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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 397622 vezes)

Pedro.J50

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #620 em: 2015-10-22 01:05:48 »
O Povo português quiz . O povo português teve.
 ;)

Onde pôr o dinheirinho ?


Pedro.J50

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #621 em: 2015-10-22 01:08:50 »
Varoufakis queria sair do euro, lembram-se ?
Os bancos fecharam...
À ultima da hora tsipras ganhou juizo e ejectou-o e inverteu a politica.

Agora Favourakis vem catetequizar portugal.
Talvez seja por este pais que a UE rebente.


Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #622 em: 2015-10-22 02:51:50 »
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

Neo, e tu, lembras-te daquilo que leste no programa eleitoral apresentado pela coligação?  ;D

sim ! e mesmo que nao lembrasse, outra qq lembraria. que raio de argumento

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #623 em: 2015-10-22 02:52:18 »
Eu penso que o costa vai formar governo mesmo. Nao sei se isso é bom ou mau, ou melhor ou pior, mas ele quando discursa, por exemplo ontem, no fim da reuniao, a falar com os jornalistas, fez o simbolo dos maçons com as maos, por duas vezes.

muito bom

Thunder

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #624 em: 2015-10-22 12:27:58 »
O sistema tem que evoluir; os representantes têm que ter menos poder, e a população referendar muito mais questões.
Mesmo a nível local, o sistema deveria ser muito mais aberto e tentando envolver muito mais a população. O feedback das pessoas têm que ter muito mais peso.

sou de opinião diferente. considero que os representantes devem ter mais poder. e os partidos menos.

os representantes devem ser, por ordem de importância:

1. representantes das suas ideias.
2. representantes dos seus eleitores.
3. representantes do partido que apoiou a sua eleição.

os governantes deveriam ser obrigatoriamente representantes à priori. queres ir para o governo? apresenta-te a eleições e faz-te eleger.
é o sistema britânico em que os governantes são obrigatoriamente oriundos do parlamento.

os representantes deveriam ser muito bem pagos. muitas vezes mais do que são neste momento.
deveriam ter um staff  adequado à sua disposição para serem efectivos escrutinadores do poder executivo - vide congresso americano.
o parlamento em si deveria ter sofisticadas agências de controlo das actividades executivas.
agências absolutamente alheias aos partidos, pagas pelo contribuintes, aos quais os representantes poderiam encomendar investigações, análises e estudos.
uma das agências seria a agência jurídica, que seria encarregue de apoiar os representantes na elaboração de leis. nenhuma lei deveria ser elaborada fora do perímetro parlamentar.

e mais umas coisas....

não sou contra o referendo mas penso que seria mais efectivo a nível local, não nacional. a banalização do referendo torna-o manipulável e fácilmente usados por demagogos.
nacionalmente penso que como está, está bem. apenas grandes temas transversais são apresentados a referendo - aborto, regionalização.

L

Imagina que tens umas lojas, uns apartamentos e uns terrenos e que queres rentabilizar esse patrimônio.
Mas gerir tanta coisa pode ser complexo.
Decidir se queres plantar algo nos terrenos, o que será mais rentável.
Tratar de arranjar clientes para as lojas.
Lidar com os inquilinos nos apartamentos, com condomínios, obras, etc.

Dada a complexidade decides contratar um gestor.
E confrontas 4 ou 5 gestores.
Cada um faz uma proposta mais fantástica que o outro.
Um vai plantar eucalíptos nos terrenos. Outro frutos vermelhos.
Outro vai pegar no dinheiro das rendas e investir num ETF xpto.

Agora imagina que as coisas correm mal. Com o primeiro escolhido.
E a seguir escolhes outro e corre mal novamente.
Em ambos os casos andam a meter dinheiro ao bolso por fora do contrato. E fazem opções que são absurdas.
Voltamos a escolher o primeiro, só porque ele vem novamente com outras propostas xpto e muito bem sonantes?
Não começaremos a pensar se não será melhor não delegar tanto em um gestor? Que o gestor tem "poder" a mais e facilmente nos enrola?

O eleitor ao escolher os representantes está basicamente nessa situação.
Só que o eleitor não tem a hipótese retirar poderes aos maus gestores. Pelo contrário; embora esteja provado que os gestores têm sido maus, eles têm cada vez mais poder.
É como se o dono dos imóveis da alegoria anterior, entregasse as "chaves" de todos os imóveis e contas bancárias por 4 anos, com basicamente plenos poderes para o gestor.
Tudo na base da confiança, quando anteriormente, por inúmeras vezes já foi escaldado.

