Ja desesperavam,o Carlos,nunca mais chegava.
Tenho o porta bagagem cheio de tralha,colunas e sintonizadores,fios de todas as cores.Sugiro que nos metamos no carro e rumemos a Cascais,ainda tenho ver se tenho tempo,para por tudo a funcionar,segunda feira,a Clarisse,ira cantar.
O carro deslizava por montes e vales,ela sentada no banco de tras,os espelhos mexeram-se,os olhos encontraram-se,risos e mais risos,a voz dela como musica de fundo.
O calor era imenso,a fome apertava,um desvio,um restaurante,esperando por eles.Sangria,sandes de presunto,tudo comiam,rindo e cantando,mais parecia tres putos,a descoberta da vida.
Aproveitando a ida do Carlos a casa de banho,agarraram-se os dois,os labios secos,molharam-se,e ele falando de mansinho,logo disse:querida,ja nao resisto,ja nao posso passar um minuto longe de ti,logo quando chegarmos,o Carlos deixar-te-a no hotel.O que te queria pedir,e que te metesses num taxi,pegasses nas tuas malas,e viesses ter comigo a minha casa.
Raios,voces nao se separam,andam ambos colados,parece que descobriram o amor.Nao e que me faca diferenca,desde que a Isabel fugiu de casa,fiquei vacinado,
mulheres e um poco de sarilhos,jurei nunca mais me agarrar a uma mulher.
Tens e inveja,a Clarisse nao e uma mulher,a Clarisse,e uma Deusa!
Ja era noite quando chegaram a Cascais,ela ficou no hotel,ele foi leva-lo a casa.
James,fico a vossa espera na discoteca,devo chegar as 11,e nao te esquecas,de trazer a Clarisse.
Sentado no portao,no chao,junto ao Igor,esperava.O Taxi chegou,cheio de malas e de embrulhos.O Igor logo correu para ela,saltou,e beijou-lhe o rosto,ja eram amigos.
Arrastando as malas e os embrulhos,entraram em casa,e ela logo gritou:
James,o que e isto,parece um acampamento.Jornais e livros jaziam no chao,e no andar de cima,a cama desfeita,com lencois que nao eram mudados,ha seculos.
Estou cheio de fome,deixa as limpezas,que tratamos disso amanha.
A pe,atravessavamos a rua,o restaurante a 500 metros,o Pedro logo gritou,bem vindo senhor James,ja tinha saudades suas e da dona...fez-se
silencio,olhou para a Clarisse,e emudeceu.
Dentro do restaurante,AS REDES DO MAR,na mesma mesa de sempre,o casal Esperanca,comendo a meia dose habitual.
Amigo james,ja estava com saudades de o ver,vejo que esta bem acompanhado,a menina e uma beleza.
O restaurante era conhecido pela frescura do peixe,os robalos grelhados desapareceram,e com os olhares dos velhos Esperanca,sairam abracados para a rua.
Ao chegar a casa,ela perguntou:Vamos ao Le Club?
A mim nao me apetece,preferia ficar em casa,amanha e segunda feira,tenho que ir a Lisboa,tenho que passar pelo Banco!
Se nao quizeres ir,nao vamos,vou aproveitar para dar uma arrumacao na casa,e mudar os lencois!
-continua