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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392499 vezes)

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1760 em: 2015-11-07 01:54:26 »
A propósito da entrevista do Costa, e tendo em conta a discussão de hoje com o Incognitus, houve uma pergunta específica sobre a questão da reposição das pensões, de todas as pensões (por insistência da entrevistadora), ao que o Costa, depois de ter ficado nitidamente perdido nos seus pensamentos (perdeu a articulação no discurso), respondeu que eram para repor, mas que isso ia ser feito para respeitar a Constituição. (tudo bem, eu continuo a esperar para ver de que forma vão buscar esse dinheiro aos casos que mais ganham, porque acho certo que o vão fazer por outros meios).

Se vão buscar o dinheiro aos que mais ganham, é uma incerteza.

O que é uma certeza, é que se repuserem as pensões e salários primeiro vão dar dinheiro aos que mais ganham!
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

purehawk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1761 em: 2015-11-07 03:06:30 »
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???

I. I. Kaspov

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1762 em: 2015-11-07 04:27:15 »
Sim, para além das 2 regiões que já existem (Açores + Madeira), poderia dividir-se o Continente em 2 (Norte + Sul), ou 3 (Norte + Lisboa & arredores + Sul) ou 4 (autonomizando também o Algarve), ou 5 (dividindo a Região Norte em Norte + Centro), ou ainda 6 (se o Porto/Gaia, etc.  se autonomizasse também...)... mas penso que a fronteira geográfica e política mais natural ainda seria o rio Tejo...
Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there; Let's Make Rome Great Again!

purehawk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1763 em: 2015-11-07 05:19:57 »
Sim, para além das 2 regiões que já existem (Açores + Madeira), poderia dividir-se o Continente em 2 (Norte + Sul), ou 3 (Norte + Lisboa & arredores + Sul) ou 4 (autonomizando também o Algarve), ou 5 (dividindo a Região Norte em Norte + Centro), ou ainda 6 (se o Porto/Gaia, etc.  se autonomizasse também...)... mas penso que a fronteira geográfica e política mais natural ainda seria o rio Tejo...

É isso!
E cada Partido ficava com a sua Regiãozinha!
Assim já não viamos um determinado Partido ladrar contra a governação de outro Partido porque esse outro Partido governava em outro "quintal" e em seara alheia não se ladra.

Seria interessante analisar as preferências dos cidadãos pelas Regiões e o progresso & bem estar que cada Região ideológica iria conseguir proporcionar aos cidadãos...
Seria uma Nação multicolor.

Era caso para acontecer:
És do PSD e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).
És comunista e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).

Etc...


    8)

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1764 em: 2015-11-07 09:11:24 »
Citar
Pergunta do dia - Qual dos seguintes líderes políticos lhe inspira mais confiança ?

SAPO.PT

Pedro Passos Coelho:1606 votos 36%

António Costa:780 votos 17%

Catarina Martins:479 votos 11%

Paulo Portas:95 votos 2%

Jerónimo de Sousa:303 votos 7%

Outro:63 votos 1%

Nenhum deles:1147 votos 26%

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1765 em: 2015-11-07 09:19:48 »
parece-me que a entrevista do costa teve como grande objectivo a continuacao da fuga para a frente e dos factos consumados de modo a pressionar o PCP a fazer um acordo depressa

mas o auto-anunciado PM ate parecia nervoso e receoso



.....inteiramente de acordo....eh.eh.... 8)


http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-11-07-Antonio-Costa-ja-tem-programa-de-governo-fechado

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1766 em: 2015-11-07 11:12:21 »
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???


É uma utopia bem engraçada e estimulante (para o cérebro começar a fazer previsões e a traçar cenários---possíveis e impossíveis---tais como: "como se dividia o território em zonas?, e quem ficava com o quê? a percentagem territorial devia ser proporcional ao número de votos, ou seriam 5 regiões mais ou menos do mesmo tamanho? e haveria rotatividade de x em x anos? bom para o conceito, mau para os habitantes...), e certamente que a ideia de "democracia" teria então um teste ainda mais "a sério" quanto às suas reais capacidades e limitações, mas logo se colocariam uma série de entraves a tal sistema, porque violaria não sei quantos tratados e disposições internacionais, já para não fala na Constituição. Mas sem dúvida que resolvia logo uma série de outros "problemas de convivência social".
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

«Name one thing that can't be negotiated...» - Walter "Heisenberg" White---Breaking Bad

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1767 em: 2015-11-07 11:23:48 »
A propósito da entrevista do Costa, e tendo em conta a discussão de hoje com o Incognitus, houve uma pergunta específica sobre a questão da reposição das pensões, de todas as pensões (por insistência da entrevistadora), ao que o Costa, depois de ter ficado nitidamente perdido nos seus pensamentos (perdeu a articulação no discurso), respondeu que eram para repor, mas que isso ia ser feito para respeitar a Constituição. (tudo bem, eu continuo a esperar para ver de que forma vão buscar esse dinheiro aos casos que mais ganham, porque acho certo que o vão fazer por outros meios).

