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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392451 vezes)

karnuss

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1420 em: 2015-11-03 14:23:08 »
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Jsebastião, eu considero-me uma pessoa ponderada, sou muito curioso e gosto de ouvir a opinião de todos. Por isso, se me permites a liberdade, gostaria de saber a tua opinião do que poderia ser um bom governo de esquerda? Ou indo mesmo mais longe, um que superasse as expectativas.

Estou sem tempo agora para uma resposta mais longa, e responderei com gosto mais tarde.

Um primeiro ponto que me parece essencial para um bom governos de esquerda: entendimento, abertura, confiança e respeito entre todas as parte envolvidas, de modo a poder haver condições para criar compromissos duradouros. Sem estas bases, não pode haver um "bom governo de esquerda".

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.

tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1421 em: 2015-11-03 14:41:40 »
Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.

Percebemos pelo teu testemunho que tens uma experiência abundante a lidar com funcionários públicos.  :D

karnuss

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1422 em: 2015-11-03 14:45:11 »
Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.

Percebemos pelo teu testemunho que tens uma experiência abundante a lidar com funcionários públicos.  :D

O que te leva a dizer isso? Por acaso lido, por causa daquilo que faço. Muito trabalho técnico com Câmaras Municipais, Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Agência Portuguesa do Ambiente, Ministério do Ambiente, Instituto da Mobilidade e Transportes, Direção Geral da Energia. sei do que falo. E tenho muitos amigos que são técnicos e funcionários nestas instituições. Mas se percebes mais do que eu, força aí - relata a tua experiência.

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1423 em: 2015-11-03 15:47:16 »
Segundo ponto que me parece essencial para um "bom governo de esquerda": diálogo social.

Diálogo com parceiros e instituições, com sindicatos, com câmaras municipais e até com a própria oposição, que neste caso seria o PSD e o CDS, no sentido de ouvir e de aceitar opiniões e proposta numa base construtiva. Promover uma continuidade e regularidade neste diálogo, e promover bases para um entendimento que envolva a sociedade.

Em termos de abertura e comunicação, é fazer o exacto contrário do que sucedeu nestes últimos quatro anos, basicamente.

«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

«Name one thing that can't be negotiated...» - Walter "Heisenberg" White---Breaking Bad

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1424 em: 2015-11-03 16:11:09 »
os  sindicatos  sao PS e PCP  e claro que eles aceitam  muito melhor um governo deles


quanto ao resto  o estado vai crescer mais

na França ja gastam mais 50% do PIB

e o Hollande meteu  muitas politicas socialistas na gaveta!
« Última modificação: 2015-11-03 16:14:41 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1425 em: 2015-11-03 16:13:03 »
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1426 em: 2015-11-03 16:16:00 »

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.
É um excelente ponto karnuss. Em países com estados fortes e que funcionam (Suécia ou Bélgica, por exemplo), os directores gerais (e abaixo, claro) são funcionários de carreira e não de nomeação. São pessoas que fazem a sua carreira na administração pública, com o objectivo de servir o cliente (neste caso o cidadão) e seguem as orientação com igual empenho, sejam qual for o partido que estiver no poder.

Cá esses lugares são distribuídos com base em relações, que muitas vezes se iniciam nas juventudes partidárias e concelhias e sobem por aí fora nas estruturas partidárias. Basta ver esta CRESAP que, concorde-se ou não, foi criada para supostamente tornar a administração publica mais independente das nomeações politicas e que tem sido sistematicamente ultrapassada. Então no ministério da SS parece que é um escândalo.

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1427 em: 2015-11-03 16:17:23 »
“Não está nenhum acordo fechado”, diz Carlos César

porra, nunca mais

karnuss

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1428 em: 2015-11-03 16:25:31 »

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.
É um excelente ponto karnuss. Em países com estados fortes e que funcionam (Suécia ou Bélgica, por exemplo), os directores gerais (e abaixo, claro) são funcionários de carreira e não de nomeação. São pessoas que fazem a sua carreira na administração pública, com o objectivo de servir o cliente (neste caso o cidadão) e seguem as orientação com igual empenho, sejam qual for o partido que estiver no poder.

