Depois de amanhã em Portugal

[Incognitus]

Mas porque se rotula a pessoa de insatisfeita? Primeiro é preciso avaliar a causa da sua insatisfação. Terá problemas de saúde? Só suportará trabalhar 50% to tempo? Este liberalismo competitivo defende soluções tudo-ou-nada, não é inclusivo, não respeita as pessoas, as possibilidades de cada um.

Não é preciso rotular alguém - depreende-se que alguém que despoleta uma greve está necessariamente insatisfeito com alguma coisa.

[Incognitus]

A facilidade do empregador substituir trabalhores insatisfeitos com outros que estivessem no desemprego era o quotidiano do capitalismo do sec XIX presente nos romances do Dickens, e o cenário de empregados explorados enquanto à entrada da fábrica estava um exercito de desempregados prontos a tomar o lugar dos que estavam dentro  era o papão  que o Marx apontava aos trabalhadores para os motivar a lutar contra o jugo capitalistas. Iso deu origem a múltiplos confrontos sociais com perdas em vidas humanas.  Para não implodir de acordo com as predições de Marx o capitalismo teve de se regenerar tomando um rosto mais humano e soc, enquento que na outra metade do mundo  uma monstruosidade foi substituida por outra.
Mas parece que as lições da história rapidamente se perdem e agora começa a surgir a nostalgia anos de ouro do capitalismo do sec XIX.

Num cenário de grande desemprego não admira que tais regras fossem agressivas.

Num cenário de desemprego baixo, o problema não se coloca.

Mas num cenário de desemprego elevado também não faz muito sentido estarem a provocar-se greves em lugares que milhares de outras pessoas querem e podem ocupar pelas mesmas condições.

[valves1]

Eu acho que no meio termo existe um denominador comum que e o da responsabilidade, a satisfacao e um estado de espirito que a pessoa pode ou nao atinjir, e tremendamente estupido que se afaste  alguem por estar demasiado  triste ou demasiado contente desde que a pessoa mantenha educacao no trato.
 ja a falta de responsabilidade  e um criterio mais importante porque denota atitude ou falta dela.

[Incognitus]

Não era isso que acontecia nas plantações onde trabalhavam os escravos negros?
Quem estava insatisfeito..."saia"  depois entravam outros mais satisfeitos.

Hummmm.... e olha que aquilo era uma empresa de sucesso. Ganhava-se bom dinheiro.

Teremos com certeza por aqui alguns espécimes (ou descendentes) que lucraram bem com esse sistema.

1) Certamente que não eram, pois escravos eram-no involuntariamente;

2) Não sei se sabes mas os mesmos representantes hoje do colectivismo que defendes foram os que na altura defenderam a MANUTENÇÃO da escravatura, certamente justificada devido a um qualquer bem comum. Portanto quando defendes a iniquidade das pessoas perante um mesmo posto de trabalho, pensa lá duas vezes sobre se estarás realmente na posição eticamente superior.

[Incognitus]

Se queremos que as empresas funcionem como equipas que lutam juntas por atingir um mesmo objectivo, dir-se-ia que as regras que permitem contratar e eliminar elementos dessa equipa deveriam ser consentâneas com o estruturar de uma equipa e não legalistas e com critérios definidos no exterior da própria equipa, para as contratações ou despedimentos.

Nisso meteu um bocado de confusão o TC ser contra isso mesmo: contra a arbitrariedade a escolher quem despedir. Ou seja, contra a possibilidade do empregador se desfazer precisamente de quem acha que não faz falta ou bem à equipa.

[Luisa Fernandes]

Realmente percebo que o TC meta confusão a quem queira aprovar ILEGALIDADES.
Mas ainda bem, senão caímos num "esclavagismo" sem precedentes.
Apesar deste governo + Camilos o tentar a todo o custo.

[Incognitus]

Realmente percebo que o TC meta confusão a quem queira aprovar ILEGALIDADES.
Mas ainda bem, senão caímos num "esclavagismo" sem precedentes.
Apesar deste governo + Camilos o tentar a todo o custo.

O TC não desaprova ilegalidades, o TC interpreta e decide o que lhe dá na cabeça para proteger quem acha que deve ser protegido. E faz isso com base nos princípios gerais da Constituição, que estariam em qualquer Constituição.
 
Quem o TC protege não é necessariamente quem precisa de protecção.

[Mystery]

o TC acabará a seu tempo por cavar a sua própria sepultura

[Happy_TheOne]

o TC acabará a seu tempo por cavar a sua própria sepultura

Não vejo a hora ...., o problema é quando isso acontecer a sepultura estará bem mais funda e se calhar sem solução 
Mas esta lei das reformas de sobrevivência devia ser de outra forma a quem recebe mais de 1500€ retirar literalmente ...era mais justo

[Zakk]

Temos que ir com calma. Porque é que o governo nao torna os cortes temporários?

Basta cortar para sempre os novos e cortar temporario para os que lá estão (até atingir 60% da divida). Tamos a falar de pensionistas, esta gente não vai para novo.

[hermes]

o TC acabará a seu tempo por cavar a sua própria sepultura

O mecanismo não é óbvio. Acho que estão bem protegidos do poder político [e por inerência, dos cidadãos portugueses] e fora do alcance da realidade.

[Lucky Luke]

Não - o que eu professo é:
1) As pessoas serem iguais e terem os mesmos direitos;
2) Ser mais positivo ter as pessoas satisfeitas do que insatisfeitas.

Não faz um sentido incrível uma greve devido a insatisfação com as condições oferecidas, quando existem outras pessoas que estariam satisfeitas com as mesmas condições no mesmo mercado. O trabalho deve ir para quem o quiser nas condições propostas com satisfação.

