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Autor Tópico: Reforma do Estado  (Lida 29743 vezes)

tote

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Re:Reforma do Estado
« Responder #60 em: 2013-10-31 01:28:29 »
nem parece teu criticar históricos próximos do largo do rato  :D

Toda a gente é criticável, e qdo não sou eu a fazê-lo, alguém o faz por mim   ;)

Mystery

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Re:Reforma do Estado
« Responder #61 em: 2013-10-31 09:51:36 »
O documento tem muitas medidas concretas. Outras pela sua natureza não o poderiam ser (e mesmo que fossem seriam duramente criticados por propor soluções específicas).

Agora quem não leu o documento ou apenas leu o que está na imprensa e está por isso a mandar bitaites sobre a não-especificidade das medidas apresentadas mais valia estar calado para não dizer disparates.

E é óbvio que a oposição nunca vai dizer publicamente que o documento é bom.
A fool with a tool is still a fool.

Zenith

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Re:Reforma do Estado
« Responder #62 em: 2013-10-31 11:31:56 »
Onde é que o documento está disponível?

karnuss

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Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #64 em: 2013-10-31 11:46:18 »
Impressionante.
Demoraram seculos para apresentar artigos de opinião?!

Documento elaborado pelos putos tóxicos onde só se apresenta clichés, e onde tudo só se baseia em artigos de opinião!

Medidas ja rebatidas cientificamente que nao resultam aparecem neste documento. Assustador.
Por exemplo, permitir que as reformas tenham plafond para desconto. Isso arrasava o sistema solidário de segurança social.
Hospitais e escolas sem funcionários e estes gajos dizem que ha funcionários a mais!!
O Estado tem funcionários abaixo da média europeia, sejam honestos ao menos.
Outsoursing!!!!pois....eu percebo.
Depois vê-se os estudos actuais e tudos estes clichés sao arrasados.

Portinhas...Portinhas
« Última modificação: 2013-10-31 11:54:10 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

karnuss

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Re:Reforma do Estado
« Responder #65 em: 2013-10-31 13:30:51 »
Nem é por aí. Algumas ideias são boas, outras nem sequer são novidade. Agora... Não tem gráficos,  nem metas objectivas (onde queremos o Estado daqui a 1 ano, daqui a 10, daqui a 50 etc.), nem análise custo-benefício das medidas... Tanto tempo para andar a fazer copy/paste de coisas já escritas em outros locais? Como documento estratégico é mesmo muito fraquinho...

Para além de que, as famosas 112 páginas, se colocadas com espaçamento e tamanho de letra decente, se ficam por umas 3 dezenas. Aquilo faria eu numa semana, e não sou ministro (nem pago como tal).
« Última modificação: 2013-10-31 13:32:06 por karnuss »

itg00022289

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Re:Reforma do Estado
« Responder #66 em: 2013-10-31 15:09:15 »
ele "fez" aquilo apenas para ver se o deixam de chatear com a "reforma do estado", nada mais.

tem esperança que daqui a 15 dias ninguém se lembre que o esse doc existe.

é mais uma Portada

Zel

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Re:Reforma do Estado
« Responder #67 em: 2013-10-31 15:54:00 »
ele "fez" aquilo apenas para ver se o deixam de chatear com a "reforma do estado", nada mais.

tem esperança que daqui a 15 dias ninguém se lembre que o esse doc existe.

é mais uma Portada

nem mais

JoaoAP

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Re:Reforma do Estado
« Responder #68 em: 2013-10-31 20:31:37 »
É somente para se calarem algumas pessoas e agora a oposição dizer o que faz de diferente...

Zel

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Re:Reforma do Estado
« Responder #69 em: 2013-10-31 20:32:57 »
por alguma razao falimos 3x em 30 anos

Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #70 em: 2013-11-30 12:33:22 »
Como Seria De Esperar, quando os rosalinos oferecem migalhas a quem merece ser tratado com dignidade, após uma carreira de trabalho sério, e não ser desdenhado por gentinha sem passado e apenas à cata de garantir um lugar de futuro.

