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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3508016 vezes)

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #7300 em: 2014-04-21 14:01:11 »

O sistema já é como gostarias que ele fosse.


Não é inteiramente porque o que o vbm queria era o sistema actual mas com as renováveis sem impacto na tarifa...era preciso era arranjar quem investisse. Tirando essa parte, ele descreveu o sistema.

Voltando à questão inicial....

À luz dos princípios da UE e da competitividade e racionalidade dos mercados,  porque é que as grandes eléctricas europeias não investiram construindo parques solares nos países do sul da Europa que lhes garantiriam um retorno infinitamente superior ao obtido nos seus países de origem.

Porque é que os alemães ( e não só ) , como já referi com o objectivo  de subsidiarem a sua própria indústria de painéis solares , em vez de terem mais de 5% do seu território coberto pelos painéis fotovoltaicos , não optaram pela construção em Portugal ou em Espanha, assegurando taxas de eficiência e eficácia infinitamente superiores de que beneficiariam a sua pp indústria e  os seus pp consumidores.

Porque é que a UE iniciou um litígio com a China sobre os dir. de importação da indústria solar que só penalizou fiscalmente os países da Europa dos Sul ?

Porque é que não estarão a ser aplicados os princípios política energética comum ? Porque é que Portugal não devera estar na liderança da captação de investimento em centrais solares assegurando a produção de electricidade limpa e muito mais competitiva?  Porque é que o investimento neste sector não há-de ter a mesma racionalidade que a de todos os outros mercados ? Porque é que os princípios da UE não hão-de ser aplicados ?

Quanto ao custo mais oneroso das energias renováveis importa ter presente que a produção da energia limpa confere o direito ao certificados de carbono cujo valor de mercado será tendencialmente crescente ( conforme os compromissos já assumidos pela UE - prot. de Quioto ) e minimizará os custo superior de produção.

Porque é que teremos que manter uma central a carvão que é uma das maiores poluidoras da Europa e que por si só é responsável por um défice crónico da nossa balança comercial de quase 5 mil milhões de € e que decorre da importação de carvão em circunstâncias nem sempre transparentes.

Porque é que temos de assumir défices tarifários crónicos cuja racionalidade é difícil de justificar ? porque é que o mercado não há-de funcionar ?

Portugal , país de turismo, tem que assumir como prioridade estratégica a produção de energia limpa beneficiando das suas condições naturais ...  Vento, sol e o hídríco . o futuro estará do nosso lado com o crescente e irreversível desenvolvimento desta indústria e da tecnologia que a suporta.   

PS : recomendo a quem tiver interesse neste tema a ler o relatório do anterior Sec. de Estado da Energia sobre este sector e que quando enfrentou ente poderoso lobbie de ex-políticos e negociantes/intermediários não teve alternativa senão demitir-- se. 


 

Já foi explicado - porque a Alemanha subsidiou mais os painéis solares na Alemanha, e certamente não subsidiaria painéis solares em Portugal ...

E o lobby não foi certamente contra as energias renováveis, terá mais certamente sido a favor das mesmas. E a factura da electricidade é cara devido a essas energias, mesmo se achas que Portugal podia ter mais ainda.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #7301 em: 2014-04-21 15:21:10 »

Se a explicação é esta, não faz qualquer sentido :

"os Alemães jamais se lembrariam de andar a subsidiar as centrais solares "dos outros".

Como referi, as centrais solares que aqui construíssem seriam deles, investimento deles para consumo deles. Como te referi um a central solar no sul de Portugal é fácilmente 10vezes mais competitiva de que uma na Alemanha ou na Holanda, pelo que eles próprios investidores e eles próprios consumidores só beneficiariam com isso.

O objectivo e o racional dos Alemães é subsidiar a indústria, pelo que desde que os painéis sejam de fabrico alemão a localização é um aspecto secundário.

Ao contrário do que referes a produção de energia renovável já é competitiva ( incluo a solar ) ficando a um preço de produção muito variável, mas que pode fácilmente limitar-se a 50% do que a EDP te cobra actualmente. E estou a referir-me a energia sem qualquer tipo de subsídio. E não contabilizo os certificados de carbono.

