«Não basta ser-se bom apenas interiormente e dizer: não fiz nada de mal. Porque se mata também com o silêncio, mata-se também com o estar à janela. Não se comprometer pelo bem comum, por quem tem fome ou sofre injustiça, ficar-se pelo olhar, é já fazer-se cúmplice do mal, da corrupção, do pecado social, da máfia.
O exato contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença, que reduz a nada o irmão: não o vejo, não existe, para ti é um morto que anda.
Esta atitude o papa Francisco definiu-a como «globalização da indiferença». O maior mal é ter perdido o olhar, a atenção, o coração de Deus entre nós.»
Ermes Ronchi (teólogo italiano)