Se vão buscar o dinheiro aos que mais ganham, é uma incerteza.

O que é uma certeza, é que se repuserem as pensões e salários primeiro vão dar dinheiro aos que mais ganham!

Colocadas as coisas nestes termos, de acordo, nada a objectar.

Incognitus, penso que os meus conceitos e valores estão relativamente claros para quem acompanhar o que escrevo. A respeito da "redistribuição de capital" pela máquina do Estado/governo, a quem se tira e a quem se dá, não há grandes dúvidas, sou "esquerdista" (embora de forma moderada, e independentemente de haver possibilidades financeiras/orçamentais para permitirem aquilo que desejaria ), ou seja, quem tem mais rendimentos, deve contribuir também mais manter o "Estado Social" a funcionar, e quem tem menos deve ser poupado, na medida do possível, à "austeridade". Se um partido com o qual simpatizo, e que diz pretender defender os mais desfavorecidos, faz exactamente o contrário, é obvio que não me cai nada bem. Agora, não posso é olhar para uma medida isolada, que é disso que estamos a falar, e traçar logo um juízo de valor para o cenário governativo todo.  Olhando para a medida isolada, parece absurda, olhando para o cenário todo, não faço a mais pequena ideia, porque não o conheço.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1768 em: 2015-11-07 11:32:17 »
Sim, para além das 2 regiões que já existem (Açores + Madeira), poderia dividir-se o Continente em 2 (Norte + Sul), ou 3 (Norte + Lisboa & arredores + Sul) ou 4 (autonomizando também o Algarve), ou 5 (dividindo a Região Norte em Norte + Centro), ou ainda 6 (se o Porto/Gaia, etc.  se autonomizasse também...)... mas penso que a fronteira geográfica e política mais natural ainda seria o rio Tejo...

É isso!
E cada Partido ficava com a sua Regiãozinha!
Assim já não viamos um determinado Partido ladrar contra a governação de outro Partido porque esse outro Partido governava em outro "quintal" e em seara alheia não se ladra.

Seria interessante analisar as preferências dos cidadãos pelas Regiões e o progresso & bem estar que cada Região ideológica iria conseguir proporcionar aos cidadãos...
Seria uma Nação multicolor.

Era caso para acontecer:
És do PSD e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).
És comunista e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).

Etc...


    8)

Ainda a propósito desta "ideia", não sei que hábitos de leitura tens, mas há um livro, Os Despojados (de Ursula K. Le Guin), que coloca em hipótese uma divisão da humanidade em duas facções e territórios diferentes (no caso são dois planetas diferentes), dentro do quais imperam dois sistemas políticos diferentes, um capitalista, outro anarco-comunista. O livro expõe conceitos políticos e ficcionaliza comparativamente como seria a vida nos dois planetas ao fim de umas centenas de anos. É uma boa leitura, mesmo que não se concorde com as ideias que lá estão expressas.

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Dispossessed
« Última modificação: 2015-11-07 11:32:38 por Jsebastião »
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

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Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1769 em: 2015-11-07 11:39:24 »
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1770 em: 2015-11-07 13:09:36 »
A propósito da entrevista do Costa, e tendo em conta a discussão de hoje com o Incognitus, houve uma pergunta específica sobre a questão da reposição das pensões, de todas as pensões (por insistência da entrevistadora), ao que o Costa, depois de ter ficado nitidamente perdido nos seus pensamentos (perdeu a articulação no discurso), respondeu que eram para repor, mas que isso ia ser feito para respeitar a Constituição. (tudo bem, eu continuo a esperar para ver de que forma vão buscar esse dinheiro aos casos que mais ganham, porque acho certo que o vão fazer por outros meios).

Se vão buscar o dinheiro aos que mais ganham, é uma incerteza.

O que é uma certeza, é que se repuserem as pensões e salários primeiro vão dar dinheiro aos que mais ganham!

Colocadas as coisas nestes termos, de acordo, nada a objectar.

