles. Não, os holandeses não estão a dizer que não irão ser solidários, e os portugueses não entendem isso porque não estão habituados a lidar com culturas do Norte da Europa, e eu gostaria de pelo menos tentar mostrar um pouquinho melhor sobre como funciona a visão da cultura norte-europeia sobre o que quer que seja, e sobre finanças em particular.

As declaração foram as seguintes:

“A Comissão Europeia deveria investigar países como Espanha que afirmam não ter margem orçamental para lidar com os efeitos da crise provocada pelo efeito do novo coronavírus, apesar de a zona euro estar a crescer há sete anos consecutivos” disse Wopke Hoekstra, Ministro das Finanças Holandês

“Esse discurso é repugnante. Ninguém está disponível para ouvir o ministro das Finanças holandês a dizer o que disseram em 2009, 2010, 2011. Não foi a Espanha que importou o vírus. O vírus atinge a todos por igual. Se algum país da UE acha que resolve o problema deixando o vírus à solta nos outros países, não percebeu bem o que é a UE ” disse António Costa. “Essa mesquinhez recorrente mina a UE e é uma ameça à UE”. E foi mais longe nas críticas, sugerindo a substituição do ministro: “Se a UE quer sobreviver, não pode deixar que um responsável político possa dar respostas como esta”.

A razão do problema
Há sempre um grande choque de culturas entre os Holandeses e o resto do mundo, mas quando se trata de diplomacia entre Holandeses e Sul-Europeus aí a diferença ainda se intensifica mais. A Holanda é uma fábrica de produção de valores e atitudes que são muito diferentes do resto do mundo. Aqui, na Holanda, as regras de relações humanas do resto do mundo, simplesmente não se aplicam.

A fábrica de comportamento humana holandesa
Os Holandeses são extremamente pragmáticos, colocam a verdade sempre acima de tudo, e se acham sempre no direito de dizer absolutamente o que bem entenderem em absolutamente TODAS as circunstâncias, e tendem a ser demasiado frios à primeira vista. E isso contrasta muito com a forma de se abordar as relações humanas noutros países. Isso é essencialmente válido para os países do norte da Europa, todavia, a Holanda é quase sempre referida como um dos países com uma cultura mais diferente do mundo.

Em termos de formas de lidar com problemas, o sul da Europa e o norte da Europa tendem a ser totalmente opostos.

Os Holandeses, e os Norte Europeus em geral, tendem a ser regidos pelas seguintes premissas:

