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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392515 vezes)

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1940 em: 2015-11-08 15:24:49 »
Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?
Não percebo a tua surpresa Zenith. Qualquer pessoa com tendências liberais defende um estado mais pequeno (em funções e em recursos absorvidos), logo os cortes eram uma boa medida. Ideal claro que seria que os cortes fossem permanente ou, melhor ainda, que eliminassem FPs cujo trabalho é inútil, mas mal por mal que ficassem os cortes. Não parece haver nenhuma incoerência no raciocínio.

Eu tenho de explicar tudo tm tim por tintim!!!
O meu 1º post no asunto foi
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Ainda não percebi bem a questão com a reposição dos cortes.
Paradoxalmente os argumentos não focam muito a adequação da medida à situação económica actual, mas incidem mais no facto de que os maiores salários vão ser os maiores beneficiários.

A adequação da medida de reposição foi o que colocaste agora, em que cada um tem a sua opinião. Mas durante alguns dias os argumentos (incluindo tu), focaram o facto de a medida ser injusta uma vez que beneficiava os que mais cortes sofreram ou seja os mais ricos, havendo textos a dizer que iria contribuir para aumento da desigualdade. Ou seja o problema parecia ser não a medida de reposição em si (que vem da campanha), mas o caracter anti-igualdade inerente à sua implementação. Seriam possivelmente argumentos esperados por parte de socialistas ou comunistas mas um pouco surpreendentes vindo de neo-liberais. Essa repentina senda a favor da igualdade só permite concluir que nos ultimos dias muita gente viu a luz do socialismo  ;D

Esse é um falso argumento (o inicial). MESMO que se ache que é uma medida economicamente adequada a este momento, a distribuição dos benefícios NÃO teria que estar concentrada nos escalões de rendimento mais elevados (via reposição em vez de outra coisa qualquer).

Sabendo isso, sabemos que o único objectivo é beneficiar especificamente esses escalões.

------

Sobre a medida ser mais equalitária, é de lembrar que muitos dos cortes se focaram em trazer os salários e pensões cortados para valores mais próximos da realidade. Ou seja, a reposição aumenta novamente a irracionalidade dos mesmos.
« Última modificação: 2015-11-08 15:26:22 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1941 em: 2015-11-08 15:25:54 »
uma medidas socialistas  que se faz quando paises rebentam e dar cabo moeda para proteger empregos


com salarios mais altos vais destruir empregos

olha para gregos  desemprego  ja chegou 20% e 30%

fora euro nunca ia ser assim

eles nao baixam salario minimo nem fazem liberalizaçao mais moeda forte  = desastre desemprego

Não concordo, por várias coisas.
a) Os países onde os salários são mais altos não são socialistas.
b) Portugal não é a Cuba ou a China para ter uma política de salários baixos.
c) Se aumentar o salário mínimo fosse uma coisa muito má, os salários seriam baixos por toda a Europa e não são.
d) Portugal tem tido uma politica de salários baixos e isso não tem feito o desemprego diminuir. 
e) As empresas que não tiverem capacidade de pagar o salário mínimo mais vale fecharem, outras empresas tomarão o seu lugar.
f) Só cerca de 10% de quem está empregado recebe salário mínimo (é só uma parte pequena da população) e acho que a maioria das empresas tem capacidade para pagar, decide é aproveitar-se do salário ser tão baixo para seu bom proveito.
g) O aumento do salário mínimo tb tem benefícios para a economia, por exemplo, aumenta o consumo.
h) O aumento do salário mínimo é sobretudo uma questão de justiça social. Em Portugal, o salário mínimo é demasiado baixo em comparação com outros países da Europa.
« Última modificação: 2015-11-08 15:40:10 por João-D »

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1942 em: 2015-11-08 15:28:17 »
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).

As coisas eram ditas com ar tão sério e chocado que era dificil discernir ironia.
Na próxima coloquem uns bonecos de rir  ;D

E um argumento, Zenith? Ao fazeres essa resposta evitaste responder seja ao que for, o que é triste.