Incognitus, penso que os meus conceitos e valores estão relativamente claros para quem acompanhar o que escrevo. A respeito da "redistribuição de capital" pela máquina do Estado/governo, a quem se tira e a quem se dá, não há grandes dúvidas, sou "esquerdista" (embora de forma moderada, e independentemente de haver possibilidades financeiras/orçamentais para permitirem aquilo que desejaria ), ou seja, quem tem mais rendimentos, deve contribuir também mais manter o "Estado Social" a funcionar, e quem tem menos deve ser poupado, na medida do possível, à "austeridade". Se um partido com o qual simpatizo, e que diz pretender defender os mais desfavorecidos, faz exactamente o contrário, é obvio que não me cai nada bem. Agora, não posso é olhar para uma medida isolada, que é disso que estamos a falar, e traçar logo um juízo de valor para o cenário governativo todo.  Olhando para a medida isolada, parece absurda, olhando para o cenário todo, não faço a mais pequena ideia, porque não o conheço.

Essa medida vai ser a de maior impacto de todas. É praticamente o cenário governativo. O impacto orçamental será tal que não vai sobrar grande coisa para grandes benesses para outros, visto que se vai gastar tudo a repor os salários e pensões mais elevados, bem como se vai perder receita ao desonerar os mesmos salários e pensões.

Só me pergunto é como o consenso para isto é tão grande no PS+PCP+BE. A única explicação que encontro, é que os quadros desses próprios partidos (quem manda) são beneficiados pelas medidas. Não há outra explicação possível, tal a aberração.
« Última modificação: 2015-11-07 13:09:58 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1771 em: 2015-11-07 13:10:56 »
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.

Tudo medidas surreais. É difícil saber qual a mais surreal. Mas o pormenor de baixar o IVA da restauração mas não o da luz e gás é de um requinte à Lenin.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1772 em: 2015-11-07 13:37:31 »
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???


a minha opinião é que isso na prática configurava 5 países.
se já há quem nos considere uns tristes - na minha opinião, quem o faz são self loathing portugueses - então se não conseguíssemos manter uma democracia pluralista sem nos dividirmos em países diferente por família política, ganharíamos o direito a ser tratados como atrasadinhos mentais.

a democracia não é algo que vise minimizar o conflito.
a democracia é um sistema que impõe regras não violentas para a resolução de conflitos.

se um país não conseguir ou não quiser resolver os seus conflitos pelas regras democráticas então, provavelmente, não merece a democracia.

a minha opinião é precisamente que Portugal tem uma democracia já bem embebida e funcional. e está a resolver os seus conflitos pelas regras democráticas.

a democracia por mais que alguns gostassem que assim fosse, não é um processo de win-win. é um processo, as mais das vezes de win-lose.
nunca ninguém pretendeu que a democracia fosse um sistema para deixar as pessoas felizes e satisfeitas na resolução dos seus conflitos.

o que se pretende com a democracia é que os conflitos sejam derimidos de uma forma não violenta e com regras muito objectivas.
ocasionalmente, quando um conflito é resolvido, todas as partes ganham. a maior parte das vezes não.

o processo que leva a resultados mais satisfatórios para as partes é a negociação.
mas a negociação não é a mesma coisa que democracia.

a democracia, e nela a regra fundamental das maiorias, é precisamente resolver os conflitos quando as negociações falham.

os alemães negoceiam muito mais do que nós e chegam a resultados mais satisfatórios (aparentemente) que nós nos seus processos negociais.
é normal existirem coligações de governo que envolvem os social-democratas e os democratas-cristãos. como o governo actual.
mas isso é um sucesso do processo negocial, não do processo democrático.

o processo democrático existe precisamente, para que a violência não seja o último recurso quando as negociações falham.

fui suficientemente claro?

L
« Última modificação: 2015-11-07 13:39:15 por Lark »
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1773 em: 2015-11-07 13:51:39 »
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.

Tudo medidas surreais. É difícil saber qual a mais surreal. Mas o pormenor de baixar o IVA da restauração mas não o da luz e gás é de um requinte à Lenin.

A do IVA é a única surreal. As outras 2 ele vai lá buscar o dinheiro quando mexer nos escalões do IRS (já disse que era preciso mais progressividade, leia-se: vai criar mais 1 ou 2 escalões e provavelmente será para "taxar mais os ricos").

Zenith

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1774 em: 2015-11-07 13:57:19 »
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???


a minha opinião é que isso na prática configurava 5 países.
se já há quem nos considere uns tristes - na minha opinião, quem o faz são self loathing portugueses - então se não conseguíssemos manter uma democracia pluralista sem nos dividirmos em países diferente por família política, ganharíamos o direito a ser tratados como atrasadinhos mentais.

a democracia não é algo que vise minimizar o conflito.
a democracia é um sistema que impõe regras não violentas para a resolução de conflitos.

se um país não conseguir ou não quiser resolver os seus conflitos pelas regras democráticas então, provavelmente, não merece a democracia.

a minha opinião é precisamente que Portugal tem uma democracia já bem embebida e funcional. e está a resolver os seus conflitos pelas regras democráticas.