“Se tu não resolves o problema, tu és parte do problema”
“O problema não é o que tu pensas que é o problema. Tu tens absolutamente que verificar a raiz do problema, e matar o problema pela raiz. Matar problemazinhas superficialmente só te faz gastar dinheiro e energia”
“Não existe maior forma de criação de valor do que dar uma opinião”
“Se tu não tens uma opinião MUITO BEM ESTRUTURADA, tu estás vulnerável a tudo o que passe, e dificilmente criarás valor. Uma opinião é a melhor arma arma que podes ter”;
“Se eu não cuidar de mim, ninguém o fará. Temos que ser individualistas e cuidar cada um por si, não necessitando de ninguém”
“Todos têm culpa SEMPRE, e em qualquer circunstância. O que muda são as percentagens de culpa. Uns têm mais culpa que outros, e temos que apontar o dedo a esses para eles melhorarem”
“Tens sempre que ouvir os outros, e uma opinião é somente uma opinião”;
“A inovação é absolutamente necessária, em qualquer circunstância, se podes inovar e criar valor, fá-lo, tendo TUDO em consideração”
“Tens sempre que pensar em absolutamente todas as ramificações de qualquer problema, e se algo acontecer que não tinhas previsto, a culpa é absolutamente TUA”
“Se tu crias algo, e não pensas em absolutamente tudo que possa acontecer, não estás a ser correto”
“O dinheiro, a acumulação de riqueza, a criação de valor, e a distribuição para com todos… são das actividades mais divinas e bem intencionadas;
“Se tu não crias soluções para os problemas que possam acontecer, tu és parte do problema.
“Qualquer que seja a situação, tu tens absolutamente que tirar partido dela, seja a partir do dinheiro ou seja a partir do que quer que seja”
“O problema é teu se tu não pensaste em todas as ramificações do problema”
“Se tu não geras riqueza, então não tens nenhuma validade para o futuro”
“Tudo está errado. Temos sempre que inovar todos os dias”;
“É só uma questão de tempo para o teu produto/serviço/processo ser ultrapassado pelo mercado”
“Todos os dias da tua vida tens que criar valor, a todos os minutos, a todos os segundos. Qualquer atitude da tua vida tem que ser gerida tendo o valor gerado, em consideração. Se tu não podes criar valor, tenta pelo menos não gastar do que tu tens. Fá-lo SEMPRE. Qualquer dia deve ser utilizado para gerar e mais valor”;
“O problema não é o problema. O problema real é a raiz daquilo que consideras o problema”
“A culpa é tua se tu não pensaste em absolutamente TUDO, e se tu não pensares em TUDO, a culpa é tua se alguma coisa corre mal”
“A culpa de não teres dinheiro é tua, porque tu não pensaste em utilizá-lo de maneira sustentável”
“Se tu não geras riqueza, o problema é teu porque tu não estás a pensar direito, e a organizar-te de uma forma sustentável”
“A verdade sempre, e o mais clara possível, seja ela qual for”
“Se ficas ofendido, é uma grandissima perda de tempo”
“Tu não tens direito a ficar ofendido com a verdade, e mesmo que se o tiveres, nunca a priorizes. Tu tens absolutamente que estar preparado e te educar para não ficar ofendido”
“A sofisticação de dizer-se algo é irrelevante para com o conteúdo da mensagem”
“A sofisticação da forma é irrelevante, o que interessa é o conteúdo”
Na minha opinião, os Holandeses estão maioritariamente certos, todavia tenho a sensação de que são demasiado fabricados em termos de relações humanas e costumam não entender como é o outro. Os Holandeses costumam a ser maus a entender como o mundo realmente é porque a cultura holandesa é simplesmente uma cultua não-escalável. Não funcionaria na maior parte do mundo, e só funciona aqui por razões excepcionais — o calvinismo, a densidade populacional, a grande educação universitária do povo, o ser-se plana, o ser um país muito igualitária, o não haver quase nenhuns recursos naturais, o ser um país com um clima extremamente desagradável… Existe alguma cultura não norte-europeia que fale uma língua norte-europeia? Não. Simplesmente são culturas com características demasiado especiais para se puderem escalar para outro lugar.


Todavia, os Holandeses costumam ser demasiado artificiais, e tendem a não ter consideração pelo humano como um símio cheio de erros. E costumam ser demasiado desnaturados, onde parecem desconhecer quaisquer leis da natureza que se aplicam aos humanos. São demasiado pragmáticos para serem bons diplomatas. A Holanda é o país mais semelhante, e ao mesmo tempo, diferente do mundo. É um paradoxo.

Em todos estes pontos contrasta em absoluto com o sul da Europa, e ainda mais para com Portugal, que tende a ser verticalmente oposto com tudo o que está em cima.



Eu entendo os dois
Eu entendo perfeitamente as duas partes, António Costa e Wopke Hoekstra. Creio que Wopke Hoekstra está a ser picuinhas mas verdadeiro. Para um holandês, e em geral para um norte-europeu, o momento, contexto são irrelevantes. O que interessa sempre é a verdade, e ter SEMPRE uma boa planificação de seja do que for. O mundo pode estar a ir abaixo, podem estar a morrer pessoas a uma velocidade de 100000000% por hora… isso é sempre totalmente irrelevante face aos factos. Enquanto António Costa está a ser sensato mas a não valorizar tanto a verdade. Eu não considero que o Ministro das Finanças Holandês tivesse a ser necessariamente repugnante. Ele só quer pagar o menos possível, e alertar que situações destas podem vir a acontecer num futuro.


Eu não sei em quem votaria, porque os dois têm razão e também estão errados. O problema é que a razão de Wopke Hoekstra é uma razão construtiva. É um mau momento, mas não deixa de ser verdade o que ele o ministro diz. A culpa das coisas acontecerem como aconteceram é também por culpa da forma como os países do Sul da Europa organizam as suas despesas para com a saúde e o resto das suas finanças. Ele está a alertar para uma das possíveis raizes do problema.



