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Autor Tópico: Greve dos professores  (Lida 138577 vezes)

Luisa Fernandes

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Re:Greve dos professores
« Responder #400 em: 2013-06-17 17:29:50 »
 
Não me lembro de ter assistido a uma gestão mais desastrosa de uma greve como a que foi realizada pelo Governo. Desde o início ignorou o descontentamente existente na classe dos professores, julgando que tinha instrumentos à sua disposição para minimizar os efeitos da greve. Primeiro surgiu uma artilharia de comentadores, a tentar convencer a opinião pública de que a greve era ilícita ou imoral, tentando assim desmobilizar os professores. Depois o Governo ameaçou com a requisição civil, contando que o Tribunal Arbitral decretasse serviços mínimos, apesar de o ensino não estar legalmente tipificado como um dos sectores em que é possível essa designação. Perante a recusa do Tribunal Arbitral em decretar esses serviços mínimos, o Primeiro-Ministro ameaça alterar a lei, fazendo lembrar o Ministro da Guerra de Salazar, Santos Costa, que quando era acusado de estar a violar a lei, respondia que a lei estava na ponta da sua caneta.
 
Impossibilitado de decretar serviços mínimos, Nuno Crato lembrou-se então de convocar todos os professores para a vigilância, levando assim a que cada grevista tivesse nove suplentes. Mas mesmo com esta medida, a greve teve impacto e inúmeros alunos ficaram sem exames. O resultado foi pior de que se ninguém tivesse feito exame, levando a um enorme protesto dos alunos. Imagine-se como se sentirão alunos que viram os seus colegas com exame realizado, enquanto que eles não o puderam fazer, tendo necessariamente que fazer um diferente, o qual pode ser mais fácil ou mais difícil, discriminando uns estudantes em relação a outros.
 
Uma conclusão: para se ser Ministro da Educação não basta ter escrito um livro sobre o eduquês, por muito correcto que o livro seja. É necessário ter capacidade de gestão política, o que tem faltado totalmente a este Governo.

http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/5474357.html
Quem não Offshora não mama...

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Re:Greve dos professores
« Responder #401 em: 2013-06-17 17:59:20 »
O João César das Neves tem andado especialmente inspirado nos seus últimos artigos. Este não foge à regra e está bastante bom.

Citar
Os professores são pessoas sérias e dignas, profissionais competentes e responsáveis. Isto é evidente e indiscutível, mas hoje deve ser lembrado e repetido, perante o espectáculo indecoroso que a classe tem dado ao País. É mesmo necessário tentar compreender como podem pessoas razoáveis e sensatas comportar-se desta maneira.
O instrumento da greve, decisivo nas lutas heróicas dos trabalhadores, anda agora muito desvirtuado. Ainda existem casos clássicos de confronto laboral, mas nas empresas em concorrência, onde o conflito prejudica gravemente patrões e trabalhadores, as discussões são resolvidas rapidamente, em geral sem embate. Assim o uso actual mais comum da greve é como arma política nas mãos de sectores protegidos. Em Portugal, quem a utiliza são serviços infra-estruturais, pagos por impostos ou tarifas e imunes às consequências económicas das suas paralisações.
Mas mesmo entre as greves de funcionários, esta ultrapassou em muito os limites de um conflito laboral civilizado. Usar os alunos, em período de exames, como reféns dos interesses particulares é uma infâmia das mais vergonhosas. Que isso seja realizado não por estranhos mas pelos próprios mestres, parece inacreditável. Não é fácil encontrar uma classe que se preste a tal testemunho público de insensibilidade, arrogância e oportunismo.
Quaisquer que sejam os agravos envolvidos e a razão que lhes assiste, os meios usados são inaceitáveis. As leis mudam-se e os ministros passam, mas uma atitude destas ficará como mancha na profissão. Como é possível acontecer isto, sobretudo entre aqueles mesmos a quem confiámos a educação das nossas crianças e jovens e que, por isso, deveriam mostrar elevação especial? Será que afinal a tão falada crise do sector é mais profunda e temos desvairados irresponsáveis a dar aulas? Não podemos esquecer que os professores são pessoas sérias e responsáveis. A explicação tem, portanto, de estar noutro lado.
Em primeiro lugar, aqueles que decidem não são os professores, mas dirigentes, naturalmente mais extremistas. Pior, o sector tem atraído muitos agitadores profissionais, que apostam na subversão como resposta nacional. Mas a questão é substantiva e não se reduz a divergências entre representantes e massas.
O problema que se criou no sector durante as longas décadas de euforia a crédito é dos mais graves. Nos tempos de facilidade fizeram-se avanços espantosos, mas também loucuras inacreditáveis. A época da "paixão pela educação", que se traduziu em atirar dinheiro para um dos sectores mais delicados, gerou melhorias notórias, com vícios patentes. Basta ver que, enquanto o número de estudantes no ensino básico caiu mais de 25% desde 1986, data da entrada na CEE, os docentes do mesmo nível no mesmo período subiram 30%, apesar dos cortes recentes. O sector constituiu um refúgio para muitos sem vocação de ensino. Inventaram-se reformas, cursos e métodos surreais, para satisfazer o excesso de docentes, não necessidades dos alunos. O problema tinha de rebentar mais cedo ou mais tarde. E agora, quando o ajustamento é inevitável, as condições em que se desenrola proporcionam o máximo de irritação.
Os professores são pessoas superiormente inteligentes, com uma tarefa muito exigente. Enfrentar uma turma é uma das actividades psicologicamente mais constrangedoras e absorventes. A pressão é grande e não é qualquer um que dá aulas de qualidade; só mesmo quem tem vocação. Por outro lado, os docentes são facilmente sugestionáveis, pois têm tempo livre e funcionam em comunidade. As suas salas de convívio facilmente se transformam em incubadoras de raivas e agravos. Basta uma faísca e tudo fica explosivo. Nos últimos anos, as labaredas foram várias. Entrando em curto-circuito de exaltação, não admira que pessoas comuns se aprestem a comportamentos aberrantes. Caindo em si, percebem o mal em que participam.
Os exames de 2012/13 não são assunto menor, mas um caso muito sério, que nos deve fazer pensar. Apesar de tudo, nunca devemos perder o respeito pelos professores.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3269418&seccao=Jo%E3o%20C%E9sar%20das%20Neves&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=-1

