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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3509002 vezes)

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #10360 em: 2015-06-23 21:25:09 »
Mas pode fazer sentido.

PPC queria ser cantor lírico, não o deixaram e deu no deu. Mais valia ter construido uma opera em Freixo de Espada à Cinta ou Viana do Alentejo.

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Esses bailarinos podiam ser PPCs em potência e vale a pena pagar 1.2 milhoes para os afastar da politica  ;D
« Última modificação: 2015-06-23 21:25:37 por Zenith »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #10361 em: 2015-06-23 22:23:07 »
Se o PPC fosse PM disto 10 anos, o país iria convergir mais para a média Europeia do que com qualquer alternativa que consigam esgalhar.

Isto apesar de também parecer cercado de vampiros colectivistas.
« Última modificação: 2015-06-23 22:23:40 por Incognitus »
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Re: Portugal falido
« Responder #10362 em: 2015-06-24 00:01:07 »
....interessante......depois do leite e das vacas......agora os peixes e os pinguins......eh.eh....


Citar
Oceanário de Lisboa adjudicado à família Soares dos Santos

Concessão à sociedade Francisco Manuel dos Santos será por 30 anos. Estado arrecada 24 milhões de euros.

23-06-2015 20:30 R.R.

O Oceanário de Lisboa vai passar a ser gerido pela sociedade Francisco Manuel dos Santos. Esta holding da família Soares dos Santos, detentora da maioria do capital do Jerónimo Martins, é conhecida sobretudo pelos supermercados Pingo Doce.

Ao que a Renascença sabe, a adjudicação será feita pelo valor de 24 milhões de euros. Segundo fonte ligada ao processo, a escolha entre os cinco candidatos está feita e vai agora para aprovação pelo Conselho de Ministros e pela Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (Utam).

A operação passa pela concessão das actividades de serviço público de exploração e administração do Oceanário à sociedade Oceanário de Lisboa. No fundo, a alienação das acções representativas da totalidade do capital social da Oceanário de Lisboa, S.A., será adjudicada à sociedade da Francisco Manuel dos Santos por 24 milhões de euros.

A esse valor acresce ainda 10 milhões de euros pela concessão e uma renda anual de 1 milhão e 300 mil euros, mais 5% das receitas anuais.

Terá também de ser criado um fundo para a conservação dos oceanos, que se estima venha a ultrapassar os seis milhões de euros nos primeiros cinco anos. Para esse fundo serão canalizados todos os excedentes de operação do próprio oceanário (após pagamento de custos, rendas ao Estado, cumprimento do serviço da divida e pagamento de impostos).

O preço dos bilhetes não consta do contrato, pelo que podem ser alterados pela empresa concessionária, que também fica com a responsabilidade dos trabalhadores. Os animais continuam a ser propriedade do Estado. 

A holding da família Soares dos Santos é também responsável pela criação da Fundação Francisco Manuel dos Santos, destinada a promover o aprofundamento do conhecimento da realidade portuguesa, sendo promotora de projectos como a Pordata, uma base de dados sobre vários indicadores da sociedade.

O Governo tinha recebido cinco candidaturas à concessão do Oceanário. Além da sociedade da família Soares dos Santos, apresentaram-se a concordo a Mundo Aquático (dona do Zoomarin), os espanhóis da Aspro Parks (que têm o Aqualand Algarve), os franceses da Compagnie des Alpes (donos do Parc Astérix) e os espanhóis da Parques Reunidos.

O Oceanário de Lisboa foi transferido da Parque Expo para o Estado por 54,2 milhões de euros no âmbito do plano de extinção da sociedade gestora dos equipamentos da Expo 98.

No ano passado, o Oceanário gerou quase 1,5 milhões de euros. O Orçamento do Estado para este ano prevê a concessão do oceanário por 40 milhões de euros.


