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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392515 vezes)

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2120 em: 2015-11-09 18:03:17 »
A PAF abster-se ou votar contra é um pouco irrelevante. Se o PS for governo e não houver 9 deputados de outras bancadas que queiram demitir o governo, o PS não deixa de ser governo, a não ser que o próximo presidente da republica deite o governo abaixo.

A situação pode ser semelhante com a que aconteceu com o governo PSD+CDS. Quando foi governo, a esquerda tb estava convencida que o CDS ia deitar o governo abaixo, mas não aconteceu.

Não é irrelevante. Lê o que foi escrito atrás
O PS não precisava do BE nem da CDU

Logo as medidas não são tão lesivas para o eleitorado de direita que votou PSD CDS

O PS precisava do BE e da CDU para deitar o governo abaixo e governar sozinho, com o acordo de incidência parlamentar.

Thorn Gilts

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2121 em: 2015-11-09 18:09:58 »
http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/64-teses/344-2015-11-09-14-44-45

A teoria do partidarismo governativo (Partisan Theory) sugere que as empresas conseguem melhores resultados sobre um governo de direita do que de esquerda (Füss & Bechtel, 2008) e que um partido de esquerda tem mais inclinação de que um partido de direita para implementar politicas expansionista, designadamente menores taxas de desemprego e maior crescimento, mas correndo o risco de inflação extra (Hibbs, 1994); teoria perseguida por vários autores.

A teoria do ciclo do negócio político (Political Business Cycle Theory), ou ciclos presidenciais (Presidential Cycles) nos Estados Unidos da América (EUA), sugere que o governo em funções adota politicas económicas expansionistas, essencialmente focadas no aumento da despesa no caso de países que não têm controlo sobre a emissão da moeda (ex. países europeus), de forma a melhorar a situação económica e social e fazer subir o preço das ações pouco antes das próximas eleições, com o objetivo de ganharem mais votos.

Em Portugal, muitos são os jornais económicos que procuram no mercado bolsista a resposta a determinados eventos políticos, principalmente aos resultados das eleições. Esta ideia, por vezes confirmada por muitos especialistas e practitioners nas referidas publicações, leva-nos à necessidade (ou pelo menos à curiosidade) de obter uma resposta mais robusta sobre esta alegada interação entre o mercado bolsista português e a política de Portugal, em particular com os resultados eleitorais.

Para além da satisfação da curiosidade, uma resposta positiva que confirme essa interação pode ser uma oportunidade para alavancar explicações e testes aos modelos político-económicos existentes e, de acordo com Boix & Adserà (2001), investigar os efeitos da globalização sobre a discricionariedade politica deixada aos partidos. Observação particularmente pertinente para os países Europeus, que ao contrário dos EUA não têm controlo sobre a oferta de moeda (emissão de moeda e taxas de juros).

Se os mercados responderem aos resultados das eleições, de tal forma que sejam capazes de induzir as políticas dos partidos a convergir, então o partidarismo do governo terá tendência a desaparecer, deixando de haver uma forte distinção entre um governo de esquerda e de direita no que toca a questões essenciais à economia do país. 

O meio académico é fértil em trabalhos empíricos, teóricos e em discussões sobre a influência do partidarismo político do governo nas taxas de retorno dos mercados bolsitas (Schneider & Tröger 2006), sendo que uma das últimas fontes a estimular esse interesse é a atenção do público na evolução dos mercados bolsistas (Füss & Bechtel, 2006), não só em Portugal, como um pouco por todo o mundo.

Entre as várias publicações destacam-se as de:

Santa-Clara & Valkanov (2003), onde observaram que os retornos do mercado bolsista norte-americano é maior durante o governo do partido Democrático (esquerda, mais liberal) do que no governo do partido Republicano (direita, mais conservador). De referir que não existe um consenso sobre partidos de esquerda e direita, principalmente quando comparamos os Estados Unidos da América com os países da União Europeia, pelo que a comparação entre as duas realidades é difícil.