Acho que o futuro mais próximo do sector da energia terá uma evolução muito expressiva e se conseguirmos abrir o mercado às novas formas de produção e comercialização,  pode ser um grande oportunidade para um pais como Portugal

Já imaginaste o que seria dispores de uns paineis solares ou umas ventoinhas no conforto da tua casa e mandares a EDP e as taxas da REN e da RTP e das autonomias às malvas...

Bom !!!
 
 
 

Johny

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Re: Portugal falido
« Responder #7302 em: 2014-04-21 15:27:35 »
Há um aspecto que vos escapa, Johnny e Incognitus: o sistema electroprodutor na forma clássica está antiquado e tenta sobreviver não obstante estar pressionado para que inove e se modernize. Não faz sentido não dar prioridade à energia renovável. O facto de ser condicionada à intermitência de acesso, significa que é a isso que a  tecnologia anterior tem  de adaptar-se, resolver como adequar-se. Não pode é ficar subsidiada ad eternum! Isso era bom, é o sonho de todos  os rentistas, mas as populações não deixam. E, imagino, estar o sistema electroprodutor todo ligado em rede, para a distribuição continental de energia aos consumidores, menoriza o problema e diminui a necessidade do nuclear.

Não vai ficar ad eternum, como te disse os novos projectos já têm valores diferentes. Um parque eólico tem uma vida útil de 20/25 anos, no limite, findo esse tempo acaba-se a bonificação.

Johny

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Re: Portugal falido
« Responder #7303 em: 2014-04-21 15:32:57 »
Vamos a factos em vez de opiniões?

Relatório de contas da EDP Renováveis referente a 2013

Preço MW Europa 88,7€
Preço MW EUA 48,6$
Preço MW Espanha 80,0€
Preço MW Portugal 99,3€
Preço MW França 90,2€
Preço MW Bélgica 112,0€
Preço MW Polónia 95,6€
Preço MW Roménia 121,1€
Preço MW Itália 137,6€

Alguém quer comentar o preço dos EUA??? :) Farta vilanagem pela Europa fora!

Existem muitas formas de subsidiar, no mesmo relatório que foste buscar a info também encontras:

Citar
Enquadramento regulatório das actividades nos Estados Unidos da América
O Governo Federal dos Estados Unidos e vários Governos Estaduais têm vindo a implementar políticas destinadas a promover as energias renováveis, particularmente a energia eólica. O principal programa de incentivo federal para as energias renováveis é o "Production Tax Credit" (PTC) criado pelo Congresso dos Estados Unidos como parte de EPACT 1992. Adicionalmente, diversos Estados aprovaram a legislação, particularmente sob a forma de “Renewable Portfolio Standards” ("RPS"), que estabelece que a aquisição de uma determinada percentagem de energia consumida seja proveniente de fontes renováveis. Esta legislação é semelhante à Directiva Comunitária relativa à utilização de Energias Renováveis.

Créditos fiscais, não pagam na tarifa, pagam via imposto. Vai dar ao mesmo...ou melhor, na europa pagas em função da electricidade que consumires nos EUA não.

Johny

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Re: Portugal falido
« Responder #7304 em: 2014-04-21 15:50:58 »

Como referi, as centrais solares que aqui construíssem seriam deles, investimento deles para consumo deles.

A energia depois de injectada na rede não sabes de onde vem ou para onde vai. Está injectada na rede, ponto. Mesmo a estimativa que aparece na factura é baseada na produção total no período. É impossível saber que tipo de energia tu consumiste, tu podes ter consumido 100% de energia eléctrica de produção convencional, o teu vizinho 100% de renovável, e se consumirem a mesma quantidade o que vos aparece na factura é que consumiram 50% de cada tipo, é impossível distinguir.
As centrais que aqui construíssem/construíram iam injectar energia na rede e ficar disponível para quem tivesse a usar na altura...não é para consumo deles.


Já imaginaste o que seria dispores de uns paineis solares ou umas ventoinhas no conforto da tua casa e mandares a EDP e as taxas da REN e da RTP e das autonomias às malvas...

Bom !!!
 

Nada te impede de o fazeres. Até podes ganhar dinheiro com isso, tens é de investir primeiro em painéis e/ou outras tecnologias.
Bom, para ser mais preciso. Para ganhares dinheiro (injectar energia que produzes na rede) tens de ter efectivamente um contrato e uma certificação em como o teu equipamento está de acordo com as normas, mas se não quiseres vender penso que não há nada que te impeça de encheres a casa de painéis solares e aerogeradores para consumo próprio. Até podes comprar um gerador para garantir que não ficas sem electricidade se as outras fontes faltarem.

