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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3508702 vezes)

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #5500 em: 2013-10-18 22:06:33 »
Se calhar consegue, mas nota-se que um salário de 5000 EUR brutos com 3 filhos e a utilizar a escola privada tem o poder de compra igual ao de um salário de 1500 EUR utilizando a escola pública.

se viverem num hotel ainda sobra menos   :D

Zakk

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Re: Portugal falido
« Responder #5501 em: 2013-10-18 22:08:24 »
Se calhar consegue, mas nota-se que um salário de 5000 EUR brutos com 3 filhos e a utilizar a escola privada tem o poder de compra igual ao de um salário de 1500 EUR utilizando a escola pública.

Inc quanto custa a escola privada? Pelo que entendo 1500
Acho que entendo que o salario liquido dela dá 3000 euros e um de 1500 deve dar perto de 1000.
Tu inflacionas um e deprecias o outro demais. Para ti 500 euro sao trocos mas em 1000 ou 1500 nao sao.

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #5502 em: 2013-10-18 22:16:01 »
estrutura de custos da ministra:

3500 euros - prestacao do apartamento de 1 milhao de euros
500 - condominio do predio de luxo
2500 euros - 3 filhos na escola internacional (ja com desconto)
500 - alimentacao

so sobram 1000 euros para tudo o resto

conclusao: nao da para poupar !
« Última modificação: 2013-10-18 22:19:34 por Neo-Liberal »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #5503 em: 2013-10-18 22:17:26 »
Se calhar consegue, mas nota-se que um salário de 5000 EUR brutos com 3 filhos e a utilizar a escola privada tem o poder de compra igual ao de um salário de 1500 EUR utilizando a escola pública.

Inc quanto custa a escola privada? Pelo que entendo 1500
Acho que entendo que o salario liquido dela dá 3000 euros e um de 1500 deve dar perto de 1000.
Tu inflacionas um e deprecias o outro demais. Para ti 500 euro sao trocos mas em 1000 ou 1500 nao sao.

A escola privada fica por uns 1800-2000 - e não é a mais cara. A mais cara consumiria para aí 3000 EUR sozinha.
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Re: Portugal falido
« Responder #5504 em: 2013-10-18 22:20:40 »
De resto se 500 são pouco ou muito é irrelevante, quando o ponto de partida é um salário mais de 3x maior, e o ponto de chegada é um poder de compra praticamente igual. Ou seja, a diferença que DEVIA existir, deveria ser muito superior a 500 Euros ... não te parece? Parece-te normal ou justo esta compressão do poder de compra?

Basicamente exceptuando os muito ricos, o poder de compra está a ficar plano em muitos casos. É o sonho socialista, finalmente alcançado.
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Zakk

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Re: Portugal falido
« Responder #5505 em: 2013-10-18 22:35:45 »
De resto se 500 são pouco ou muito é irrelevante, quando o ponto de partida é um salário mais de 3x maior, e o ponto de chegada é um poder de compra praticamente igual. Ou seja, a diferença que DEVIA existir, deveria ser muito superior a 500 Euros ... não te parece? Parece-te normal ou justo esta compressão do poder de compra?

Basicamente exceptuando os muito ricos, o poder de compra está a ficar plano em muitos casos. É o sonho socialista, finalmente alcançado.

E é inc é muito superior a 500 euros, são 2000 euros. Lá estás tu com a tendencia de inflacionares um e fazeres o contrario no outro.

Eu não sei qual seria o valor do cheque ensino, mas acho que nunca seria nessa ordem de valores.

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Re: Portugal falido
« Responder #5506 em: 2013-10-18 22:48:59 »
De resto se 500 são pouco ou muito é irrelevante, quando o ponto de partida é um salário mais de 3x maior, e o ponto de chegada é um poder de compra praticamente igual. Ou seja, a diferença que DEVIA existir, deveria ser muito superior a 500 Euros ... não te parece? Parece-te normal ou justo esta compressão do poder de compra?

Basicamente exceptuando os muito ricos, o poder de compra está a ficar plano em muitos casos. É o sonho socialista, finalmente alcançado.