Zel

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Re:Greve dos professores
« Responder #402 em: 2013-06-17 18:00:01 »
pelas declaracoes que vi na rtp de alunos e pais parece-me que a larga maioria culpa os professores e nao o governo pela greve
« Última modificação: 2013-06-17 18:01:56 por Zel »

Powerman

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Re:Greve dos professores
« Responder #403 em: 2013-06-17 18:00:20 »
Na minha opinião, o governo podia ter gerido melhor a situação. Para a opinião publica, o que passou foi que apesar dos professores serem uns canalhas ao marcarem greve para o dia de exames, o governo podia muito bem ter marcado os exames para outro dia (a sugestão do dia 20 cola nos ouvidos das pessoas).
Dar-te-ia razão Tatankov, mas não sei quem está a mentir sobre esse ponto. O Governo diz que a Fenprof não deu garantias que não marcava mais greves e a Fenprof diz que não é verdade (e mesmo assim seria abrir um precedente que era os sindicatos passarem a mandar todos os anos no calendário de exames, coisa que me parece insólito).

Não deixa de ser curioso, contudo, o ódio de alguns professores por outros colegas estarem a permitir que os seus alunos estivessem a fazer os exames.

quem esta a mentir eh a fenprof pois o tipo da FNE (outro sindicato) confirmou a proposta na sexta-feira em troca de nao marcarem greves para novas datas de exame

LOL

E ele pedia a divulgação das gravações, porque o governo jamais as libertaria, agora não contava era com o parceiro do lado, para confirmar o que disse o ME.   LOL

Abr
Entregar a supervisão a Constâncio, é dar dinamite a um pirómano - Astrid Lulling

Smog

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Re:Greve dos professores
« Responder #404 em: 2013-06-17 18:08:24 »
Na minha opinião, o governo podia ter gerido melhor a situação. Para a opinião publica, o que passou foi que apesar dos professores serem uns canalhas ao marcarem greve para o dia de exames, o governo podia muito bem ter marcado os exames para outro dia (a sugestão do dia 20 cola nos ouvidos das pessoas).
Dar-te-ia razão Tatankov, mas não sei quem está a mentir sobre esse ponto. O Governo diz que a Fenprof não deu garantias que não marcava mais greves e a Fenprof diz que não é verdade (e mesmo assim seria abrir um precedente que era os sindicatos passarem a mandar todos os anos no calendário de exames, coisa que me parece insólito).