Programa de rescisões na função pública é um fracasso
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Thunder

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Re:Reforma do Estado
« Responder #71 em: 2013-12-02 12:01:36 »
Já coloquei este dado num outro tópico mas acho que é muito importante para o tema deste tópico, por isso vou recolocar aqui.
Segundo um convidado do programa "Olhos nos Olhos" a despesa com a parcela de aquisição de bens e serviços saltou de cerca de 13,4 biliões em 2011 para 15 (e tal, já não tenho ao certo o valor na minha memória) biliões em 2012. O convidado falou em cerca de 2 biliões de aumento.
Cerca de 80% da despesa desta parcela será feita segundo ele por ajuste directo. Segundo o mesmo esta é uma das áreas que a Irlanda atacou com muito rigor e de maneira muito estruturada e bem planeada.
Se o PIB em 2012 foi cerca de 165 biliões (corrijam se estiver errado) estamos a falar que só o aumento desta parcela foi responsável por 1,21% do défice!! há aqui alguma coisa que eu esteja a ver mal ou esteja a escapar-me?
Outro dia alguém contava-me que leu na Visão que o Paulo Macedo conseguiu cortar 5 milhões em despesas com tinteiros! Alguém confirma?
Se pensarmos que a despesa desta parcela deveria era ter diminuído e nunca aumentado é fácil ver o impacto que tal facto teria no défice de 2012 e no nosso aumento de credibilidade perante futuros credores.
Acho um assunto crítico e fico espantado como este tipo de questão ter uma cobertura mínima na comunicação social (e mesmo na intervenção da oposição).


« Última modificação: 2013-12-02 12:06:30 por Thunder »
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Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #72 em: 2014-02-18 14:40:44 »
Ora aqui está a reforma do estado:



Público, 18 Fevereiro de 2014
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tatanka

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Re:Reforma do Estado
« Responder #73 em: 2014-02-18 14:42:45 »
Parecem-me boas noticias Luisa.
Era evidente para toda a gente, que havia um excesso obvio de professores.
“I hate reality but it's still the best place to get a good steak.”
― Woody Allen

Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #74 em: 2014-02-18 18:02:07 »
Podem usar todos os argumentos e mais alguns, desde o argumento demográfico ao da pretensa eficácia, mas um sistema educativo que perde cerca de 7,5% dos seus quadros (a avaliar pelo quadro que indica uma saída de mais de 8000 professores e educadores) dificilmente poderá ter o mesmo desempenho que tinha. A curto ou médio prazo.

Acrescendo a isto perdas de mais de 20% no salário e aumentos da carga lectiva.

Isto não é emagrecer o Estado, é fazer bullying profissional, apostando na saída de professores mais caros, para integrar outros – em modo ad eternum – com base no escalão salarial mais baixo, independentemente dos anos de exercício da profissão.

Pode ser uma política, pode ter uma qualquer pretensa legitimidade eleitoral ou ideológica, mas é algo que tem custos enormes a médio prazo, com o incentivo a práticas profissionais e pedagógicas defensivas e conservadoras, devidido ao medo (que este MEC incutiu de uma forma tão perversa) e ao esgotamento (psicológico e físico, mesmo dos mais “novos”).

Nuno Crato assumiu o papel de carrasco da profissão docente, aceitando como boa a sua proletarização e desqualificação, que só por piada se pode negar com base numa Avaliaçao de faz-de-conta e uma prova patética de ingresso na carreira, cuja execução na vertente “científica” vou percebendo ter sido entregue a facções académicas interessadas por demais em demonstrar a sua superioridade e capacidade avaliativa (mas que duvido que conseguissem resistir a uma semana de aulas reais fora da sua zona de conforto).