--- /// ---

Os representantes estarem tão amarrados aos partidos é algo que faz-me uma confusão enorme.
James Madison defendia (e estou a fazer uma interpretação livre) que seria uma forma de estabilizar minimante o Parlamento, para que não houvessem 1001 ideias desgarradas, e que em certas situações dificilmente gerariam acordo.
Eu entendo este ponto de vista, mas acho que o conceito foi pervertido.
Como disseste, e bem, os representantes devem ter uma escala de valores a obedecer e os valores do partido não devem estar no topo da lista.
Ontem o António Barreto, numa entrevista, defendia que acha que o Tribunal Constitucional deveria declarar ilegal os documentos que amarram os deputados à disciplina de voto.
Não faço a mínima ideia se tem fundamentação legal ou não, mas no aspecto ético, parece-me uma ideia muito válida.

Em relação aos salários, também concordo. Deveriam nos cargos superiores serem maiores, mas associados a muito menor protecção jurídica e com mecanismos claros de responsabilização em caso de má gestão evidente.
E a questão de passagem entre público e privado deveria ser muito clara também.

Em relação aos referendos:
Eu entendo que haveria dificuldades numa fase inicial. Tenho a convicção que nas primeiras participações as pessoas poderiam tomar decisões mais discutíveis.
Mas acho que haveria um benefício óbvio. As pessoas seriam envolvidas no processo. E deixariam de ter a desculpa fácil de que votaram em fulano e que fulano não fez o que prometeu.
A população teria que refletir mais à fundo nas questões, com menor pendor clubístico e com maior responsabilidade.
Não sei se já viste a legislação sobre o referendo. Aquilo basicamente e na prática, impede a população de lançar temas para serem referendados.
Não te faz confusão que em n anos tivéssemos apenas 2 ou 3 referendos?
Já viste como por exemplo, a decisão de albergar os JO de Inverno de 2022 na Alemanha, não foi tomada centralmente?
Nós aqui é comer e calar, mesmo que se tratem de projectos que estão claramente contra a vontade da população.

« Última modificação: 2015-10-22 12:31:31 por Thunder »
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Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #625 em: 2015-10-22 12:43:32 »
Eliminar esses documentos não faria diferença enquanto o sistema se mantivesse. Isto porque o partido poderia sempre aplicar disciplina e o resultado seria as pessoas perderem o lugar dentro do partido.

A mudança teria que ser muito mais complexa, teria que passar por o partido não ter poder sobre os representantes (o que parece impossível num sistema baseado à partida em partidos).
« Última modificação: 2015-10-22 12:43:55 por Incognitus »
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Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #626 em: 2015-10-22 12:50:11 »
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

Neo, e tu, lembras-te daquilo que leste no programa eleitoral apresentado pela coligação?  ;D

sim ! e mesmo que nao lembrasse, outra qq lembraria. que raio de argumento

Tens razão---retracto-me. A minha intervenção nem sequer é um argumento---não sei em que estava a pensar para responder daquela forma, mas não era de certeza na tua frase. Vou ter mais atenção nas respostas "a quente"...

nota: não estou a ser irónico---às vezes o tom de escrita pode ser interpretado dessa maneira. Não é o caso.
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Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #627 em: 2015-10-22 12:57:41 »
Os representantes estarem tão amarrados aos partidos é algo que faz-me uma confusão enorme.
James Madison defendia (e estou a fazer uma interpretação livre) que seria uma forma de estabilizar minimante o Parlamento, para que não houvessem 1001 ideias desgarradas, e que em certas situações dificilmente gerariam acordo.
Eu entendo este ponto de vista, mas acho que o conceito foi pervertido.
Como disseste, e bem, os representantes devem ter uma escala de valores a obedecer e os valores do partido não devem estar no topo da lista.
Ontem o António Barreto, numa entrevista, defendia que acha que o Tribunal Constitucional deveria declarar ilegal os documentos que amarram os deputados à disciplina de voto.
Não faço a mínima ideia se tem fundamentação legal ou não, mas no aspecto ético, parece-me uma ideia muito válida.

Em relação aos salários, também concordo. Deveriam nos cargos superiores serem maiores, mas associados a muito menor protecção jurídica e com mecanismos claros de responsabilização em caso de má gestão evidente.
E a questão de passagem entre público e privado deveria ser muito clara também.


