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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392514 vezes)

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #140 em: 2015-10-08 12:58:52 »
O maior factor é certamente o anteriormente referido, de todos os mortos que ainda estarão nas listas.
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Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #141 em: 2015-10-08 13:25:33 »
O maior factor é certamente o anteriormente referido, de todos os mortos que ainda estarão nas listas.
é vergonhoso que não se consiga a coisa mais básica que é eliminar mortos dos cadernos eleitorais. revela bem a incompetência dos responsáveis públicos.

Thunder

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #142 em: 2015-10-08 13:38:28 »
http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg217909.html#msg217909


Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...


Para mim este post está cristalino.
Concordo muito com o pontos que coloquei à bold.

A questão da traição aos eleitores acho que é evidente.
Se o PS desvia à esquerda acho que irão alienar bastantes dos seus eleitores habituais.
Se a CDU e BE desviam ao centro, acontece o mesmo.
Nesta altura, os jogos de bastidores dentro de cada um dos partidos, deverá andar muito à volta desta questão. Agarramos o poder agora em troca de queimar o partido nas próximas eleições? Em que termos faremos a coligação, de forma a queimarmos o mínimo possível o partido?



« Última modificação: 2015-10-08 13:39:24 por Thunder »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #143 em: 2015-10-08 13:49:47 »


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
L

Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.
« Última modificação: 2015-10-08 13:52:12 por Thunder »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #144 em: 2015-10-08 13:53:59 »
referes-te a formação académica e posterior especialização on the job?
concordo absolutamente.
o que não faltam são empresários semi-analfabetos, investidores em Ferraris e em imobiliário com azulejos de casa de banho no exterior da casa.

L

e isto é provavelmente a face mais benigna do capitalismo português.
a classe que anda sempre na mama do estado, no betão, na especulação imobiliária, nas grandes golpadas - BPN, BES etc. -  são muito piores.
esse não são míopes, vêem até muito bem.

L

Concordo, esses de burros não têm nada ...
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #145 em: 2015-10-08 14:02:11 »
referes-te a formação académica e posterior especialização on the job?
concordo absolutamente.
o que não faltam são empresários semi-analfabetos, investidores em Ferraris e em imobiliário com azulejos de casa de banho no exterior da casa.

L

e isto é provavelmente a face mais benigna do capitalismo português.
a classe que anda sempre na mama do estado, no betão, na especulação imobiliária, nas grandes golpadas - BPN, BES etc. -  são muito piores.
esse não são míopes, vêem até muito bem.

L

Concordo, esses de burros não têm nada ...

foram  muito ganaciosos   algum dia levam com revoluçao em cima.
e vao para la outros
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #146 em: 2015-10-08 14:04:38 »


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
L

Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.

quem teve coragem foi henrique cardoso afastou brasil do caminho argentino
o lula teve merito de nao estragar muito o que foi feito
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #147 em: 2015-10-08 14:33:52 »
É impressionante como por o governo ser minoritário está a ser dado como muito difícil que chegue ao final do mandato.
A população votou nas percentagens que votou, e sendo uma percentagem enorme de votos pertencentes ao "centrão" que em termos reais e concretos pouco diferem uns dos outros, porque carga d'água não conseguem entender-se? Mostra a real maturidade dos nossos agentes políticos. Uma cambada de miúdos mimados, sem o mínimo de sentido de responsabilidade (pois estão a interferir com a vida real de pessoas reais) que não conseguem chegar a entendimentos.

Um governo PSD+CDS+PS poderia governar perfeitamente, se fossem minimante responsáveis.
E se houvesse alguma questão realmente fracturante, a solução seria obvia. Devolvemos a palavra ao povo via referendo ... pois, mas já me equecia que o povo só interessa para fazer umas cruzes de 4 em 4 anos. Ora mamas tu, ora mamo eu, assim é muito melhor. Parece que o "Triunfo dos Porcos" não serve só para enquadrar a realidade das sociedades comunistas; infelizmente começa a descrever bastante bem as sociedades "democráticas" também.

Como escrevi antes, o Cavaco algum tempo antes das eleições falou na possibilidade de haver um governo de três partidos, ele deu até o exemplo da Finlândia. Fez tb apelos para que a campanha eleitoral não fosse muito dura, para que fosse possível haver dialogo entre partidos depois das eleições.