Local

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Re: Portugal falido
« Responder #7305 em: 2014-04-21 16:01:34 »
Citar
Nada te impede de o fazeres. Até podes ganhar dinheiro com isso, tens é de investir primeiro em painéis e/ou outras tecnologias.
Bom, para ser mais preciso. Para ganhares dinheiro (injectar energia que produzes na rede) tens de ter efectivamente um contrato e uma certificação em como o teu equipamento está de acordo com as normas, mas se não quiseres vender penso que não há nada que te impeça de encheres a casa de painéis solares e aerogeradores para consumo próprio. Até podes comprar um gerador para garantir que não ficas sem electricidade se as outras fontes faltarem.

Mas fica muito mais caro que a electricidade convencional, não?
« Última modificação: 2014-04-21 16:01:50 por Local »
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Portugal falido
« Responder #7306 em: 2014-04-21 16:03:17 »
" energia depois de injectada na rede não sabes de onde vem ou para onde vai. Está injectada na rede, ponto. Mesmo a estimativa que aparece na factura é baseada na produção total no período. É impossível saber que tipo de energia tu consumiste, tu podes ter consumido 100% de energia eléctrica de produção convencional, o teu vizinho 100% de renovável, e se consumirem a mesma quantidade o que vos aparece na factura é que consumiram 50% de cada tipo, é impossível distinguir.
As centrais que aqui construíssem/construíram iam injectar energia na rede e ficar disponível para quem tivesse a usar na altura...não é para consumo deles."

A energia é injectada na Rede Eléctrica Europeia e os consumos e transferências de energia entre estados são processados através de transferências estatísticas ... pouco importa se são de facto os alemães a consumir aquela energia em concreto ... o que lhes importa isso sim é o certificado de carbono.

Mandar a EDP às malvas será possível à medida que a tecnologia evoluir ( ex: as baterias ) sendo igualmente muito importante ( decisivo ) a legislação sobre o auto consumo que o Governo tarda em publicar. Creio é que deve ser uma aspiração de qualquer consumidor.

Todos sabemos quão poderoso é o lobbie dos interesses usurários da EDP *...

* ler o relatório sobre o sector eléctrico do anterior Sec. Estado da Energia

 
 

Johny

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Re: Portugal falido
« Responder #7307 em: 2014-04-21 16:20:58 »
Citar
Nada te impede de o fazeres. Até podes ganhar dinheiro com isso, tens é de investir primeiro em painéis e/ou outras tecnologias.
Bom, para ser mais preciso. Para ganhares dinheiro (injectar energia que produzes na rede) tens de ter efectivamente um contrato e uma certificação em como o teu equipamento está de acordo com as normas, mas se não quiseres vender penso que não há nada que te impeça de encheres a casa de painéis solares e aerogeradores para consumo próprio. Até podes comprar um gerador para garantir que não ficas sem electricidade se as outras fontes faltarem.

Mas fica muito mais caro que a electricidade convencional, não?

Sim, entre aquisição e a manutenção, se não venderes energia à rede...não sei se a duração dos equipamentos e os custos de manutenção te deixam atingir o break even. Mas não tenho valores para suportar a opinião.
Até nos microprodutores (caso dos particulares com painéis) se nota o impacto da bonificação da tarifa. À uns anos atrás era bem mais compensatório do que é hoje, pelo preço que era vendida/comprada a energia como pelos benefícios fiscais na aquisição de equipamento.

Local

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Re: Portugal falido
« Responder #7308 em: 2014-04-21 16:27:47 »
Se sem venda de electricidade à rede (que são a preços usurários) não é possivel atingir o breakeven do investimento dos equipamentos, a sua utilização tornaria ainda mais alto o custo da electricidade.

Para mim o mais importante é o preço e a fiabilidade do serviço. Se com a utilização das ventoínhas vêm pedir-me 3 ou 4x mais do que pago hoje, bem que podem ficar com essa energia.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Portugal falido
« Responder #7309 em: 2014-04-21 16:33:33 »
A energia é injectada na Rede Eléctrica Europeia e os consumos e transferências de energia entre estados são processados através de transferências estatísticas ... pouco importa se são de facto os alemães a consumir aquela energia em concreto ... o que lhes importa isso sim é o certificado de carbono.