.....é o que se pode apelidar de uma "família eclética".......interessante......não ? :-X
« Última modificação: 2015-06-24 00:01:34 por Batman »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #10363 em: 2015-06-24 00:03:43 »
Mais interessante é estarem essas coisas todas a ser geridas pelo Estado ...
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #10364 em: 2015-06-24 08:25:51 »
Esses bailarinos podiam ser PPCs em potência e vale a pena pagar 1.2 milhoes para os afastar da politica  ;D

Zenith, confessa lá. Aquele ali atrás do cartaz és tu, não és ?  :D


Tridion

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Re: Portugal falido
« Responder #10365 em: 2015-06-24 09:18:19 »
Mais interessante é estarem essas coisas todas a ser geridas pelo Estado ...

É verdade, mas a concessão ao dono do Pingo Doce não parece óbvia quando existiam outros concorrentes com mais experiência na actividade.

Mas pode ter sido o preço a decidir tudo ou então só o compadrio, porque há mais de 2 meses que li no twitter que a concessão ia ser entregue à Fundação.


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Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #10366 em: 2015-06-24 10:22:28 »
Esses bailarinos podiam ser PPCs em potência e vale a pena pagar 1.2 milhoes para os afastar da politica  ;D

Zenith, confessa lá. Aquele ali atrás do cartaz és tu, não és ?  :D




Houve uma altura em que o director da prisão não o queria deixar usar  a camisola do Benfica, e então lá tive de ir mostrar a minha indignação. Como podes ver o "estamos sempre contigo" está a encarnado, os cravos são encarnados as cores do glorioso  ;D

« Última modificação: 2015-06-24 10:25:15 por Zenith »

Deus Menor

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Re: Portugal falido
« Responder #10367 em: 2015-06-24 14:16:27 »

Faz sentido a Família Soares dos Santos estar interessada no Oceanário:

- Instituição de referência em Portugal
- possibilidade de promoção cruzada no grupo
- os desperdícios do Pingo Doce são suficientes para alimentar o Oceanário
- acredito que venha a existir novidades na eficiência e geração de Energia,
nos consumos de água e pessoal.

Tridion

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Re: Portugal falido
« Responder #10368 em: 2015-06-24 18:47:06 »

Faz sentido a Família Soares dos Santos estar interessada no Oceanário:

- Instituição de referência em Portugal
- possibilidade de promoção cruzada no grupo
- os desperdícios do Pingo Doce são suficientes para alimentar o Oceanário
- acredito que venha a existir novidades na eficiência e geração de Energia,
nos consumos de água e pessoal.

E quando houver cavala a mais no tanque, uma promoção a incluir no "Esta Semana"...  ;D
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Lark

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Re: Portugal falido
« Responder #10369 em: 2015-06-25 14:41:51 »
Mais interessante é estarem essas coisas todas a ser geridas pelo Estado ...

o oceanário? é estranho que tenha vindo a ser gerido pelo estado? é algo ao nível de um museu em status e muito mais interessante. e estava sempre cheio, não sei se dava ou não lucro mas diria que sim.

o papel que desmpenhava para os miúdos era insubstituível. todos foram ao  oceanáriao em alguma altura da vida e adoraram.
era didáctico e ara um ponto de exposição e demonstração da ciência portuguesa no seu melhor.
foi construído para expo98 - com dinheiros do estado e não sei se alguma vez deixou de ser directamente administrado pelo estado ao contrário do resto da expo que passou para a parque expo.
era um centro de R&D em biologia marítima e formou montes de técnicos que seguiram para criar negócios na área da aqualcultura. tinham um turnover muito grande precisamente por isso. os técnicos eram requisitados para todo o mundo. o que vale é conseguiram montar um sistema de transmissão de conhecimento e acolhimento dos novos investigadores com enorme sucesso.

se há alguma coisa que pode orgulhar o estado, sendo proprietário, é oceanário.

sendo privado, não há garantia que  continue a ser um centro de R&D da biologia marítima nacional.
não é que desconfie do soares dos santos pelo qual tenho alguma admiração e confiança.