Cá esses lugares são distribuídos com base em relações, que muitas vezes se iniciam nas juventudes partidárias e concelhias e sobem por aí fora nas estruturas partidárias. Basta ver esta CRESAP que, concorde-se ou não, foi criada para supostamente tornar a administração publica mais independente das nomeações politicas e que tem sido sistematicamente ultrapassada. Então no ministério da SS parece que é um escândalo.

Concordo plenamente. Infelizmente em Portugal deu-se cabo das Direcções Gerais (que funcionavam como descreves lideradas por funcionários de carreira, com um conhecimento profundo sobre as matérias técnicas e os recursos humanos), e substituíram-nas por institutos e empresas públicas, para facilitar a atribuição de tachos - muitas vezes estas empresas e institutos são lideradas por "paraquedistas" sem qualquer conhecimento do local que estão a liderar, das matérias que lá se discutem e das pessoas que lá trabalham. Quando finalmente aprendem e dominam verdadeiramente as questões técnicas/administrativas, mudam de poiso por novo tacho ou mudança de governo. E lá começa tudo de novo... É frustrante ter de estar sempre a começar do início, explicar como funciona, a um chefe "paraquedista" que ainda para mais nos despreza por questões ideológicas.

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1429 em: 2015-11-03 16:44:42 »
pelo que dizes  eles so sabem de ideológia   :(
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Zenith

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1430 em: 2015-11-03 17:01:01 »
Citar
Disseram aos burros que as auto-estradas eram sem custos, e os burros acreditaram. Disseram-lhes que o investimento público se pagaria a si próprio e os burros pediram mais. Disseram aos burros que viveriam mais tempo, reformar-se-iam mais cedo e receberiam mais, e os burros acreditaram. Disseram aos burros que a culpa era das agências de rating, que o palheiro estava bem e que não havia nada com que se preocupar, e os burros zurraram contra as agências de rating. Disseram aos burros que bastava o PEC I, depois que bastava o PEC II, depois que bastava o PEC III, mas eles ainda hoje acreditam que teria bastado o PEC IV. Os burros acreditaram sem questionar que era possível escapar sem cortar na ração. Os burros acreditavam que o cavalo dourado vivia à custa da mãe, depois de um empréstimo, depois que o amigo lhe emprestava milhões e agora acham que é tudo culpa dos jornais. Os burros acreditaram que Hollande e Tsipras iriam violar as regras da matemática e ainda hoje acham que foi a matemática que fez jogo sujo. Quando Varoufakis lhes disse que poderiam ser cavalos se relinchassem alto suficiente, os burros cumpriram as instruções.

Os burros acham que a palha é grátis. Mas se parassem um momento para olhar para trás, veriam que não só a palha não é grátis como são eles que a carregam no lombo. A deles e a dos cavalos que os vão conseguindo enganar.
Carlos Guimarães Pinto
http://oinsurgente.org/2015/11/03/os-burros/



É um manifesto da classe?  ;D

McKricas

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1431 em: 2015-11-03 17:04:52 »
“Não está nenhum acordo fechado”, diz Carlos César

porra, nunca mais


Sim, essa noticia é interessante:

Citar
"Enquanto não existir um acordo firmado com o PCP e Bloco de Esquerda, não vale a pena valorar o estado das negociações como estando a 90 ou a 40 por cento".

"Quando houver esse acordo, ele deverá ser comunicado e é importante que esse acordo seja aclarado, evidentemente, antes da discussão do programa do Governo [que se inicia na segunda-feira], porque é esse o compromisso do PS. Nós só nos constituiremos como uma força política que contribui para o derrube do Governo PSD/CDS se formos simultaneamente portadores de uma alternativa responsável, estável, com sentido duradouro e que proporcione aos portugueses um sentimento de tranquilidade e de confiança", afirmou.