O que ele disse é verdade, e os países devem ter uma margem orçamental para lidar com qualquer tipo de problema, e caso não tenham essa margem, o problema deveria ser desses mesmos países. Não há muita razão para se ficar ofendido. Temos que ter margem orçamental para qualquer tipo de coisa que possa acontecer, e depois não fazer a típica cara de sonsa Portuguesa com a mais típica frase portuguesa:

“Ah. Eu não sabia que…” — Meu querido, se tu não sabias que, a culpa já é tua. Não estou a dizer para adivinhares se vai haver uma peste no próximo ano, mas pelo menos cria uma estrutura para que se algo mal ocorrer, o país esté preparado, conseguir criar riqueza ao mesmo tempo, e ainda ganhar com a crise. Problemas irão sempre haver. Há que se estar prevenido sempre.

O não sabia que é a frase mais distingue a cultura portuguesa de hoje. Nunca sabemos nada, e nos admiramos por teres crises quase de 4 em 4 anos. E estou a ser bastante otimista.

Os Holandeses não estão a dizer que não vão ser solidários. Muito pelo contrário. O que eles não querem é um tipo de solidariedade da boca para fora ou um tipo de solidariedade que na realidade ainda prejudica mais os países. É totalmente irrelevante para eles dizer-se solidário e depois não se fazer nada em termos de ações. O que eles estão a dizer é que irão ser solidários, mas de uma forma sustentável, com cabeça, com factos, e de só o irão ser solidários de uma forma sustentada. Se eles criticam não quer dizer que não gostem ou que não irão participar, só querem que o que tenha que ser feito, seja feito da melhor forma possível. Os Holandeses têm uma cultura de sovinismo onde tu tens que sempre contar muito bem o teu dinheiro, onde é sempre momento de fazer negócio, e onde não há espaço para tolerar o excesso e pouco o prazer, e eles não seguem o flow. A Holanda tem a cultura mais especial do mundo, e não deve ser mal-interpretada. Deve ser entendida tal como ela é, e é muito estranha para os Portugueses, mas também para praticamente todas as culturas do mundo.

Obviamente que os Holandeses, e o resto do Norte da Europa, ganha muitíssimo com a União Europeia. Todavia, esse não é o ponto. Para criarmos uma Europa mais unida temos que também entender as diferenças culturais que existem. Os Sul-Europeus têm que entender os Norte-Europeus, e vice-versa.

Claro que nenhum país saberia que o corona iria existir, mas isso não permite que os países vivam nos limites das suas capacidades ano após ano.

Têm ambos razão, e estão ambos errados.
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vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #20786 em: 2020-04-23 14:12:17 »
Muito interessante. E historicamente,
a Holanda sempre acolheu livres pensadores,
que prezam a verdade como lema de vida,
e dos que eu sempre mais admirei,
os racionalistas do século 17.

Vou copiar o teu relato de caracter dos Holandeses.
(Se bem que os Boers da África do Sul,
sejam pouco menos do que repugnantes…)



pedferre

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Re: Portugal falido
« Responder #20787 em: 2020-04-23 14:27:22 »
Pode-se sempre contar com o "apoio" do estado. :)

Os trabalhadores independentes estão a receber valores de apoio à perda total de actividade, durante o mês de Março, abaixo do que esperavam, revela o “Jornal de Notícias” (JN).

De acordo com o “JN”, além de ser preciso facturar acima de 2820 euros para conseguirem receber o correspondente a um indexante de apoios sociais (IAS, 438,81 euros), só estão a ser pagos 20 dos 31 dias de Março. Quem não pedir o diferimento do pagamento das contribuições obrigatórias pode nem ter ajudas suficientes para pagar a taxa de 21,4% dos recibos verdes, segundo o jornal.

«Tenho a receber 110 euros de apoio. Tenho a pagar 151,03 euros de contribuições. Fico com menos 41,03 euros», relata ao “JN” um trabalhador independente. Neste caso, pediu redução de 25% na contribuição a pagar no primeiro trimestre e não pediu diferimento do pagamento mensal. O apoio, explica o jornal, acaba por ser calculado sobre a base de incidência mensal reduzida em 25% e não recebe 100%.