Já agora, não existiria gritaria se a PaF fizesse isso a favor de um público favorecido pela esquerda. A gritaria só ocorreria se feita a favor da população em geral, ou pior ainda, se feita ao país "ex-Estado".
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1943 em: 2015-11-08 15:29:16 »
Uma medida sensata proposta pelo PS é o aumento do salário mínimo.

Não é necessariamente sensata. O salário mínimo actual já é maior do que parece (é quase 800 EUR/mês de trabalho efectivo, mais se levadas em conta outras obrigatoriedades), e o desemprego pode ter já uma componente estrutural devido a isso. Se isso for assim (e é difícil determinar se é ou não), então aumentar o salário mínimo tem potencial para aumentar o problema. Principalmente se simultaneamente castigarem ainda mais os recibos verdes (que já estão expostos a medidas draconianas mesmo presentemente).

Quando se pensa sobre o salário mínimo, é preciso pensar que presentemente já só é possível pagá-lo a postos de trabalho que gerem mais de 800 EUR/mês de margem. Já não é uma margem assim tão baixa, a que tem que ser vencida.

800 euros/mês de trabalho efetivo?
E na Espanha e França, como é?

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1944 em: 2015-11-08 15:30:19 »
medida socialista para proteger empregos
quando pais vai falencia.... quase todos tem moeda propria fazem isto.

e forma baixar salario  e protegerem /voltarem a empregar rapido

com euro numa recessao forte  nao querem baixar salario facilmente tem desemprego alto
« Última modificação: 2015-11-08 15:31:49 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1945 em: 2015-11-08 15:31:40 »
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1946 em: 2015-11-08 15:35:21 »
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

Zenith

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1947 em: 2015-11-08 15:37:58 »
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D

Nem por isso. Se reparares quem aqui estava defendeu cortes progressivos. O que se acha absurdo é agora fazerem-se reposições regressivas precisamente a quem ganha mais.

Aliás é estranho o Lark defender isso, e tu não comentares contra isso (não o defendes abertamente, mas vais fazendo piadas para o lado que se opõe a isto -- o que mostra a tua posição).

Ainda não percebi o que são reposições regressivas. Ou se repõe o que foi cortado, ou então a palavra mais adequada é reajustamento e não reposição. Foi isso que disse no post do Lark, mas parece que não percebeste.
Mas pelo que parece, o AC prometeu prometeu "reposição" na campanha. Se é "reposição" é óbvio que quem mais cortes sofreu mais recebe com reposição. Para já o AC ainda não tentou mudar o significado da palavra.
Embora a promessa venha da campanha, parece que nos últimos dias houve um surto de socialismo no neo-liberalismo tradicional já que há uma tremenda indignação com a possivel implementação de uma medida que beneficia ricos. De resto usar palavra beneficiar  é contraditório com uso da palavra reposição. Esta ultima tem implicito um antecedente e se for reposição total não há nem beneficiados nem prejudicados.

De resto se o AC começasse agora a dizer que as reposições eram parciais e com formula complicada para não favorecer os ricos, os argumentos seriam que o homem já está a negar o que prometeu e mais uma vez a assaltar os ricos.

Nos últimos tempos foi quando se viu que isto vai mesmo ser feito.

De resto, se se chama reposição ou não é irrelevante. É um aumento regressivo dirigido aos rendimentos mais elevados de Portugal. É tudo o que é.

Não se trata de assaltar ou não, trata-se simplesmente de favorecer clientelas específicas bem remuneradas -- algo que deveria ir contra a ideologia em causa, mas que aparentemente não incomoda por se dirigir às clientelas "correctas". Diga-se que nem é um fenómeno novo -- já se viu que a essa ideologia não incomodam injustiças, corrupções ou ilegalidades DESDE que favoreçam o público correcto (vide cultura, Sócrates, etc).

