Poderia haver um referendo em Portugal sobre o Emprestar dinheiro a Grecia , antes que seja entregue a fundo perdido....
com o nivel de literacia financeira que temos, teriamos 90% a favor ao mesmo tempo que se manifestavam por não ocorrer a diminuição dos 3,5% de sobretaxa de IRS (creio q a receita prevista para a mesma era de 0,7 bn €).
Na Grécia só há 2 caminhos que acho aceitáveis:
ou aceitam restruturar a economia e recebem apoio
ou saem e são postos a correr da UEM juntamente com o congelamento dos fundos de coesão.
As outras opções são altamente injustas, mas como a vida não é justa é natural que a Grécia venha a beneficiar ainda mais benesses vs países como chipre, irlanda ou portugal...
Mas foi precisamente isso que a UE-FMI nunca tentou fazer (o FMI até se comprrende porque tem intervenção de curto prazo destinada a alcançar uns critérios contabilisticos).
Houve multiplas responsabilidades nesta crise, que basicamente advém da contracção de crédito derivada da crise que teve origem nos USA.
Responsabilidade da Grécia: quanto a isso não há falta de argumentos.
Responsabilidade de quem emprestou dinheiro de forma laxiatas á grecia entre 2000 e 2009. Perderam 50% na reestruturação embora ainda não seja muito claro se não houve compensação por outras vias.
Responsabilidade da UE com uma prática de 40 anos de tolerãncia a falhas gregas das quais tinham perfeito conhecimento, além da prática de excepções praticadas pelos paises mais poderosos que serviu de exemplo (mau) aos mais pobres e pequenos.
Europa em vez de enfrentar a crise como problema global, resolveu isolar. Mas mesmo nesse ataque a focos isolados, como não tinha experiencia chamou FMI que impos a sua prática de curto prazo centrada nos condicionalismos contabilisticos excluindo qq plano estratégico para apoiar o crescimento.
Isso funcionou na Irlanda porque aí forma bancos que deram cabo do estado, e portanto injectando capital mais ou menos equivalente ás perdas dos bancos voltava tudo ao normal, em Portugal estamos na situação dúbia do copo meio cheio ou meio vazio e não funcionou na Grecia.
É altura da UE pensar que a expertise que foi buscar ao FMI não era a mais adequada e que se impõem outras estratégias que vão para além dos condicionalismos contabilisticos de curto prazo.