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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3508298 vezes)

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Re: Portugal falido
« Responder #4300 em: 2013-08-02 23:55:26 »
Sim, é PSD, mas foi nomeado pelo PS e não conseguiu travar a tralha socialista. Eram os socialistas que mandavam na Caixa, e já estavam a ramificar para o BCP. Mais uns tempos e destruíam os dois bancos.

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #4301 em: 2013-08-03 00:01:57 »
Mas pelos vistos não se demitiu

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #4302 em: 2013-08-03 00:22:37 »
eu entao acho que os problemas na caixa geral sao culpa dos professores, dos reformados e do PCP

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Re: Portugal falido
« Responder #4303 em: 2013-08-03 00:32:37 »
O salário base bruto de Presidente da CGD era mais de 370 mil euros anuais...

Vanilla-Swap

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Re: Portugal falido
« Responder #4305 em: 2013-08-03 18:01:59 »
Correia de Campos diz que privados não têm competência para gerir hospitais SNS

"A lógica da gestão privada é poupar o máximo possível, fazer o máximo número de actos possíveis, com boa ou má qualidade, desde que não se note.”

kitano

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Re: Portugal falido
« Responder #4306 em: 2013-08-03 18:54:35 »
Não faz sentido esse argumento.

Os hospitais EPE tambem recebem por cada acto praticado...o incentivo é o mesmo da gestão privada.

Por oposição as ULS, que recebem um valor fixo por habitante, não teriam então qualquer incentivo para trabalhar.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #4307 em: 2013-08-03 20:51:37 »
os aldraboes dos politicos: o governo agora diz que para o orcamento so corta metade do acordado com a troika

mas a seguir as eleicoes veremos o que vao dizer

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Re: Portugal falido
« Responder #4308 em: 2013-08-03 21:02:20 »
A gestão dos hospitais EPE também é má porque funciona na mesma lógica da privada, à peça. Aqui há dias neste tópico falei do mau exemplo dos EUA, onde os pacientes são sujeitos a intervenções desnecessárias apenas com o objectivo de aumentar a facturação. Isto é muito grave.

As USF são muito aclamadas mas eu não tenho tantas certezas dos seus méritos. O tempo irá dar-me ou não razão. Funcionam na lógica dos hospitais EPE, e o que parece acontecer é que os pacientes são sujeitos a consultas desnecessárias. Optam por um sistema de consultas frequentes com curta duração, 10 minutos, levando a que o paciente marque mais consultas. Alegadamente há casos em que são os médicos que sugerem uma consulta trimestral de 10 minutos.

Se o paciente se queixar que o tempo da consulta é curto, o médico sugere que apresente apenas um caso em cada consulta. O trabalho à peça é assim, e julgo que não está estipulado, se estiver corrijam-me por favor, o tempo de consulta. O médico e a USF tanto recebe por uma consulta de 10, 20 ou 30 minutos. É necessário por ordem nisto.

Nos hospitais EPE a lógica é a mesma, há os campeões no número de cirurgias e de consultas. Isto à primeira vista pode parecer positivo, mas dessas intervenções quantas são desnecessárias? Acha-se lógico que o Estado pague o valor de uma consulta externa de especialidade num hospital EPE que tem a duração de 5 ou 10 minutos?

As EPE na saúde são um meio caminho para a privatização dos serviços, e não está a correr bem, demonstra-o o último relatório do Tribunal de Contas sobre o sector.

Neste aspecto dou razão ao BE quando diz que "a saúde não é um negócio". O sector da saúde privada em Portugal está a crescer a dois dígitos ao ano. O volume de negócios de alguns, como lhe chamam, cresce acima de 100% ao ano e deve-se segundo dizem à "melhoria em todas as linhas de produção", internamentos, cirurgias e consultas. Este palavreado não é adequado quando se fala da saúde das pessoas.

No meu entender os serviços de saúde são um bem da sociedade que deve ser mantido e custeado essencialmente por ela, incluindo a investigação de novos medicamentos. Os interesses de  privados são opostos aos dos doentes e do Estado, e por isso não se lhes pode entregar o sector.

Nos medicamentos, a investigação e desenvolvimento de novas moléculas deverá ser essencialmente suportada pelo estado e pelas associações de doentes. Às farmacêuticas privadas deve caber-lhe apenas a função de produzir os medicamentos em ambiente competitivo.

Faça-se o exercício de pensar porque praticamente todas as doenças estão diagnosticadas e quase nenhuma tem cura, embora sejam tratáveis? Às farmacêuticas não interessa curar doenças e por isso o foco da sua investigação nunca estará aí.
« Última modificação: 2013-08-03 21:07:33 por Visitante »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #4309 em: 2013-08-03 21:32:13 »
Não faz sentido esse argumento.

Os hospitais EPE tambem recebem por cada acto praticado...o incentivo é o mesmo da gestão privada.

Por oposição as ULS, que recebem um valor fixo por habitante, não teriam então qualquer incentivo para trabalhar.

Adicionalmente não faz sentido dizer "com ou sem qualidade" e "desde que não se note".

Isto porque a má qualidade nota-se. Ou não era má qualidade.
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Luisa Fernandes

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Re: Portugal falido
« Responder #4310 em: 2013-08-03 21:35:17 »
Muito bem Visitante.
Bom texto.