Também em declarações ao “JN”, o movimento Precários Inflexíveis admitiu que «os valores são muito inferiores ao esperado». «Deviam ser iguais à base de incidência contributiva, com um valor máximo de um IAS. Mesmo quem ganha o suficiente para atingir esse valor [cerca de 2820€] só está a ter indicação de pagamento de 292,54€ e ninguém percebe o motivo», disse Daniel Carapau.

O grupo, que representa trabalhadores independentes, diz ter recebido já «dezenas de pedidos de esclarecimento» nos últimos dias. Porém, «o decreto já mudou três vezes. E em Abril já vai haver outras regras. Ninguém se entende», lamenta.

As regras foram publicadas a 13 de Março, mas só agora o Governo explicou os cálculos. «Em Março, o apoio é atribuído aos trabalhadores independentes com paragem total de actividade ou paragem da actividade do respectivo sector, e corresponde ao período de 20 dias, desde 12 de Março a 31 de Março [o Decreto-Lei n.o 10-A/2020, de 13 de Março, produziu efeito à data da sua aprovação, dia 12]», esclareceu ao “JN” fonte do Instituto da Segurança Social.

Pendolatrice

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Re: Portugal falido
« Responder #20788 em: 2020-04-23 17:04:29 »
Tentando perceber a cultura holandesa:

Gonçalo Melo de Magalhães
Designer, a viver e trabalhar em Amesterdão

Sou português, e quero dar-vos a perspectiva do Norte da Europa
Sou português, vivo na Holanda há quase 5 anos e gostaria de tentar explicar um pouco melhor como funciona a visão da cultura norte-europeia sobre o que quer que seja, e sobre finanças em particular.


Uma explicação alternativa é:
Os países baixos são o terceiro maior beneficiário do mercado comum atrás da franca e da alemanha, pelas estimatívas da própria comissão europeia
Os países do "sul" da europa mantêm o euro"competitivo", literalmente um subsídio às exportações NL quantificado entre 4-6% (estimativa conservadora ) a 10% do pib NL, anualmente
O comportamento holandês relativamente a impostos empresariais, royalties e facilitação da evasão fiscal rende-lhes 150% do que contribuem para o orçamento da UE

Para quem aceite esta explicação alternativa da "cultura" holandesa é preciso perguntar durante mais quanto tempo é que nós queremos ajudar e desculpar moralistas corruptos e subsídio-dependentes  ;D

O acordo que salta hoje do concilium vai ser um repeat das manobras contabilísticas de circo em 2012 em relação aos gregos, com os estados a avalizarem empréstimos que a comissão europeia vai financiar no mercado ( uma estrutura até parecida com um cdo para aqueles com memórias mais longas)  e que depois vão eles próprios dispensar obviamente sobre a forma de empréstimos que vão ser incorporadas na dívida soberana. Provavelmente e numa fase inicial, se o o italiano chorar muito, distribuem de forma discricionária, mas a médio prazo, indexado ao capital key do bce.




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Re: Portugal falido
« Responder #20789 em: 2020-04-23 17:18:33 »
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Coronabonds, dónutes, Amsterdão e Lisboa

Amsterdão acaba de se tornar a primeira grande cidade a aderir ao programa de sustentabilidade mais ambicioso de sempre mas isso ainda não é notícia em Portugal. Notícia é o choque Costa vs Hoekstra.

https://observador.pt/opiniao/coronabonds-donutes-amsterdao-e-lisboa/
« Última modificação: 2020-04-23 17:19:49 por Batman »

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #20790 em: 2020-04-23 18:05:33 »
Uma explicação alternativa é:
Os países baixos são o terceiro maior beneficiário do mercado comum atrás da franca e da alemanha, pelas estimatívas da própria comissão europeia
Os países do "sul" da europa mantêm o euro"competitivo", literalmente um subsídio às exportações NL quantificado entre 4-6% (estimativa conservadora ) a 10% do pib NL, anualmente
O comportamento holandês relativamente a impostos empresariais, royalties e facilitação da evasão fiscal rende-lhes 150% do que contribuem para o orçamento da UE