Não deixa de ser curioso, contudo, o ódio de alguns professores por outros colegas estarem a permitir que os seus alunos estivessem a fazer os exames.

quem esta a mentir eh a fenprof pois o tipo da FNE (outro sindicato) confirmou a proposta na sexta-feira em troca de nao marcarem greves para novas datas de exame

LOL

E ele pedia a divulgação das gravações, porque o governo jamais as libertaria, agora não contava era com o parceiro do lado, para confirmar o que disse o ME.   LOL

Abr
O que vocês não dizem é que o governo levou propostas diferentes para os dois sindicatos. LOL
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Re:Greve dos professores
« Responder #405 em: 2013-06-17 18:09:24 »
O João César das Neves tem andado especialmente inspirado nos seus últimos artigos. Este não foge à regra e está bastante bom.

Citar
Os professores são pessoas sérias e dignas, profissionais competentes e responsáveis. Isto é evidente e indiscutível, mas hoje deve ser lembrado e repetido, perante o espectáculo indecoroso que a classe tem dado ao País. É mesmo necessário tentar compreender como podem pessoas razoáveis e sensatas comportar-se desta maneira.
O instrumento da greve, decisivo nas lutas heróicas dos trabalhadores, anda agora muito desvirtuado. Ainda existem casos clássicos de confronto laboral, mas nas empresas em concorrência, onde o conflito prejudica gravemente patrões e trabalhadores, as discussões são resolvidas rapidamente, em geral sem embate. Assim o uso actual mais comum da greve é como arma política nas mãos de sectores protegidos. Em Portugal, quem a utiliza são serviços infra-estruturais, pagos por impostos ou tarifas e imunes às consequências económicas das suas paralisações.
Mas mesmo entre as greves de funcionários, esta ultrapassou em muito os limites de um conflito laboral civilizado. Usar os alunos, em período de exames, como reféns dos interesses particulares é uma infâmia das mais vergonhosas. Que isso seja realizado não por estranhos mas pelos próprios mestres, parece inacreditável. Não é fácil encontrar uma classe que se preste a tal testemunho público de insensibilidade, arrogância e oportunismo.
Quaisquer que sejam os agravos envolvidos e a razão que lhes assiste, os meios usados são inaceitáveis. As leis mudam-se e os ministros passam, mas uma atitude destas ficará como mancha na profissão. Como é possível acontecer isto, sobretudo entre aqueles mesmos a quem confiámos a educação das nossas crianças e jovens e que, por isso, deveriam mostrar elevação especial? Será que afinal a tão falada crise do sector é mais profunda e temos desvairados irresponsáveis a dar aulas? Não podemos esquecer que os professores são pessoas sérias e responsáveis. A explicação tem, portanto, de estar noutro lado.
Em primeiro lugar, aqueles que decidem não são os professores, mas dirigentes, naturalmente mais extremistas. Pior, o sector tem atraído muitos agitadores profissionais, que apostam na subversão como resposta nacional. Mas a questão é substantiva e não se reduz a divergências entre representantes e massas.
O problema que se criou no sector durante as longas décadas de euforia a crédito é dos mais graves. Nos tempos de facilidade fizeram-se avanços espantosos, mas também loucuras inacreditáveis. A época da "paixão pela educação", que se traduziu em atirar dinheiro para um dos sectores mais delicados, gerou melhorias notórias, com vícios patentes. Basta ver que, enquanto o número de estudantes no ensino básico caiu mais de 25% desde 1986, data da entrada na CEE, os docentes do mesmo nível no mesmo período subiram 30%, apesar dos cortes recentes. O sector constituiu um refúgio para muitos sem vocação de ensino. Inventaram-se reformas, cursos e métodos surreais, para satisfazer o excesso de docentes, não necessidades dos alunos. O problema tinha de rebentar mais cedo ou mais tarde. E agora, quando o ajustamento é inevitável, as condições em que se desenrola proporcionam o máximo de irritação.
Os professores são pessoas superiormente inteligentes, com uma tarefa muito exigente. Enfrentar uma turma é uma das actividades psicologicamente mais constrangedoras e absorventes. A pressão é grande e não é qualquer um que dá aulas de qualidade; só mesmo quem tem vocação. Por outro lado, os docentes são facilmente sugestionáveis, pois têm tempo livre e funcionam em comunidade. As suas salas de convívio facilmente se transformam em incubadoras de raivas e agravos. Basta uma faísca e tudo fica explosivo. Nos últimos anos, as labaredas foram várias. Entrando em curto-circuito de exaltação, não admira que pessoas comuns se aprestem a comportamentos aberrantes. Caindo em si, percebem o mal em que participam.
Os exames de 2012/13 não são assunto menor, mas um caso muito sério, que nos deve fazer pensar. Apesar de tudo, nunca devemos perder o respeito pelos professores.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3269418&seccao=Jo%E3o%20C%E9sar%20das%20Neves&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=-1