Em relação aos referendos:
Eu entendo que haveria dificuldades numa fase inicial. Tenho a convicção que nas primeiras participações as pessoas poderiam tomar decisões mais discutíveis.
Mas acho que haveria um benefício óbvio. As pessoas seriam envolvidas no processo. E deixariam de ter a desculpa fácil de que votaram em fulano e que fulano não fez o que prometeu.
A população teria que refletir mais à fundo nas questões, com menor pendor clubístico e com maior responsabilidade.
Não sei se já viste a legislação sobre o referendo. Aquilo basicamente e na prática, impede a população de lançar temas para serem referendados.
Não te faz confusão que em n anos tivéssemos apenas 2 ou 3 referendos?
Já viste como por exemplo, a decisão de albergar os JO de Inverno de 2022 na Alemanha, não foi tomada centralmente?
Nós aqui é comer e calar, mesmo que se tratem de projectos que estão claramente contra a vontade da população.

Concordo com estas ideias todas.
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Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #628 em: 2015-10-22 13:06:37 »
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

No outro dia lembrei-me que existem imensos cães em Portugal. Fui ver e estima-se que sejam 1 milhão e oitocentos mil. A isto acresce 1 milhão de gatos. (acho um número muito elevado, mas adiante)

Ora, uma espécie de IUC anual mas para cães e gatos a cinquenta euros cada, e usando o famoso ceteris paribus com o que o PCP costuma fazer todas as contas, já dava 140M anuais (sei que já existe uma taxa local, câmara ou junta, mas não sei se é anual).

E, pronto, assim de repente já arranjei mais 140M para o orçamento. Já me qualifico, no mínimo, para sub-secretário de estado.

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #629 em: 2015-10-22 13:10:53 »
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

No outro dia lembrei-me que existem imensos cães em Portugal. Fui ver e estima-se que sejam 1 milhão e oitocentos mil. A isto acresce 1 milhão de gatos. (acho um número muito elevado, mas adiante)

Ora, uma espécie de IUC anual mas para cães e gatos a cinquenta euros cada, e usando o famoso ceteris paribus com o que o PCP costuma fazer todas as contas, já dava 140M anuais (sei que já existe uma taxa local, câmara ou junta, mas não sei se é anual).

E, pronto, assim de repente já arranjei mais 140M para o orçamento. Já me qualifico, no mínimo, para sub-secretário de estado.


Ias ter o PAN à perna (no pun intended) durante o resto da legislatura (ou da vida)...  ;D
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #630 em: 2015-10-22 13:45:18 »
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

No outro dia lembrei-me que existem imensos cães em Portugal. Fui ver e estima-se que sejam 1 milhão e oitocentos mil. A isto acresce 1 milhão de gatos. (acho um número muito elevado, mas adiante)

Ora, uma espécie de IUC anual mas para cães e gatos a cinquenta euros cada, e usando o famoso ceteris paribus com o que o PCP costuma fazer todas as contas, já dava 140M anuais (sei que já existe uma taxa local, câmara ou junta, mas não sei se é anual).

E, pronto, assim de repente já arranjei mais 140M para o orçamento. Já me qualifico, no mínimo, para sub-secretário de estado.


Isso ainda não está bem pensado. Tens que tornar a coisa mais complexa, discriminar por cão e gato, peso, raça, etc. Senão não fica uma coisa bem feita. E arranja ai uma inspecção qualquer, anual ou mais frequente. E uns papéis que tenham que ser renovados regularmente (mas não durante a inspecção, entenda-se).

Isto lembra-me que o outro dia num atendimento do Estado me pediram um documento. A inovação não foi de me pedirem um documento de outra parte do Estado. Naquele caso, pediram-me um documento emitido por aquele mesmo serviço, naquele mesmo local, dois anos antes.
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Pedro.J50

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #631 em: 2015-10-22 14:02:19 »
Euro zone: Is Portugal's new socialist coalition the new Syriza?



End the euro and bring back nationalisation

While the new trio said it wants to return to the escudo – Portugal's currency prior to the introduction of the euro on 1 January 1999 – Communist leader Jeronimo de Sousa has gone further in his proposals.

He has called for a "dissolution of monetary union", which he claims has damaged the productive base of the European economy, and a 50% write-off of the country's public debt.

As well as nationalising the banks, De Souza also wants to wipe out the EU's Fiscal Compact, and EU's 2007 Lisbon Treaty, which form the constitutional basis of the union.

The leader of the Left Bloc, Catarina Martins, although more subtly, has also pointed to an exit from the euro zone, describing how the Portuguese would have to choose between "dignity and the euro".

These policies are bound to provoke a head-on collision with creditors and political enforcers, the ECB. This could have dramatic consequences for Portugal, as the ECB has not hesitated to quell rebel nations – such as Greece – in the past by killing off their banking systems.

If the country wants to remain in the euro, meanwhile, Europe's elite also say Portugal will have to maintain a primary surplus that does not make growth possible.

Markets are holding their breath, while large banks such as Rabobank already sharing their "reluctance" to buy Portuguese debt.