Lamento mas insisto
a prática disso é o silenciamento da insatisfação
tu gostas de ter essa visão dual
quando analisas as "opções colectivizantes" baseias-te no homo sapiens e todos os seus defeitos
quando analisas a tua ideologia vês o bom menino selvagem, a bondade natural do homem
isso é muito facioso da tua parte
que te recuses a ver isso martelando os mesmos argumentos e não saindo do nível da filosofia não abona a tua posição
se vamos para o nível do corpo ideológico então até argumentos arranjo, e bem lógicos e racionais, para defender o nacional-socialismo

[Lucky Luke]

Não era isso que acontecia nas plantações onde trabalhavam os escravos negros?
Quem estava insatisfeito..."saia"  depois entravam outros mais satisfeitos.

Hummmm.... e olha que aquilo era uma empresa de sucesso. Ganhava-se bom dinheiro.

Teremos com certeza por aqui alguns espécimes (ou descendentes) que lucraram bem com esse sistema.

1) Certamente que não eram, pois escravos eram-no involuntariamente;

2) Não sei se sabes mas os mesmos representantes hoje do colectivismo que defendes foram os que na altura defenderam a MANUTENÇÃO da escravatura, certamente justificada devido a um qualquer bem comum. Portanto quando defendes a iniquidade das pessoas perante um mesmo posto de trabalho, pensa lá duas vezes sobre se estarás realmente na posição eticamente superior.

é precisamente na definição entre voluntário e involuntário
entre opção e não opção
que a tua teoria rui que nem castelo de cartas
pois parte de axiomas morais e lógicos sem qualquer decalque com a realidade

[Incognitus]

Resposta inteiramente vazia, Lucky. Dás-te conta que não avançaste com argumento nenhum nessa resposta?

Agora, tentando de novo. O que é que te leva a favorecer um trabalhador insatisfeito já instalado, versus um potencial trabalhador satisfeito que hoje está no desemprego? Já nem falo da forma como tão facilmente afastas o direito do empregador a ter consigo pessoas satisfeitas pagando o mesmo - pois claro que o empregador não é uma pessoa e não tem direitos.

Só não se compreende bem é porque é que um trabalhador tem que ter um direito superior ao de um desempregado. Principalmente quando trocar os dois aumentaria em alguns casos a satisfação total - ou seja, o bem-estar, nessa sociedade.

[deMelo]

Porque não apresentar basicamente a factura a cada cidadão Português?

Até se podia fazer algum ajuste por escalão de IRS.

Sr. "deMelo", passa a ter um empréstimo de 10.000 Euros para pagar ao estado. Isto permitirá que a dívida passe para 60% do PIB.
Dado o seu IRS, o ajuste feito, leva a que a sua fatia passe para 12.240 Euros. Como quer pagar?

Entretanto fica tudo na mesma. MASSSSSSSSSSSSSSS fazemos ajustes para que não se voltem a repetir os mesmos erros nos próximos 20 anos.

Não funciona?

[Zel]

Não era isso que acontecia nas plantações onde trabalhavam os escravos negros?
Quem estava insatisfeito..."saia"  depois entravam outros mais satisfeitos.

Hummmm.... e olha que aquilo era uma empresa de sucesso. Ganhava-se bom dinheiro.

Teremos com certeza por aqui alguns espécimes (ou descendentes) que lucraram bem com esse sistema.

eh algo ironico mas sao as tuas posicoes que mais se aproximam da defesa da escravatura

tu serias daquelas que veriam no fim da escravatura um ataque aos direitos adquiridos da epoca (ou seja aos teus direitos) tal como agora queres perpetuar a "escravatura" dos mais jovens para defender os teus direitos adquiridos

tens o coracao de um negreiro e a lingua duma demagoga

[Mystery]

o TC acabará a seu tempo por cavar a sua própria sepultura

O mecanismo não é óbvio. Acho que estão bem protegidos do poder político [e por inerência, dos cidadãos portugueses] e fora do alcance da realidade.

Estão protegidos enquanto houver dinheiro para pagar salários e pensões. Se o TC continuar a desautorizar, no limite a troika só financia o pagamento dos cupões da dívida pública.

[karnuss]

Há uma coisa nisto tudo que eu não percebo: o Inc defende que se troquem os trabalhadores insatisfeitos por outros, o Lucky defende que se mantenham os trabalhadores insatisfeitos na empresa. E porque não ocorre a nenhum deles a opção 3: o patrão tentar perceber e solucionar os motivos da insatisfação (na medida do possível) e o trabalhador passar a estar satisfeito?

[Incognitus]

Há uma coisa nisto tudo que eu não percebo: o Inc defende que se troquem os trabalhadores insatisfeitos por outros, o Lucky defende que se mantenham os trabalhadores insatisfeitos na empresa. E porque não ocorre a nenhum deles a opção 3: o patrão tentar perceber e solucionar os motivos da insatisfação (na medida do possível) e o trabalhador passar a estar satisfeito?

Eu não defendo que se troquem os trabalhadores insatisfeitos - eu defendo que se POSSAM trocar, o que é diferente. É apenas uma de muitas soluções possíveis, e deveria ser o empregador, junto com os empregados presentes e os potenciais, a ver o que melhor satisfaz a missão da empresa. A solução pode muito bem passar por manter os trabalhadores actuais, até porque substituir trabalhadores não acarreta somente os custos correntes de os pagar, existe toda uma experiência acumulada, laços sociais com os trabalhadores já existentes e com a gestão, etc.

[Automek]

a opção 3: o patrão tentar perceber e solucionar os motivos da insatisfação (na medida do possível) e o trabalhador passar a estar satisfeito?

Vejamos o caso de hoje do metro:

Os trabalhadores contestam as privatizações nos transportes públicos, bem como «a extinção de postos de trabalho» e «a degradação das condições de trabalho».