E é inc é muito superior a 500 euros, são 2000 euros. Lá estás tu com a tendencia de inflacionares um e fazeres o contrario no outro.

Eu não sei qual seria o valor do cheque ensino, mas acho que nunca seria nessa ordem de valores.

Esquece por um momento a Ministra.

Achas normal que num país onde uma pessoa ganhe 5000 euros e outra ganhe 1500, só por a primeira utilizar o ensino privado o seu poder de compra ficar próximo do da segunda?

O cheque ensino deveria ser qq coisa como 400-600/EUR/mês. Que também não andará longe do custo de um aluno no ensino público. Na verdade, para um aluno custar 600+ no privado isso inclui alimentação, livros, etc. Para custar 1000, só numa escola cara.
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Re: Portugal falido
« Responder #5507 em: 2013-10-18 23:07:56 »
A questão do cheque ensino é uma injustiça.

A dificuldade que vejo em criarem o cheque ensino é que na pratica iria custar mais dinheiro ao estado, porque há quem pague o ensino por completo e este passaria a ser pago pelo estado. assim para se conseguir meter o cheque ensino o estado teria que meter cheques ensino de valores diferentes em funçao do irs o que iria fazer com que quem nunca pagou nada pagasse por esse serviço.

Desta forma o esforço maior continuaria a ser feito pelos mais ricos, mas essa é a natureza do irs. No irs as taxas são progressivas com o intuito de repartir a riqueza.

 

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #5508 em: 2013-10-18 23:17:04 »
Se calhar consegue, mas nota-se que um salário de 5000 EUR brutos com 3 filhos e a utilizar a escola privada tem o poder de compra igual ao de um salário de 1500 EUR utilizando a escola pública.

Mas os 5000Eur dão-lhe precisamente a opção de colocar e filhos numa escola privada. Quem ganha 1500Eur por muito que desejasse colocar os filhos numa escola de elite tem essa opção vedada.
O poder de compra deve incluir os gastos com escola privada porque tal representa uma opção que tem para aplicar os rendimentos.


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Re: Portugal falido
« Responder #5509 em: 2013-10-18 23:19:07 »
Se calhar consegue, mas nota-se que um salário de 5000 EUR brutos com 3 filhos e a utilizar a escola privada tem o poder de compra igual ao de um salário de 1500 EUR utilizando a escola pública.

Mas os 5000Eur dão-lhe precisamente a opção de colocar e filhos numa escola privada. Quem ganha 1500Eur por muito que desejasse colocar os filhos numa escola de elite tem essa opção vedada.
O poder de compra deve incluir os gastos com escola privada porque tal representa uma opção que tem para aplicar os rendimentos.

Mas então o direito à educação não existe - ou só existe para alguns. Para outros, o direito esfuma-se e têm que o pagar - tanto o deles como o dos outros.

Esse tipo de opção justifica qualquer coisa que uma pessoa faça para mandar este sistema às malvas, tal a injustiça.
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Re: Portugal falido
« Responder #5510 em: 2013-10-18 23:20:42 »
A questão do cheque ensino é uma injustiça.

A dificuldade que vejo em criarem o cheque ensino é que na pratica iria custar mais dinheiro ao estado, porque há quem pague o ensino por completo e este passaria a ser pago pelo estado. assim para se conseguir meter o cheque ensino o estado teria que meter cheques ensino de valores diferentes em funçao do irs o que iria fazer com que quem nunca pagou nada pagasse por esse serviço.

Desta forma o esforço maior continuaria a ser feito pelos mais ricos, mas essa é a natureza do irs. No irs as taxas são progressivas com o intuito de repartir a riqueza.

O aumento seria para aí de 15% das despesas com educação (até ao secundário) inicialmente, depois reduzir-se-ia porque o ensino privado usa menos professores/aluno e tenderia a captar mais alunos.

Uma parte do impacto seria logo anulado pelo aumento de poder de compra das familias que hoje têm que pagar o ensino. A prazo também deveria melhorar o ensino em geral.
« Última modificação: 2013-10-18 23:21:56 por Incognitus »
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Re: Portugal falido
« Responder #5511 em: 2013-10-18 23:39:23 »
Se calhar consegue, mas nota-se que um salário de 5000 EUR brutos com 3 filhos e a utilizar a escola privada tem o poder de compra igual ao de um salário de 1500 EUR utilizando a escola pública.