Eu penso que na cabeça dele sempre esteve a hipótese do governo ser PSD + CDS + PS. A maioria absoluta era logo à partida pouco esperada. Não é preciso haver referendo para haver um governo de três partidos, basta o PS aceitar, o que será dificil.

Ele disse isto, em 22 de Julho:

Citar
“Ainda há pouco, no passado mês de Abril, realizaram-se eleições na Finlândia, um país que tem um sistema político semelhante ao português. Após um processo negocial típico de uma democracia amadurecida, formou-se uma coligação governamental de três partidos.”

Agora, ele já mandou o líder da coligação reunir-se com o líder do PS para ver se isso é possível.

Caso isso não aconteça teremos um governo minoritário PSD + CDS.
O problema dos governos minoritários é que apenas um deles (o de Guterres) chegou ao fim da legislatura.

João, penso que entendeste mal as minhas palavras.
Eu não estava a dizer que era necessário um referendo para haver uma coligação CDS+PSD+PS
O que eu estava a dizer é que dada a proximidade de posições destes partidos, um governo seria possível, se não estivéssemos a falar dum conjunto de pessoas egocêntricas e sedentas de poder e que estão-se marimbando para governar de forma a realmente avançar o país. E em que conceitos de ética, humanidade, retidão são algo de alienígena.
O meu ponto é que nas poucas questões importantes e com peso, que fossem fracturantes entre esses partidos (na realidade tão próximos) e que impedissem a chegada a um consenso, fizessem o que deveria ser normal em democracia. Devolvem a palavra ao povo sob a forma de referendo.
« Última modificação: 2015-10-08 14:37:19 por Thunder »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #148 em: 2015-10-08 14:37:41 »


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
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Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.

quem teve coragem foi henrique cardoso afastou brasil do caminho argentino
o lula teve merito de nao estragar muito o que foi feito

Ainda estou para ser convencido que o Brasil pós-Lula, ou seja, o actual da Dilma, é assim tão melhor que o pré-Lula. Os pobres continuam pobres. A classe média continua na mesma. Os ricos continuam a enriquecer. Eventualmente a grande diferença é que agora o Lula passou da classe média-baixa para a classe rica... E com ele familiares, como o filho que de repente ficou como um dos tipos mais ricos do Brasil com fazendas enormes...

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #149 em: 2015-10-08 14:46:48 »
tu tens ver america latina esta 2 divisao comparada com europa

mas se fores comparar argentinas  brasil venezuelas etc

o brasil do enrique cardoso e lula  estava bom caminho para ganhar com globalizaçao.

a dilma e foi desgraça deixou crescer bolhas em todo lado e nao tem carisma para liderar reformas

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #150 em: 2015-10-08 15:12:17 »
Um bom texto do Rui Ramos

Citar
A fraude pós-eleitoral
Rui Ramos 

António Costa era candidato a primeiro-ministro. Caso os portugueses quisessem um governo liderado por António Costa teriam certamente posto o PS à frente. Não puseram.


Ao princípio, pareceu um devaneio de noite eleitoral, inspirado pelo desespero da derrota. Entretanto, converteu-se numa política fria e cínica: António Costa, depois de sujeitar o PS a um desaire nas urnas, parece agora inclinado a comprometer os socialistas na aventura de um governo com comunistas e neo-comunistas. Dir-me-ão: é só uma estratégia negocial. Ao admitir formar governo com apoio do BE e do PCP, Costa pretende apenas aumentar a sua margem de manobra perante a coligação, ou então obrigar o PCP e o BE a mostrarem que não estão verdadeiramente disponíveis. Mesmo que seja isso, António Costa está a pôr em causa a democracia portuguesa tal como saiu dos confrontos de 1974-1976 e se desenvolveu durante quarenta anos.

