Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3508813 vezes)

Zel

  • Visitante
Re: Portugal falido
« Responder #5360 em: 2013-10-16 19:39:48 »
a Luisa tambem nao desiludiu, mais uma vez fugiu 'a discussao e 'a argumentacao


tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1283
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5361 em: 2013-10-16 20:15:00 »
Citar
Tem a vantagem de atacar todos por igual

mas por que é que o privado tem de pagar a pastilha que o estado e quem para ele trabalha ou trabalhou gozou a grande e a francesa ....explica la essa.......quando gozaram preocuparam-se com o privado estes todos a fio......acho-vos uma piada ja muito pagamos nos para vos sustentar e ter reformas de luxo com metade do tempo dasssssssssssssss

Para que não haja dúvidas,o que eu "defendo", é uma redução progressiva dos salários da FP (5/6 anos) e não em dois ou três anos. Mas como esta redução não vai dar em nada,  AINDA temos a saída do euro. Os DOIS. Ou assim tb não há igualdade? Aliás, dentro de 5/6 anos estamos a sair do euro, mas privados e FP vão todos iguais para o abismo, que assim é que é bonito.
Acho que é o melhor para vcs.

E acho piada chamarem-me de FP  :D :D :D :D Piadão :)
É assim tão impensável alguém poder ser contra a austeridade deste governo (e querer algo mais leve) e não ser FP?

Por outro lado, até estou curioso até onde vai a receita da austeridade do PPC.... se conseguirem ter sucesso serei o primeiro a fazer o mea culpa. Mas está a ser uma belo "tubo de ensaio" mundial, e todos os economistas estão curiosos como vai terminar esta "austeridade dupla" do PPC. Mas Portugal é um excelente país para fazer testes... é pequeno, poucos habitantes, economia pouco relevante.... e tem um Governo que adora ser "bom aluno". 

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30971
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5362 em: 2013-10-16 20:17:32 »
Citar
Tem a vantagem de atacar todos por igual

mas por que é que o privado tem de pagar a pastilha que o estado e quem para ele trabalha ou trabalhou gozou a grande e a francesa ....explica la essa.......quando gozaram preocuparam-se com o privado estes todos a fio......acho-vos uma piada ja muito pagamos nos para vos sustentar e ter reformas de luxo com metade do tempo dasssssssssssssss

Para que não haja dúvidas,o que eu "defendo", é uma redução progressiva dos salários da FP (5/6 anos) e não em dois ou três anos. Mas como esta redução não vai dar em nada,  AINDA temos a saída do euro. Os DOIS. Ou assim tb não há igualdade? Aliás, dentro de 5/6 anos estamos a sair do euro, mas privados e FP vão todos iguais para o abismo, que assim é que é bonito.
Acho que é o melhor para vcs.

E acho piada chamarem-me de FP  :D :D :D :D Piadão :)
É assim tão impensável alguém poder ser contra a austeridade deste governo (e querer algo mais leve) e não ser FP?

Por outro lado, até estou curioso até onde vai a receita da austeridade do PPC.... se conseguirem ter sucesso serei o primeiro a fazer o mea culpa. Mas está a ser uma belo "tubo de ensaio" mundial, e todos os economistas estão curiosos como vai terminar esta "austeridade dupla" do PPC. Mas Portugal é um excelente país para fazer testes... é pequeno, poucos habitantes, economia pouco relevante.... e tem um Governo que adora ser "bom aluno".