é o facto de o R&D em biologia marítima, não ser a missão de uma empresa privada de distribuição.
O R&D em biologia marítima é estratégico para portugal, dada a nossa enorme zona económica exclusiva.

Não me repugnava nada que continuasse na alçada do estado e da faculdade de ciências.

Só posso encontrar justificação para a privatização pela necessidade de gerar fundos para a gestão da dívida.
mas parece-me um fraco encaixe para algo com tão grande importância estratégica na ciência portuguesa.

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« Última modificação: 2015-06-25 14:44:32 por Lark »
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Re: Portugal falido
« Responder #10370 em: 2015-06-25 14:46:04 »
Mil pequenos encaixes dão um encaixe gigante.

E pelo menos agora aquilo será gerido como tendo um dono (mesmo não o sendo, pois é uma concessão), o que é importante para a coisa não se encher de vícios como acontece na maior parte das entidades Estatais (mas não todas).
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Re: Portugal falido
« Responder #10371 em: 2015-06-25 15:18:59 »
Mil pequenos encaixes dão um encaixe gigante.

E pelo menos agora aquilo será gerido como tendo um dono (mesmo não o sendo, pois é uma concessão), o que é importante para a coisa não se encher de vícios como acontece na maior parte das entidades Estatais (mas não todas).


leste o que eu escrevi? era e é um centro de excelência de R&D em biologia marítima em Portugal.
está a funcionar, sendo um centro de excelência, há 17 anos.

não é importante uma coisa como aquela, um centro de excelência em investigação e dinamização do saber o do investimento nas actividades marítimas pertencer ao público?

os dividendos daquilo são enormes para o país. a nível científico e económico.
passando a ser um mero aquário em tamanha grande, com optimização de custos de pessoal e investigação, poderá ficar a funcionar com funcionários menores e os investigadores vão-se todos embora.
perde-se um valor enorme para o país e dá-se a ganhar uns trocos ao soares dos santos?

esta é a privatização mais estúpida de todas, não é concerteza um exemplo da reestruturação e emagrecimento do estado.

não é um tiro no pé. é uma gatling a disparar um carregador de 4400 munições para os dois pés.

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Re: Portugal falido
« Responder #10372 em: 2015-06-25 15:23:25 »
Não sei se será um centro de excelência de R&D, etc. Consegues nomear efeitos práticos e mensuráveis de tal coisa ou é apenas uma opinião?

A única coisa que posso dizer sobre essa área é que recomendei a uma pessoa aqui do fórum que mudasse de ramo e usasse o seu conhecimento aí adquirido (nessa área, não no Oceanário) para procurar trabalho em exploração petrolífera. Não sei se por sua iniciativa própria ou se por levar em conta essa minha opinião, a verdade é que o fez.

Igualmente na minha família existe quem tenha passado dessa área para uma área mais concreta ligada a certificações e monitorização ambiental.

O R&D sem objectivos concretos tem um potencial muito elevado para se tornar num desperdicio de recursos. Particularmente para um país pequeno como Portugal, que pode nas questões concretas parasitar o R&D dos outros.
« Última modificação: 2015-06-25 15:23:55 por Incognitus »
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Re: Portugal falido
« Responder #10373 em: 2015-06-25 15:33:40 »
Não sei se será um centro de excelência de R&D, etc. Consegues nomear efeitos práticos e mensuráveis de tal coisa ou é apenas uma opinião?

A única coisa que posso dizer sobre essa área é que recomendei a uma pessoa aqui do fórum que mudasse de ramo e usasse o seu conhecimento aí adquirido (nessa área, não no Oceanário) para procurar trabalho em exploração petrolífera. Não sei se por sua iniciativa própria ou se por levar em conta essa minha opinião, a verdade é que o fez.

Igualmente na minha família existe quem tenha passado dessa área para uma área mais concreta ligada a certificações e monitorização ambiental.