a democracia por mais que alguns gostassem que assim fosse, não é um processo de win-win. é um processo, as mais das vezes de win-lose.
nunca ninguém pretendeu que a democracia fosse um sistema para deixar as pessoas felizes e satisfeitas na resolução dos seus conflitos.

o que se pretende com a democracia é que os conflitos sejam derimidos de uma forma não violenta e com regras muito objectivas.
ocasionalmente, quando um conflito é resolvido, todas as partes ganham. a maior parte das vezes não.

o processo que leva a resultados mais satisfatórios para as partes é a negociação.
mas a negociação não é a mesma coisa que democracia.

a democracia, e nela a regra fundamental das maiorias, é precisamente resolver os conflitos quando as negociações falham.

os alemães negoceiam muito mais do que nós e chegam a resultados mais satisfatórios (aparentemente) que nós nos seus processos negociais.
é normal existirem coligações de governo que envolvem os social-democratas e os democratas-cristãos. como o governo actual.
mas isso é um sucesso do processo negocial, não do processo democrático.

o processo democrático existe precisamente, para que a violência não seja o último recurso quando as negociações falham.

fui suficientemente claro?

L


Uma explicação sintética e clara.

tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1775 em: 2015-11-07 14:02:16 »
Além disso as regiões do pcp, be e ps teriam que proibir os seus habitantes de emigrar, senão em poucos anos ficavam vazias.

É bom votar à esquerda quando temos quem pague impostos, quem escravizar...quando a mama acaba, acabam logo os ideais todos.

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1776 em: 2015-11-07 14:04:46 »
quando isto rebentar tudo o lark vai assobiar para o lado, como fez com o syriza
ate la eh so teoria maravilhosa  :D

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1777 em: 2015-11-07 14:16:33 »
quando isto rebentar tudo o lark vai assobiar para o lado, como fez com o syriza
ate la eh so teoria maravilhosa  :D

e eu todo orgulhoso que tinha postado umas coisas com conteúdo.
e chega o zel e deita tudo por terra com duas linhas, prenhes, a rebentar, de conteúdo (ar basicamente; hot air...)

puxa pela cabecinha e escreve qualquer coisa de interesse em vez de bocas e bitates, seguidos de emerdicons...
não tens mais nada na cabeça que valha a pena mostrar aos outros?

é tudo o que para aí há? hot air?

L
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1778 em: 2015-11-07 14:20:55 »
Já a do: "vamos baixar o IVA para gerar emprego" é mesmo de atrasado mental que nunca sai de casa. Se há sector onde há fartazana de oferta é precisamente o da restauração. A energia elétrica e gás que são absolutamente essenciais aos pobres e até importantes à generalidade dos sectores como a restauração, indústria, turismo, etc. isso tá quieto.

Surreal os níveis de estupidez na esquerdalha caviar portuguesa.

Quando rebentar tudo, passamos ao próximo assunto, esquecendo o 7 passos à frente da grecia, e a futura 4 falência portuguesa.

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1779 em: 2015-11-07 14:21:58 »
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.

Tudo medidas surreais. É difícil saber qual a mais surreal. Mas o pormenor de baixar o IVA da restauração mas não o da luz e gás é de um requinte à Lenin.

A do IVA é a única surreal. As outras 2 ele vai lá buscar o dinheiro quando mexer nos escalões do IRS (já disse que era preciso mais progressividade, leia-se: vai criar mais 1 ou 2 escalões e provavelmente será para "taxar mais os ricos").
Não me parece, uma vez que devolve 100% e apenas recolhe uma parte disso com a actualização dos escalões. Na prática é uma devolução liquida de dinheiro a quem já ganha mais em salários e pensões.

O IVA na restauração é a coisa mais injusta que se pode imaginar. Como se um tipo que ganhe 800 euros precisasse mais de ir ao restaurante do que da electricidade/gás para se aquecer ou cozinhar. É chocante.

Além disso ao baixar o IVA da restauração está a favorecer um sector em detrimento dos outros onde as pessoas iriam gastar o dinheiro que lhes passasse a sobrar, por terem contas menores de luz e gás.

Pelos vistos os trabalhadores da restauração são mais importantes do que os das indústrias de peixe, carne, vinho, calçado, vestuário, editorial, ou outra coisa qualquer onde as pessoas decidissem gastar livremente o dinheiro que lhes sobrou.

É o habitual favorecimento por parte de quem tem o poder discricionário de beneficiar A em detrimento de B. O que, diga-se, não surpreende num país que deixa pessoas em filas de espera para cirurgias e gasta milhões em apoios a filmes que são vistos por meia dúzia de pessoas. É o colectivismo no seu melhor.