Há uma falta de lógica tremenda.
Houve a promessa de reposição na campanha mas aparentemente esperava-se que o AC na eventualidade de ser PM renegasse a promessa. Até ver ainda não tentou subverter o significado da palavra.
Todos estes argumentos poderiam ter sido apresentados durante a campanha (e talvez levassem uns foristas indecisos a não votar no PS), mas não o foram. Não há nenhum problema em apresenta-los agora, mas dá uma sensação de inutil e desagradavel. Inutil porque eleições já foram e não adianta de nada e desagradavel porque à maneira de um jogo de futebol em que não se ganha (ou perde) pq adversário se meteu à defesa, justifica-se o desaire sugerindo que era obrigação o adversário ter jogado ao ataque :-)
Se alguém acha como o PS ou BE ou PCP devem proceder filiem-se num desses partidos e influenciem por dentro  ;D

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1948 em: 2015-11-08 15:38:22 »
uma medidas socialistas  que se faz quando paises rebentam e dar cabo moeda para proteger empregos


com salarios mais altos vais destruir empregos

olha para gregos  desemprego  ja chegou 20% e 30%

fora euro nunca ia ser assim

eles nao baixam salario minimo nem fazem liberalizaçao mais moeda forte  = desastre desemprego

Não concordo, por várias coisas.
a) Os países onde os salários são mais altos não são socialistas.
b) Portugal não é a Cuba ou a China para ter uma política de salários baixos.
c) Se aumentar o salário mínimo fosse uma coisa muito má, os salários seriam baixos por toda a Europa e não são.
d) Portugal tem tido uma politica de salários baixos e isso não tem feito o desemprego diminuir. 
e) As empresas que não tiverem capacidade de pagar o salário mínimo mais vale fecharem, outras empresas tomaram o seu lugar.
f) Só cerca de 10% de quem está empregado recebe salário mínimo (é só uma parte pequena da população) e acho que a maioria das empresas tem capacidade para pagar, decide é aproveitar-se do salário ser tão baixo para seu bom proveito.
g) O aumento do salário mínimo tb tem benéficos para e economia, por exemplo aumenta o consumo.
h) O aumento do salário mínimo é sobretudo uma questão de justiça social. Em Portugal, o salário mínimo é demasiado baixo em comparação com outros países da Europa.

João, há aí uma série de mitos.

a) Os países onde os salários são mais elevados, têm-nos porque os conseguem pagar mantendo um equilíbrio externo .

b) A China não tem salários baixos por opção e sim porque partiu de um comunismo atroz. Os salários na China estão a aumentar MUITO rapidamente porque a China os pode pagar.

c) Os salários são mais elevados na Europa porque os pode pagar, e não são em Portugal porque não pode. Uma forma fácil de ver isso é o desequilíbrio externo do país. Não é uma opção.

d) Tens que ver as coisas "ceteris paribus". Portugal tem os salários que tem porque só pode pagar esses salários, e quando foram mais elevados tinha desequilíbrio externo. Só pagará salários mais elevados se tiver produção para o fazer e não por opção de salários baixos ou elevados. Isso é demagogia sem sentido económico.

e) As empresas que fecham perdem emprego, as novas só abrem se existirem oportunidades de lucro. Presentemente já há um desemprego elevado (embora em queda), o nível de desemprego vai depender da probabilidade de conseguir lucro, e face à produção possível os salários são um input a determinar se é ou não possível produzir lucro. As empresas não aparecem "porque sim", muito menos as de margens maiores capazes de pagar maiores salários.

f) É verdade que apenas uma pequena parte da população recebe o salário mínimo. Resta saber que parte dessa parte pode deixar de ser viável -- alguma parte será. Resta também saber das possíveis empresas emergentes, quantas são inviabilizadas por um nível mais elevado de SMN. Uma coisa sabemos com probabilidade elevada: um salário mínimo mais elevado tem uma contrapartida em nível de emprego, que só tende a ser facilmente colmatada num país com um superávit para com o exterior. Ou seja, uma Suiça consegue pagar grandes salários mínimos porque tem superávit, Portugal não consegue.