O que se possa dizer em contrário, só muito residulamente passará de artifícios de linguagem, aqueles mesmos que criticava aos eduqueses, pois o anti-eduquês não se deve definir apenas pelo anti, mas sim pela utilização de uma linguagem rigorosa.

Quanto a Auxiliares é só ir a uma qualquer escola e ver o que está a acontecer.
« Última modificação: 2014-02-18 18:03:56 por Luisa Fernandes »
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Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #75 em: 2014-04-10 16:01:35 »
Citar
FMI teme que a reforma do Estado seja um fracasso


"Reformas fundamentais" como a "redução da folha salarial do sector público" podem redundar em fracasso se não foram acompanhadas de "diálogo social" e "suporte popular", diz o FMI.



Suporte Popular? bem me parecia que o objectivo era mesmo a demonização dos que trabalham para o Estado perante os olhos dos “privados”.

Só que as pessoas – pelo menos em parte – percebem que também ficam a perder e muito com a degradação dos serviços públicos.


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Zel

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Re:Reforma do Estado
« Responder #76 em: 2014-04-10 16:03:42 »
Citar
FMI teme que a reforma do Estado seja um fracasso


"Reformas fundamentais" como a "redução da folha salarial do sector público" podem redundar em fracasso se não foram acompanhadas de "diálogo social" e "suporte popular", diz o FMI.



Suporte Popular? bem me parecia que o objectivo era mesmo a demonização dos que trabalham para o Estado perante os olhos dos “privados”.

Só que as pessoas – pelo menos em parte – percebem que também ficam a perder e muito com a degradação dos serviços públicos.


baixar os ordenados dos FPs nao implica degradacao dos servicos publicos, ate pode ser a unica forma de a impedir

Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #77 em: 2014-05-10 13:38:06 »
A leitura do texto que a seguir se cita é muito interessante e produtiva, para melhor percebermos o posicionamento de grupos privados que querem partilhar “o risco”, sendo que por isso se entende que eles ganham e os utentes do serviços é que arcam com o risco.

A reforma do estado torna-se assim algo equivalente a uma reestruturação empresarial, no sentido do mero downsizing à anos 80 mas com mais sofisticação retórica, não vale a pena ocultá-lo, em que quem ganha são apenas os tipos que aparecem lá a mandar despedir funcionários e fechar serviços.


Segundo esta abordagem, denominada de co-sourcing, uma determinada instituição pública associa-se, durante um período temporal definido, a um actor privado para a execução de determinada função. Esse parceiro assume a responsabilidade de transformar, de um modo permanente, as operações do organismo, recorrendo nomeadamente a serviços de consultoria.

As vantagens deste modo de colaboração são evidentes: transforma-se o Estado com base numa partilha de risco com o parceiro privado, qualificando-se os trabalhadores públicos para que estes fiquem aptos à futura operação optimizada, atingindo-se os ganhos esperados.


Conclusão dura e pura: A “reforma do Estado” em curso resume-se a isto: temos que conseguir sacar o máximo dele para as empresas privadas. Faz-se dois em um: satisfazem-se os interesses e a ideologia. Uma maravilha!
Vão-se as más gorduras do estado (o “social” é como o “mau colesterol”) e ficam as gorduras mais enxutas, que dão músculo e fibra à “competição económica”: os riscos para os contribuintes, os lucros para os privados (o “colesterol bom”).

O guião do Portas é isto. O resto são tretas para distrair o pagode.

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Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #78 em: 2014-06-15 11:37:02 »
Mais uma resposta para quem acha que os aumentos de impostos e cortes de salários, são a única dualidade viável para termos um estado social forte e saudavel.
E contra a "cassete" actual do "não há dinheiro":

Então não há dinheiro?...