Em primeiro lugar, Costa já negou a tradição, sempre respeitada desde 1976, de que em Portugal quem fica à frente vence as eleições e tem um mandato para governar. No dia 4 de Outubro, os portugueses escolheram entre quatro principais soluções de governo: a da coligação PSD-CDS, a do PS, a do BE e a do PCP. A maior parte escolheu a coligação PSD-CDS. É bom lembrar: a coligação ganhou as eleições com mais de seis pontos percentuais à frente do PS, e com quatro vezes a percentagem de votos do BE e cinco vezes a do PCP. António Costa era candidato a primeiro-ministro: foi assim que participou nos debates e apareceu nos cartazes. Caso os portugueses quisessem um governo liderado por António Costa teriam certamente posto o PS à frente. Não puseram, e, portanto, não queriam. Ao negociar com PCP e BE, Costa está a admitir impor aos portugueses, através de uma chapelada parlamentar, um governo que os portugueses rejeitaram nas urnas. Talvez a Constituição não o impedisse, mas à luz da tradição política nacional e das expectativas dos eleitores seria um autêntico golpe de Estado. Outros regimes portugueses praticaram fraudes eleitorais: vai este inaugurar as fraudes pós-eleitorais?

Costa argumenta que uma “maioria de esquerda” é equivalente à “maioria da direita”. Não é. A aliança entre o PSD e o CDS é junta dois partidos democráticos; a aliança entre o PS, o PCP e o BE juntaria um partido democrático e dois partidos que rejeitam tudo aquilo que define a democracia portuguesa. O PCP e as forças políticas que constituem o BE têm como ideal as antigas ditaduras comunistas, e entre si admitem a saída de Portugal do Euro e da Nato, o repúdio da dívida pública, a reversão das privatizações e a nacionalização da banca.O PS foi o partido que em 1974-1977 liderou a luta por uma democracia pluralista de tipo ocidental, ao lado do PSD e do CDS e contra o PCP e a extrema-esquerda agora escondida no BE. O PS não é apenas um partido de “esquerda”, mas um partido da “esquerda democrática”, da mesma maneira que o PSD e o CDS não são apenas partidos de “direita”, mas da “direita democrática”. A direita democrática não se define apenas contra a esquerda, mas  contra o salazarismo, da mesma maneira que a esquerda democrática não se define apenas contra a direita, mas contra o comunismo. O facto de o PS, o PSD e o CDS serem partidos democráticos, incompatíveis com as correntes anti-democráticas de direita e de esquerda, tem este efeito: conforme o governo é dirigido pelo PS ou pelo PSD, as políticas públicas podem mudar, mas o regime não. A alternância entre esquerda e direita democráticas faz-se assim sem dramas. A partir do momento em que o PS deixasse de fazer fronteira com a esquerda que recusa a democracia pluralista e a integração europeia, tudo seria diferente. Votar no PS significaria o quê? Votar pela permanência no euro, ou pela saída do euro? Ninguém teria a certeza.

Não haja dúvidas: um governo dos derrotados de 4 de Outubro, que incluísse partidos que negam os fundamentos da actual democracia, provocaria uma imensa revolta no país. E tudo isto, para quê? Para que António Costa, depois de uma derrota inesperada, possa manter o lugar de secretário-geral do PS, do qual depende a sua sobrevivência como político profissional. É essa a única razão. Para defender o lugar, Costa precisa de chegar ao congresso do PS como primeiro ministro. Com esse fim, está disposto a sacrificar tudo e todos. Assim acabam os partidos, e assim acabam também os regimes.

http://observador.pt/opiniao/a-fraude-pos-eleitoral/


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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #151 em: 2015-10-08 15:25:49 »
já estão a ensaiar a tomada de posse de um governo com o pcp

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #152 em: 2015-10-08 15:42:09 »
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #153 em: 2015-10-08 15:52:56 »
O maior factor é certamente o anteriormente referido, de todos os mortos que ainda estarão nas listas.
é vergonhoso que não se consiga a coisa mais básica que é eliminar mortos dos cadernos eleitorais. revela bem a incompetência dos responsáveis públicos.

O eliminar mortos dos cadernos eleitorais também provoca a diminuição proporcional do peso de determinados distritos e assim distritos que elegem 4 deputados, 2 deputados, passavam a não eleger nenhum, ou 1 na melhor da hipóteses. E os caciques não iam perdoar essa reposição da verdade.
Jim Chanos: "We Are In The Golden Age of Fraud".