Mandar a EDP às malvas será possível à medida que a tecnologia evoluir ( ex: as baterias ) sendo igualmente muito importante ( decisivo ) a legislação sobre o auto consumo que o Governo tarda em publicar. Creio é que deve ser uma aspiração de qualquer consumidor.

Todos sabemos quão poderoso é o lobbie dos interesses usurários da EDP *...

* ler o relatório sobre o sector eléctrico do anterior Sec. Estado da Energia


Os alemães têm todo o interesse em que os países do sul invistam, é um maná para eles e não tem a ver com os certificados de carbono...eu também tenho todo o interesse em que 90% da população alemã beba vinho português, ou que compre todos os carros fabricados na autoeuropa.

A EDP, como a Galp, como o café da esquina defendem os seus interesses, não há duvida quanto a isso...mas muito do que se acusa de serem interesses usurários é o reflexo de escolhas politicas. Aqui consegues um detalhe mais aprofundado da tarifa:

http://www.erse.pt/pt/electricidade/tarifaseprecos/precosdeelectricidade/Documents/Nota%20Composi%C3%A7%C3%A3o%20Pre%C3%A7os%20Electricidade%20(CIEG).pdf

Citar
Para um cliente BTN ≤ 20,7 kVA, a componente Energia representa cerca de metade da sua fatura de
eletricidade.
Os CIEG têm um peso de 31%. Destes custos destacam-se o sobrecusto com a produção em regime ordinário
e as rendas pagas aos Municípios.


Os CIEG são quase 1/3 da factura, estes custos são reflexo puro de escolhas politicas.
Nesse detalhe não consta o facto de pagares 23% de IVA e as taxas da RTP.

Johny

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Re: Portugal falido
« Responder #7310 em: 2014-04-21 16:37:09 »
Se sem venda de electricidade à rede (que são a preços usurários) não é possivel atingir o breakeven do investimento dos equipamentos, a sua utilização tornaria ainda mais alto o custo da electricidade.

Para mim o mais importante é o preço e a fiabilidade do serviço. Se com a utilização das ventoínhas vêm pedir-me 3 ou 4x mais do que pago hoje, bem que podem ficar com essa energia.

Como disse, não tenho valores para suportar a opinião...é mais uma opinião pessoal sem "estudos" por trás.

De resto, sim, é a tal questão de opção...ela foi feita e agora está ai o reflexo.

jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #7311 em: 2014-04-21 17:21:38 »
nem de propósito ...

Governo terá de apresentar novos cortes no sector eléctrico ainda este mês

O relatório do FMI sobre a 11ª avaliação a Portugal nota que no domínio da energia “o foco deve estar agora na limitação dos aumentos dos preços”, pelo que o Governo deverá até ao final de Abril apresentar medidas concretas para conseguir novas reduções de custos no sector eléctrico.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/governo_tera_de_apresentar_novos_cortes_no_sector_electrico_ainda_este_mes.html
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #7312 em: 2014-04-21 17:30:59 »
Não percebo porque se imagina que a subsidiação é às renováveis!?

Tanto quanto me apercebo, melhorada que esteja a produção
do equipamento de captura do vento, do sol e da água,
o único subsídio é às centrais termoeléctricas,
a gaz, carvão, gasóleo, porque
têm de parar quando
a energia renovável
debita à rede.

Ora, o problema é das centrais
não da fonte renovável.

Paradas, poupam
no  petróleo e,
na poluição,

que é o que se pretende conseguir
a bem das populações (não é só deixarem de fumar!)


Não vejo por que hajam as centrais convencionais
ser subsidiadas da energia que não produzem;

já mostrei como fazer:

i) alargar o período de reintegração do equipamento;
ii) diminuírem os lucros; (cobrarem só pela  energia que produzem e não pela que não produzem);
iii) desmobilizarem as centrais desnecessárias;
iv) ligarem Portugal e Espanha à rede europeia;
v) Portugal e Espanha, em contrapartida, aceitarem diminuir a sua dívida externa! :)


post-scriptum:- E não é aceitável que se haja de pagar "a disponibilidade" das centrais de desatarem a funcionar quando se tornam necessárias! Pois que queriam? Produzir quando ninguém lhes quer comprar o que produzem? E se argumentarem que a rede de distribuição é das centrais, ou que os proprietários da rede não se importam de onde vem a energia o que querem é vendê-la! Porque é facilíssimo "internacionalizar-europeizar-expropriar" a rede e passar-se a comprar quando se quiser das renováveis e das poluentes.