Mas quem é que liga a esse tipo? Estou farta de o ver gozado.
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Re:Greve dos professores
« Responder #406 em: 2013-06-17 18:11:10 »
Lá no outro blog, desculpem mas esta é gira. ;D

"Na minha escola quem fez greve foram os efetivos, os velhinhos, os outros parasitas foram trabalhar, quando o diretor fez greve e estes parasitas pela porcaria de uns míseros euros foram trabalhar. Espero que para o ano fiquem todos fora do ensino, se Deus é justo que o faça.. Covardes.."
estas medidas que o governo quer impor vão afectar sobretudo os mais novos. Por isso...
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Re:Greve dos professores
« Responder #407 em: 2013-06-17 18:14:39 »
O público e o privado dificilmente serão iguais no futuro. Enquanto se puder fazer greves sem consequências para quem as faz. O professor (ou outro profissional da função pública) nunca sofre de "retaliação" e portanto é livre de fazer greve. Já no privado, as coisas não são bem assim.

Bem via como funcionavam as greves dos enfermeiros. Cheguei a fazer greve não porque concordasse com ela mas porque se nâo fizesse podia ter que seguir turno e fazer o meu e o trabalho dos outros. Enquanto isso e nesses dias, nos privados era um dia de trabalho normal.

Aliás, aqui na Suíça há muito menos greves e as pessoas são muito mais respeitadas à semelhança de outros países desenvolvidos na Europa. É tudo uma questão de cultura. As greves podem ajudar em determinados momentos, mas mais importante que isso é a organização do país e a cultura do seu povo.
Esta greve foi foi de atropelo á legalidade. os alunos deviam pedir a anaulação do exame.
Sendo assim, quem perdeu a face foi o ministério. Na sic N foi feito um inquérito á população e 80% é a favor da greve.
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Smog

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Re:Greve dos professores
« Responder #408 em: 2013-06-17 18:17:48 »
Facto 1 - O dia estava marcado há meses
Facto 2 - O sindicatos marcaram a greve em cima desse dia, sabendo que havia exame

Agora dizem que a culpa é do governo em não ter mudado a data ?!

A culpa é partilhada.

O governo não fez o minimo esforço para mudar a data do exame.
A estrategia do ministro parece que passou por:
1- Os exames com maior ou menor dificuldade, realizam-se, e os sindicatos são derrotados em toda a linha
2- Os exames não se realizam, mas aos olhos da opinião publica os sindicatos/professores são os grandes responsaveis

Na minha opinião, o governo podia ter gerido melhor a situação. Para a opinião publica, o que passou foi que apesar dos professores serem uns canalhas ao marcarem greve para o dia de exames, o governo podia muito bem ter marcado os exames para outro dia (a sugestão do dia 20 cola nos ouvidos das pessoas).
Foi o governo que perdeu. Os professores estiveram muito mobilizados e os exames que se realizaram não tiveram todos as garantias de equidade e legalidade.
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jeab

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Re:Greve dos professores
« Responder #409 em: 2013-06-17 18:18:28 »
Ainda bem que nós não pertencemos à população ... como a votação aqui do fórum a esmagadora maioria está a favor do governo ... :D

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,1781.msg66792.html#msg66792
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

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Re:Greve dos professores
« Responder #410 em: 2013-06-17 18:18:51 »

Não me lembro de ter assistido a uma gestão mais desastrosa de uma greve como a que foi realizada pelo Governo. Desde o início ignorou o descontentamente existente na classe dos professores, julgando que tinha instrumentos à sua disposição para minimizar os efeitos da greve. Primeiro surgiu uma artilharia de comentadores, a tentar convencer a opinião pública de que a greve era ilícita ou imoral, tentando assim desmobilizar os professores. Depois o Governo ameaçou com a requisição civil, contando que o Tribunal Arbitral decretasse serviços mínimos, apesar de o ensino não estar legalmente tipificado como um dos sectores em que é possível essa designação. Perante a recusa do Tribunal Arbitral em decretar esses serviços mínimos, o Primeiro-Ministro ameaça alterar a lei, fazendo lembrar o Ministro da Guerra de Salazar, Santos Costa, que quando era acusado de estar a violar a lei, respondia que a lei estava na ponta da sua caneta.
 