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #154 em: 2015-10-08 16:02:30 »
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #155 em: 2015-10-08 16:11:12 »


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
L

Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.

Não me expliquei bem.
O que eu queria era equacionar a desgraça iminente* de um governo de coligação à esquerda em Portugal, com o desastre iminente que se previa que o primeiro governo Lula viria a ser.
Acabou por ser completamente pacífico e foi uma altura de grande desenvolvimento económico no Brasil. Nenhum dos piores receios se veio a concretizar.
Que iria haver uma fuga de capitais brutal, que ia ser o fim do mundo em cuecas, que ia ser uma ditadura comunista. Enfim todos aqueles papões que são profusamente
utilizados quando um governo, realmente à esquerda, ameaça concretizar-se.

Houve corrupção? Sem dúvida. tal como tinha havido brutalmente mais com o Collor de Melo e um pouco menos com o Fernando Henrique Cardoso. É o Brasil, não é a Suécia.
E nós - BPN, BES - não somos ninguém para apontar o dedo.

L

*Eminente e iminente
Em que situações se usa eminente e iminente?
O adjectivo eminente quer dizer «muito acima do que o que está em volta; proeminente, alto, elevado. Ex.: torre eminente» ou «que é superior aos demais; sublime, excelente. Ex.: mestre eminente».

Quanto ao (também) adjectivo iminente, significa «que ameaça se concretizar, que está a ponto de acontecer; próximo, imediato. Ex.: desabamento iminente» (in Dicionário Eletrônico Houaiss).

'tava com dúvidas sobre o eminente e o iminente. acertei à primeira mas já agora se alguém tiver a mesma dúvida, aqui fica
« Última modificação: 2015-10-08 16:11:45 por Lark »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #156 em: 2015-10-08 16:15:01 »
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.


E o governo tem que ser de maioria?

é conveniente heras. maioria ou acordo parlamentar da maioria. ninguém pode governar com a oposição a aprovar medidas contrárias que é o que pode acontecer. vê por exemplo aqui:
http://observador.pt/2015/10/08/governo-da-esquerda-unida/

o sócrates, por quem nem tenho nenhuma simpatia, sofreu isso. torna a governação impossível.

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #157 em: 2015-10-08 16:16:21 »
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?
Não é obrigatório. Já houve governos sem maioria parlamentar. É necessário que o Passos Coelho aceite governar assim.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #158 em: 2015-10-08 16:20:54 »
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?
Não é obrigatório. Já houve governos sem maioria parlamentar. É necessário que o Passos Coelho aceite governar assim.

eu detesto governo minoria

porque 1 republica foi vergonha
e a actual ja teve 3 FMI..

na europa o que mais ha sao governos de 2 ou 3 partidos
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #159 em: 2015-10-08 16:24:52 »
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?

O governo tem de ser viável. Apenas isso. Até o BE podia ser governo sozinho se conseguisse obter os acordos necessários para ser viabilizado. No limite, até o PAN o podia fazer se conseguisse convencer todos os outros deputados a votar a favor ou abster-se nas votações das medidas a tomar.

Se a esquerda chegar a acordo, um governo PSD/CDS não será viável uma vez que não conseguirá desde logo passar o programa de governo no parlamento.

Se o PR ficar informado de que está em efeito uma coligação de esquerda, com um programa  de governo viabilizado por uma maioria absoluta no parlamento, não fará sentido sequer convidar a PaF a formar governo. Deveria pedir directamente ao António Costa que o fizesse.

Como já disse, por outro lado, pode entender que essa maioria não foi sufragada pelo eleitorado e que a votação teria sido substancialmente diferente, se a esquerda se tivesse apresentado coligada às eleições.

Nesse sentido poderia dissolver o parlamento e convocar novas eleições. Mas seria uma decisão altamente discutível e subjectiva. Dificilmente o PR se safaria da suspeita de que estava a proteger a sua área política. E nem sei se seria possível. Parece-me que o PR não pode dissolver o parlamento nos primeiros seis meses depois das eleições. Mas não tenho a certeza.

O que há a reter é o seguinte: qualquer governo a apresentar ao PR, tem que ser viável. Ou tem que ser suportado por uma maioria absoluta ou por acordos parlamentares que garantam a sua viabilidade.

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