Leblang & Mukherjee (2005), onde examinaram o efeito do partidarismo governativo e as expectativas de uma vitória eleitoral por partidos de esquerda ou direita na média e a volatilidade do preço das ações dos mercados americanos e ingleses entre 1930 e 2000 e concluíram que as expectativas racionais de maior inflação sobre um governo de esquerda diminuiu o volume de ações negociadas no mercado bolsista e consequentemente da média e volatilidade no preço das ações; verificaram que tal acontecia quando o governo de esquerda estava em funções, como quando era esperado que fosse um governo de esquerda a ganhar as eleições. Por outro lado, a expectativa de uma inflação mais baixa numa governação de direita levava a um maior volume de ações transacionadas e em consequência um aumento da média e da volatilidade no preço das ações durante a governação de direita, verificaram o mesmo comportamento quando era expectável que fosse um governo de direita a ganhar as eleições.

Füss & Bechtel, (2008), onde observam que o desempenho das ações de pequenas empresas alemãs estava positiva e negativamente relacionada com a probabilidade de um partido (coligação) de direita e de esquerda ganhar as eleições respetivamente. Referem o exemplo da queda rápida do índice bolsista alemão depois da vitória do Sozialdemokratische Partei Deutschlands (SPD), que é o Partido Social Democrático na Alemanha, considerado de centro-esquerda, contra a Christlich Demokratische Union Deutschlands (CDU) que é a Coligação Democrática Crista, considerada de centro-direita, nas eleições federais de 2002.

Döpke and Pierdzioch (2006), onde analisaram os movimentos bolsistas do mercado alemão com as políticas germânicas e concluíram que não existiam diferenças estatisticamente significativas entre um governo de direita ou de esquerda. Mas por outro lado, concluíram que os retornos do mercado de ações afetou a popularidade dos governos alemães.

Arin, Mochanov & Reich (2007), onde analisaram um conjunto de variáveis políticas para 17 democracias e concluíram a relação entre essas variáveis políticas e os retornos das ações era fraca. Dão dois exemplos “anedóticos”, o do mercado acionistas turco que atingiu o seu máximo histórico no dia seguinte ao anúncio dos resultados das eleições de 2007 e a resposta positiva do preço das obrigações polacas depois da queda do governo liderado por J. Kaczynski.

Stoian & Tatu-Cornea (2015), onde o seu estudo cobriu os anos de 2000 a 2010 e os 20 países da União Europeia, produzindo várias regressões utilizando variáveis politicas, financeiras e económicas, tendo concluindo que os mercados tem uma melhor performance em governos de direita. Sendo que os resultados foram consistentes para economias europeias desenvolvidas, mas sem evidências robustas para os mercados emergentes da União Europeia. Estes autores concluíram ainda que os retornos dos mercados bolsistas europeus não estão necessariamente relacionados com as crenças acerca das taxas de desemprego, inflação, deficit e divida. Avança mesmo que os investidores devem focar-se mais nas ações do Banco Central Europeu (BCE) sobre as taxas de juro, do que sobre os resultados das eleições.

Pantzalis et al. (2000), onde analisaram os retornos dos mercados acionistas em 33 países no período das eleições e observaram que os retornos dos principais índices desses países eram significativamente positivos nas duas semanas antes da semana das eleições. Eles observaram ainda retornos anormais fortes para eleições com elevado grau de incerteza, em particular, em países com avaliações baixas na política, economia e liberdade de empresa e em eleições em que o partido no poder perde.

São pois vários os estudos empíricos a observar os efeitos da política governativa e das eleições nos mercados bolsistas, mas longe de serem consensuais, com exceção do mercado norte-americano onde tais evidências tem sido mais e melhor documentadas, como no supra citado estudo de Santa-Clara and Valkanov (2003) e Leblang & Mukherjee (2005).