A receita vai até onde os nossos credores disserem, a menos que decidamos incumprir e eventualmente sair do euro.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Thunder

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2009
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5363 em: 2013-10-16 20:26:54 »
Tote a questão dos cortes na função pública serem muito maiores que o dos privados é dos maiores mitos que para aí anda.
No privado não há negociações, chamam-te para uma reunião e levas com a chapada. Eu em dois anos tive corte de rendimento que facilmente atingiram os 30% e com horários de trabalho que não lembram ao diabo. 40 horas só se fosse para começar. E as coisas degradaram-se tanto que agora estou na rua. Mais 3 colegas também saíram (uns despedidos outros pelo próprio pé). Isto numa PME de 15 empregados e numa área ainda a dar lucros.
Pessoal da área de engenharia por exemplo (que não tem nada a ver com a minha área), ainda sofreram com uma adaptação mais abrupta. E muitos pouco tempo depois estavam na rua. Muitos estão em Angola por exemplo, para tentar sustentar as famílias.
A adaptação é rápida e implacável. Não há quem te proteja. É comparar o incomparável.

Nós não temos tempo para ajustar tão lentamente (os 5 a 6 anos que referes), o montante de dívida que acumulamos é implacável e vai levar-nos com um lastro de chumbo para o fundo. Mesmo com esta medidas não me parece que consigamos escapar a esse fado.... já vamos tarde demais.


Nullius in Verba
Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1283
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5364 em: 2013-10-16 20:27:52 »
Citar
Tem a vantagem de atacar todos por igual

mas por que é que o privado tem de pagar a pastilha que o estado e quem para ele trabalha ou trabalhou gozou a grande e a francesa ....explica la essa.......quando gozaram preocuparam-se com o privado estes todos a fio......acho-vos uma piada ja muito pagamos nos para vos sustentar e ter reformas de luxo com metade do tempo dasssssssssssssss

Para que não haja dúvidas,o que eu "defendo", é uma redução progressiva dos salários da FP (5/6 anos) e não em dois ou três anos. Mas como esta redução não vai dar em nada,  AINDA temos a saída do euro. Os DOIS. Ou assim tb não há igualdade? Aliás, dentro de 5/6 anos estamos a sair do euro, mas privados e FP vão todos iguais para o abismo, que assim é que é bonito.
Acho que é o melhor para vcs.

E acho piada chamarem-me de FP  :D :D :D :D Piadão :)
É assim tão impensável alguém poder ser contra a austeridade deste governo (e querer algo mais leve) e não ser FP?

Por outro lado, até estou curioso até onde vai a receita da austeridade do PPC.... se conseguirem ter sucesso serei o primeiro a fazer o mea culpa. Mas está a ser uma belo "tubo de ensaio" mundial, e todos os economistas estão curiosos como vai terminar esta "austeridade dupla" do PPC. Mas Portugal é um excelente país para fazer testes... é pequeno, poucos habitantes, economia pouco relevante.... e tem um Governo que adora ser "bom aluno".

A receita vai até onde os nossos credores disserem, a menos que decidamos incumprir e eventualmente sair do euro.

Se a direita europeia (extrema direita para nós) ganhar mais poder nas próximas legislativas e europeias que por aí vêm, podes crer que o euro vai para o galheiro. Pois eles não querem andar a sustentar os países do Sul, nem querem ter euro, querem a SUA própria moeda sem interferências de outros países.
Bem vistas as coisas, até podíamos fazer tudo certinho, mas basta a França ter uma subida da madame Le Pen e bye bye euro.

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1283
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5365 em: 2013-10-16 20:31:06 »
Tote a questão dos cortes na função pública serem muito maiores que o dos privados é dos maiores mitos que para aí anda.
No privado não há negociações, chamam-te para uma reunião e levas com a chapada. Eu em dois anos tive corte de rendimento que facilmente atingiram os 30% e com horários de trabalho que não lembram ao diabo. 40 horas só se fosse para começar. E as coisas degradaram-se tanto que agora estou na rua. Mais 3 colegas também saíram (uns despedidos outros pelo próprio pé). Isto numa PME de 15 empregados e numa área ainda a dar lucros.
Pessoal da área de engenharia por exemplo (que não tem nada a ver com a minha área), ainda sofreram com uma adaptação mais abrupta. E muitos pouco tempo depois estavam na rua. Muitos estão em Angola por exemplo, para tentar sustentar as famílias.
A adaptação é rápida e implacável. Não há quem te proteja. É comparar o incomparável.

