Quanto à emigração dos médicos, concordo com o zenith e acrescento que isso não é emigração por necessidade.
No caso dos médicos, como nas restantes profissões, eu acho que o principal motivo de saída (excluindo a necessidade e a vontade de ter números bonitos na conta) é a vontade de escapar desta realidade tosca.
Imaginem que com o vosso esforço conseguem entrar no curso mas concorrido do país e a gratificação que daí advém. Agora imaginem que trabalham nesse rumo mais 6/8/10 anos da vossa vida e que depois percebem que o vosso o esforço pessoal deixa de importar... Que a partir daí as vossas opções profissionais são definidas por um governo, ministérios, entidades regionais que não têm interesse em aumentar a vossa liberdade de escolha ou oportunidades. Como deixa de haver opções as relações de trabalho tornam-se abusivas/desagradáveis.
Agora imaginem que são pessoas com vontade de crescer profissionalmente, que querem fazer as vossas próprias escolhas e que podem ter uma vida melhor noutro país... vão passar os dias a arranjar razões para ficar cá.
Já agora, a vida no outro país passa muitas vezes por: ganhar mais, trabalhar menos e mais oportunidade de crescer profissionalmente.
Como extra ainda podem ter melhores sistemas fiscais, justiça, estabilidade social, etc.