Para quem aceite esta explicação alternativa da "cultura" holandesa é preciso perguntar durante mais quanto tempo é que nós queremos ajudar e desculpar moralistas corruptos e subsídio-dependentes  ;D

O acordo que salta hoje do concilium vai ser um repeat das manobras contabilísticas de circo em 2012 em relação aos gregos, com os estados a avalizarem empréstimos que a comissão europeia vai financiar no mercado ( uma estrutura até parecida com um cdo para aqueles com memórias mais longas)  e que depois vão eles próprios dispensar obviamente sobre a forma de empréstimos que vão ser incorporadas na dívida soberana. Provavelmente e numa fase inicial, se o o italiano chorar muito, distribuem de forma discricionária, mas a médio prazo, indexado ao capital key do bce.


Perfeita verdade em qualquer modelo rigoroso de economia clássica, e na própria realidade objectiva.

De facto, no domínio do euro, os bens e serviços produzidos e prestado pelos países trabalho-intensivo
são transacionados, apropriados, pelos países capital-intensivo ao preço quase restrito à sobrevivência
dos operários, trabalhadores e suas famílias; mesmo as empresas desses países de maior capital, como
todos os demais, sediam os seus lucros em paraísos fiscais, a Holanda e off-shores. Assim se esvai
a margem de valor acrescentado dos países explorados para os que entesouram essas mais-valias!

É a transferência clássica do valor criado, absorvido pelos produtores intra-marginais com sua margem
de sobrelucros de produtividade semi-monopolística. Mas há mais a denunciar! Comerciantes que são,
esses exportadores, da sua própria sobreprodução industrial, corrompem governantes e empresários
importadores nos países a quem a vendem seus bens, na sua maioria de escasso interesse ou necessidade
para os que a compram. Assim, alimentam a sua classe operária, ocupada a produzir inutilidades, desperdício.

A golpada do financiamento desses exportadores, com garantia pública de crédito prestada pelos seus Estados,
salda-se, como em 2010, na assistência financeira aos devedores, para que não falhem os seus pagamentos,
mas na condição de os novos financiamentos de assistência se destinarem exclusivamente a liquidar os créditos
bancários concedidos naquelas exportações que fizeram, em prejuízo e detrimento dos demais credores internos,
designadamente os fundos de pensões dos reformados e certificados de tesouro subscritos pela população do devedor.

Foi assim a Grécia. Fomos assim nós.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #20791 em: 2020-04-24 14:02:44 »
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Câmara de Lisboa quer informações sobre lares da cidade incluindo os ilegais
A Câmara Municipal de Lisboa vai solicitar ao Governo a “disponibilização urgente” de informações sobre os lares do concelho, incluindo os que estão em situação ilegal, nomeadamente o número de casos confirmados de Covid-19 e de óbitos ocorridos.

De acordo com uma moção apresentada pelo CDS-PP e aprovada esta quinta-feira em reunião de Câmara por maioria, com os votos a favor dos democratas-cristãos e do PSD e a abstenção de PS, PCP e BE, a autarquia irá solicitar ao Ministério da Saúde e à Direção-Geral da Saúde a identificação de todos os lares com casos confirmados de Covid-19 e o número registado em cada um.
Observador

É um país cómico. Como é que o governo pode dar informação de lares ilegais. Se o governo tem conhecimento que são ilegais, leia-se, que não cumprem a lei, deveria ter feito algo para deixarem de o ser, não ?  ;D

justin

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Re: Portugal falido
« Responder #20792 em: 2020-04-24 14:03:51 »
Citar
Câmara de Lisboa quer informações sobre lares da cidade incluindo os ilegais
A Câmara Municipal de Lisboa vai solicitar ao Governo a “disponibilização urgente” de informações sobre os lares do concelho, incluindo os que estão em situação ilegal, nomeadamente o número de casos confirmados de Covid-19 e de óbitos ocorridos.