Nós não temos tempo para ajustar tão lentamente (os 5 a 6 anos que referes), o montante de dívida que acumulamos é implacável e vai levar-nos com um lastro de chumbo para o fundo. Mesmo com esta medidas não me parece que consigamos escapar a esse fado.... já vamos tarde demais.

Não sei o que a sua empresa produzia, mas se por exemplo, produzia algo que era importante para uma padaria, com os cortes brutais aos FP's e reformados, estes deixaram de consumir, por sua vez, as padarias deixaram de comprar "peças para n sei o quÊ", e a sua empresa sofreu. Isto aplica-se a tanta coisa...

Mystery

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1562
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5366 em: 2013-10-16 20:42:35 »
no caso de uma redução menos agressiva dos salários na FP, onde é que iriam buscar as verbas para compensar a despesa adicional?

A fool with a tool is still a fool.

Luisa Fernandes

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1261
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5367 em: 2013-10-16 20:47:08 »
Derrubemos o Tribunal Constitucional e todas as forças da reação

Em 2011, José Sócrates avançou com o corte de 3,5% a 10% nos salários dos funcionários públicos acima de 1500 euros brutos. Muito a custo, o Tribunal Constitucional aprovou a medida. Avisando que apenas o fazia por duas razões: porque era transitória (na verdade é "transitória" desde então) e porque, sendo o valor mínimo de 1500 euros, isso era aceitável. Porque os cortes estavam "dentro dos limites do sacrifício que a transitoriedade e os montantes da redução ainda salvaguardam". Em 2012, o TC voltou a recordar que a medida era transitória. No mesmo ano, o TC chumbou a suspensão dos dois subsídios. Mas numa solução um pouco estranha, a inconstitucionalidade determinada pelo TC não teve efeitos práticos.

 

Em 2013, o TC volta a aceitar a medida transitória dos cortes acima de 1500 euros, mas desta vez com um aviso ainda mais claro: "o decurso do tempo implica um acréscimo de exigência ao legislador no sentido de encontrar alternativas que evitem que, com o prolongamento, se torne claramente excessivo para quem o suporta", acrescentando que "o tratamento diferenciado dos trabalhadores do sector público não pode continuar a justificar-se pelo carácter mais eficaz das medidas de redução salarial". Em tribunal-constitucionalês isto quer dizer: a medida era transitória e o facto de ser fácil ir sacar dinheiro aos salários dos funcionários públicos não os pode transformar em mealheiro do governo. Para deixar tudo ainda mais claro, o TC chumbou de novo a suspensão dos subsídios mas desta vez obrigou o Estado a devolver o que, como os juízes já tinham dito, nem poderia ter sido retirado no ano anterior.

 

No Orçamento de Estado para 2014, aquilo para o qual o TC pedia que fossem encontradas alternativas é repetido. Mas em muito pior. Em vez do limite inferior de 1500 euros, ele passa para 600 euros. Em vez do corte máximo de 10%, ele passa para 12%. Sendo muito menos progressivo do que os cortes anteriores, o valor máximo começa logo nos 2000 euros brutos, que passam de um corte de 3,5% para um corte 12%. O que afetava menos de metade dos funcionários públicos passa afetar 90%. Não é preciso ser bruxo para desconfiar que, depois de tudo o que disse e de todos os avisos que deixou, muito dificilmente os juízes do Constitucional deixarão passar esta medida. Ela é, mais ainda do já fora a repetição da suspensão dos dois subsídios, uma inacreditável provocação ao Tribunal Constitucional.
 