 
« Última modificação: 2014-04-21 17:43:40 por vbm »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #7313 em: 2014-04-21 17:35:21 »

Se a explicação é esta, não faz qualquer sentido :

"os Alemães jamais se lembrariam de andar a subsidiar as centrais solares "dos outros".

Como referi, as centrais solares que aqui construíssem seriam deles, investimento deles para consumo deles. Como te referi um a central solar no sul de Portugal é fácilmente 10vezes mais competitiva de que uma na Alemanha ou na Holanda, pelo que eles próprios investidores e eles próprios consumidores só beneficiariam com isso.

O objectivo e o racional dos Alemães é subsidiar a indústria, pelo que desde que os painéis sejam de fabrico alemão a localização é um aspecto secundário.

Ao contrário do que referes a produção de energia renovável já é competitiva ( incluo a solar ) ficando a um preço de produção muito variável, mas que pode fácilmente limitar-se a 50% do que a EDP te cobra actualmente. E estou a referir-me a energia sem qualquer tipo de subsídio. E não contabilizo os certificados de carbono.

Acho que o futuro mais próximo do sector da energia terá uma evolução muito expressiva e se conseguirmos abrir o mercado às novas formas de produção e comercialização,  pode ser um grande oportunidade para um pais como Portugal

Já imaginaste o que seria dispores de uns paineis solares ou umas ventoinhas no conforto da tua casa e mandares a EDP e as taxas da REN e da RTP e das autonomias às malvas...

Bom !!!
 
 
 

Ser 10 vezes mais competitiva é irrelevante quando a viabilidade económica só existe devido aos subsídios.
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Re: Portugal falido
« Responder #7314 em: 2014-04-21 17:40:27 »
Não percebo porque se imagina que a subsidiação é às renováveis!?


Ora, o problema é das centrais
não da fonte renovável.

Paradas, poupam
no  petróleo e,
na poluição,

que é o que se pretende conseguir
a bem das populações (não é só deixarem de fumar!)


Não vejo por que hajam as centrais convencionais
ser subsidiadas da energia que não produzem;


Mas quem é que investe dezenas/centenas de milhões de euros numa central para ela estar parada e não obter retorno?
Quem diz parada, diz a meio gás...que ainda é pior...qualquer engenheiro te explica que as máquinas são feitas para estarem a trabalhar num determinado regime, são muito mais eficientes. Quando foges a essa produção óptima estás a agravar os custos de manutenção e de operação.

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Re: Portugal falido
« Responder #7315 em: 2014-04-21 17:41:04 »
Não percebo porque se imagina que a subsidiação é às renováveis!?

Tanto quanto me apercebo, melhorada que esteja a produção
do equipamento de captura do vento, do sol e da água,
o único subsídio é às centrais termoeléctricas,
a gaz, carvão, gasóleo, porque
têm de parar quando
a energia renovável
debita à rede.

Ora, o problema é das centrais
não da fonte renovável.

Paradas, poupam
no  petróleo e,
na poluição,

que é o que se pretende conseguir
a bem das populações (não é só deixarem de fumar!)


Não vejo por que hajam as centrais convencionais
ser subsidiadas da energia que não produzem;

já mostrei como fazer:

i) alargar o período de reintegração do equipamento;
ii) diminuírem os lucros; (cobrarem só pela  energia que produzem e não pela que não produzem);
iii) desmobilizarem as centrais desnecessárias;
iv) ligarem Portugal e Espanha à rede europeia;
v) Portugal e Espanha, em contrapartida, aceitarem diminuir a sua dívida externa! :)


post-scriptum:- E não é aceitável que se haja de pagar "a disponibilidade" das centrais de desatarem a funcionar quando se tornam necessárias! Pois que queriam? Produzir quando ninguém lhes quer comprar o que produzem? E se argumentarem que a rede de distribuição é das centrais, ou que os proprietários da rede não se importam de onde vem a energia oque querem é vendê-la! Porque é facilíssimo "internacionalizar-europeizar-expropriar" a rede e passar-se a comprar quando se quiser das renováveis e das poluentes.