Só uma nota: quando os liberais de aviário deixarem de ser cavalos de corrida e passarem a ser de estábulo quero ver a conversa deles.
Custear operações de 50mil euros e coisas que tais.
A Sociedade moderna europeia tem de custear saúde e educação. Custe o que custar.
Os €€€ tem de ir para onde são estritamente necessários. O resto é conversa.
Quero ver depois de estarem no "estábulo" se também gozam com a frase " ... o que interessa são as pessoas".

Quem não Offshora não mama...

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #4311 em: 2013-08-03 21:36:59 »
Muito bem Visitante.
Bom texto.


Só uma nota: quando os liberais de aviário deixarem de ser cavalos de corrida e passarem a ser de estábulo quero ver a conversa deles.
Custear operações de 50mil euros e coisas que tais.
A Sociedade moderna europeia tem de custear saúde e educação. Custe o que custar.
Os €€€ tem de ir para onde são estritamente necessários. O resto é conversa.
Quero ver depois de estarem no "estábulo" se também gozam com a frase " ... o que interessa são as pessoas".

A sociedade pode custear educação e saúde e ainda assim mantém-se o debate de qual a melhor forma de prover os serviços.

E claro, não pode ser "custe o que custar" porque as restantes pessoas na sociedade também querem viver, não tem direito à vida apenas quem trabalha na educação e saúde.
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Re: Portugal falido
« Responder #4312 em: 2013-08-03 22:44:30 »
Sim, podem ser também fundações a custear, o relevante é que seja a sociedade a fazê-lo, e sem a lógica do lucro. Há fundações notáveis que prestam serviço relevante à sociedade, quer na área da investigação em saúde quer na cultura e educação.


Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #4313 em: 2013-08-03 22:49:08 »
Eu discordo, remover a lógica do lucro tem riscos substanciais para a saúde das pessoas.

Se achas que a lógica do lucro é má, expõe-te apenas a providers e medicamentos que não a pratiquem - não obrigues as restantes pessoas a prescindir dela.
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Re: Portugal falido
« Responder #4314 em: 2013-08-03 22:50:20 »
Advoga, também, sistemas em que as pessoas possam livremente estar nesse paraíso sem lucro, ou possam estar expostas a um sistema com lucro, em vez de advogares que todos tenham que ser sujeitos ao que tu achas melhor.
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Re: Portugal falido
« Responder #4315 em: 2013-08-03 23:55:44 »
Lógica do lucro quer dizer que o primeiro objectivo da organização é extrair dinheiro da base da pirâmide social para benefício próprio de poucos, ignorando muitas vezes valores éticos, morais e ambientais. No fundo é uma lógica predadora.

Lucro não é sinónimo de lógica de lucro, o lucro em si não é mau, depende de como é utilizado. Se o lucro for extraído a muitos para benefício de muitos, nada a opor. As organizações que geram lucros elevados, devem devolver uma grande parte à sociedade sobre a forma de investimento, por exemplo,  em fundações que se dediquem à investigação de cura de doenças.

Como disse, as farmacêuticas têm interesse em manter as pessoas vivas e doentes. Não têm interesse que morram, mas também não têm interesse que se curem, pretendem ter doentes dependentes de uma pílula desde tenra idade até ao fim da vida.

Os lucros também não devem ser usados para suportar o eventual parasitismo estatal através de impostos. Podem ser cobrados impostos elevados mas também terão de ser devolvidos à sociedade, não podem ser derretidos na máquina estatal. Se o Estado for incompetente, os lucros podem ser canalizados directamente para a sociedade através das tais fundações criadas pelas organizações, ou então através de donativos a associações já instituídas, sejam de saúde, ensino ou outras. Sempre em benefício de muitos, da sociedade, com o objectivo último de a tornar melhor.

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #4316 em: 2013-08-04 00:49:46 »
Alguém que vende algo, já devolve à sociedade - aquilo que vende. Tenderá a investir se observar mais oportunidades de investimento. Não investirá se não as observar.
 
Se a lógica do lucro é perniciosa, nada te impede a ti e a quem pense de igual forma competir com essas empresas e produzir curas definitivas. O que não é ético, é achares algo e de seguida concluires "eu acho isto mau por isso deve ser proibido para todos os outros".
 
 
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Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #4317 em: 2013-08-04 00:56:51 »
a malta que vai para as comunas viver ao menos tenta fazer algo pratico em vez de viver so de teoria

valves1

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Re: Portugal falido
« Responder #4318 em: 2013-08-04 01:16:24 »
Citar
os aldraboes dos politicos: o governo agora diz que para o orcamento so corta metade do acordado com a troika

mas a seguir as eleicoes veremos o que vao dizer


e esperar que a outra metade ainda va ao tribunal constitucional para levar outro corte  no corte ...
só os masoquistas e que defendem um corte da despesa de cinco mil milhões num pais onde a miséria abunda ...
 
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

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Re: Portugal falido
« Responder #4319 em: 2013-08-04 01:59:35 »
Nem todos podem ser "homens burros de acção" como lhe chama Dostoievsky no livro Cadernos do Subterrâneo. Os teóricos e pensadores têm o seu papel, dizia-se de Garcia Lorca que era mais perigoso com uma pena na mão do que qualquer outro homem com uma arma.

Nenhuma empresa sozinha pode competir a produzir curas definitivas, isso terá de ser feito pela sociedade como um todo. Tenho a firme convicção de que se a investigação for focada na cura definitiva ela aparece.