E é evidente que os juízes terão toda a razão em impedir estes cortes. A ver se nos entendemos: os funcionários públicos, que sofreram o mesmo agravamento fiscal sentido por nós todos, passaram a descontar mais para a ADSE (única medida com a qual concordo, por ser voluntária), sofreram o anterior corte até 10% e já tiveram a perda de dois subsídios em 2012. Com esta medida, o seu salário é ainda mais maltratado.

 

Pegando num exemplo que nem é dos piores, um funcionário público que recebesse 1600 euros limpos em 2010 vai receber 1350 euros limpos em 2014, isto já com um dos subsídios diluídos no salário. Perde 4500 euros por ano. É um ¼ do seu salário líquido. Não há, que eu saiba, nada de parecido em trabalhadores que façam parte do quadro de empresas e com salários semelhantes. E sabemos como estes também não têm sido poupados à rapina. Apesar do governo estar apostado em provar o contrário, os funcionários públicos são pessoas, não são sacos de pancada.

 

Mas ainda que se discordasse das decisões do Tribunal Constitucional, elas têm sido claras nesta matéria. E com um tribunal não se fazem negociações. Não se vai esticando a corda até ela rebentar. Cumprem-se as decisões e as recomendações e respeita-se a sua autoridade. Discorda-se, critica-se, barafusta-se. Mas cumpre-se.

 

Partindo do princípio que há uma coerência na interpretação que os juízes do TC fazem da Constituição da República (e só a sua interpretação é vinculativa), esta proposta vai ser chumbada. Partindo do princípio que o governo não pensa que os juízes mudarão de opinião por cansaço, o governo sabe que ela será chumbada. Ou então, o que é mais grave, acredita que a pressão política interna (que o governo tem exercido) e externa (que o governo tem permitido) fará os juízes desistir das suas funções: que são apenas e só fazer cumprir uma Constituição que resulta da vontade dos que foram eleitos pelo povo, que a escreveram e alteraram sete vezes. E nem os nossos parceiros internacionais, nem qualquer memorando com eles assinado se sobrepõem à lei fundamental do País. Nem aqui, nem em qualquer Estado de Direito.
 

A minha tese é outra: o governo não anda distraído nem é teimoso. Não se incomoda muito com a forte possibilidade desta e doutras medidas serem chumbadas. Quer, aliás, alimentar o mais que puder o conflito institucional com o Tribunal Constitucional. Para recentrar o debate na Constituição da República, e não no seu falhanço em todas as metas que se propôs cumprir (foi perturbante ver a ministra das Finanças falar dos sinais de retoma enquanto a desgraça dos números da dívida, do défice e do desemprego passavam em rodapé na televisão). Para encontrar nas "forças do bloqueio" - a Constituição e o Tribunal Constitucional - os bodes expiatórios da tragédia para onde nos está a levar. Para provar que é a nossa Constituição e não numa receita absurda, inviável e fanática que nos afunda cada vez mais nesta crise. E que é ela que impede a purificação do Estado e da economia.
 

Não faltam jovens e velhos comentadores a fazerem coro com o governo neste discurso vigoroso contra as forças "reacionárias" que impedem o nosso progresso. A retórica revolucionária começa sempre por atacar as instituições que travam a queda de um regime decadente. Neste caso, são instituições passadistas, como o Tribunal Constitucional, que continuam a suportar os focos antirevolucionários. Mas graças ao empenho desta vanguarda esclarecida que ilumina os nossos espíritos arcaicos, é sobre as ruínas desta democracia feita de direitos adquiridos que nascerá um homem novo. Livre do Estado e das dependências que ele alimenta. Só falta a tomada do Palácio de Inverno. É uma questão de tempo. Porque, como todas as ideologias totalitárias, o "liberalismo científico" sabe que nada pode travar a marcha da história. Que inevitavelmente esmagará as forças da reação. A começar, claro, pelos esclerosados juízes do Tribunal Constitucional.

 

Sobre o resto da orgia de aumentos de impostos e cortes em salários e reformas, que não são, segundo as palavras do vice-primeiro-ministro, um novo pacote de austeridade, escreverei na edição impressa do Expresso e, talvez, ainda aqui.