Sublinhe-se que, ao contrário dos países Europeus, os EUA têm controlo sobre a oferta de moeda, pelo que as suas estratégias político-monetárias têm necessariamente impacto nos retornos das ações. Por exemplo, para Viana & Santos (2010), ignorar o efeito da quantitative easing (QE) no mercado bolsista é como tocar piano só com um dedo, em que pode até resultar numa certa melodia mas incompleta, pois essa política monetária é extremamente agressiva e com grande impacto nos retornos do mercado bolsista. Significa isto que as eleições presidências nos EUA deverão ter impacto na alteração ou manutenção das expectativas e esperança dos intervenientes no mercado bolsista e agentes económicos e, ceteris paribus, consequentemente nos retornos pós-eleitorais do mercado bolsista como observaram alguns dos autores supra citados, mas não é possível endereçar imediata e diretamente tal comportamento aos mercados Europeus, onde os governos não tem o mesmo controlo sobre a oferta de moeda que os EUA tem.

Sem pretendermos colocar em causa a Political Business Cycle Theory e/ou Partisan Theory, a verdade é que é difícil acreditar que uma estratégia tão simples, baseada meramente no resultado das eleições, possa influenciar a dinâmica de preços de forma consistente, já que se fosse assim e os retornos verificados fossem além de uma sessão de bolsa depois das eleições, seria simples gerar dinheiro consistentemente e, aparentemente, sem grandes riscos de cálculo. Para além de que teríamos de observar uma condição ceteris paribus para as restantes variáveis suscetíveis de influenciar os retornos do mercado bolsista, que é o mesmo que dizer que as variáveis relacionadas com as eleições teriam de explicar em grande percentagem e predizer significativamente tais retornos.

Nesse pressuposto, o presente trabalho não se debruçou sobre a Political Business Cycle Theory, que levaria a uma analise do período pré-eleitoral e teria de se considerar uma serie de variáveis mudas, tais como as medidas politicas geralmente adotadas à luz dessa teoria e nem tão pouco confirmar ou recusar a Partisan Theory, pois o principal foco de interesse neste trabalho é analisar o impacto da eleição de um governo de esquerda e de direita nos retornos do mercado bolsista nos dias imediatamente seguintes à apresentação do resultado das eleições, ou seja, a forma como os participantes no mercado bolsistas interpretam esses resultados. Dito de outra forma, o que aqui se pretende observar é se o mercado reage às eleições e aceita, à priori, a Partisan Theory, podendo assim estabelecer uma estratégia de negociação assente no resultado das eleições, ou se simplesmente a ignora/recusa a teoria, não havendo forma de lucrar no mercado bolsistas com base nessa estratégia.

Assumimos que existem outros fatores suscetíveis de afetar os retornos das ações, nomeadamente os ciclos políticos, instabilidade, fragmentação, variáveis monetárias, e crescimento do produto interno bruto (PIB) que não foram aqui consideradas. Tal decisão assenta no facto do período analisado (após eleições) ser bastante curto, cobrindo apenas períodos de um, cinco e vinte e duas sessões de bolsa. Para períodos maiores, por exemplo para um ou mais ciclos eleitorais sobre uma mesma governação partidária, tais fatores deveriam ser considerados nas regressões através da utilização de variáveis mudas.

No entanto, na busca de uma maior robustez dos resultados, utilizou-se uma variável muda para caracterizar o período de bear market e bull market, mas em vez de ser para o mercado português, optou-se pelos ciclos bolsistas do mercado americano, no caso do índice S&P500. A escolha pelo índice S&P500 para determinar o ciclo bolsista deveu-se à necessidade de procurar algo que influencie o comportamento dos retornos do índice português (e o ciclo bolsista do mercado americano é suscetível de influenciar os restantes mercados), mas que não sejam os próprios retornos a formar essa variável (como aconteceria se o ciclo bolsista fosse determinado pelo comportamento do PSI 20).

As ações com baixo free-float, ilíquidas e de pequena capitalização bolsista registam um maior número de uninformed traders e, consequentemente, mais mispricing e menos eficiência (Viana, 2015), o que poderia afetar os resultados deste trabalho. De forma a ultrapassar esse constrangimento, os retornos do mercado bolsista foram medidas através dos retornos diários do principal índice bolsista português, o PSI20, onde supostamente encontramos as empresas com maior capitalização bolsista, maior free-float e mais líquidas. Para além disso é uma forma de vermos o mercado bolsista português como um todo, em vez de analisarmos os retornos de cada empresa cotada.

