Novo CEO do Credit Suisse é o primeiro africano a liderar um banco de investimento globalTidjane Thiam era, até agora, presidente executivo da Prudential, empresa de serviços financeiros com presença na Ásia, Estados Unidos e Reino Unido.O Credit Suisse anunciou, nesta segunda-feira, que vai contratar o actual presidente executivo da empresa de serviços financeiros Prutential para o cargo de CEO. Tidjane Thiam, 52 anos, estava desde 2009 na seguradora (com presença na Ásia, Estados Unidos e Reino Unido) e tem uma carreira feita em consultoras como a McKinsey. Também passou pela Aviva e foi ministro do Planeamento e Desenvolvimento do governo da Costa do Marfim. Quando assumir o cargo, no início do Verão, será o primeiro africano a liderar um banco de investimento global e tem como missão reanimar a empresa, sob apertado escrutínio do regulador americano.De acordo com a Reuters, o chairman do Credit Suisse, Urs Rohner, anunciou que Brady Dougan, actual CEO, iria sair do em finais de Junho. “Com Tidjane Thiam, um líder forte e reconhecido, com um passado impressionante na indústria global de serviços financeiros vamos recuperar o nosso banco”, disse, em comunicado, citado pela agência de notícias. A experiência de Thiam na gestão de activos e de património e o desenvolvimento de novos mercados foram alguns dos motivos apontados para a contratação. “É a altura certa para a organização e para que eu possa sair da função”, disse, por seu lado, Brady Dougan.Tidjane Thiam deixa a Prudential com um crescimento de 14% nos lucros em 2014. Já o Credit Suisse reportou lucros líquidos de 921 milhões de fracos suíços (861 milhões de euros) no quarto trimestre de 2014, que contrastam com os prejuízos de 476 milhões de francos suíços registados no mesmo período do ano anterior (445 milhões de euros). A subida do franco face ao euro teve um impacto negativo de 3% nos grupos e o banco anunciou medidas para compensar estas perdas, como o corte de custos na ordem dos 200 milhões de francos (187 milhões de euros), onde se inclui uma redução de 25% do salário dos membros do conselho de administração.Em 2013, o Credit Suisse teve de pagar 2,6 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) de multa por ter ajudado cidadãos americanos a fugir aos impostos.