Vbm, não devias ter opiniões tão vincadas em assuntos que não conheces.

Os subsídios em Portugal são via as tarifas que são pagas pela electricidade "renovável". Essas tarifas chegam a ser várias vezes mais elevadas do que as suportadas pelos consumidores, particularmente no caso da energia solar. E essas tarifas inflaccionam as contas dos consumidores.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #7316 em: 2014-04-21 17:49:44 »

Mas quem é que investe dezenas/centenas de milhões de euros numa central para ela estar parada e não obter retorno?
Quem diz parada, diz a meio gás...que ainda é pior...qualquer engenheiro te explica que as máquinas são feitas para estarem a trabalhar num determinado regime, são muito mais eficientes. Quando foges a essa produção óptima estás a agravar os custos de manutenção e de operação.


Azares do negócio.
As que não aguentem que fechem, abram falência.
As entidades públicas comprá-las-ão por preço módico
e activá-las-ão a operar apenas quando necessário.

E há pelo menos um pequeno detalhe que deve ficar claro:
o subsídio é às centrais, não tem nada a ver com as renováveis;
as quais os governos lúcidos percebem na perfeição convir-lhes dar prioridade.
« Última modificação: 2014-04-21 17:51:26 por vbm »

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Re: Portugal falido
« Responder #7317 em: 2014-04-21 18:02:16 »
Vbm, não devias ter opiniões tão vincadas em assuntos que não conheces.

Os subsídios em Portugal são via as tarifas que são pagas pela electricidade "renovável". Essas tarifas chegam a ser várias vezes mais elevadas do que as suportadas pelos consumidores, particularmente no caso da energia solar. E essas tarifas inflaccionam as contas dos consumidores.

Incognitus,

eu tenho consciência das minhas limitações "gnoseológicas" e intelectuais, também. A retórica assertiva é mais para convidar ao "despertar" do que a afirmar certezas. Mas, de facto, pela resposta acima ao Johny, a mim parece-me, francamente, que os governos podem e devem propor-se prioridades, e os interesses estabelecidos devem inclinar-se ao interesse colectivo do preferível bem comum. Não é uma nem duas vezes, é muitas vezes que os negócios sofrem revezes por não serem congruentes com os interesses mais sérios das populações. [Olha o Bill Gates, se não ganhou imenso dinheiro porque produziu utilidade às populações! E continua a olhá-lo e verás, se não vai começar a perder dinheiro assim que os seus produtos começarem a ser mais nocivos do que benéficos, mesmo que comece abaixar drasticamente os preços.]

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #7318 em: 2014-04-21 18:02:59 »

Mas quem é que investe dezenas/centenas de milhões de euros numa central para ela estar parada e não obter retorno?
Quem diz parada, diz a meio gás...que ainda é pior...qualquer engenheiro te explica que as máquinas são feitas para estarem a trabalhar num determinado regime, são muito mais eficientes. Quando foges a essa produção óptima estás a agravar os custos de manutenção e de operação.


Azares do negócio.
As que não aguentem que fechem, abram falência.
As entidades públicas comprá-las-ão por preço módico
e activá-las-ão a operar apenas quando necessário.

E há pelo menos um pequeno detalhe que deve ficar claro:
o subsídio é às centrais, não tem nada a ver com as renováveis;
as quais os governos lúcidos percebem na perfeição convir-lhes dar prioridade.

Bem, para começar o problema não é só das existentes fecharem, mas também de ninguém criar novas.

E depois mesmo que falissem as existentes como dizes, com o Estado a geri-las depois não penses que tinhas energia mais barata. Basta olhares para uma RTP ou TAP para saberes que isso não acontece necessariamente. Tens a SIC e TVI de borla, mas a RTP:
* Deve ter mais trabalhadores e custos que as duas juntas;
* Cobra-te uma taxa na conta da electricidade e ainda pode ciclicamente ir ao orçamento de Estado ...
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Re: Portugal falido
« Responder #7319 em: 2014-04-21 18:12:40 »

Num futuro de curto prazo não faltarão investidores em centrais de produção de energia, em Portugal e para a energia solar.

O que falta ao sector da energia são SIC´s e TVI´s , produtores diversos de audiovisuais, internets e afins .... quando isso suceder e a directiva europeia já o prevê,  o sector da  energia terá uma grande clarificação que tornará obsoleto o actual contexto.