Os dados utilizados foram os preços diários do índice PSI20 desde 04/01/1999 até 02/10/2015 obtidos na Euronext e os resultados eleitorais desde 1999 até 2015 obtidos na Comissão Nacional de Eleições.

Com base no preços diários do índice PSI20 calculamos os retornos diários, de cinco sessões e de vinte e duas sessões e de forma a verificar se tais retornos são influenciados pelo resultado das eleições, as mesmas foram utilizados como potenciais preditoras dos retornos obtidos na primeira sessão, nas primeiras cinco sessões e nas primeiras vinte e duas sessões de bolsa imediatamente seguinte(s) à divulgação dos resultados eleitorais num modelo de regressão linear múltipla.

A análise de regressão linear múltipla é feita para os retornos diários, cinco sessões e de vinte e duas sessões e para as variáveis proditórias que assumem um código ternário de 0 para sessão normal de bolsa (sem interferência das eleições), 1 eleições ganhas por partido de esquerda e 2 para eleições ganhas por partido de direita (designamos esta variável como “esquerda direita”), um código binário de 0 para sessão normal de bolsa e 1 para eleições (designamos esta variável como “eleições”), um código binário de 0 para sessão normal de bolsa e 1 para eleições ganhas por um partido diferente daquele que estava no poder (designamos esta variável como “alteração do governo”) e um código binário de 0 para bull market e 1 para bear market (designamos esta variável como “ciclo bolsista”).

Tabela 1 Análise de regressão linear múltipla dos retornos das ações para as variáveis eleições

 retornos psi 20 vs eleições

Valores em itálico correspondem ao valor p.

O R2 apresentado é o ajustado.

Desta tabela constata-se que as eleições não têm influência significativa nas taxas de retorno, tanto para a primeira sessão de bolsa depois de apresentados os resultados das eleições, como para as cinco e vinte e duas sessões seguintes, seja tanto nos retornos diários, como nos retornos registados ao fim de cinco sessões de bolsa (uma semana) ou vinte e duas sessões de bolsa (aproximadamente um mês), pois o valor p é, em todas elas, maior que 0.05. Por outro lado, a variável “ciclo bolsista” (bear market ou bull market) revelou-se um preditor significativo dos retornos do índice PSI 20 (valor p<0.01), ou seja, os ciclos de bolsa do mercado americano (S&P500) respondem em 0.56% (R2ajustado=0.0056) pelos retornos do diários mercado português (PSI20) e em 1.97% e 8.58% para os retornos semanais e mensais; o que não é surpresa.

Verifica-se então que o mercado bolsista é neutral às expectativas que os retornos sigam de acordo com Partisan Theory e tão pouco as eleições são suscetíveis de se revelarem, de algum modo, um preditor significativo dos retornos do mercado nas sessões seguintes às eleições.

Bibliografia

Arin, K. Peren; Molchanov, Alexander and Reich, Otto F., 2001, Politics, Stock Markets, and Model Uncertainty. SSRN: http://ssrn.com/abstract=1010251 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.1010251

Döpke, Jörk; Pierdzioch, Christian, 2005, Politics and the Stock Market: Evidence from Germany, European Journal of Political Economy 12/2006; 22(4):925-943. DOI: 10.1016/j.ejpoleco.2005.11.004

Füss, R.; Bechtel, M. M., 2008, Partisan politics and stock market performance: The effect of expected government partisanship on stock returns in the 2002 German federal election. Public Choice, 135 (3/4): 131-150.

Hibbs Jr, Douglas A., 1994, Economics & Politics Vol. 6, Edição 1, pp. 1–23

Pantzalis, C.; Stangeland, D. A.; Turtle, H. J., 2000, Political elections and the resolution of uncertainty: The international evidence. Journal of Banking and Finance 24 (10): 1,575-1,604

Stoian, Andreea; Tatu-Cornea, Delia , 2015, What do European stock markets prefer? Left or right governments?, Managerial Finance, Vol. 41 Iss: 10, pp.1096 –1111

Viana, Octávio, 2015. Pairs Trading: Hedging with an edge?, Tese de doutoramento. Universidade Portucalense

Viana, Octávio & Santos, Paulo 2010. Don’t fight the FED: Quantitative Easing. Associação de Investidores e Analistas Técnicos. http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/63-artigos/87-quantitative-easing

*Octávio Viana, doutorado em gestão de empresas, é presidente da ATM – Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais, consultor da administração da Dif Broker Sociedade Financeira S.A. e consultor de várias pequenas e médias empresas.