Mas os 5000Eur dão-lhe precisamente a opção de colocar e filhos numa escola privada. Quem ganha 1500Eur por muito que desejasse colocar os filhos numa escola de elite tem essa opção vedada.
O poder de compra deve incluir os gastos com escola privada porque tal representa uma opção que tem para aplicar os rendimentos.

Mas então o direito à educação não existe - ou só existe para alguns. Para outros, o direito esfuma-se e têm que o pagar - tanto o deles como o dos outros.

Esse tipo de opção justifica qualquer coisa que uma pessoa faça para mandar este sistema às malvas, tal a injustiça.

O direito é educação existe e quem ganha 5000Eur pode colocar os filhos na mesma escola de quem ganha 1500Eur.
O fcto de ganhar 5000 dá-lhe precisamente a opção de proporcionar uma educação diferente.
Não sou contra que as pessoas lutem pelo cheque ensino, mas as contas devem ser feitas relativamente á sociedade onde vivem e não para aquela que idealizam, e na sociedade existente 5.000Eur permite várias opções (e aí é que reside o valor do dinheiro).

« Última modificação: 2013-10-18 23:41:40 por Zenith »

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Re: Portugal falido
« Responder #5512 em: 2013-10-18 23:43:20 »
A questão do cheque ensino é uma injustiça.

A dificuldade que vejo em criarem o cheque ensino é que na pratica iria custar mais dinheiro ao estado, porque há quem pague o ensino por completo e este passaria a ser pago pelo estado. assim para se conseguir meter o cheque ensino o estado teria que meter cheques ensino de valores diferentes em funçao do irs o que iria fazer com que quem nunca pagou nada pagasse por esse serviço.

Desta forma o esforço maior continuaria a ser feito pelos mais ricos, mas essa é a natureza do irs. No irs as taxas são progressivas com o intuito de repartir a riqueza.

O aumento seria para aí de 15% das despesas com educação (até ao secundário) inicialmente, depois reduzir-se-ia porque o ensino privado usa menos professores/aluno e tenderia a captar mais alunos.

Uma parte do impacto seria logo anulado pelo aumento de poder de compra das familias que hoje têm que pagar o ensino. A prazo também deveria melhorar o ensino em geral.

Esse efeito positivo pelo aumento do poder de compra iria ser anulado pela diminuição do poder de compra de quem tivesse que começar a pagar esse serviço.

Acho que o cheque ensino deveria ser progressivo no primeiro ano tipo 50 euros mes e ir subindo se os resultados de eficiencia comecarem a dar resultado.

O cheque ensino é muito complexo... vou dormir

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #5513 em: 2013-10-18 23:47:55 »
Se calhar consegue, mas nota-se que um salário de 5000 EUR brutos com 3 filhos e a utilizar a escola privada tem o poder de compra igual ao de um salário de 1500 EUR utilizando a escola pública.

Mas os 5000Eur dão-lhe precisamente a opção de colocar e filhos numa escola privada. Quem ganha 1500Eur por muito que desejasse colocar os filhos numa escola de elite tem essa opção vedada.
O poder de compra deve incluir os gastos com escola privada porque tal representa uma opção que tem para aplicar os rendimentos.

Mas então o direito à educação não existe - ou só existe para alguns. Para outros, o direito esfuma-se e têm que o pagar - tanto o deles como o dos outros.

Esse tipo de opção justifica qualquer coisa que uma pessoa faça para mandar este sistema às malvas, tal a injustiça.

O direito é educação existe e quem ganha 5000Eur pode colocar os filhos na mesma escola de quem ganha 1500Eur.
O fcto de ganhar 5000 dá-lhe precisamente a opção de proporcionar uma educação diferente.
Não sou contra que as pessoas lutem pelo cheque ensino, mas as contas devem ser feitas relativamente á sociedade onde vivem e não para aquela que idealizam, e na sociedade existente 5.000Eur permite várias opções (e aí é que reside o valor do dinheiro).