D. O.
Quem não Offshora não mama...

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5268
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5368 em: 2013-10-16 20:47:24 »
Qual despesa adicional?

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 14014
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5369 em: 2013-10-16 20:52:53 »
Se a produção da população não for suficiente para produtores e não-produtores viverem condignamente, então nem todos vão viver condignamente, independentemente de qualquer outra consideração.

E reciprocamente,
desaconselha-se população a mais
em relação à produção potencial.

Thunder

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2009
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5370 em: 2013-10-16 20:54:58 »
Tote a questão dos cortes na função pública serem muito maiores que o dos privados é dos maiores mitos que para aí anda.
No privado não há negociações, chamam-te para uma reunião e levas com a chapada. Eu em dois anos tive corte de rendimento que facilmente atingiram os 30% e com horários de trabalho que não lembram ao diabo. 40 horas só se fosse para começar. E as coisas degradaram-se tanto que agora estou na rua. Mais 3 colegas também saíram (uns despedidos outros pelo próprio pé). Isto numa PME de 15 empregados e numa área ainda a dar lucros.
Pessoal da área de engenharia por exemplo (que não tem nada a ver com a minha área), ainda sofreram com uma adaptação mais abrupta. E muitos pouco tempo depois estavam na rua. Muitos estão em Angola por exemplo, para tentar sustentar as famílias.
A adaptação é rápida e implacável. Não há quem te proteja. É comparar o incomparável.

Nós não temos tempo para ajustar tão lentamente (os 5 a 6 anos que referes), o montante de dívida que acumulamos é implacável e vai levar-nos com um lastro de chumbo para o fundo. Mesmo com esta medidas não me parece que consigamos escapar a esse fado.... já vamos tarde demais.

Não sei o que a sua empresa produzia, mas se por exemplo, produzia algo que era importante para uma padaria, com os cortes brutais aos FP's e reformados, estes deixaram de consumir, por sua vez, as padarias deixaram de comprar "peças para n sei o quÊ", e a sua empresa sofreu. Isto aplica-se a tanta coisa...

Não concordo.
A contracção nas empresas é anterior a "austeridade".
O Estado tem muito pouca capacidade de criar valor. O que o FP gastava na padaria que mencionaste provinha basicamente de dois lados. Em primeiro lugar da captura de impostos, em segundo, e numa percentagem cada vez mais importante do endividamento do país.
A "padaria" teve a maior parte da sua contracção porque as pessoas deixaram de ter acesso fácil ao crédito. Essa foi a bala que matou o consumo e foi arrastando inicialmente as empresas ligadas a serviços (que é onde o consumidor vai tentar cortar despesas em 1º lugar) e por efeito bola de neve foi limpando outras empresas. A elevada carga de impostos continuou a empurrar a situação mais para o fundo.  E quanto mais desempregados foram aparecendo mais o consumo foi descendo, acentuando cada vez mais a situação.

O Governo poderia tentar uma via Keynesiana para deter a solução (que parece-me ser o que deixas implícito). Talvez tenha sido essa a via que o Sócrates queria seguir no início da crise (e não estou a dizer isto para picar-te). O problema é que essa via é possível em situações em que o país tenha um rácio de dívida baixo, o que de todo não era o nosso caso. Mal o lastro da dívida começou a ser cada vez maior e o défice disparou, os credores fizeram disparar as taxas de juros, o que é perfeitamente normal. O disparar das taxas de juro acentuaram o problema. O peso do serviço da dívida torna-se completamente insuportável e tens que abandonar a via Keynesiana.