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #632 em: 2015-10-22 14:52:54 »
Citar
Pergunta do dia - Na sua opinião, quem deve Cavaco Silva indigitar para primeiro-ministro ?

Sapo.pt

Mais informações

Passos Coelho:5729 votos 60%

António Costa:2798 votos 29%

Não sei/Não respondo:1035 votos 11%

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #633 em: 2015-10-22 17:44:29 »

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #634 em: 2015-10-22 17:57:31 »
Imagina que tens umas lojas, uns apartamentos e uns terrenos e que queres rentabilizar esse patrimônio.
Mas gerir tanta coisa pode ser complexo.
Decidir se queres plantar algo nos terrenos, o que será mais rentável.
Tratar de arranjar clientes para as lojas.
Lidar com os inquilinos nos apartamentos, com condomínios, obras, etc.

Dada a complexidade decides contratar um gestor.
E confrontas 4 ou 5 gestores.
Cada um faz uma proposta mais fantástica que o outro.
Um vai plantar eucalíptos nos terrenos. Outro frutos vermelhos.
Outro vai pegar no dinheiro das rendas e investir num ETF xpto.

Agora imagina que as coisas correm mal. Com o primeiro escolhido.
E a seguir escolhes outro e corre mal novamente.
Em ambos os casos andam a meter dinheiro ao bolso por fora do contrato. E fazem opções que são absurdas.
Voltamos a escolher o primeiro, só porque ele vem novamente com outras propostas xpto e muito bem sonantes?
Não começaremos a pensar se não será melhor não delegar tanto em um gestor? Que o gestor tem "poder" a mais e facilmente nos enrola?

O eleitor ao escolher os representantes está basicamente nessa situação.
Só que o eleitor não tem a hipótese retirar poderes aos maus gestores. Pelo contrário; embora esteja provado que os gestores têm sido maus, eles têm cada vez mais poder.
É como se o dono dos imóveis da alegoria anterior, entregasse as "chaves" de todos os imóveis e contas bancárias por 4 anos, com basicamente plenos poderes para o gestor.
Tudo na base da confiança, quando anteriormente, por inúmeras vezes já foi escaldado.

deixa-me primeiro rectificar uma imprecisãozita nos teus argumentos:
os gestores, na administração pública, são os governantes. mais precisamente o poder executivo. no caso corrente, passos, portas e resto dos ministros, sec. de estado etc
os representantes não são gestores. não têm poder executivo. são legisladores.

em processos referendários, os eleitores substituem-se (em parte) ao legislador. Não legislam (por isso disse em parte) mas encarregam os representantes de legislar de  acordo com a decisão referendária, passando por cima de qualquer maioria que exista na assembleia.
mas nunca se substituem ao gestor. ao governo. ao ramo executivo. o ramo que tem a seu cargo executar a vontade dos eleitores.
vontade essa expressa através do processo legislativo pelos seus representantes.

os representantes como o seu nome indica, representam-nos. representam os seus eleitores.
o problema, a meu ver, no nosso sistema político, é que não representam os eleitores. representam os partidos.

no sistema anglo-saxónico não é assim. Os representantes são eleitos por um círculo eleitoral e têm que prestar contas a esse círculo.
e os governantes saiem saem (no caso britânico) directamente do parlamento para o governo.
se não se é representante não se pode ser ministro.
neste sistema,os governantes são de maior qualidade porque conhecem muito bem o processo legislativo e os representantes igualmente, porque quem quer ser ministro tem que ser primeiro representante.

L

PS: fiz várias alterações, é melhor reler...
« Última modificação: 2015-10-22 18:16:51 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
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If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #635 em: 2015-10-22 20:20:28 »
o cobardolas do cavaco fez o melhor discurso da sua carreira como presidente, nem parecia o mesmo

eagle51

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #636 em: 2015-10-22 20:33:11 »
o cobardolas do cavaco fez o melhor discurso da sua carreira como presidente, nem parecia o mesmo

dificilmente se pode chamar ao homem de cobardolas depois deste discurso

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #637 em: 2015-10-22 20:40:55 »
« Última modificação: 2015-10-22 20:41:55 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #638 em: 2015-10-22 20:44:24 »
na minha interpretacao o cavaco deu a entender que nao vai indigitar o costa por nada deste mundo, vem ai governo de gestao
« Última modificação: 2015-10-22 20:44:44 por Neo-Liberal »

eagle51

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #639 em: 2015-10-22 20:45:33 »
O que é que disse?  :D

---------------------

Ah, já vi

http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-indigita-passos-para-primeiroministro-1712066


bateu forte e feio, em particular no costa por aquilo que ele quer fazer que é contra-natura e contra os interesses do país (no entender dele, e no meu também)