O R&D sem objectivos concretos tem um potencial muito elevado para se tornar num desperdicio de recursos. Particularmente para um país pequeno como Portugal, que pode nas questões concretas parasitar o R&D dos outros.

é uma opinião generalizada na área dos biólogos marítimos, dos quais por puro acaso conheço uns poucos. daí ter escrito tão assertivamente.
os técnicos e investigadores têm emprego garantido em todo o mundo na área da aquacultura.
se a aquacultura e a biologia marítima em geral não é um sector estratégico em Portugal, então não sei o que é um sector estratégico.

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Re: Portugal falido
« Responder #10374 em: 2015-06-25 15:35:52 »
é que esta privatização é precsiamente o tipo de privatização errada.
é tão estúpida que o que faz é pôr em causa todo o processo de privatizações.

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Re: Portugal falido
« Responder #10375 em: 2015-06-25 15:45:56 »
Não sei se será um centro de excelência de R&D, etc. Consegues nomear efeitos práticos e mensuráveis de tal coisa ou é apenas uma opinião?

A única coisa que posso dizer sobre essa área é que recomendei a uma pessoa aqui do fórum que mudasse de ramo e usasse o seu conhecimento aí adquirido (nessa área, não no Oceanário) para procurar trabalho em exploração petrolífera. Não sei se por sua iniciativa própria ou se por levar em conta essa minha opinião, a verdade é que o fez.

Igualmente na minha família existe quem tenha passado dessa área para uma área mais concreta ligada a certificações e monitorização ambiental.

O R&D sem objectivos concretos tem um potencial muito elevado para se tornar num desperdicio de recursos. Particularmente para um país pequeno como Portugal, que pode nas questões concretas parasitar o R&D dos outros.

é uma opinião generalizada na área dos biólogos marítimos, dos quais por puro acaso conheço uns poucos. daí ter escrito tão assertivamente.
os técnicos e investigadores têm emprego garantido em todo o mundo na área da aquacultura.
se a aquacultura e a biologia marítima em geral não é um sector estratégico em Portugal, então não sei o que é um sector estratégico.

L

Bem, repara, AÍ não seria de esperar outra coisa. É como perguntares a um cabeleireiro se precisas de um corte de cabelo.

O que eu estou a pedir é uma lista de efeitos práticos e mensuráveis, de resultados palpáveis, que tenham ajudado a população Portuguesa em excesso do custo envolvido.

E escolher "sectores estratégicos" já é um problema em si próprio. É não compreender que a ideia de escolher o que tem que ser feito não deve ser feita de cima para baixo (a probabilidade de acertar é ínfima, os recursos por tentativa são grandes) e sim de baixo para cima (a probabilidade de acertar por tentativa CONTINUA a ser ínfima, mas os recursos em cada tentativa são poucos e são feitas um número incrível de tentativas -- tornando a probabilidade geral de acertar muito mais elevada).

A forma correcta de abordar isto é criar condições para que fazer tentativas seja mais atraente. Baixar custos, burocracias (tempo e custos), barreiras (licenças), etc. E deixar as pessoas tentar. E reduzir a diferença de risco entre trabalhar para outrém ou tentar o próprio (quer reduzindo as protecções para quem trabalha para outrém, quer retirando as penalizações a quem tenta e falha). E por aí em diante.

--------

Note-se, o Estado meter dinheiro em infraestrutura que possa ter muitos usos também é uma boa ideia.
« Última modificação: 2015-06-25 15:50:21 por Incognitus »
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Re: Portugal falido
« Responder #10376 em: 2015-06-25 15:56:19 »
Não sei se será um centro de excelência de R&D, etc. Consegues nomear efeitos práticos e mensuráveis de tal coisa ou é apenas uma opinião?

A única coisa que posso dizer sobre essa área é que recomendei a uma pessoa aqui do fórum que mudasse de ramo e usasse o seu conhecimento aí adquirido (nessa área, não no Oceanário) para procurar trabalho em exploração petrolífera. Não sei se por sua iniciativa própria ou se por levar em conta essa minha opinião, a verdade é que o fez.