De acordo com uma moção apresentada pelo CDS-PP e aprovada esta quinta-feira em reunião de Câmara por maioria, com os votos a favor dos democratas-cristãos e do PSD e a abstenção de PS, PCP e BE, a autarquia irá solicitar ao Ministério da Saúde e à Direção-Geral da Saúde a identificação de todos os lares com casos confirmados de Covid-19 e o número registado em cada um.
Observador

É um país cómico. Como é que o governo pode dar informação de lares ilegais. Se o governo tem conhecimento que são ilegais, leia-se, que não cumprem a lei, deveria ter feito algo para deixarem de o ser, não ?  ;D

vale tudo.

o país está para lá de falido fdx  :o
não ligar aos trades que posto. o mais certo é correr mal.

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #20793 em: 2020-04-24 14:14:30 »
Não fechem a maioria dos ilegais que conhecem porque a SS não tem onde colocar os velhotes. Só em casos graves são encerrados.
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #20794 em: 2020-04-24 14:20:17 »
Não fechem a maioria dos ilegais que conhecem porque a SS não tem onde colocar os velhotes. Só em casos graves são encerrados.
É óbvio Antunes. Demais sabem eles que têm de fechar os olhos para não lhes cair o problema no colo.
Mas é cómico esta conversa entre instituições públicas em que uma pede uma lista de coisas ilegais a outra (que por sua vez tem de assumir que conhece a ilegalidade e é conivente com a mesma).

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #20795 em: 2020-04-24 14:22:01 »
Não fechem a maioria dos ilegais que conhecem porque a SS não tem onde colocar os velhotes. Só em casos graves são encerrados.
É óbvio Antunes. Demais sabem eles que têm de fechar os olhos para não lhes cair o problema no colo.
Mas é cómico esta conversa entre instituições públicas em que uma pede uma lista de coisas ilegais a outra (que por sua vez tem de assumir que conhece a ilegalidade e é conivente com a mesma).

De facto é cómico. Funcionam ilegalmente, mas não são clandestinos. São ilegais listados.
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Re: Portugal falido
« Responder #20796 em: 2020-04-24 14:22:41 »

Tridion

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Re: Portugal falido
« Responder #20797 em: 2020-04-24 15:13:38 »
São ilegais listados.
;D

Há casos engraçados, de lares ilegais que sabiam que nunca iriam conseguir legalizá-los, mas ainda assim tentaram a sorte. Passado uns anos apesar de terem tudo certo na Segurança Social, há um papel qualquer que não conseguem obter porque sabiam desde de inicio que não iam conseguir obtê-lo. Agora prestam o serviço de lar, tem condições, mas não têm o papel e como tal são ilegais.  :)

Vale para lares/creches e outros serviços do género.
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Re: Portugal falido
« Responder #20798 em: 2020-04-25 23:01:29 »
....apenas possível num país de mentes pequeninas..... >:(

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Infetados denunciam que há autarquias a revelar a sua identidade incluindo a de crianças

A identidade pessoal de vários infetados, incluindo a identidade de crianças, foi exposta nas redes sociais de várias autarquias em Portugal. Num dos casos, até a etnia de um dos infetados foi revelada. A Comissão Nacional de Proteção de Dados alerta para o “impacto negativo que tem na vida das pessoas contaminadas” a revelação desta informação e defende a necessidade das autarquias cumprirem o “regime jurídico de proteção de dados”.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/infetados-denunciam-que-ha-autarquias-a-revelar-a-sua-identidade-incluindo-a-de-criancas-580764

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Re: Portugal falido
« Responder #20799 em: 2020-04-26 18:32:34 »
....apenas possível num país de mentes pequeninas..... >:(

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Infetados denunciam que há autarquias a revelar a sua identidade incluindo a de crianças

A identidade pessoal de vários infetados, incluindo a identidade de crianças, foi exposta nas redes sociais de várias autarquias em Portugal. Num dos casos, até a etnia de um dos infetados foi revelada. A Comissão Nacional de Proteção de Dados alerta para o “impacto negativo que tem na vida das pessoas contaminadas” a revelação desta informação e defende a necessidade das autarquias cumprirem o “regime jurídico de proteção de dados”.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/infetados-denunciam-que-ha-autarquias-a-revelar-a-sua-identidade-incluindo-a-de-criancas-580764



quem se protege e so sai a rua pomtualmemte deveria estar protegido dos imfectados que amdam a passear ao sol....porque é chato estar em casa...

Pem , vamos ao que imteressa, vejam semao esta actual....
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