 "Há e não há! É uma questão de prioridades. Há para umas coisas e não há para outras..." – como disse o (tão ignorado pela TV) Prof. Bruto da Costa, prestigiado economista, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, organismo oficial da Igreja Católica:

 De facto, a pergunta correcta não é se há dinheiro. A questão que deve ser posta aos portugueses é se querem continuar a gastar o dinheiro que têm a "salvar" os accionistas do BPN e do BPP, a pagar mais uma auto-estrada aos Mellos, a comprar submarinos que nem os compromissos da NATO obrigam, a dar muitos milhões em "rendas" às PPP e às empresas de energia, a perdoar impostos à banca e às famigeradas Sociedades Gestoras de Participações Sociais (SGPS), ou se, pelo contrário, acham melhor gastá-lo em investimentos produtivos e no financiamento do SNS, MEC e de outros serviços sociais do estado.
...
De resto, quer no plano nacional, quer no internacional, não foi a bancarrota do "Estado Social" ou o custo dos serviços por ele prestados, a causa da crise em que o mundo e o país mergulharam. Na realidade, foi a falência do sistema financeiro, originada por uma política de desregulação que estimulou investimentos não produtivos de elevado risco e crédito armadilhado para estimular o consumo, a causa do previsível e inevitável "crash" que, depois, os mesmos interesses egoistas fizeram repercutir sobre toda a economia. A grave situação actual foi desencadeada por esse desastre financeiro que governos cúmplices procuraram e procuram encobrir, tapando buracos e "imparidades" com dinheiros públicos, que depois dizem faltar à sustentabilidade dos direitos sociais.

 Em Fevereiro de 2008, depois de anos de apregoada insustentabilidade financeira do  National Health Service  inglês, o governo britânico injectou, sem hesitação e num piscar de olhos, 73 mil milhões de euros (aproximadamente o valor total da "ajuda" do BCE-FMI a Portugal) para "salvar" o Northern Bank que a especulação bolsista da administração levara à falência.

 Em Portugal, enquanto se corta no Ensino e na Saúde, perdoa-se aos acionistas da PT 270 milhões de euros que deviam pagar ao fisco, gastam-se 5 a 7 mil milhões de euros só para safar um banco (BPN), que depois se vende por 40 milhões, gastam-se mais 450 milhões para "salvar" o BPP (ou alguns dos seus accionistas) que acabou por fechar deixando os depositantes mais crédulos de bolsos vazios. Retiram-se mil milhões de euros ao SNS, mas pretendeu-se dar 800 milhões de euros às grandes empresas, cortando a taxa social única (TSU) que os trabalhadores teriam de compensar,. A Caixa Geral de Depósitos, que gastou dinheiro no socorro ao BPP e ao BPN (que o estado tem de repor), há pouco recapitalizada com fundos da "ajuda" da  troika  , corta os empréstimos aos cidadãos e às pequenas e médias empresas mas financia os Mellos em centenas de milhões de euros para completarem a aquisição da Brisa (os mesmos Mellos que continuam a investir nas Parcerias Público-Privadas da Saúde ocupando o vazio criado com o sub-financiamento do SNS).

 Confirmando que o problema não se centra na (in)capacidade financeira ou na insuficiente produção de riqueza mas sim numa opção ideológica facciosamente monetarista ao serviço de interesses dos donos da banca e das grandes empresas, as mesmos instituições (Comissão Europeia, BCE, FMI) que afirmam, nos  media,  a dificuldade ou impossibilidade de resolver os problemas da dívida soberana dos preguiçosos países do Sul, dolosamente apelidados de PIGS, retirando direitos (nomeadamente na Saúde) aos seu povos, encontraram a forma rápida de "dar", discretamente, só em Dezembro de 2011 e Fevereiro de 2012,  um milhar de mil milhões de euros  (1000 de mil milhões) à banca.

Jorge F. Seabra






« Última modificação: 2014-06-15 11:52:29 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

Zel

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Re:Reforma do Estado
« Responder #79 em: 2014-06-15 12:29:49 »
luisa, em vez de coisas vagas porque nao fazes as contas todas usando como base o orcamento do estado ? apresenta aqui os teus argumentos de forma racional, tu consegues.