Ora vejam lá se o país não está completamente a saque. Roubo. Desvio. Roubalheira pura e simples.
De um artigo no J.Negócios, diz Pedro Nuno Santos:
No caso de a Atlantic Gateway não ter capacidade de acompanhar, acrescentou, “sabemos que há pelo menos créditos que os acionistas têm sobre a empresa”, os quais “têm de ser convertidos em capital. É o mínimo”.
Outra das condições impostas é “a suspensão de algumas cláusulas do acordo parassocial, para garantir segurança ao Estado”. É o caso, avançou, de cláusulas que preveem a invocação de motivos para a saída da empresa”, o que disse ser “importante porque tem a ver com o impacto que isso possa ter do ponto de vista financeiro”, tendo em conta que o acionista privado, assim como o Estado, têm obrigações convertíveis da TAP.
Por fim, referiu, “deve ser garantido um controlo ao dinheiro que vamos injetar, seja diretamente ou indiretamente”. Isto porque “é fundamental que o Estado acompanhe e controle todos os processos negociais que digam respeito à frota e à movimentação da caixa”, afirmou Pedro Nuno Santos, sublinhando que “estamos num momento de negociação com as empresas de leasing”.
“Não podemos intervencionar a TAP a qualquer preço”, afirmou o governante, acrescentando que o Estado parte para esta negociação sem excluir “nenhum cenário, inclusivamente o da própria insolvência da empresa”.
Ora bem, eu aplaudo Pedro Nuno Santos. As exigências dele são razoáveis. Mas notem aquela frase que eu sublinhei. Isto sugere que ele desconfia de que, se não controlar a caixa da TAP, haverá uma série de negócios obscuros para favorecer o pessoal do grupo privado que lá está, roubando $$ à empresa. A frase do PNS é de aplaudir, mas é um sinal do triste estado em que estamos, e isto muito em geral, Na TAP, no NovoBanco e em tudo o que meta $$ público. O PNS está a ser invulgarmente honesto para um político.
Parece que há pipelines a chuparem esse $$ para as contas offshores dos privados.