Impossibilitado de decretar serviços mínimos, Nuno Crato lembrou-se então de convocar todos os professores para a vigilância, levando assim a que cada grevista tivesse nove suplentes. Mas mesmo com esta medida, a greve teve impacto e inúmeros alunos ficaram sem exames. O resultado foi pior de que se ninguém tivesse feito exame, levando a um enorme protesto dos alunos. Imagine-se como se sentirão alunos que viram os seus colegas com exame realizado, enquanto que eles não o puderam fazer, tendo necessariamente que fazer um diferente, o qual pode ser mais fácil ou mais difícil, discriminando uns estudantes em relação a outros.
 
Uma conclusão: para se ser Ministro da Educação não basta ter escrito um livro sobre o eduquês, por muito correcto que o livro seja. É necessário ter capacidade de gestão política, o que tem faltado totalmente a este Governo.

http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/5474357.html

É qualidade de todo o governo.
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Automek

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Re:Greve dos professores
« Responder #411 em: 2013-06-17 18:19:34 »
O César das Neves esteve brilhante nesse artigo e é bem capaz de reflectir o sentimento da maioria das pessoas. Os professores falam muitas horas entre eles e, neste caso, perderam a sensibilidade do exterior. O inquérito da SICN foi, obviamente, resultado de professores grevistas que estiveram o dia todo colados à televisão a tentar perceber quão mal ficaram na fotografia.  :D

Smog

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Re:Greve dos professores
« Responder #412 em: 2013-06-17 18:20:14 »
Ainda bem que nós não pertencemos à população ... como a votação aqui do fórum a esmagadora maioria está a favor do governo ... :D

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,1781.msg66792.html#msg66792

É natural. Vocês gostam de vergar a espinha e á falta de melhor vergam a espinha ao Inc. :D
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Re:Greve dos professores
« Responder #413 em: 2013-06-17 18:24:50 »
O João César das Neves tem andado especialmente inspirado nos seus últimos artigos. Este não foge à regra e está bastante bom.

Citar
Os professores são pessoas sérias e dignas, profissionais competentes e responsáveis. Isto é evidente e indiscutível, mas hoje deve ser lembrado e repetido, perante o espectáculo indecoroso que a classe tem dado ao País. É mesmo necessário tentar compreender como podem pessoas razoáveis e sensatas comportar-se desta maneira.
O instrumento da greve, decisivo nas lutas heróicas dos trabalhadores, anda agora muito desvirtuado. Ainda existem casos clássicos de confronto laboral, mas nas empresas em concorrência, onde o conflito prejudica gravemente patrões e trabalhadores, as discussões são resolvidas rapidamente, em geral sem embate. Assim o uso actual mais comum da greve é como arma política nas mãos de sectores protegidos. Em Portugal, quem a utiliza são serviços infra-estruturais, pagos por impostos ou tarifas e imunes às consequências económicas das suas paralisações.
Mas mesmo entre as greves de funcionários, esta ultrapassou em muito os limites de um conflito laboral civilizado. Usar os alunos, em período de exames, como reféns dos interesses particulares é uma infâmia das mais vergonhosas. Que isso seja realizado não por estranhos mas pelos próprios mestres, parece inacreditável. Não é fácil encontrar uma classe que se preste a tal testemunho público de insensibilidade, arrogância e oportunismo.
Quaisquer que sejam os agravos envolvidos e a razão que lhes assiste, os meios usados são inaceitáveis. As leis mudam-se e os ministros passam, mas uma atitude destas ficará como mancha na profissão. Como é possível acontecer isto, sobretudo entre aqueles mesmos a quem confiámos a educação das nossas crianças e jovens e que, por isso, deveriam mostrar elevação especial? Será que afinal a tão falada crise do sector é mais profunda e temos desvairados irresponsáveis a dar aulas? Não podemos esquecer que os professores são pessoas sérias e responsáveis. A explicação tem, portanto, de estar noutro lado.
Em primeiro lugar, aqueles que decidem não são os professores, mas dirigentes, naturalmente mais extremistas. Pior, o sector tem atraído muitos agitadores profissionais, que apostam na subversão como resposta nacional. Mas a questão é substantiva e não se reduz a divergências entre representantes e massas.
O problema que se criou no sector durante as longas décadas de euforia a crédito é dos mais graves. Nos tempos de facilidade fizeram-se avanços espantosos, mas também loucuras inacreditáveis. A época da "paixão pela educação", que se traduziu em atirar dinheiro para um dos sectores mais delicados, gerou melhorias notórias, com vícios patentes. Basta ver que, enquanto o número de estudantes no ensino básico caiu mais de 25% desde 1986, data da entrada na CEE, os docentes do mesmo nível no mesmo período subiram 30%, apesar dos cortes recentes. O sector constituiu um refúgio para muitos sem vocação de ensino. Inventaram-se reformas, cursos e métodos surreais, para satisfazer o excesso de docentes, não necessidades dos alunos. O problema tinha de rebentar mais cedo ou mais tarde. E agora, quando o ajustamento é inevitável, as condições em que se desenrola proporcionam o máximo de irritação.
Os professores são pessoas superiormente inteligentes, com uma tarefa muito exigente. Enfrentar uma turma é uma das actividades psicologicamente mais constrangedoras e absorventes. A pressão é grande e não é qualquer um que dá aulas de qualidade; só mesmo quem tem vocação. Por outro lado, os docentes são facilmente sugestionáveis, pois têm tempo livre e funcionam em comunidade. As suas salas de convívio facilmente se transformam em incubadoras de raivas e agravos. Basta uma faísca e tudo fica explosivo. Nos últimos anos, as labaredas foram várias. Entrando em curto-circuito de exaltação, não admira que pessoas comuns se aprestem a comportamentos aberrantes. Caindo em si, percebem o mal em que participam.
Os exames de 2012/13 não são assunto menor, mas um caso muito sério, que nos deve fazer pensar. Apesar de tudo, nunca devemos perder o respeito pelos professores.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3269418&seccao=Jo%E3o%20C%E9sar%20das%20Neves&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=-1