O presidente do Grupo Parlamentar insistiu neste ponto: "Não votaremos nem apresentaremos nenhuma moção de rejeição se não tivermos em simultâneo a garantia que temos uma alternativa acordada e consolidada com os restantes partidos políticos".

Continuo a considerar que um "acordo de mínimos" entre o PS, BE e o PCP já deve existir. Mas este discurso do Carlos César parece-me indicar uma alteração na posição do PS... é um recuo face ao que ouvimos anteriormente e depois do PS ter estado nos últimos dias muito contido nos discursos.

É claramente um discurso mais moderado e até volta a colocar a "hipótese" de que o PS poderá viabilizar este governo.

Muito interessante...

Pode ser uma eventual alteração da estratégia (uma tentativa de voltar ao discurso e à posição inicial) ou apenas uma forma de valer-se deste argumento para pressionar o PCP a não andar para trás.

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1432 em: 2015-11-03 17:07:50 »
 O PCP  e partido comunista mais forte europa e teimoso

tem muito perder!


O Costa vai ter ser mais comunista que o Soares :D
« Última modificação: 2015-11-03 17:08:11 por Reg »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1433 em: 2015-11-03 17:11:44 »
O PCP  e partido comunista mais forte europa e teimoso

tem muito perder!


O Costa vai ter ser mais comunista que o Soares :D

O Costa tem que meter uma cunha no Partido Comunista Brasileiro para convencer o Jerónimo.

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1434 em: 2015-11-03 17:12:18 »
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

João,

Vamos lá encerrar essa falácia.
O que o PS tem que cumprir é o programa de governo com que se apresentou a eleições.
Se para tal, precisa de se coligar como BE e o PCP, está a fazer tudo o que pode, para cumprir esse programa.
Essa é a única promessa que é para cumprir.
As alianças que tem que fazer, são meios, para cumprir esse programa. Sem coligação haveria zero possibilidades de cumprimento.

Vou dizer outra vez: a única promessa que qualquer partido tem que fazer, é o cumprimento integral do  seu programa de governo.
nenhum partido tem que avisar ou deixar de avisar que fará tudo para cumprir essa promessa, incluindo coligações. Está implícito!
neste caso, a única forma que o Costa encontra para cumprir o programa, é coligar-se.

A ver se essa falácia se extingue, de uma vez por todas.

L
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1435 em: 2015-11-03 17:18:01 »
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa que o PS apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

É normal os partidos alterarem o Programa de Governo uma vez eleitos. Foi feito em quase todas as legislativas.
« Última modificação: 2015-11-03 17:19:47 por McKricas »

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1436 em: 2015-11-03 17:18:45 »
programa de governo do PS era QUASE  igual  PSD/CDS

o que vai sair daqui vai ser bem mais estilo do PCP
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Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1437 em: 2015-11-03 17:21:24 »
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa do PS que apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

Podem, claro.
e aí poderá haver razão de dizer que o PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado.
não torna o governo ilegítimo, mas pelo menos poder-se-á dizer isso.
dizer que o PS não avisou que se ia coligar, é que é completamente irrelevante.

L
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Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1438 em: 2015-11-03 17:23:46 »
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa do PS que apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

Podem, claro.
e aí poderá haver razão de dizer que o PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado.
não torna o governo ilegítimo, mas pelo menos poder-se-á dizer isso.
dizer que o PS não avisou que se ia coligar, é que é completamente irrelevante.

L

o que eu estou a argumentar é que
Citação de: João-D
embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda
é uma falácia.

L
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1439 em: 2015-11-03 17:23:57 »
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa do PS que apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

Podem, claro.
e aí poderá haver razão de dizer que o PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado.
não torna o governo ilegítimo, mas pelo menos poder-se-á dizer isso.
dizer que o PS não avisou que se ia coligar, é que é completamente irrelevante.

L

pode dizer foi tirar da gaveta o Socialismo marxista do Soares
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