g) Aumentar o consumo se parcialmente dirigido ao exterior não é positivo para uma economia à beira de um desequilíbrio com o exterior (o equilíbrio é recente e frágil).

h) Não, o SMN é essencialmente uma questão económica, bem como o nível de salários em geral. Serem os salários baixos face à Europa é irrelevante, só interessa o desequilíbrio com o exterior. Se o país tiver um déficit grande com o exterior, seja qual for o nível salarial, ele é elevado demais. Existem 3 alternativas nesse ponto, uma directa e duas muito indirectas: A directa é tomar medidas para baixar o rendimento e consumo; as indirectas são a propensão para consumir nacional e aumentar a produção.

« Última modificação: 2015-11-08 15:38:42 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1949 em: 2015-11-08 15:39:37 »
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?
« Última modificação: 2015-11-08 15:40:49 por Camarada Neo-Liberal »

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1950 em: 2015-11-08 15:42:13 »
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D

Nem por isso. Se reparares quem aqui estava defendeu cortes progressivos. O que se acha absurdo é agora fazerem-se reposições regressivas precisamente a quem ganha mais.

Aliás é estranho o Lark defender isso, e tu não comentares contra isso (não o defendes abertamente, mas vais fazendo piadas para o lado que se opõe a isto -- o que mostra a tua posição).

Ainda não percebi o que são reposições regressivas. Ou se repõe o que foi cortado, ou então a palavra mais adequada é reajustamento e não reposição. Foi isso que disse no post do Lark, mas parece que não percebeste.
Mas pelo que parece, o AC prometeu prometeu "reposição" na campanha. Se é "reposição" é óbvio que quem mais cortes sofreu mais recebe com reposição. Para já o AC ainda não tentou mudar o significado da palavra.
Embora a promessa venha da campanha, parece que nos últimos dias houve um surto de socialismo no neo-liberalismo tradicional já que há uma tremenda indignação com a possivel implementação de uma medida que beneficia ricos. De resto usar palavra beneficiar  é contraditório com uso da palavra reposição. Esta ultima tem implicito um antecedente e se for reposição total não há nem beneficiados nem prejudicados.

De resto se o AC começasse agora a dizer que as reposições eram parciais e com formula complicada para não favorecer os ricos, os argumentos seriam que o homem já está a negar o que prometeu e mais uma vez a assaltar os ricos.

Nos últimos tempos foi quando se viu que isto vai mesmo ser feito.

De resto, se se chama reposição ou não é irrelevante. É um aumento regressivo dirigido aos rendimentos mais elevados de Portugal. É tudo o que é.

Não se trata de assaltar ou não, trata-se simplesmente de favorecer clientelas específicas bem remuneradas -- algo que deveria ir contra a ideologia em causa, mas que aparentemente não incomoda por se dirigir às clientelas "correctas". Diga-se que nem é um fenómeno novo -- já se viu que a essa ideologia não incomodam injustiças, corrupções ou ilegalidades DESDE que favoreçam o público correcto (vide cultura, Sócrates, etc).

Há uma falta de lógica tremenda.
Houve a promessa de reposição na campanha mas aparentemente esperava-se que o AC na eventualidade de ser PM renegasse a promessa. Até ver ainda não tentou subverter o significado da palavra.
Todos estes argumentos poderiam ter sido apresentados durante a campanha (e talvez levassem uns foristas indecisos a não votar no PS), mas não o foram. Não há nenhum problema em apresenta-los agora, mas dá uma sensação de inutil e desagradavel. Inutil porque eleições já foram e não adianta de nada e desagradavel porque à maneira de um jogo de futebol em que não se ganha (ou perde) pq adversário se meteu à defesa, justifica-se o desaire sugerindo que era obrigação o adversário ter jogado ao ataque :-)
Se alguém acha como o PS ou BE ou PCP devem proceder filiem-se num desses partidos e influenciem por dentro  ;D

Não há qualquer falta de lógica. INDEPENDENTEMENTE de qualquer  promessa ou de qualquer nome ("reposição"), o efectivar dessa promessa como sendo uma reposição efectiva é um aumento regressivo de rendimento dirigido aos rendimentos mais elevados e por vezes até a classes específicas (e só a esses/essas).