Mas quem é que liga a esse tipo? Estou farta de o ver gozado.


Pois ligam é aos Pachecos Pereiras e outros defensores do bem comum, da escola pública, dos que acham que se devia nivelar por cima and so on... que "cresceram" na Soeiro Pereira Gomes.

Neste país quem diz umas verdades é sempre gozado pelos instalados!

(extrapolando um pouco, há que agradecer aos euros dos alemães, holandeses, etc um pais como o nosso, com pessoas que têm esta linha de raciocínio ter demorado tanto tempo até rebentar...mais uma vez)


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Re:Greve dos professores
« Responder #414 em: 2013-06-17 18:53:41 »
Mas o Pacheco o nao era aquele louco varrido ressabiado que  falava bem do governo, agora que martela nele passou a ser o herói lol isto mostra bem  como as pessoas mudam de opinião quando lhe pisam os calcanhares....e como as verdades doem ... ;D
O Miguel Sousa Tavares era o melhor porque sempre martelava no Governo agora que nao deu razão a classe da aristocracia ja ouço todos dizerem que nunca mais compram o expresso blá blá mas quando chamou palhaço ao governo era o Maior ....isto sim mostra muita coisa.

Ja agora  César as Neves  tem sido das pessoas  mais isentas a discutir vários temas incluído este e mais uma vez de forma brilhante.

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Re:Greve dos professores
« Responder #415 em: 2013-06-17 18:57:57 »

Não me lembro de ter assistido a uma gestão mais desastrosa de uma greve como a que foi realizada pelo Governo. Desde o início ignorou o descontentamente existente na classe dos professores, julgando que tinha instrumentos à sua disposição para minimizar os efeitos da greve. Primeiro surgiu uma artilharia de comentadores, a tentar convencer a opinião pública de que a greve era ilícita ou imoral, tentando assim desmobilizar os professores. Depois o Governo ameaçou com a requisição civil, contando que o Tribunal Arbitral decretasse serviços mínimos, apesar de o ensino não estar legalmente tipificado como um dos sectores em que é possível essa designação. Perante a recusa do Tribunal Arbitral em decretar esses serviços mínimos, o Primeiro-Ministro ameaça alterar a lei, fazendo lembrar o Ministro da Guerra de Salazar, Santos Costa, que quando era acusado de estar a violar a lei, respondia que a lei estava na ponta da sua caneta.
 