**Sandra Ramos, doutorada em estatística e Investigação operacional (especialização em Probabilidade de Estatística), professora do Instituto Superior de Engenharia do Porto


Embora aqui não esteja, o impacto antes também não é significativo. A volatilidade também não sobre alterações em função dos resultados ou na incerteza dos mesmos.
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Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2122 em: 2015-11-09 18:15:11 »
Embora aqui não esteja, o impacto antes também não é significativo. A volatilidade também não sobre alterações em função dos resultados ou na incerteza dos mesmos.
Isto para mim é a parte mais surpreendente. Esperaria um aumento na volatilidade.

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Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2124 em: 2015-11-09 18:17:37 »
QE  novo paragdima

e como dizes isto e ver ate onde BCE deixa ir

o Costa nao e agressivo como o varoufakis :D
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Thorn Gilts

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2125 em: 2015-11-09 18:18:47 »
Embora aqui não esteja, o impacto antes também não é significativo. A volatilidade também não sobre alterações em função dos resultados ou na incerteza dos mesmos.
Isto para mim é a parte mais surpreendente. Esperaria um aumento na volatilidade.

Eu também, mas não é estatisticamente significativo. Há muitas coisas durante 4 anos que devem ter impacto identico ao das eleições.....
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Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2126 em: 2015-11-09 18:23:44 »
accoes Grecia  subiram no dia    tsipras ganhou elecoes  pela primeira vez so mais tarde cairam


os depositos ja estavam fuga a muito tempo


para mim um bom indicador sao depositos bancarios


« Última modificação: 2015-11-09 18:24:30 por Reg »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2127 em: 2015-11-09 18:27:58 »

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2128 em: 2015-11-09 18:29:36 »
camaradas !

este acordo eh uma fraude !!!!!!!!!!!!!!

"Acordo de esquerda não garante aprovação de orçamentos, apenas “apreciação conjunta” "

http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/

com link e tudo, lark


Mas se as tais medidas forem reais, o BE e PCP passam tudo ...


Se a economia começar a dar para o torto, começam a exigir mais e a dizer que o PS não estimula suficientemente o consumo e que está feito com o capital.
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Tridion

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2129 em: 2015-11-09 18:32:04 »
Lark, não vejo grande coisa animadora no PSI. Aliás, se a base do triângulo não aguentar devemos ir testar mínimos do auge da crise (4400).
______________________________________
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Deus Menor

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2130 em: 2015-11-09 18:34:48 »
Não existe acordo nenhum para aprovação dos 4 orçamentos, assinado.
Não existe acordo , existem condições como disso o PCP.

O A. Costa agarra-se ao seu último trufo, um duque , estar no Poder e distribuir
dinheiro e nomeações.

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2131 em: 2015-11-09 18:35:46 »
Não é simples.

Abster pode significar aceitar deixar passar medidas deste governo. E essa aceitação ser vista como uma aceitação do próprio governo em si (ou seja deixar de ser "ilegítimo").

Abster é apenas reduzir o nº de votos necessários que podem aprovar a medida. Dos 230 totais se os 107 da PAF se abstiverem, significa que bastam apenas 62 votos para aprovar uma medida (e o PS têm 86).

Ou seja, no fundo se a PaF se abstiver é o mesmo que aprovar.

Se o PS for governo, acho que o PSD e CDS vão votar contra o OE, mas na pratica o voto deles não vai ter relevância, pq PSD e CDS não têm deputados suficientes para deitar o governo abaixo.

tommy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2132 em: 2015-11-09 18:37:26 »

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

Padarias, cafés, lojas de pronto-a-vestir...vão cair que nem um castelo de cartas. Há pessoal que não têm mesmo noção de que 90% do tecido empresarial são micro, pequenas e médias empresas. E que dentro das micro, há muitas a pagar o SMN não porque sejam selvagens a explorar os trabalhadores, mas porque pura e simplesmente não podem. Em muitas o empresário trabalha na loja e ganha pouco mais de 800 euros. Num mês bom.  :D

Gente sem noção. HASTA LA VITORIA..SIEMPRE!!!!!!!!!!!!!