« Última modificação: 2013-10-16 20:57:03 por Thunder »
Nullius in Verba
Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

Happy_TheOne

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6653
  • I have a problem.I'm getting better at everything
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5371 em: 2013-10-16 20:56:17 »
Este orçamento deveria ter sido o primeiro antes de aumentar impostos ....tínhamos tido uma desemprego como de agora mas mais brusco o que colocaria as pessoas no desemprego menos tempo, porque o problema nao é ir para o desemprego mas sim lá permanecer anos e anos a fio como esta a acontecer ....e o Pib teria caído muito mais mas se agora ja crescemos ja a um teríamos crescido .....e ja nao seria necessário o aumento brutal de impostos que ouve e o estado teria sido reduzido como devia e esta a ser finalmente .

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5372 em: 2013-10-16 20:56:48 »
Epá, vocês pensaram mesmo que a Luisa conseguia articular aquilo ? Claro que é plágio, ainda por cima de um forum realizado em 2012.
Já deviam saber que as ideias dela são maioritariamente copy-paste de outros sites, muitas vezes sem identificação das fontes. Antes de lhe responderem, convém saberem com quem estão de facto a argumentar. Neste caso é com o Louçã. Pode ser que ele apareça por aí para dar seguimento à conversa porque a Luísa, essa vai-vos deixar a falar sozinhos.  :D

Mystery

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1562
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5373 em: 2013-10-16 20:59:29 »
Qual despesa adicional?

entre salários.

exemplo: se admitirmos que estão a reduzir os salários em 20% significa que são menos 20% que tens de ir buscar a outro lado para equilibrar as contas. Se em vez de reduzires 20%, aplicares um corte de apenas 5%, a diferença de 15% tem de vir de outro lado (via receita ou corte na despesa)
« Última modificação: 2013-10-16 21:01:35 por Mystery »
A fool with a tool is still a fool.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5374 em: 2013-10-16 21:01:46 »
Voltando ao orçamento, acabei de ouvir dois constitucionalistas a dizer que, sem dúvida, o corte dos salários é inconstitucional. Argumentos:
- Principio da igualdade - os privados também têm de ser chamados a contribuir para a crise (lolololololol)
- Principio da proporcionalidade - como até os salários baixos, tipo 600 euros, vão ser afectados pelos cortes, não existe proporcionalidade nos cortes ???

Siga o baile...

Zel

  • Visitante
Re: Portugal falido
« Responder #5375 em: 2013-10-16 21:06:56 »
proximos passos:

1-TC declara inconstitucionalidade de 80% dos cortes
2-governo demite-se
3-PS ganha eleicoes
4-novo governo aumenta impostos para todos
5-o pais fica fodido durante 50 anos

Mystery

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1562
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5376 em: 2013-10-16 21:19:19 »
o PS vai ser forçado a aceitar um pacto constitucional ou então o governo que se segue terá de governar sem troika



A fool with a tool is still a fool.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5377 em: 2013-10-16 21:30:54 »
4-novo governo aumenta impostos para todos
Talvez substituir por confisco de X% de produtos financeiros + haircut de X% de dívida

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #5378 em: 2013-10-16 21:34:33 »
o PS vai ser forçado a aceitar um pacto constitucional ou então o governo que se segue terá de governar sem troika
Mas os princípios invocados pelo TC são tão 'normais' (igualdade, proporcionalidade, confiança) que não se imagina a serem retirados de lá, continuando a dar azo ao TC interpretar a seu bel prazer.
A não ser que PSD+PS alterem a constituição para um texto vazio (ou seja, inexistência de constituição) até o equilíbrio estar restabelecido. Aí o TC é como se não existisse.

Zel

  • Visitante
Re: Portugal falido
« Responder #5379 em: 2013-10-16 21:43:10 »
4-novo governo aumenta impostos para todos
Talvez substituir por confisco de X% de produtos financeiros + haircut de X% de dívida

com isso conseguiriam diminuir o pagamento de juros em quanto ? agora estao em 7% do pib creio...

alguem sabe o que aconteceu ao bancos gregos ?
« Última modificação: 2013-10-16 21:44:15 por Neo-Liberal »