Impossibilitado de decretar serviços mínimos, Nuno Crato lembrou-se então de convocar todos os professores para a vigilância, levando assim a que cada grevista tivesse nove suplentes. Mas mesmo com esta medida, a greve teve impacto e inúmeros alunos ficaram sem exames. O resultado foi pior de que se ninguém tivesse feito exame, levando a um enorme protesto dos alunos. Imagine-se como se sentirão alunos que viram os seus colegas com exame realizado, enquanto que eles não o puderam fazer, tendo necessariamente que fazer um diferente, o qual pode ser mais fácil ou mais difícil, discriminando uns estudantes em relação a outros.
 
Uma conclusão: para se ser Ministro da Educação não basta ter escrito um livro sobre o eduquês, por muito correcto que o livro seja. É necessário ter capacidade de gestão política, o que tem faltado totalmente a este Governo.

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Substituam-no pelo Nogueira e verão se as greves acabam e depois veremos se as greves são mesmo úteis como foram em TODOS os governos .....com mil e uma desculpas para fazer menos e receber o mesmo.

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Re:Greve dos professores
« Responder #416 em: 2013-06-17 19:05:25 »
Hoje os professores fizeram greve e compreendo que a façam. As greves dos professores, além de compreender os seus motivos, concordo com eles.
Desde o primeiro governo Sócrates que os professores têm sido usados com campo de batalha política. Primeiro para criar ódios contra uma classe profissional, numa estratégia maquiavélica de conduzir as tensões contra um grupo específico. Durante dois mandatos, em vez de se discutirem ajustes directos  e outras negociatas, gastou-se o tempo nas causas fracturantes e nas lutas dos professores. Agora, a questão é mais material, há que arranjar dinheiro e há privados que precisam de negócio.

Quando Passos Coelho começou com aquela conversa do “emigrem”, do “piegas”, do “preguiçosos” e quantos mais insultos aos portugueses, pensava na altura que o tipo era parvo. Que nada tinha a ganhar com essa aparente estratégia de tiros nos pés.
Mas há uns tempos mudei de ideias.
Passos Coelho tem seguido uma estratégia de desmoralização das tropas inimigas: os portugueses que julgassem valer a pena contestarem a política governativa. Desde a primeira hora que diariamente nos tem sido cantada a canção do “não há alternativa” enquanto que, paralelamente, ia saindo o cânone de achincalhamento.

Se olharmos para onde tem ido o dinheiro vemos que o bota-a-baixo de Passos Coelho tem funcionado. Houve verdadeira contestação ao dinheiro enterrado no BPN, na Madeira, nos swaps, nas PPP e nos juros que se está a pagar à troika? Não.
E no entanto, estes buracos financeiros correspondem a mais dinheiro do que aquele que tem sido roubado aos contribuintes e aos funcionários públicos (estes em cumulo com o facto de serem também contribuintes).

A estratégia do governo tem funcionado. Os portugueses não têm acreditado na existência de alternativa e nem têm achado seriamente que vale a pena contestar. Tivemos aquela inaudita manifestação espontânea  do 15 de Setembro, mais uma coisa ali e outra acolá, mas o facto é que as políticas do governo têm passado.
Até o desrespeito à lei está a passar.
Neste momento, em Portugal quase não há oposição ao governo. Sim, existem partidos da oposição que fazem o que podem mas as sondagens não indicam que tenham o apoio popular que o actual momento político justifica.
Os portugueses preferem fugir daqui a lutar pelo seu pedaço de terra. E é neste aspecto que se constata que não era parva, mas sim maquiavélica, essa política de insulto aos portugueses.
No entanto, há um grupo que ainda resiste ao invasor. Não consegue impedir o bulldozer governativo, como outras classes, mais eficazes no evitar que lhes roam os calcanhares, mas mexem-se.
Esse grupo são os professores e, para o governo, são um alvo a abater. Pacheco Pereira, militante do PSD, explica porquê no seu artigo (Público- 15/06/2013).
Apoio esta greve porque percebo que o governo tem por objectivo despedir para depois contratar em regime precário e porque não acredito que existam professores em excesso, particularmente quando a escolaridade está a ser progressivamente alargada ao 12º ano.
Os professores ao lutarem pelo seu emprego estão, também, a evitar que se crie uma escola (pública) para pobres e outra (privada) para ricos.
Eu não nasci rica (nem agora o sou!) e se não fosse a escola pública não teria chegado ao que agora sou. Por muito que custe àqueles que nasceram em berço de oiro e que se sentiriam mais felizes se todo o ensino fosse privado, a verdade é esta. A escola pública trouxe novos horizontes a pessoas como eu.