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2133 em: 2015-11-09 18:39:15 »
estao euro  e querem aumentar salario minimo

sendo pais esquerdista de idiologia nunca mais o baixam

ficam com 30% desemprego  como os gregos  mas cheios moral porque decretaram


o patronato e dos mais endividados da europa  dass


12% desemprego 20% receber salario minimo   
« Última modificação: 2015-11-09 18:42:40 por Reg »
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Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2134 em: 2015-11-09 18:40:14 »
uma das coisas engracadas do acordo eh que impede qqs privatizacoes, isso quer dizer que nao vao poder mascarar o defice com receitas extraordinarias
« Última modificação: 2015-11-09 18:40:29 por Camarada Neo-Liberal »

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2135 em: 2015-11-09 18:41:23 »
estao euro  e querem aumentar salario minimo

sendo pais esquerdista de idiologia nunca mais o baixam

ficam com 30% desemprego  como os gregos  mas cheios moral porq

moral tipo varoufakis, que foi para la afundar a grecia e ainda acha que eh heroi do povo
eh gente louca e egocentrica

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2136 em: 2015-11-09 18:42:14 »

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

O SMN aumentou 20 euros em Outubro do ano passado. Achas que por causa disso o chefe de uma grande padaria passou a ganhar o mesmo que o ajudante? Achas que se subir +/- 25 euros de novo este ano o chefe de uma grande padaria passará a ganhar o mesmo que o ajudante?
« Última modificação: 2015-11-09 18:50:54 por João-D »

D. Antunes

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2137 em: 2015-11-09 18:48:10 »
A PAF, só tem que se abster de todas as medidas. (pela estabilidade do país)  ;D
Votar contra, nunca.
Quem tem que deitar abaixo este governo é a própria esquerda.

Também não vota a favor.

Não é simples.

Abster pode significar aceitar deixar passar medidas deste governo. E essa aceitação ser vista como uma aceitação do próprio governo em si (ou seja deixar de ser "ilegítimo").

Abster é apenas reduzir o nº de votos necessários que podem aprovar a medida. Dos 230 totais se os 107 da PAF se abstiverem, significa que bastam apenas 62 votos para aprovar uma medida (e o PS têm 86).

Ou seja, no fundo se a PaF se abstiver é o mesmo que aprovar.

Para as medidas passarem à esquerda são precisos votos a favor de ambos, BE e PCP. Votar a favor é concordar. Se não se concorda, não se tem que votar a favor. A PAF apenas precisa de se abster. Pode dizer: não concordamos muito, mas não queremos instabilidade e não queremos que o PS tenha que ceder mais ao PCP. 
Se a economia mundial estiver a crescer, a PAF pode abster-se de vez em quando. Se as coisas começarem a aquecer, é só ir votando contra. Nessa altura o PCP e BE tÊm que optar entre queimarem-se ou acabar com o governo do Costa e dar o poder à direita. E como ambos não gostam de calor...
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2138 em: 2015-11-09 18:49:06 »
quem tenha família e amigos FPs e pensionistas é bom avisarem que não se habituem aos novos ordenados e pensões.
Já avisei cá em casa que o que vai ser oferecido pelos bondosos lunáticos vai ter que ser posto de lado para pagar o aumento de impostos sobre mais valias (mas ninguém me leva a sério... padeço do mesmo mal de credibilidade da Catarina)

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2139 em: 2015-11-09 18:50:23 »
continuo a não saber de onde vem o número mágico de 600€. porque não 650 ou 700, que sempre era melhor para a vida digna e para a dinamização da economia ?
deve haver alguém no governo (isto é assim em todos os governos) que acha que sabe mais sobre aquilo que as empresas podem e devem pagar do que elas próprias.