ora bem, depois do amigo mystery botar aqui a sua boutadezinha (olha lá pá! porque é que não escreves qualquer coisa com interesse? uma anedota, sei lá! é só alfinetadas tipo toca e foge? bah...)
cá estou eu a explicar tintin por tintin o que é isso do hedonismo e epicurianismo epicurismo: o epicurianismo epicurismo supostamente deveria ser um subset do hedonismo, mas não é.
têm em comum terem sido os primeiros ateus conhecidos. han...han... num mundo religioso dos pés aos cabelos, ser ateu devia ser obra.
achavam que não havia cá vida depois da morte, não acreditavam em superstições nem em Deus nem nada disso.
havia esta vidinha e era só.
consequentemente para os hedonistas, o que se levava daqui era o que se comia e bubia e f*dia e mainada.
bom, não era bem assim. pode ser que alguns se comportassem assim, mas ao fim e ao cabo eram gregos e filósofos. aspiravam ao conhecimento e à verdade.
consideravam que o único conhecimento que se podia obter era através dos sentidos e como não eram estúpidos preferiam o prazer à dor, algo saboroso a algo que soubesse mal, o cheiro a rosas ao cheiro a m*rda , etc etc.
tal como os aristotélicos, o objectivo final, o maior bem, era a felicidade. a via para a felicidade, o prazer dos sentidos.
começa a notar-se aqui um padrão:
maior bem / objectivo: felicidade
vias para a felicidade:
para aristóteles a virtude (areté) e a razão (logos)
para os hedonistas: o prazer dos sentidos (hēdonē). não ligavam aos prazeros do intelecto, não era algo material e eles para além dos primeiros ateus, foram os primeiros materialistas.
os epicuristas eram uns gajos mais comedidos: consideravam igualmente que a realidade só podia ser apreendida pelos sentidos, mas davam mais importância à ausência de dor, do que à experiência positiva do prazer sensorial.
basicamente: bebiam comedidamente e evitavam ressacas, comiam comedidamente e evitavam problemas de fígado e obesidade e por aí fora.
em vez de uns grandes libertinos, dada a sua busca pela ausência de dor, acabaram por ser piores que estóicos: o amor propicia prazer, mas como quando acaba provoca dor, eram celibatários. como a política e a ciência podiam despertar neles desejos inoportunos, abstinham-se intervenção política e estavam-se borrifando para o conhecimento, excepto aquele servia para evitar a dor. não sei se foram eles que influenciaram os budistas se os budistas a eles, mas a coisa é muito parecida.
claro que não acreditavam na reencarnação.
e pronto: de hedonistas e epicurianos epicuristas é mais ou menos isto.
D/L