Por isso, por razões egoístas, apoio a greve dos que defendem o seu ganha-pão.
Estudei no publico e no meu tempo eram 35 alunos por turma e davam-se as aulas melhor que hoje em dia com metade por turma, no meu tempo havia respeito pelo professor hoje não há porque o professor (nem todos ha os bons profissionais tambem) hoje so preocupa com o ganha ao fim do mes e fazer menos do que fazia antes ....
Nos ultimos 20 anos os professores aumentaram bastante e os alunos reduziram bastante mesmo aumentando a escolaridade obrigatória e com ensino muito pior que antes, nao puxando pelo raciocínio dos miúdos e facilitando tudo, e ainda diz que nao ha professores a mais  :o
Depois de tudo o que escreveu so mostrou que tambem faz parte a administração publica e que acha que deve continuar com a explorar os pretos do privado para sustentar as regalias e direitos (insuportáveis e inadmissíveis) dos brancos .
« Última modificação: 2013-06-17 19:12:51 por Happy_one »

Zel

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Re:Greve dos professores
« Responder #417 em: 2013-06-17 19:12:25 »
sim, o que os professores querem eh na realidade uma sociedade de castas economicas e com eles no topo

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Re:Greve dos professores
« Responder #418 em: 2013-06-17 19:29:17 »
A
Citar
Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) lamentou hoje a forma como estão a decorrer os exames nacionais do Ensino Secundário, considerando que o ministro da Educação perdeu "toda a credibilidade".

"Os pais estão a ver aquilo que está a acontecer hoje, dia de exame, como um precedente. Não sei como é que o Ministério vai conseguir resolver e atender aos constrangimentos que foram causados", disse à Lusa o responsável da direção da CNIPE Rui Martins, referindo-se ao facto de nem todos os alunos inscritos terem conseguido realizar hoje o exame de Português, devido à greve de professores.

Para Rui Martins, "criou-se uma bagunça" e ainda não é conhecida uma solução: "Neste momento não sei como é que o ministro vai resolver o assunto e perdeu toda a credibilidade".

O representante dos encarregados de educação entende que é preciso "apurar os responsáveis", lembrando que hoje de manhã tinha ouvido "o secretário de estado João Grancho dizer com toda a convicção que ia correr tudo bem".

"Como é que isso é possível, quando nós, enquanto pais, que não estamos dentro das escolas, percebemos que não havia condições para que fosse garantida a equidade e que tudo fosse feito dentro da normalidade. O que hoje constatamos é que as coisas não correram nada bem", criticou Rui Martins.

Perante a situação registada um pouco por todo o país, o responsável da CNIPE considera que "o ministério tem de assumir de uma vez por todas as responsabilidades e, nesta altura, já devia ter vindo dizer qual é a solução para os alunos que hoje não fizeram o exame".

Os professores, que começaram por fazer uma greve ao serviço de avaliações, decidiram agendar uma paralisação geral para hoje para contestar o regime de requalificação profissional e a mobilidade geográfica proposta pelo Governo, bem como o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.

Face à ausência de acordo entre Governo e sindicatos, um colégio arbitral decidiu pela não realização de serviços mínimos.

O Ministério da Educação ainda recorreu da decisão, mas não obteve resposta em tempo útil.

A greve aos exames de hoje, para os quais estavam inscritos cerca de 75 mil alunos, sucede-se a uma manifestação, realizada sábado, em Lisboa, na qual participaram 50 mil professores de todo o país, segundo os sindicatos.

A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as distâncias a que podem ficar colocados e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais são os principais pontos que opõem os docentes ao Governo
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Re:Greve dos professores
« Responder #419 em: 2013-06-17 19:30:34 »
Mas o Pacheco o nao era aquele louco varrido ressabiado que  falava bem do governo, agora que martela nele passou a ser o herói lol isto mostra bem  como as pessoas mudam de opinião quando lhe pisam os calcanhares....e como as verdades doem ... ;D
O Miguel Sousa Tavares era o melhor porque sempre martelava no Governo agora que nao deu razão a classe da aristocracia ja ouço todos dizerem que nunca mais compram o expresso blá blá mas quando chamou palhaço ao governo era o Maior ....isto sim mostra muita coisa.

Ja agora  César as Neves  tem sido das pessoas  mais isentas a discutir vários temas incluído este e mais uma vez de forma brilhante.
Sempre gostei do JPP.
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