Mais um, do baú, que estou a reler ao cabo de 55 anos!
Foi o primeiro ministro de economia do governo federal
alemão de Konrad Adenauer: Ludwig Erhard, era um liberal
adepto da economia social de mercado, anti-dirigismo
económico, mas também adepto incorruptível da liberdade
e consequente concorrência económica anti-monopolista,
anti-trusts, anti-sindicatos com aumentos de salários
superiores ao aumento da produtividade!
Impressionou-me quando o li em 1963. Além de ministro
de economia, foi mais tarde chanceler da República Federal.
Lembro a tensão a que foi sujeito para intervir na regulação
de preços, que recusou persistente, pois estava seguro que
essa especulação açambarcadora do mercado negro não tinha
razão de ser substancial: resistiu, resistiu, uma, duas semanas
os preços sempre a subir, todos desesperados, que interviesse;
antidirigista, manteve-se firme na sua recusa! Até que ao longo
da 3ª semana, os preços começaram a cair, primeiro lentos, à
experiência, a seguir, rápidos até à normalidade, tudo salvo
sem tabelamentos, a moeda estabilizada, imune a ataques
especulativos de mercado negro! Venceu.
E aumentos de salários acima da produtividade, tinham
o mesmo nome: roubalheira! Moeda estável, persistência
no rumo político, aprendizagem séria da vantagem de trabalhar
para ganhar mais, ter maior rendimento, quer consumido,
quer poupado. Assim, sim: respeito pelas pessoas, valorização
da liberdade e responsabilidade pessoal.
Ou seja, com Erhard, eu também seria um liberal adepto
de uma economia social de mercado: salários e sindicatos
na proporção da produtividade, educação do povo, para
entreter-se para lá do futebol e da pasmaceira das televisões,
telemóveis e internets, lol.
E sim, trabalharem, não serem roubados, guardarem o seu
dinheiro e obrigarem o estado e os funcionários públicos a
trabalharem melhor com menos impostos
(e os bancos a não falirem).
Agora que os desempregados se empregaram, ver bem
se combinam com investidores a sério em que actividades
o país há-de envolver-se para a capitação dos rendimentos
salariais e de reposição do capital aumentar o bem-estar
para todos, sem monopólios nem burocracias.
E já agora, quantos aos uber e aos taxistas,
que tal baixar os impostos e as licenças
dos taxistas, por forma a esvaziar-lhes
o protesto da concorrência desleal
dos descaracterizados, a ver quem
deveras o público prefere, se o
que chama pelo telemóvel ou
o esticar o braço e mandar
parar o táxi! -:))