@Visitante, não entendo muito bem o raciocínio. Deveria exsitir uma autarquia com 1,3 milhões de habitantes? Ou a Comunidade Metropolitana do Porto deveria ter mais atribuições?
Tal como nas empresas a existência de concorrência entre as regiões é de salutar, as empresas localizam-se nas zonas que melhor condições lhes proporciona.
A câmara do Porto devia gerir toda a comunidade metropolitana, só um presidente de câmara eleito por toda a comunidade. Só um serviço de gestão de resíduos, só um serviço de águas e saneamento, só um serviço de obras, etc.
Ao nível político os cidadãos sentiriam-se melhor representados e a nível financeiro estima-se que por cada concelho fundido se poupa meio milhão de euros, devido à eliminação da duplicação de serviços entre outros.
É esta a verdadeira reforma administrativa que falta fazer e que muito poucos têm coragem de falar.
Ou seja, para ti a verdadeira reforma é uma maior centralismo.
Seguindo as diretrizes da União Europeia, o caminho a seguir é o da descentralização e não da centralização. Ou melhor para actividades capital based deve-se seguir a centralização, para as actividades labour based deve-se optar pela descentralização. Os 3 serviços que referiste são labour based e por isso a descentralização deveria ser o caminho a seguir (de referir que o fornecimento de água em alta, como é capital based já é centralizado nas Águas de Portugal).
Ao nível político tenho grandes dúvidas que centralização seja sinónimo de uma melhor representação dos cidadãos. Isso é antagónico. Quanto mais perto dos cidadãos estiver o poder maior será a sua visibilidade e representatividade.
Sobre a poupança de meio milhão de euros por cada concelho eliminado deve ser uma brincadeira. Então numa região que deve representar uns 600 milhões de euros a centralização poupar (que não poupa) 3 ou 4 milhões seria engraçado de ver. Mas gostaria de conhecer esse estudo.
Já as poupanças de uma região descentralizada são fáceis de demonstrar, basta imaginar Vila Nova de Gaia dividida por 10, para se perceber das poupanças de ter o Luis Filipe Menezes com apenas 10% de dinheiro para desbaratar.
Para mim também há uma reforma administrativa a realizar, mas parece-me que é profundamente diferente da do caro visitante.