Não é um direito à educação, é um direito àquela educação em particular.

É como dizer que os compradores de um Ford Modelo T têm o direito a escolher a cor do carro, desde que escolham preto.
« Última modificação: 2013-10-18 23:48:41 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #5514 em: 2013-10-19 00:09:24 »
Se formos por aí, um adulto que no tempo dele só teve a oportunidade de fazer a quarta classe tem também todo o direito de exigir que lhe financiem a educação para tirar um cuso superior.
Até podemos conceber e desejar uma sociedade que de x em x anos dê uma ano de licença sabatica a todos os cidadãos para aperfeiçorem a educação ou tentar realizar aspirações intelectuais, artisticas ou espirituais próprias (tem algumas semelhanças com o que Rui vaz pretende). Essa sociedade poderá existir agora alguém que lute activamente para isso e até aplique na sua vida, não se pode sentir injustiçado porque essa busca de aperfeiçoamento lhe reduz os rendimentos relativamente ao vizinho, argumentando que basicamente não são anos dedicados ao ócio mas em actividades que se podem enquadrar no âmbito da educação e que ema ultima analise poderão beneficiar a sociedade
Se até tem dinheiro para de x em x anos se dedicar a estudar filosofia ou outra coisa qualquer é uma opção que os seus rendimentos lhe permitem. Muitos outros que tem mesmas aspirações não se podem dar ao luxo dessa opção.

jjmm

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Re: Portugal falido
« Responder #5515 em: 2013-10-19 00:26:41 »
Segundo o Diário de Noticias a ministra das finanças tem um empréstimo de 440 mil euros.

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #5516 em: 2013-10-19 00:50:46 »
Se formos por aí, um adulto que no tempo dele só teve a oportunidade de fazer a quarta classe tem também todo o direito de exigir que lhe financiem a educação para tirar um cuso superior.
Até podemos conceber e desejar uma sociedade que de x em x anos dê uma ano de licença sabatica a todos os cidadãos para aperfeiçorem a educação ou tentar realizar aspirações intelectuais, artisticas ou espirituais próprias (tem algumas semelhanças com o que Rui vaz pretende). Essa sociedade poderá existir agora alguém que lute activamente para isso e até aplique na sua vida, não se pode sentir injustiçado porque essa busca de aperfeiçoamento lhe reduz os rendimentos relativamente ao vizinho, argumentando que basicamente não são anos dedicados ao ócio mas em actividades que se podem enquadrar no âmbito da educação e que ema ultima analise poderão beneficiar a sociedade
Se até tem dinheiro para de x em x anos se dedicar a estudar filosofia ou outra coisa qualquer é uma opção que os seus rendimentos lhe permitem. Muitos outros que tem mesmas aspirações não se podem dar ao luxo dessa opção.

A minha argumentação nada tem a ver com escola pública vs privada ou justiça / injustiça de haver cheque ensino ou não, era apenas contabilista.
Parece-me errado dizer que como um tem de pagar escola privada dos filhos o poder de compra de quem ganha 5000 ou 1500 Eur é quase igual. O pagamento da escola privada é um serviço que   o que ganha 5.000Eur adquire e que o que ganha 1.500 não tem possibilidade de la chegar. Pode-se discutir justiça ou injustiça que leva a a esse preço, mas o facto é que na sociedade actual o preço é esse e quem ganha 5.000 tem a opção de o adquirir ou não. Se adquirir esse bem de valor elevado vai-lhe obviamente sobrar menos para o resto.


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Re: Portugal falido
« Responder #5517 em: 2013-10-19 01:12:23 »
Se formos por aí, um adulto que no tempo dele só teve a oportunidade de fazer a quarta classe tem também todo o direito de exigir que lhe financiem a educação para tirar um cuso superior.
Até podemos conceber e desejar uma sociedade que de x em x anos dê uma ano de licença sabatica a todos os cidadãos para aperfeiçorem a educação ou tentar realizar aspirações intelectuais, artisticas ou espirituais próprias (tem algumas semelhanças com o que Rui vaz pretende). Essa sociedade poderá existir agora alguém que lute activamente para isso e até aplique na sua vida, não se pode sentir injustiçado porque essa busca de aperfeiçoamento lhe reduz os rendimentos relativamente ao vizinho, argumentando que basicamente não são anos dedicados ao ócio mas em actividades que se podem enquadrar no âmbito da educação e que ema ultima analise poderão beneficiar a sociedade
Se até tem dinheiro para de x em x anos se dedicar a estudar filosofia ou outra coisa qualquer é uma opção que os seus rendimentos lhe permitem. Muitos outros que tem mesmas aspirações não se podem dar ao luxo dessa opção.

