Uma discussão noutro tópico levou-me a pensar acerca de quais os limites da especialização numa sociedade e qual a redundância que deve ter para poder sobreviver a crises.
Desde á muito que a economia apresenta a especialização como a chave para aumento de produtividade, políticos e economistas falam das vantagens comparativas etc
Também já muita gente apontou problemas ligados à sobre espacilização, possivelemnte apontando casos ligados á agricultura, em que uma região ou país estava dependente de qualuqer monocultura e uma mudança de habitos alimentres ou outra alteração qualquer levou ao colpaso com o dramatismo social associado.
Embora o problema da especialização se possa tratar ao nível individual, da empresa ou da sociedade como um todo, creio que podemos ter uma sociedade não especializada mas em que os agentes individuais estão fortemente especializados, os quais tem de se adaptar para continuar produtivos na sociedade.
Uma sociedade que impõe todo o esforço de adaptação nos individuos ou empresas é repressiva (não no sentido policial mas em termos de pressões económicas). Se a velociadde de adapração exgida for elevada vamos ter crise social e possivel colapso. Se não for nenhuma a sociedade deixa de ser competitiva e colapsa também.
A questão é pois: qual é meio termo que garante competividade com harmonia social? Como alcançar isso?
Também há uns dias no Olhos nos Olhos que teve como convidado José Ferreira Machado esse assunto chegou a ser aflorado e achei a procura de solução interessante. Porque aparentemente não há solução fácil ou fácil de implementar.
Por exemplo, um trabalhador fabril, altamente especializado no seu trabalho, 20 ou 30 anos de trabalho na mesma empresa.
De repente a fábrica fecha portas.
De repente todas as fábricas fecham portas.
De repente a Indústria passa a ser uma pequena parte daquilo que era.
O que fazer a esse trabalhador?
Que alternativas?
A quem compete determinar o rumo que essa pessoa vai tomar?
É o próprio que deve olhar a alternativas de trabalho? Ou deve ser indicado pelo Estado para outra função?
Deve-se subsidiar a sua sobrevivência como membro da Sociedade incapaz de produzir, até que a sua geração se extinga e deixe se haver esse problema?
Já ouvi várias vezes ao longo da vida que uma pessoa não deve ficar na mesma função depois de 5 anos pois corre o risco de se especializar tanto na área que caso necessite não conseguirá facilmente encontrar alternativa de trabalho.
Já ouvi várias vezes ao longo da vida que uma pessoa só se torna perita numa função após 10.000 horas de trabalho árduo nessa mesma função e só aí é que tem experiência suficiente para ter sucesso.
Acredito que as duas frases estejam correctas apesar de parecerem antagonizar-se.
Opiniões?