Tal como se prometessem massacrar ciganos, independentemente de ser uma promessa, o resultado do cumprimento da promessa seria um massacre de ciganos.

De notar que sempre se defendeu aqui:
* Os cortes;
* E a sua não reposição.

Portanto não se percebe a parte de dizeres que isso deveria ser dito antes da campanha. Sempre o foi (tendo eu inclusive criticado o Passos Coelho por ter iniciado o processo!). Agora a questão é porque é que determinado público de esquerda não parece ver a regressividade da coisa e a apoia incondicionamente, como tu pareces fazer.
« Última modificação: 2015-11-08 15:42:56 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1951 em: 2015-11-08 15:42:33 »
qq pessoa que sabe do que fala tambem sabe que aumentar o salario minimo numa altura de elevado desemprego eh uma parvoice pegada
mas whatever, somos o pais do pensamento magico. abaixo a politica de salarios baixos ! viva a revolucao camaradas !
« Última modificação: 2015-11-08 15:43:22 por Camarada Neo-Liberal »

Zenith

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1952 em: 2015-11-08 15:46:55 »
tretas

ele disse fazia aumentos progressivos durante anos  como psd/cds dizia devolvia em 2019



agora da tudo num ano

Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?

O espantoso nisto é mesmo tu, um tipo inteligente, não veres nem problema no exagero dos salários e pensões, nem nas condições dos mesmos (dobro do tempo reformados, horários diferenciados, segurança superior), NEM nas medidas regressivas que favorecem esses salários e pensões na sua reposição.

Em vez disso, vês problemas noutras irrelevâncias quaisquer.

Isso sim é espantoso. Pensa lá nisso durante dois minutos.

Nunca argumentei aqui contra ou favor dos cortes contra ou a favor da reposição, porque nunca analisei os dados todos que me permitam chegar a uma conclusão irrefutável.
O que me choca aqui é uma argumentação fora de tempo, como uma entrada fora de tempo no futebol, com argumentos ad-hoc para cada momento, quando isso era promessa eleitoral, e houve semanas ou meses para os expor.

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1953 em: 2015-11-08 15:47:42 »
Uma medida sensata proposta pelo PS é o aumento do salário mínimo.

Não é necessariamente sensata. O salário mínimo actual já é maior do que parece (é quase 800 EUR/mês de trabalho efectivo, mais se levadas em conta outras obrigatoriedades), e o desemprego pode ter já uma componente estrutural devido a isso. Se isso for assim (e é difícil determinar se é ou não), então aumentar o salário mínimo tem potencial para aumentar o problema. Principalmente se simultaneamente castigarem ainda mais os recibos verdes (que já estão expostos a medidas draconianas mesmo presentemente).

Quando se pensa sobre o salário mínimo, é preciso pensar que presentemente já só é possível pagá-lo a postos de trabalho que gerem mais de 800 EUR/mês de margem. Já não é uma margem assim tão baixa, a que tem que ser vencida.

800 euros/mês de trabalho efetivo?
E na Espanha e França, como é?

João, tens que fazer as contas para cada país, levando em conta o número de salários, número de meses de trabalho efectivo e quaisquer contribuições que incidam sobre os salários em excesso destes.

Mas uma coisa é importante compreender: é irrelevante como é em Espanha ou França, porque o empregador apenas pode comparar o que espera de lucro bruto da criação do novo posto de trabalho versus o custo que tem em o criar. Pouco lhe interessa como funcionaria essa equação em Espanha ou França. O que sabemos, agregado, é que a equação se traduz também depois em níveis de emprego e em desequilíbrio/equilíbrio externo.

-------

Já agora, Espanha teve um processo de correcção dos seus desequilíbrios externos similar ao Português, França nem tanto mas o desequilíbrio externo ainda parece pequeno. A posição Espanhola é parecida com a Portuguesa, actualmente.