A minha argumentação nada tem a ver com escola pública vs privada ou justiça / injustiça de haver cheque ensino ou não, era apenas contabilista.
Parece-me errado dizer que como um tem de pagar escola privada dos filhos o poder de compra de quem ganha 5000 ou 1500 Eur é quase igual. O pagamento da escola privada é um serviço que   o que ganha 5.000Eur adquire e que o que ganha 1.500 não tem possibilidade de la chegar. Pode-se discutir justiça ou injustiça que leva a a esse preço, mas o facto é que na sociedade actual o preço é esse e quem ganha 5.000 tem a opção de o adquirir ou não. Se adquirir esse bem de valor elevado vai-lhe obviamente sobrar menos para o resto.

Mas se a Constituição proclama o direito a uma educação gratuita, então o que se está a dizer é que a Constituição proclama o direito a uma educação gratuita desde que seja preta.

Enfim, é como é e cada um que faça o que puder para se salvar do esquema montado.
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Re: Portugal falido
« Responder #5518 em: 2013-10-19 01:19:06 »
Segundo o Diário de Noticias a ministra das finanças tem um empréstimo de 440 mil euros.

nao da para poupar !

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Re: Portugal falido
« Responder #5519 em: 2013-10-19 01:27:15 »
Se formos por aí, um adulto que no tempo dele só teve a oportunidade de fazer a quarta classe tem também todo o direito de exigir que lhe financiem a educação para tirar um cuso superior.
Até podemos conceber e desejar uma sociedade que de x em x anos dê uma ano de licença sabatica a todos os cidadãos para aperfeiçorem a educação ou tentar realizar aspirações intelectuais, artisticas ou espirituais próprias (tem algumas semelhanças com o que Rui vaz pretende). Essa sociedade poderá existir agora alguém que lute activamente para isso e até aplique na sua vida, não se pode sentir injustiçado porque essa busca de aperfeiçoamento lhe reduz os rendimentos relativamente ao vizinho, argumentando que basicamente não são anos dedicados ao ócio mas em actividades que se podem enquadrar no âmbito da educação e que ema ultima analise poderão beneficiar a sociedade
Se até tem dinheiro para de x em x anos se dedicar a estudar filosofia ou outra coisa qualquer é uma opção que os seus rendimentos lhe permitem. Muitos outros que tem mesmas aspirações não se podem dar ao luxo dessa opção.

A minha argumentação nada tem a ver com escola pública vs privada ou justiça / injustiça de haver cheque ensino ou não, era apenas contabilista.
Parece-me errado dizer que como um tem de pagar escola privada dos filhos o poder de compra de quem ganha 5000 ou 1500 Eur é quase igual. O pagamento da escola privada é um serviço que   o que ganha 5.000Eur adquire e que o que ganha 1.500 não tem possibilidade de la chegar. Pode-se discutir justiça ou injustiça que leva a a esse preço, mas o facto é que na sociedade actual o preço é esse e quem ganha 5.000 tem a opção de o adquirir ou não. Se adquirir esse bem de valor elevado vai-lhe obviamente sobrar menos para o resto.

Mas se a Constituição proclama o direito a uma educação gratuita, então o que se está a dizer é que a Constituição proclama o direito a uma educação gratuita desde que seja preta.

Enfim, é como é e cada um que faça o que puder para se salvar do esquema montado.

Podes discutir isso, e lutar pela mudança, agora não podes é com base em desideratos politicos alterar a definição de poder de compra ou rendimento disponível (até fica mal a alguem que lida com finanças e economia :-))