Igualmente na minha família existe quem tenha passado dessa área para uma área mais concreta ligada a certificações e monitorização ambiental.

O R&D sem objectivos concretos tem um potencial muito elevado para se tornar num desperdicio de recursos. Particularmente para um país pequeno como Portugal, que pode nas questões concretas parasitar o R&D dos outros.

é uma opinião generalizada na área dos biólogos marítimos, dos quais por puro acaso conheço uns poucos. daí ter escrito tão assertivamente.
os técnicos e investigadores têm emprego garantido em todo o mundo na área da aquacultura.
se a aquacultura e a biologia marítima em geral não é um sector estratégico em Portugal, então não sei o que é um sector estratégico.

L

Bem, repara, AÍ não seria de esperar outra coisa. É como perguntares a um cabeleireiro se precisas de um corte de cabelo.

O que eu estou a pedir é uma lista de efeitos práticos e mensuráveis, de resultados palpáveis, que tenham ajudado a população Portuguesa em excesso do custo envolvido.

E escolher "sectores estratégicos" já é um problema em si próprio. É não compreender que a ideia de escolher o que tem que ser feito não deve ser feita de cima para baixo (a probabilidade de acertar é ínfima, os recursos por tentativa são grandes) e sim de baixo para cima (a probabilidade de acertar por tentativa CONTINUA a ser ínfima, mas os recursos em cada tentativa são poucos e são feitas um número incrível de tentativas -- tornando a probabilidade geral de acertar muito mais elevada).

A forma correcta de abordar isto é criar condições para que fazer tentativas seja mais atraente. Baixar custos, burocracias (tempo e custos), barreiras (licenças), etc. E deixar as pessoas tentar. E reduzir a diferença de risco entre trabalhar para outrém ou tentar o próprio (quer reduzindo as protecções para quem trabalha para outrém, quer retirando as penalizações a quem tenta e falha). E por aí em diante.

neste caso o ser estratégico não é rocket science. os stocks de peixe do oceano estão a esgotar-se.
se quisermos continuar a comer paixe vai ser de aquacultura. é um no-brainer.

não é necessário expôr a questão ao todo poderoso mercado para que ele pick and choose as actividades profícuas.
a aquacultura já é uma actividade em expansão e com boas margens. o mercado já escolheu, claramente.

para sermos competitivos e inovadores precisamos de R&D.
os empresários de aquacultura dão emprego aos licenciados em biologia. mas não lhe dão condições financeiras para R&D.
não é o negócio deles. nem o do soares dos santos.
só mesmo o estado ou então kaput R&D.

quanto a dados mensuráveis, não tenho e duvido que alguém tenha.
era preciso uma equipa de economistas a trabalhar um par de anos, a atar as pontas entre a faculdade de ciências - oceanário - empresas de aquacultura, a calcular o impacto económico que o facto de ter trabalhado no oceanário trouxe à aquacultura portuguesa etc.

devias ter pensado um pouco nisso em vez de pedires algo que pensando um pouco sabes que será muito pouco provável existir.

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Re: Portugal falido
« Responder #10377 em: 2015-06-25 15:59:54 »
Se o mercado já escolheu então essas pessoas que trabalhem para essas empresas. Não é função do Estado aliviar empresas específicas de custos da sua própria actividade.

------

Sobre coisas específicas, dir-se-ia que para existirem algumas elas seriam visíveis e facilmente identificáveis.

Em todo o caso eu não tenho um cão nesta corrida. Só alerto que existem muitos lobbies onde menos se espera, e a R&D de que falas não é diferente. Toda a gente quer recursos dos outros mesmo quando estes não lhes os entregam voluntariamente. Tens que pensar que mais do que o desenvolvimento, é importante é que as pessoas vivam as suas vidas em função de como escolheram vivê-las, não em função dos interesses de terceiros, por muitos "bons motivos" que te pareçam existir para tirar de uns e dar a outros.
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Re: Portugal falido
« Responder #10378 em: 2015-06-25 16:19:41 »
Se o mercado já escolheu então essas pessoas que trabalhem para essas empresas. Não é função do Estado aliviar empresas específicas de custos da sua própria actividade.