-------

Outra nota: eu não estou a dizer que não se possa subir o SMN, também. Estou a dizer é que não é uma coisa óbvia e sempre positiva, se efectuada.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1954 em: 2015-11-08 15:50:01 »
tretas

ele disse fazia aumentos progressivos durante anos  como psd/cds dizia devolvia em 2019



agora da tudo num ano

Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?

O espantoso nisto é mesmo tu, um tipo inteligente, não veres nem problema no exagero dos salários e pensões, nem nas condições dos mesmos (dobro do tempo reformados, horários diferenciados, segurança superior), NEM nas medidas regressivas que favorecem esses salários e pensões na sua reposição.

Em vez disso, vês problemas noutras irrelevâncias quaisquer.

Isso sim é espantoso. Pensa lá nisso durante dois minutos.

Nunca argumentei aqui contra ou favor dos cortes contra ou a favor da reposição, porque nunca analisei os dados todos que me permitam chegar a uma conclusão irrefutável.
O que me choca aqui é uma argumentação fora de tempo, como uma entrada fora de tempo no futebol, com argumentos ad-hoc para cada momento, quando isso era promessa eleitoral, e houve semanas ou meses para os expor.

Zenith a posição sobre os cortes e possível reposição precede até qualquer campanha eleitoral. Aliás, como disse, até aqui existiram críticas ao Passos Coelho por iniciar a reposição.

Não são críticas ao Passos Coelho eventualmente subir salários no sector público, nota, talvez até em linha com o retomar da subida de salários em Portugal. São sim críticas a dirigir esse tipo de aumentos ao Estado e dentro do Estado, a salários onde existia legítima possibilidade de serem desequilibrados à partida (como a história das educadoras de infância em topo de carreira).
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1955 em: 2015-11-08 15:50:17 »
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1956 em: 2015-11-08 15:51:21 »
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

ai nao? o que eh isto?

g) O aumento do salário mínimo tb tem benéficos para e economia, por exemplo aumenta o consumo.

mas acima de tudo pensa na pergunta dos 2000 euros, aumentar para 600 euros tem desvantagens
« Última modificação: 2015-11-08 15:53:36 por Camarada Neo-Liberal »

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1957 em: 2015-11-08 15:54:00 »
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

A noção de que uma subida do SMN conduz a maior justiça social, mesmo ignorando o desemprego, não é óbvia.

Se existir um Chinês a ganhar 300 EUR/mês para fazer 100 camisas, e um Português que faz as mesmas 100 ganhando 500 EUR quando os outros Portugueses todos ganham 600 EUR (para fazer outras coisas), não é óbvio que exista maior "justiça social" em esse Português ganhar 600 EUR em vez de 500. Nem é óbvio que mantenha o emprego, claro, mas aqui estamos a ignorar isso.
« Última modificação: 2015-11-08 15:54:19 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1958 em: 2015-11-08 15:54:38 »
É brutal pensar numa margem bruta de, por exemplo, 65%.

Salário mínimo de 600 x 14 meses + 23.75% da SS = custo anual de 10.395€ (vamos ignorar seguro de trabalho, inspecções médicas, formações obrigatórias e outros custos).

10.395 / 65% = 15.992€ / ano. Estas são as vendas que têm de se fazer a mais para justificar um trabalhador novo a ganhar 600€ brutos mensais.

Se for uma empresa de retalho, com venda directa ao público, essas vendas nem são 15.992€ mas sim com +23% de IVA. Ou seja, 19.670€ por ano, 1.639€ por mês (e é dividindo por 12 meses - o trabalhador de uma loja, por exemplo, trabalha 11 meses pelo que o aumento mensal até tem de ser superior).

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1959 em: 2015-11-08 15:56:37 »
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

ai nao? o que eh isto?

g) O aumento do salário mínimo tb tem benefícios para e economia, por exemplo aumenta o consumo.

mas acima de tudo pensa na pergunta dos 2000 euros, aumentar para 600 euros tem desvantagens

Lê as outras alíneas que escrevi.