a objeccao eh que pode criar arbitragens, podes incentivar bolhas no teu pais ou dividas publicas insustentaveis para os outros depois pagarem a factura
o défice/divida deixa de ser um problema.
1. Nacionalizam-se os bancos como o BE defende (conversão dos empréstimos em capital)
2. Emite-se dívida para financiar os défices. Não importa qual o nível do défice porque é tudo absorvido, via dívida, pelos bancos públicos
3. Não se paga a dívida e o BCE assegura a solvência do banco até aos 100K de depósitos. No limite se o banco falir cria-se a CGD2, CGD3, etc. e volta-se ao ponto 1.
Dito desta forma, parece um processo manhoso de lavagem de dinheiro.
A questão é: então e como vão reagir as pessoas ao saberem desta possibilidade? Os que têm dinheiro, isto é? A confiança na banca fica seriamente abalada.
porquê?
é muito mais seguro o BCE que o governo. o BCE financia-se a taxas negativas.
e um banco se vai rebentar, rebenta de uma forma ou de outra.
melhor que rebente nas mão do BCE que nas mãos dos governos.
estou um bocado surpreendido com a reacção a esta questão; que não é nova, tanto que citei um artigo que já estava no tópico da grécia.
o que há a reter é: a partir de janeiro os governos 'rebeldes' já não podem ser 'forçados' pelo BCE. pelo menos da mesma maneira que a grécia foi.
a questão da insustentabilidade da dívida continua tanto em cima da mesa como sempre esteve.
a grécia tem uma promessa 'escondida' de alívio da dívida. brevemente passará a não estar escondida.
a dívida portuguesa é tão insustentável como a da Grécia. brevemente, também, será renegociada.
qualquer das duas só depois de janeiro.
e o costa teve um timing perfeito nesta questão. provavelmente de uma forma completamente involuntária.
o alívio do serviço da dívida vai dar para repôr salários e pensões. espero. e até talvez dê para mais algum investimento público.
L