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Sobre coisas específicas, dir-se-ia que para existirem algumas elas seriam visíveis e facilmente identificáveis.

Em todo o caso eu não tenho um cão nesta corrida. Só alerto que existem muitos lobbies onde menos se espera, e a R&D de que falas não é diferente. Toda a gente quer recursos dos outros mesmo quando estes não lhes os entregam voluntariamente. Tens que pensar que mais do que o desenvolvimento, é importante é que as pessoas vivam as suas vidas em função de como escolheram vivê-las, não em função dos interesses de terceiros, por muitos "bons motivos" que te pareçam existir para tirar de uns e dar a outros.

ora bolas...
então não estás farto de dizer que o que é inteligente é subsidiar actividades lucrativas? aqui não se aplica?
e aqui o subsídio é até negativo. o ocenário até dá lucro suficiente para manter o R&D que lá se faz.

e é função do estado em muitas áreas ser pioneiro no investimento como está mais que provado com o solar - do qual nunca vi os críticos retratarem-se.
não aqui, aqui não é lugar para retratações, mas em geral na imprensa  e nos outros meios de comunicação.

a exploração espacial
e tanta coisas mais.

está foi uma coisa estúpida de se fazer.
em todos os aspectos.

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Re: Portugal falido
« Responder #10379 em: 2015-06-25 16:47:43 »
Se o mercado já escolheu então essas pessoas que trabalhem para essas empresas. Não é função do Estado aliviar empresas específicas de custos da sua própria actividade.

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Sobre coisas específicas, dir-se-ia que para existirem algumas elas seriam visíveis e facilmente identificáveis.

Em todo o caso eu não tenho um cão nesta corrida. Só alerto que existem muitos lobbies onde menos se espera, e a R&D de que falas não é diferente. Toda a gente quer recursos dos outros mesmo quando estes não lhes os entregam voluntariamente. Tens que pensar que mais do que o desenvolvimento, é importante é que as pessoas vivam as suas vidas em função de como escolheram vivê-las, não em função dos interesses de terceiros, por muitos "bons motivos" que te pareçam existir para tirar de uns e dar a outros.

ora bolas...
então não estás farto de dizer que o que é inteligente é subsidiar actividades lucrativas? aqui não se aplica?
e aqui o subsídio é até negativo. o ocenário até dá lucro suficiente para manter o R&D que lá se faz.

e é função do estado em muitas áreas ser pioneiro no investimento como está mais que provado com o solar - do qual nunca vi os críticos retratarem-se.
não aqui, aqui não é lugar para retratações, mas em geral na imprensa  e nos outros meios de comunicação.

a exploração espacial
e tanta coisas mais.

está foi uma coisa estúpida de se fazer.
em todos os aspectos.

L

A se subsidiarem actividades, seria de subsidiar actividades lucrativas, sim.

Mas tu não estás a dizer que uma actividade lucrativa seja subsidiada. Estás sim a dizer que a R&D seja subsidiada. Subsidiar uma actividade lucrativa seria subsidiar directamente uma empresa lucrativa, não algo que achamos que vai ajudar a empresa.

Porquê? Porque logo nasceriam mil "bons motivos" de actividades que "iriam ajudar".

Tu não viste ainda como funcionam os "bons motivos", Lark. Quando interiorizares isso vais compreender. Tudo o que não seja directo é esquecer, ou não consegues evitar a arbitrariedade.

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Sim, o Estado pode ser pioneiro em muita coisa, mas aqui também não é o caso.
« Última modificação: 2015-06-25 16:48:35 por Incognitus »
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